Ben é um jovem bissexual que em meio a uma fase hedonista, conhece e desenvolve um relacionamento intenso com Sam, um homem de cor que luta com feridas e traumas da sua vivência enquanto negro e gay. À medida que o verão avança e a intimidade do casal aumenta, o passado de ambos os personagens retorna.
A sensação ao assistir a “Cicada” é de que ele quer lidar com muitos problemas. Aqui encontramos assuntos como racismo, pedofilia, baixa autoestima, hipocondria e auto aceitação e admitido que isso é o que acontece em muitos relacionamentos homossexuais, onde as pessoas chegam cheiras de bagagens para se relacionar, mas a obra não consegue se aprofundar neles e por serem tão numerosos, o espectador fica com a impressão de ser um filme um tanto quanto depressivo.
Sabendo que vários assuntos sérios são levantados no longa, o diretor tentou inserir elementos de humor para tentar dar equilíbrio à narrativa, o que pode ser visto em alguns personagens como a colega de trabalho, o médico e a psicóloga de Ben. No entanto, não foi uma tentativa bem sucedida e a acrobacia feita para sair do assunto sério para ir para o humor aparentou ser muito brusca e patética.
Há de se dar um desconto que o diretor foi corajoso ao tentar abordar tanta coisa em um filme de pouco mais de uma hora e meia. Mas boas intenções não tornam uma obra boa, e “Cicada” é apenas um filme aceitável.
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