Melhor e pior de 2023: “Tár” se torna um novo clássico; “Barbie” constrói uma hermenêutica para o povão



Melhor filme de 2023: ‘Tár’, Todd Field

Lydia Tár trata-se de uma personagem controversa. Ao mesmo tempo que apoia programas de incentivo a mulheres na música, não apoia as mulheres que estão em sua volta; é capaz de chorar ouvindo sua orquestra cantar, mas ajuda com nojo a sua vizinha a colocar a mãe idosa em uma cadeira; mostra uma sensibilidade apurada para a arte, mas não possui nenhuma habilidade interpessoal, só conseguindo criar relações transacionais, objetificando todos com quem se relaciona. Esse último ponto é um dos motivos que fazem com que Lydia perca prestígio e inicie sua queda, assediando alunas, trocando favores por sexo e, por fim, descartando essas mulheres depois de conseguir o que queria. CONTINUAR LENDO


Pior filme de 2023: ‘Barbie’, Greta Gerwig

Um dos grandes problemas do cinema contemporâneo é quando o diretor quer passar para o espectador o que ele pensa sobre um assunto e utiliza dos personagens apenas para chegar a esse objetivo. O filme passa a ser muito didático, com tom professoral, normalmente com um maniqueísmo bem característico que não dá espaço para a ambivalência. O resultado é o surgimento de muitas obras que poderiam ter sido apenas um ensaio escrito pelo diretor, já que ele queria debater aquele tema. É o caso de “Barbie”, filme sensação da diretora Greta Gerwig. O objetivo de Greta com “Barbie” é falar de feminismo com o público e para isso contou com um orçamento astronômico. De fato o filme possui cenários, fotografia, atuações de alto nível, mas faltou roteiro e só a escolha do tema para a obra não é o bastante. CONTINUAR LENDO

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