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Entrevista: “Para Minha Amada Morta” é um suspense sobre “o que está na pele”


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O baiano Aly Muritiba, 37 anos, faz sua estreia em um longa-metragem de ficção com “Para Minha Amada Morta”, suspense que chega aos cinemas brasileiros no dia 31 de março. A obra foi eleita pelo júri da crítica como Melhor Filme no 48º Festival de Brasília, e ganhou sete prêmios na ocasião, incluindo Melhor Diretor e Melhor Ator e Atriz Coadjuvante (Lourinelson Vladmir, no papel de Salvador, e Giuly Biancato, que interpreta a adolescente Estela).

A trama conta a história de Fernando (Fernando Alves Pinto), um homem que acaba de perder a sua esposa. Revendo vídeos antigos dela, ele encontra uma sextape de sua mulher na cama com outro homem. Desnorteado, ele resolve ir atrás do sujeito, Salvador, um homem casado e pai de duas filhas, e aluga um quarto nos fundos da casa dele, passando a viver com essa família.

A respeito de suas influências estéticas, Aly Muritiba afirma ter visto filmes do leste europeu, uma vez que “Para Minha Amada” foi filmado em Curitiba (PR). O objetivo foi tentar captar “a natureza azul e cinza típica do local (a capital paranaense)”, onde ele vê bastante influência da cultura polonesa e ucrâniana. O diretor buscou inspiração em filmes como “Polícia, Adjetivo”, de Corneliu Porumboiu, e “Minha Felicidade”, de Sergei Loznitsa, além do cineasta austríaco Michael Haneke (Amor, A Fita Branca). A principal influência em “Para Minha Amada Morta” é o pintor norte-americano Edward Hopper, no que diz respeito à luz e aos enquadramentos.

Em entrevista exclusiva, Muritiba conta como a sua experiência como agente penitenciário, antes de fazer faculdade de cinema, está presente no longa-metragem. Ele também discute a opção por planos longos, o simbolismo de um cachorro atropelado em uma das cenas mais importantes do filme e questões que permeiam o longa-metragem, como a religião, o machismo e o fato de que nunca realmente conhecemos as pessoas ao nosso redor.

Confira a seguir a entrevista:

O cineasta Aly Muritiba (Foto: Divulgação)
O cineasta Aly Muritiba (Foto: Divulgação)

Pop with Popcorn: Quais foram as suas principais preocupações na construção do suspense em “Para Minha Amada Morta”?

Aly Muritiba: Eu tomei muito cuidado com o ritmo, pois acho que para você manter o espectador em estado de suspensão, você deve dominá-lo muito bem – isso implica em dominar o ritmo das falas, as pausas dramáticas, quanto tempo dura um olhar, quanto tempo dura um plano. A primeira pergunta que eu pensei ao fazer dessa história dramática também uma de suspense foi: “qual é o ritmo que quero imprimir a ela?”

E se esse é um filme de luto, mas que será operado na chave do suspense e do thriller, para mim o luto é algo que se dá na longa duração, que se purga aos poucos. Assim como quase todas as dores, elas ficam doendo por muito tempo. Então, para o espectador sentir isso, eu tenho que trabalhar com planos mais dilatados, mais longos. Por isso, sempre que possível, tentamos fazer planos-sequência. O filme quase todo é feito de planos-sequência – existem aqueles que são fixos, mas você vê todo o desenrolar de uma cena em apenas um plano fixo, e outros que são mais mirabolantes. Você não vê um plano/contraplano no filme, a não ser que seja em função da movimentação dos atores em relação à câmera, e não ao contrário.

Me parece que boa parte do suspense do filme vem da tensão que é até sexual entre o protagonista e os outros três personagens.

Sexo é tenso, né? (Risos). Quando você estabelece um jogo de conquista, essa sedução pode ser sexual, mas pode ser de outras naturezas. No fim das contas, é tentar fazer com que o outro se engaje em mim, fazer com que o outro esteja comigo, se torne partidário de mim. Todo jogo de sedução é pautado por expectativa, portanto, por uma tensão. Por que eu nunca sei se estou conseguindo te seduzir ou se é um jogo de tua parte também. Então, esse personagem tão calado, tão introspectivo, chega naquela casa de pessoas de outro extrato social, mais comunicativas e expansivas, e aos poucos começa a tecer uma teia que vai engendrando todos eles.

O Fernando começa a se aproximar da filha adolescente – e nós, espectadores, que somos maldosos, pensamos “Nossa, ele vai comer a filha do cara” – e ele começa a se aproximar dessa garota e de certo modo a seduzi-la. Começa a se aproximar da esposa do cara e de certo modo a seduzi-la também, não em termos amorosos ou sexuais, mas poderia ser. E começa a se aproximar inclusive do homem e a seduzi-lo. Então ele vai aos poucos se tornando parte daquela família, mas uma parte incomoda, porque ele vai instaurando a desordem na ordem aparente dessa família evangélica.

