Rezenha Crítica O Lamento 2016

Invocação do Mal 2? Quando as Luzes se Apagam? A Bruxa (Erghh)? Nenhum destes passou perto de ser o melhor filme de terror de 2016. Podem ter certeza que ele não está em nosso continente, e sim no país da insanidade, a Coréia do Sul. O Lamento é disparado (mesmo que não tenha assistido todos os filmes de terror lançados em nosso planeta no ano passado) o melhor filme, além do mais sádico, o mais amedrontador de todos. Confiram a rezenha crítica de O Lamento.

Você pode até evitar assisti-lo trombando com sua longa duração de 2 horas e 35 minutos, mas vou utilizar apenas um argumento a convencê-lo: Está no patamar de Oldboy (A versão original, coincidentemente, Coreana!).

O Lamento conta a história sobre a chegada de um misterioso japonês (Rola uma xenofobia aqui tá ligado, rincha cultural deles) em uma aldeia tranquila onde este evento coincide com uma onda de assassinatos cruéis, causando pânico e desconfiança entre os moradores.

A obra fez tudo que (na minha humilde opinião) A Bruxa por exemplo não conseguiu, através de um ambiente de misticismo e terror psicológico deixar o telespectador literalmente amedrontado sem apelar para aqueles sustos típicos dos filmes de maior bilheteria atualmente (Os famosos Jump Scares). Toda a sequência que vai rolando cena a cena por mais parada que seja vai deixando-o com o “cú na mão”, literalmente (E olha que pra mim ficar meio cabreiro com um filme é difícil).

O filme pode ser dividido em três atos, o primeiro é uma apresentação aos personagens com tons de comédia que vão te deixar maluco e muito nervoso. Entretanto por mais puto que você fique com alguns eventos, eles tem uma explicação lógica, é só pensar um pouco.

A fotografia é do jeito que gosto, aquele clima melancólico, cinzento e chuvoso. Além disso as ambientações são muito bem selecionadas, desde o vilarejo pobre, até a cidade no pé da serra, além das lindas paisagens que somos levados quando estão perambulando lá no topo. E o melhor, os ambientes que ocorrem os homicídios te deixam tão “perplectos” quanto os policiais que vão atender as ocorrências.

Como adiantei é do patamar do cultuado Oldboy. Em todos aspectos: crueldade, insanidade, imersão na história, interpretações. Tudo isso munido no tom certo, não enjoa, pelo contrário, choca, mas no bom sentido, te deixa aflito e ansioso o filme todo desde o início. Umas das melhores citações do cinema encontra-se em O Lamento, quando para explicar como funciona a famosa “Macumba” eles fazem um simbolismo com a pesca: – “Se você for pescar, você sabe o que vai pegar? Ele está apenas pescando. Nem mesmo ele sabe o que vai pegar. Ele apenas lançou a isca. Apenas isso.” –  Achei fodida esta citação.

A partir do momento quando as discussões espiritualistas e o misticismo entram em cena no segundo e terceiro atos, você começa a perder o fôlego. As cenas de rituais xamânicos te deixam atordoado com aqueles batidão e a galera gritando, do caralho! Você entra no clima mesmo, coração começa até palpitar. Tudo muito bem dirigido.

Pode ter certeza que a dúvida será plantada a todo momento em sua mente, intencionalmente é claro, afinal temos medo do que duvidamos ou desconhecemos, se não sabemos onde estamos pisando ou não conseguimos enxergar temos medo. De todos os blockbusters que chegaram em tempo real ao nosso conhecimento, nenhum chegou perto da qualidade  desta obra. Espero que alcance o seu espaço na estante de grandes obras cultuadas, assim como seu irmão conterrâneo Oldboy conquistou. Merece. Honrou o gênero.

Minha nota é 5/5.

E você o que achou do filme? Conte-nos para saber sua experiência. O seu comentário é a alma do Blog.

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14 comentários sobre “Rezenha Crítica O Lamento 2016

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  5. Acabei de assistir o filme. Se o propósito do diretor era me deixar confuso ele conseguiu.

    SPOILER !!!

    No final não entendi o que de fato aconteceu. O japonês agia de modo suspeito,tirava fotos, fez até ritual. Quando o japonês foi atropelado eu acreditei ter finalmente descobrido tudo. Mas depois apareceu a cena dá cabana. E já fiquei perdido. Teve uma cena em que o velho seguiu a mulher na floresta. Teria ela atraído ele para uma armadilha ? Pareceu até que o japonês e a mulher estavam um tentando destruir o outro. E o Shaman perdido no meio de tudo, junto com o resto. Quem foi o causador de toda a desgraçada ? A mulher ? O japonês ?

    Um filme que vai me deixar com muitas dúvidas. Mas recomendo por ser fora dos clichês.

    Ótima resenha !

    Curtido por 1 pessoa

    • Obrigado Giovanni pela visita e comentário. Então, fiquei “perplecto” com o final, um filme que te deixa pilhado total, precisei “perguntar aos universitários” para tirar algumas dúvidas.

      A moça era “do bem” na verdade, e o japonês e o xamã trabalhavam juntos, tanto que o xamã era nada mais que um “peão” manja? Só que a forma como o filme é rodado traz essa confusão proposital, igual na cena do ritual, quando parece que o xamã está matando o japonês mas aquilo tudo foi proposital para causar nossa confusão. Ambos estavam fazendo o mesmo ritual, para possuir a menina!

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