Rezenha Crítica eXistenZ 1999 de Cronenberg

Na virada do século XX para o XXI, muitos seguiram a “vibe” inspiradora do bug do milênio. Muitas teorias catastróficas e amedrontadoras impulsionadas pela rápida evolução das tecnologias, internet, jogos, uma avalanche de informações sobrecarregou uma sociedade que ainda não era acostumada e muito menos preparada para tal.

Aproveitando-se disso, alguns filmes lançados neste período entre 1999 e 2001 foram lançados, alguns com mais destaque e ênfase (Matrix) outros mais cults, como este, objeto do post, eXistenZ.

Uma coisa que vale destacar é a Jennifer Jason Leigh está muito sexy sem ser vulgar neste filme, mesmo ela estando o filme toda com cara de entediada, criou uma sensualidade ali que destoa daquele tipo de beleza padrão nos filmes que estamos acostumados a ver, da mesma forma que 16 anos  nos “Oito Odiados” com o nariz e dentes quebrados e sangue pela cara toda, continua linda.

A história é intrigante nos coloca numa realidade alternativa e amedrontadora, talvez pela “vibe” da virada de século e  milênio muitos filmes como esse foram lançado, como já adiantei,  Matrix e  o cult 13º Andar.

O filme roda através de um jogo, uma espécie de “segunda vida” onde controlamos a nós mesmos em outra realidade e seguindo certos parâmetros/personalidade/caracterização de algum personagem que escolhemos ou gostaríamos de ser na vida real. Destaque para o console que os atores utilizam para adentrar ao eXistenZ, uma miscelânea de remendo de animais com clítoris.

Acho que 11 anos depois, Nolan em seu filme “A origem” deu uma “chupinhada” no conceito de eXistenZ, principalmente sobre as camadas de inserção no subconsciente. Claro que são histórias completamente diferentes, mas o conceito e ideia está empregado de forma clara nos dois filmes, onde se não utilizarmos com cautela esta espécie de psicose,  a probabilidade de adentrarmos em mais camadas e acabarmos nos perdendo em um limbo psicológico é grande e ao mesmo tempo assusta aos mais paranoicos .

Eu não tinha gostado e confesso que no início do filme ia parar e ir dormir, mas a partir do momento que a história engrena e os pontos começam a ser encaixados, o telespectador compreende o porquê daquele começo que não sabemos de onde veio e sequer até onde pode ir. Fora isso, a única coisa que não gostei e continuo não gostando e mesmo que ele tenha uma transformação incrível é do Jude Law, ainda mais com aquela cara de Justin Timberlake.

Virei um fã assumido de Cronenberg e levei um PUTA susto nesse filme.

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