A partir da descoberta do adultério, ocorrem duas buscas: Quem é o Fernando e quem foi a amada morta. Quais foram os desafios na construção desses dois personagens?

O Fernando é um homem completamente estilhaçado pela morte da mulher, e depois você pega os vidrinhos quebrados e quebra ainda mais por conta do aparecimento da fita. Então é um homem que está tentando se reconstruir. Por isso o filme é todo cheio de espelhos estilhaçados. Ele está tentando construir uma autoimagem, por que a imagem da mulher já foi completamente destruída, e para ele, que é um sujeito muito cerebral, a construção da sua autoimagem passa necessariamente pela sua capacidade de entender o que aconteceu. Ele precisa disso, é por isso que ele vai atrás do cara. Ele precisa entender porque a mulher dele diz para o outro “você é a coisa mais importante que já aconteceu na minha vida”. Então, esse personagem está em busca de entender as circunstâncias nas quais ele está inserido.

Ao passo em que da esposa, que é o fantasma que habita todo o filme e tem muito pouco tempo de tela, a gente só detém informações de maneira extremamente fragmentada. A gente sabe um pouco do que foi ela, pelas roupas que ela possuía, pelos sapatos que ela calçava. Diferente da outra mulher do filme que é evangélica, e usa sempre sandálias ou chinelo, a gente percebe que ela era uma mulher que gostava de se vestir de maneira muito feminina e talvez pertencesse a um extrato social mais elevado. A gente consegue perceber que ela era uma mãe e uma esposa muito legal, porque o filho e o marido gostam muito dela. A gente tem apenas fragmentos, e a gente tem que fazer uma imagem dela. O que estou fazendo é pedir para o espectador: faça o mesmo que o Fernando fez, idealize uma mulher! Nesse percurso, eu acho que eu coloco o espectador muito próximo, talvez até dentro do personagem.

O fato de não se revelar o nome dela tem a ver com essa ideia de idealização?

Até que não. Ela tinha um nome, mas as cenas em que ele era proferido foram cortadas. Mas isso é bom, pois como ela não tem um nome, ela pode ser todas. E eu acho que ela é uma mulher que todas deveriam querer ser. É uma mulher que foi capaz de amar, de maneira muito intensa e distinta, dois homens. Eu tenho a impressão de que se a personagem estivesse viva, ela poderia levar essa vida dupla por muitos anos. Ela iria viver uma história tórrida de amor sexual com o Salvador durante a tarde, e viveria uma história linda de amor terno com o Fernando durante a noite. E para ela não há qualquer problema. Ela conseguiria amá-los sem problema algum.

Giuly Biancato, premiada no Festival de Brasília, interpreta a adolescente Estela
Giuly Biancato, premiada no Festival de Brasília, interpreta a adolescente Estela

A questão da identidade e das aparências é central no filme, não só com relação aos dois protagonistas. Por exemplo, há a cena em que a jovem troca de blusa no carro para encontrar o namorado e se troca de novo para voltar para a casa… “Para Minha Amada…” é um filme sobre o quão pouco conhecemos as pessoas ao nosso redor?

É completamente sobre isso! É sobre o fato de que nós estamos o tempo todo interpretando um papel. E esses papéis mudam de acordo com aquele que nós estamos interagindo – se eu estou conversando com a minha mulher, estou interpretando um papel que eu julgo que é o que ela quer de mim, não significa que eu sou aquilo. E tenho certeza de que somos assim. De modo que eu não conheço a mulher que eu amo, eu faço uma ideia do que ela seja, eu a idealizo. E talvez até eu nem a ame, amo a ideia que fiz dela. E isso pode ser perturbador se você começar a pensar a respeito. Como o filme é sobre isso, sobre o que está na pele, sobre o que é aparente, a amada morta é revelada por aquilo que está na superfície, pela roupa, pela joia, pelo sapato.

O único momento em que ela se revela para nós espectadores é quando ela está completamente nua. Aí não sou eu, nem ele e nem você, é ela gerando a sua autoimagem, filmando a si mesma para si mesma. Acho que são raros os momentos em que nós nos revelamos -inclusive para nós mesmos. Nos revelamos quando estamos muito sozinhos, e podemos descobrir que somos bem doentios, bem perturbadores.

A respeito do plano-sequência em que o cachorro é atropelado. Por que escolher esse animal para uma das cenas mais tensas do filme? E quais foram as dificuldades para realizar essa cena?

Essa cena foi muito difícil porque tem um cachorro, uma criança, tem arma, todos os atores entrando e saindo de cena, começa em cima do telhado e vai para a rua… Foram nove takes, valeu o último, a luz já estava acabando, foi foda! Originalmente, no roteiro, eram cinco cenas – em dado momento, percebi que aquelas cenas formavam uma sequência – a sequência dramática da queda das máscaras. Cai a máscara do Fernando e a do Salvador. Então eu vi que precisava derrubá-las em um plano só. E o lance do cachorro era que eu precisava matar alguém no filme, né?

(Risos).

