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25 years São Paulo - (BRA)
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O cinema sempre esteve presente na minha vida.

Tudo começou desde muito cedo, quando meu vizinho possuía uma locadora e todos os dias eu alugava fitas VHS e não tirava os olhos da tela.

Anos mais tarde, eu tive o cinema como forma de me refugiar da solidão e superar a depressão. Embarcava em cada narrativa e esquecia da vida em que eu vivia naquele momento, priorizando viver por alguns minutos uma realidade e a vida de uma personagem que eu estava assistindo.

Com o tempo, isso foi apenas aperfeiçoando-se e me trouxe muitos benefícios. Tenho amor por todas as produções, cada uma possui a sua própria essência e ponto de vista sobre o assunto abordado, porém tenho preferência às obras cinematográficas musicais ou dramáticas.

Alguns diretores destacaram-se e chamaram minha atenção. Me apaixonei pela subcultura gótica, de Burton; pelo onírico, de Lynch; pelas nostalgias nunca vividas dos anos 80, de Hughes; pela paleta de cores, de Wes Anderson; pela atmosfera e narrativa misteriosas, de Lanthimos; pelas fantasias horripilantes, de Guillermo Del Toro; e claro, pelos finais infelizes e triângulos amorosos, de Honoré.

Últimas opiniões enviadas

  • Bianca Matz

    De forma inusitada e contraditória, vemos Aronofsky - um homem dito como ateu - dirigindo outra obra com referências bíblicas em sua narrativa, assim como vemos em Mãe (2017) e Noé (2014).
    A vida caótica e turbulenta de Charlie (Brendan Fraser) é apresentada ao público em formato 4:3, claramente, uma fotografia ousada e comum em filmes cults, como pode ser observado em outros longas da produtora A24, como Sombras da Vida (2017), dirigido por David Lowery.
    O diretor consegue personificar a baleia Moby Dick, romance de Herman Melville, pelo qual Charlie é tão obcecado, por conta de uma redação escrita por sua filha durante sua tenra infância. Pois, ele não é chamado assim de forma pejorativa, por conta de sua aparência física, mas por outros fatores conflitantes que nos levam até a conclusão do filme, como: vida amorosa, sexual e familiar.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Vemos a insistência do título do filme no protagonista, ao vermos que durante toda a narrativa, o clima fora da casa de Charlie encontra-se chuvoso e com aspecto de neblina, assim como podemos imaginar algo em alto mar.
    O que acaba remetendo novamente a Bíblia, no versículo 1:17 de Jonas. Como é de conhecimento popular, sabemos que Jonas permaneceu dentro da baleia por exatos três dias e três noites, semelhante ao que vemos no filme. Em que inicia-se durante a noite de segunda, chegando ao ápice, assim como seu término, na manhã de sexta-feira.
    Durante a permanência de Jonas dentro da Baleia, ele passa por momentos de provação e aceitamento, como Charlie, que evita falar do seu relacionamento que chegou ao fim, após a morte de seu companheiro; o abandono de sua família e a forma como ele acabou lidando com tudo isso, resultando em seu corpo enorme e estagnado na eterna mágoa.
    Arrisco dizer que Thomas (Ty Simpkins), primeiramente vindo como um missionário do Nova Vida, pode ser comparado a um anjo, um mensageiro, uma esperança e redenção de Charlie com Deus. Até mesmo o entregador da Gambino 's tem a sua importância, já que aparece repetidamente, como uma voz da consciência de Charlie, recordando-o se ele está realmente bem e/ou precisa de ajuda.
    O pássaro preto que visita Charlie para se alimentar das maçãs deixadas em um prato, pode ser o símbolo de mau agouro, o presságio de algo que não tem como evitar. Tendo essa ideia reforçada ao vermos que o prato se quebra, como uma conclusão de uma missão, que ele não precisará retornar futuramente.
    O final consegue impressionar o telespectador, que com chave de ouro, consegue fazer Charlie aceitar tudo que aconteceu, fazendo ele entender que não precisa se desculpar de maneira excessiva. Ele compreende que o que ele fez, já está feito. Assim, ele ascende aos céus, sendo recebido no seu paraíso astral, uma breve lembrança de verão, pisando na areia, acompanhado de sua filha e da mulher.


    Até mesmo o enquadramento dos pés de Charlie entrando em contato com o mar, seria essa barreira que ele conseguiu ultrapassar, todo aquele desafio imposto ao protagonista, segundo a Jornada do Herói, de Joseph Campbell.

