Rezenha Crítica A Cabana 2017

Vencendo o preconceito e muito bem acompanhado fui conferir A Cabana, clássico literário transcrito para às telas do cinema e sinônimo de recente sucesso. Um daqueles filmes que muitos relutam em assistir, e que ao conferir podem surpreender-se como foi o meu caso. Lembra muito o clássico e oscarizado Amor Além da Vida (que já escrevi sobre aqui no Blog). Descubra o porquê nesta “rezenha” crítica de A Cabana.

A obra utiliza-se de conceitos católicos e bem dogmáticos para explicar sobre o acontecimento principal, quando a filha mais nova de Mackenzie é raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada (diga-se estuprada) e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mackenzie recebe uma carta suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar àquela cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma armadilha do assassino,  numa tarde de inverno ele volta ao cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre.

E porquê lembra Amor Além da Vida? Pois ambos tratam das determinadas religiões de forma velada em segundo plano, sem citar nome a todo momento, apenas demonstrando as doutrinas e conceitos de ambas. No entanto em A Cabana é inserida de uma forma um pouco mais evidente. Nada que incomode, pelo contrário dependendo do seu estado de espírito, sua fé pode ser ativada novamente ou acender àquele último resquício de esperança como uma brasa em volto às cinzas.

O elenco mantém uma qualidade impecável, com destaque para a incrível Viola Davis, ô mulherzinha que arrebenta em suas expressões, traz todo o peso e tristeza indagados em alguns momentos. Único ponto negativo é o protagonista, Sam Worthington, o cara perde a filha caçula estuprada e sempre parece estar apático, e até nos momentos de raiva não consegue demonstrar 100%, nessas horas o cara tem que “meter o loko” na interpretação, mostrar que está incapaz de raciocinar, estava muito frio para quem tinha perdido uma menina e diante do principal “culpado”, até então.

Fora isso o filme dá um show de efeitos visuais, assim como o já citado Amor Além da Vida, normalmente capricham nestes cenários paralelos que estas crenças tentam transmitir a seus fiéis, é o caso de A Cabana. Uma realidade alternativa onde Mackenzie  encontra-se com seu Pai, Filho e Espírito Santo e todos os questionamentos de alguém que teve uma perda irreparável são jogados à tela com um show de diálogos, infelizmente poderia ter sido mais emocionante se como já adiantei, Mackenzie  fosse ainda mais real.

Toda religião prega e incentiva a resilição, o perdão e o arrependimento de seus atos, até como uma forma de redenção do espírito e o filme resume-se a isso. Se você me perguntar se em uma situação destas eu seguiria tais conselhos… Não saberia responder. Mas é um filme bonito, e que muita gente deveria assistir para aprender a passar “uma borracha” em alguns atritos pequenos e superá-los, até para tornar-se uma pessoa melhor e melhorar tudo em sua volta, este é o segredo da vida, viver sem envenenar-se com mágoas e rancor.

Minha nota é 3/5.

E você o que achou do filme? Conte-nos para saber sua experiência. O seu comentário é a alma do Blog.

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10 comentários sobre “Rezenha Crítica A Cabana 2017

  1. Não saberia responder. Mas é um filme bonito, e que muita gente deveria assistir para aprender a passar “uma borracha” em alguns atritos pequenos e superá-los, até para tornar-se uma pessoa melhor e melhorar tudo em sua volta, este é o segredo da vida, viver sem envenenar-se com mágoas e rancor.
    Faço minha as suas palavras com cada ponto e vírgula. Porém o que você me diz se no próprio filme mostra que o veneno nem sempre a mal?

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  2. Caramba, parabéns pela “rezenha”! E por vencer o preconceito. Não consegui vencer o preconceito nem do livro ainda. Até tentei.
    Alguma coisa sempre me faz ignorar esse filme como opção para assistir no tempo livro. Mas depois de ler o final do seu texto, decidi que vou assistir, estou muito surpreso.
    As atuações de Sam Worthington realmente são sempre as mesmas em todos os filmes. Aquilo ali é o máximo que conseguem extrair dele, infelizmente.

    Só uma pergunta: a forma como esse tema “perdão” foi abordado, na sua opinião, conseguiu não ser hipócrita? Porque talvez seja esse o meu medo que me impedia de assistir.

    Curtido por 1 pessoa

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