Cinema: Wolverine – Imortal

Hugh Jackman é Wolverine. Ou seria Wolverine, Hugh Jackman?

Hugh Jackman é Wolverine. Ou seria Wolverine, Hugh Jackman?

Agora entendo toda a demora para levar X-Men ao cinemas. Todos os anos de angústia dos fãs da série, e principalmente todos os anos de trabalho dos produtores se justifica na busca de um ator perfeito para viver o mais importante personagem do mundo mutante: Wolverine. Ao que parece foi talhado para ser vivido pelo ator Hugh Jackman, ou o contrário. Hoje é quase que impossível dissociar o personagem do ator, ambos se completam mutuamente. E nesta nova empreitada no mundo mutante, não é diferente. Aqui podemos encontrar o Wolverine o mais humano que se pode imaginar, sem sua mutação da cura. Wolverine tem que enfrentar desafios mortais, sem a garantia que irá sair vivo de cada briga que enfrentará durante a projeção. Wolverine: Imortal está bem acima de seu antecessor, e faz com que o público pela primeira vez tema pela vida de nosso herói. Hugh Jackman sofre a cada pequeno soco que o personagem recebe, a cena do banheiro do trem descreve com maestria as dúvidas do próprio personagem quanto a sua recuperação. O elenco de apoio do filme contribui em muito para a história que está sendo contada. Logan esta cercado de belas mulheres nesta aventura e mulheres muito diferentes entre si. Rila Fukushima que da vida a vidente (Yukio), Svetlana Khodchenkova (Víbora) e a  sensível Tao Okamoto (Mariko). Yukio é a personagem que trás nosso herói para o epicentro desta nova  aventura. A personagem Víbora vivida pela atriz Svetlana Khodchenkova, apesar de grande importância para o desencadear da história do filme, poderia ter sido mais bem utilizada nas cenas de ação. Por último, Tao Okamoto e sua Mariko, é o que podemos chamar de um delicado origami japonês no meio de toda a quebradeira e brutalidade do mundo de Logan. Ela é delicada, sensível e quando necessário a personagem apresenta-se forte, capaz de suportar e enfrentar as inúmeras traições que a perseguem. Não posso deixar de falar da participação de Jean Grey (Famke Janssen) no filme, que apesar de pequena é mais um ingrediente para a formação do lado psicológico de nosso personagem principal e um dos motivos que o levam a evitar o convívio social. James Mangold, diretor do filme, cumpriu com competência sua missão de levar um Wolverine para adultos e mais real ao cinema, óbvio que o roteiro contribuiu em muito para que Logan nesta nova empreitada estivesse mais próximo de um homem comum, mas a mão do diretor foi certeira em guiar o caminho que o personagem trilha em pouco mais de duas horas de projeção.

Nota: 9,0

The Wolverine, 2013. Direção: James Mangold. Com: Hugh Jackman, Svetlana Khodchenkova, Famke Janssen, Will Yun Lee, Kenuichio Harada, Brian Tee, Hiroyuki Sanada, Tao Okamoto, Rila Fukushim, James Fraser. 126 Min. Ação.

Manoel Gelcimar Delmino de Lima, é Funcionário Público/Acadêmico de Direito e amante da 7ª Arte.

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