Para mim, o cachorro é um animal apartado da sua natureza, um lobo domesticado. Portanto, apartado dos seus instintos primitivos, assim como o Fernando. Ele é um homem cortês, completamente domesticado, que tem os seus instintos, todos eles, inclusive os de amor e ódio, despertados por aquela fita. Ao longo da trajetória, vai chegando à beira do abismo, prestes a se tornar um animal. A morte do cachorro simboliza a morte desse homem domesticado.

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Fernando Alves Pinto contracena com Mayana Neiva

Achei interessante que você demora para mostrar a aliança da amada morta no vídeo de sexo. Até ali, tinha minhas dúvidas do quanto aquela traição não era um delírio da cabeça dele, imagens que podiam ter sido filmadas antes de eles serem casados. Foi intencional?

Não, não foi intencional não. De fato, só aparece na rebobinada final. Mas nem tinha reparado!

Há uma questão política aí em colocar o marido e a amante em classes sociais distintas?

É bom ver um cara da classe proletária fodendo a mulher do burguês, né? (Risos). É muito bom! Mas não foi por isso não… Mas que é bom é! (Risos). Mas se o amante pertencesse ao mesmo universo do marido, o desejo pelo conhecimento, a curiosidade, seria muito menor. Talvez o Fernando compreendesse: OK, minha mulher é advogada e estava dando para um colega de trabalho. Mas, cara, estava dando para um homem que trabalha no ferro velho?! O que ele tem? O que ele desperta nela? Quais são as facetas dele que eu não possuo e que fez com que ela olhasse para ele e dissesse “Você é a coisa mais importante que já aconteceu na minha vida”?. A escolha do extrato social e da religião evangélica passa um pouco por isso, para fazer com que a curiosidade do Fernando seja maximizada.

Queria saber se há uma provocação sobre a relação entre Igreja e machismo na cena em que pai e filha discutem, com o Fernando ouvindo em primeiro plano.

Total. A religião cristã é machista. Em especial, as cristãs evangélicas são machistas. E as neopentecostais são ainda mais! Como nesse filme o feminino é visto sempre sob o ponto de vista do masculino, para mim era importante revelar um pouco o quanto os homens são responsáveis muitas vezes pelo condicionamento machista das mulheres. O Salvador, acho que ele não se crê machista, ele acredita estar protegendo a filha, preservando a moral, a integridade ou seja lá o que for. Mas no fim das contas, o que ele está sendo é um machista desgraçado com ela! Era importante, para mim, revelar esse tipo de comportamento, mas sem ser maniqueísta. Ele não é apenas um machista, ele é um cara que se preocupa com a filha, que construiu a própria casa e está tentando consertar o seu passado e manter a sua família unida. Ele também é machista, mas não só.

Essa cena serve para mostrar o quanto os dois personagens são distintos em relação àquela garota. Enquanto o pai tenta resolver as coisas através do confronto e do autoritarismo, o Fernando usa mais da escuta e da autoridade, não do autoritarismo. Ele escuta a garota e tenta ser acolhedor com ela. Mostra um pouco qual papel cada um desempenha nessa trama. Nós não temos protagonistas e antagonistas muito claros neste filme, mas há momentos em que a gente percebe que um está desempenhando um papel de protagonismo muito maior do que o outro – nesse caso, o Fernando é o cara bonzinho, o cara gente boa.

Fernando Alves Pinto e Lourinelson Vladmir em cena
Fernando Alves Pinto e Lourinelson Vladmir em cena

Antes de fazer cinema, você foi agente penitenciário. Você acredita que trouxe algo dessa experiência para o filme?

Essa coisa da violência latente que o filme tem, de certa maneira, é o estado em que se vive quando se está em uma penitenciária. A possibilidade de alguma explosão acontecer é constante nesse universo, e acho que de alguma maneira isso contamina esse filme e boa parte dos que eu faço. Eu pensei em penitenciária em “Para Minha Amada” só para fazer com que Salvador seja um ex-detento. Mas esse filme é um primeiro passo para fora da cadeia. Já exauriu o tema.

No segundo semestre, filmo “Ferrugem”. É uma história sob o ponto de vista de adolescentes. O Filme fala sobre essa coisa de exposição da intimidade na internet, de videozinhos de sexo circulando por WhatsApp e que eventualmente fode a vida de uma menina completamente. Também filmo “Barba Ensopada de Sangue”, adaptação do livro de Daniel Galera.

Essa coisa do vídeo… você gosta né? (Risos).

Essa questão do registro, da imagem, para mim é muito cara, muito importante. E hoje mais do que nunca a gente vive uma confusão tremenda entre os espaços públicos e privados. A invasão do espaço privado tem se dado, muitas vezes, através do registro videográfico, e a exposição dessa intimidade tem sido feita de maneira tão impensada que eu acho bacana falar sobre as consequências disso. No “Para Minha Amada Morta” está lá, em “Ferrugem” o filme é sobre isso.

| Gabriel Fabri

Revisão: Maria Eugênia Ferreira.

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