Christopher

A gente vive numa "corrida" tão desenfreada para ser sempre o mais competitivo, aquele com mais títulos, o mais produtivo e caralho a quatro que quando se depara com um filme desses no qual o sujeito sorri das coisas aparentemente mais bobas do cotidiano simplesmente não conseguimos absorver o quanto nossa rotina tá toda errada.

Vi esse filme já tem uns dias e até agora não consigo esquecer completamente, com cada cena fazendo uma catarse na minha mente toda vez que tenho um momento de ócio. A gente realmente precisa de tudo que a gente acha que precisa pra ser feliz de verdade? É que venho pensando nos últimos dias. Quanto menos importância ao exterior, acho que mais aprendemos conosco. E desculpa o papo com a vibe coach, mas precisava falar de como um filme a princípio parado e com tudo para ser lembrado apenas como monótono consegue fazer uma experiência tão rica.

A única vantagem desse filme existir é que podemos dizer que se colocar um óculos escuros no Henry Cavill, dá um bom cosplay de Toguro.

Taí um exemplo de como adaptar mal uma obra. O filme parece um amontoado de cenas desconexas. Não há muito contexto ou um melhor abordagem sobre os acontecimentos. As coisas vão rolando e sempre fica a impressão de que algo foi omitido pela edição. Só consegui gostar minimamente pois já havia lido a obra original e sabia como encaixar as peças faltantes. Mas a escolha de condução foi infeliz e só deixou a história vaga e sem importância.