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Chantal Akerman

Nomes Alternativos: Chantal Anne Akerman

389Número de Fãs

Nascimento: 6 de Junho de 1950 (65 years)

Falecimento: 5 de Outubro de 2015

Bruxelas - Bélgica

Chantal Akerman, foi uma diretora belga. Seu filme mais conhecido é ''Jeanne Dielman''.
A belga Chantal Akerman é descendente de judeus, e seus pais fugiram da Polônia para escapar da perseguição nazista. A questão da identidade judaica e do Holocausto será constantemente explorada em sua obra, mas Chantal é acima de tudo considerada uma das diretoras mais importantes de sua geração por retratar o universo feminino de uma maneira que une o respeito pela diferença e pela liberdade.
Aos 18 anos, Akerman ingressa no Institute Supérieur des Arts du Spectacle et Technique de Diffusion, uma escola de cinema da Bélgica. Abandona os estudos logo no primeiro semestre para fazer seu primeiro filme, o curta "Saute ma Ville" (1968).
Em 1971, o filme estreia no festival de curtas de Oberhausen. Nesse mesmo ano, ela se muda para Nova York. Lá, entra em contato com o estruturalismo, através dos filmes de Stan Brakhage, Jonas Mekas, Michael Snow e Andy Warhol - influências decisivas para sua obra. Em 1974, com "Je Tu Il Elle", seu primero longa-metragem, obtem reconhecimento da crítica, reconhecimento este que atingiria seu auge com "Jeanne Dielman, 23 Quai du Commerce, 1080 Bruxelle", filme aclamado pelo New York Times como "a primeira obra-prima do feminino na história do cinema".
Ao longo de sua carreira, Akerman realiza mais de 40 filmes para televisão e cinema, entre ficções e documentários, seja como diretora, roteirista, atriz e produtora. Além disso, faz instalações em diversos centros e galerias de arte do mundo, participando de importantes festivais internacionais como a Bienal de Veneza e o Documenta de Kassel. Publica três livros: "Hall de nuit" (Editions de l'Arche, 1992), "Un divan à New York" (Editions de l'Arche, 1996) e "Une famille à Bruxelles" (Editions de l'Arche, 1998).
No Brasil, o trabalho de Chantal Akerman ainda é praticamente desconhecido pelo público. Entretanto, com sua extensa filmografia entre ficção e documentário, Akerman é considerada pela crítica internacional como uma das mais importantes cineastas da atualidade. O rigor formal de seu trabalho se alia a um estilo de narrativa que privilegia a inserção de um olhar pessoal e se deixa atravessar por traços autobiográficos. A opção da artista por planos longos, o rigor de seus enquadramentos e as narrativas autobiográficas inserem sua obra na tradição de um cinema de resistência aos padrões do cinema industrial.
No plano temático, Akerman privilegia questões políticas, de identidade e de sexualidade. Seus filmes, em especial os realizados entre os anos 1970 e 1980, contribuíram para os estudos sobre cinema e feminismo. As questões judaicas e das minorias raciais também atravessam sua obra. Em "D'est", ela volta à região do país de origem de seus pais, num trabalho que consegue aliar precisão estética a questões éticas e políticas. Em "De l'autre côté", ela viaja para a fronteira dos EUA com o México para tratar das questões da imigração mexicana. Em "Là-bas", aclamado em Cannes, é a vez da diretora refletir sobre a questão judia num filme realizado em Israel.
Entre seus trabalhos mais conhecidos estão "Um Divã em Nova York", com Juliette Binoche e William Hurt, e "Histórias da América", ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim em 1989. Em "O Estado do Mundo", Chantal divide a direção com Pedro Costa, Vicente Ferraz, Bing Wang, Apichatpong Weerasethakul e Ayisha Abraham - é a visão de diferentes cineastas sobre o mundo. No cruzamento desses olhares, um lugar de reflexão, dinâmico e radicalmente interrogativo, sobre o "Estado do mundo", parte de um projeto da Fundação Gulbenkian de Portugal e que foi apresentado na Quinzena de Realizadores de Cannes 2007.
A relação de Akerman com a mãe é retratada em alguns de seus filmes. Em seu filme News from Home (1976), as cartas escritas pela mãe servem como narração. Já em No Home Movie (2015), seu último filme, faz uma homenagem à morte da mãe retratando as conversas que tiveram poucos meses antes.
Akerman admitia que a mãe era o centro de seus trabalhos. Após sua morte, a diretora se sente desnorteada e começa a ter recaídas. Se suicida em 5 de outubro de 2015, em Paris. Estava hospitalizada por depressão, e havia retornado para sua casa em Paris 10 dias antes de sua morte, segundo sua irmã.

Cônjuge: Sonia Wieder-Atherton (a 2015)
Irmãs: Sylviane Akerman
Pais: Natalia Akerman, Jacob Akerman

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