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  • Bianca Matz

    Quando soube do lançamento, eu fiquei animada, pois gostava do primeiro filme e acendeu uma pequena chama de esperança para saber sobre REALMENTE o passado da personagem. No entanto, apenas fica mais nebuloso, permanecendo incerto sobre o que resultou na pessoa que Esther (ou Leena) se tornou para estar no manicômio (E talvez isso possa ser uma desculpa para inventarem de fazer uma terceira continuação, explicando anos antes desse segundo filme).

    De certa forma, não tem como não notar o envelhecimento da atriz, que atualmente, possui mais de 20 anos. Em certos momentos, o enquadramento está muito próximo ao seu rosto e podemos enxergar claramente que ela não se passaria por uma criança, como vemos no primeiro filme.

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    Uma coisa que me incomodou muito foram os inúmeros enquadramentos abertos (com efeito meio olho de peixe/contra-plongée), para tentar distorcer a altura da atriz com o ambiente, dando uma impressão que ela realmente é muito menor perto dos outros personagens (parece até que estou vendo uma versão de Alice no País das Maravilhas bizarro). Isso quando não posicionam a atriz próxima a um objeto, relativente alto, fazendo um corte com a câmera na altura dos ombros para parecer que ela é uma criança.

    E claro, que acabaram usando um dublê de corpo na atriz, pois quando não utilizam da técnica citada anteriormente, eles sempre fazem com que a personagem esteja presente nas cenas de costas para a câmera (deve ser para economizar em efeitos 3D, podendo resultar em algo tosco e forçado).

    E por último, houveram mais cenas com violência gráfica, porém olho pelo lado negativo, meio que para compensar a falta de enredo e para impressionar o público mais fácil, forçando a dizer que o filme é muito bom ou algo do tipo.

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  • Bianca Matz

    Tive uma experiência diferenciada, assim como um choque cultural ao pensar na situação ecônomica de Angola e em outros questionamentos, que acabaram por surgir durante o filme. A trilha sonora é única, variando entre a música clássica e cantada, em português de Portugal. A iluminação e a paleta de cores andam de mãos dadas, em que podemos ver que com simples tochas de luz, podem trazer um brilho e sentimento especial à cena, que reflete nas peles dos personagens.

    Basicamente, a narrativa pode parecer simples por contar o dia-a-dia de Matacedo, que precisa consertar o ar condicionado caro do seu chefe, que se gaba em frente dele e de Zezinha, só por ter mais poder aquisitivo. O que não faz sentido, pois ele continua morando no mesmo quarteirão que os dois personagens citados anteriormente.

    O ponto X da história que me fez parar para pensar foi o momento em que:

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    Houve o funeral do ar condicionado, em que ele foi posto em uma sala arrumada com direito às velas, lamentações e pessoas em cima de "seu corpo". Eu parei por um instante e cheguei a conclusão que um eletrodoméstico daquele, apesar de comum, como podemos ver no cenário do filme, ainda assim, é um artigo de luxo, que pode valer mais do que a vida de um ser humano no país.

    Dei uma leve pesquisada sobre como é viver em Angola e fiquei de queixo caído. Enquanto as pessoas recebem um salário mínimo de um pouco mais de 21.000 Kwanzas, um ar condicionado simples chega a custar 10x mais que o que eles podem ganhar por mês. Angola é um dos países com maior custo de vida, segundo o jornal El País.

    Mas Matacedo e Zezinha não aparentam estarem frustados com a realidade deles, apenas conformados com o dia a dia que precisam enfrentar, mesmo sabendo que o chefe deles é abusivo. Visto de longe, o filme traz uma leveza, que para alguns pode ser irrelevante, mas pode ser que estamos fazendo o mesmo que outros países, apenas tampando os olhos por não sabermos enxergar a mensagem subliminar por trás do cotidiano de um simples técnico de ar condicionado.

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  • Mancha.
    Mancha.

    Sim, entendo bem, rs -- sem falar que aqui dá pra marcar as sériesツ

    Bom, vida que segue,

    Até.
    👋

  • Mancha.
    Mancha.

    Oi Bianca,

    De fato, poucos "sobreviventes" no Filmow aqui mesmo (rs).

    Ah, e achei legal você comentar "The Love Witch" (2016). Subestimado esse, né?

    Abraços, 😉

  • Mancha.
    Mancha.

    Oi Bianca!

    Sou fã de seu "Vídeo Insônia" ;
    Sempre boas análises/ensaios -- sem falar a bela curadoria, ✌️.

    Seguirei acompanhando, ; )

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