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Matrix
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Contágio
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Epidemias virais fazem, ou tem feito, mais sucesso no gênero terror. Vírus mortal que transforma pessoas em zumbis é o principal argumento para críticas sociais ao 'sistema'. No campo dramático, o melhor filme sobre essas críticas em cenário apocalíptico é “Contágio”, que encena o caos mundial de forma realista e repleta de mistério e conspiração.
Dirigido por Steven Soderbergh, “Contágio” tem uma estrutura narrativa já bastante utilizada no cinema, o de reunir várias tramas que se interligam por um mesmo tema (numa pegada semelhante, o cineasta já havia feito o excelente “Traffic”). Há diversos dramas que mostram diferentes pontos de vista sobre uma epidemia viral no planeta: médicos que vivenciam o caos; pai de família imune que perde a mulher e protege a filha; cientistas em busca da origem da contaminação e da cura; jornalista que investiga os bastidores dessa pandemia e as ações políticas das autoridades.
O roteiro de Scott Z. Burns faz uma alusão aos recentes surtos de gripes suína e aviária que preocupou a população mundial por causa das várias mortes relacionadas a essas doenças. Em "Contágio", esse panorama foi colocado em um nível catastrófico muito bem ensaiado por Soderbergh, que conseguiu criar, por meio da fotografia melancólica e enquadramentos de câmera detalhistas, uma atmosfera extremamente densa, alarmista e desesperançosa.
Além de sugerir convincentes situações de emergência, principalmente nas ações das autoridades, nos procedimentos científicos e nos comportamentos sociais frente ao caos, a figura do jornalista interpretada por Jude Law é a mais interessante delas. Essa história é a responsável ao dar o tom crítico ao longa por valorizar e expor intrigas que geram conspirações contra o sistema político controlador em relação aos acontecimentos.
O restante das pequenas tramas, que também são bem conduzidas e interpretadas por atores consagrados, apenas serve para enriquecer o tenso cenário do desespero, do confinamento e da anarquia diante de milhões de mortes. Apesar do tratamento brando de alguns detalhes, como no curto tempo decorrido para as soluções (em proporções apocalípticas seriam anos ao invés de meses) e no clímax ameno e pouco político, “Contágio” faz refletir sobre o quanto que a humanidade está despreparada para qualquer tipo de pandemia.
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“O Exterminador do Futuro” foi um ícone da ficção científica em 1985. Sua continuação, “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final” (1991), se tornou um marco para o cinema, principalmente pela evolução dos efeitos digitais e pela direção criativa de James Cameron. É um filme que impressiona até hoje! As carreiras de Cameron e Arnold Schwarzenegger (não há um ator melhor para interpretar um robô como ele) foram impulsionadas após o sucesso desses longas.
O destino da franquia mudou de rumo quando James Cameron se divorciou de Linda Hamilton no final dos anos 90, atriz que interpreta a protagonista Sarah Connor nas primeiras produções. Com isso, Hamilton ganhou os direitos dos filmes em um acordo de divórcio e os vendeu. Após passar por diversas empresas, os direitos foram aproveitados pela Skydance Productions e Annapurna Pictures, que acabaram fazendo uma trilogia (“A Rebelião das Máquinas”, “A Salvação” e “Gênesis”). Após 20 anos, o controle criativo da franquia voltou para as mãos de James Cameron, que resolveu produzir “O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”.
Ocupando o cargo de produtor, Cameron informou que “Destino Sombrio” ignora a nova trilogia e é uma continuação direta de “O Julgamento Final” trazendo, inclusive, Linda Hamilton para reviver Sarah Connor e Arnold Schwarzenegger para interpretar o memorável robô T-800. Impossível não ter uma boa expectativa com esses nomes vinculados ao novo 'Exterminador'. Porém, entretanto, contudo, todavia...
Apesar das conjunções adversativas que finaliza o parágrafo anterior, “Destino Sombrio” está longe de ser ruim, mas, também, está aquém das expectativas criadas. O problema é que o longa está engessado em uma cartilha repetitiva, com uma jornada semelhante aos seus antecessores sem se preocupar com a evolução narrativa: um exterminador é enviado do futuro pela Skynet para matar uma pessoa que será importante; um soldado da resistência é enviado do futuro para proteger a pessoa ameaçada; e muitas perseguições acontecem.
E é assim que a trama se desenvolve, sem grandes mudanças. A estrutura continua a mesma, o que muda são alguns detalhes, como um novo e mais avançado exterminador (REV-9) capaz de se multiplicar, uma nova personagem que é perseguida (mexicana, diga-se de passagem) e uma soldado (mulher) da resistência com impressionantes habilidades militares.
O que poderá incomodar aos mais exigentes é o roteiro que não oferece novidades satisfatórias em relação ao progresso da, digamos, macro-história. Além disso, o texto não dá uma devida importância para a participação de Sarah Connor e nem de T-800. Eles estão na trama mais como fan service. São meros ajudantes, com pouca essência para narrativa. Claro, é divertido vê-los no filme, gera nostalgia, contemplação (com diálogos emblemáticos) e roubam a cena por serem icônicos, mas nada mudaria se fossem outros personagens de apoio para os protagonistas.
É curioso observar que mesmo ignorando os eventos da trilogia nova, “Destino Sombrio” parece se inspirar nela para dar forma aos seus personagens. O novo exterminador REV-9 aparenta ser uma mistura do T-1000 com a T-X, vistos em “O Julgamento Final” e “Rebelião das Máquinas”, respectivamente.. A própria presença de um T-800 'vovô', embora não tenha uma explicação direta sobre seu envelhecimento, se ancora indiretamente na justificativa convincente que teve em “Gênesis”.A soldado da resistência que deve proteger o novo alvo da Skynet se assemelha ao híbrido visto em “A Salvação”
O filme começa com bastante vigor na primeira meia hora, com longos e tensos momentos ininterruptos de ação. Há muito ‘tiro, porrada e bomba’ e perseguição ‘gato-e-rato’ para nenhum fã da franquia botar defeito. As cenas, inclusive, são muito bem conduzidas pelo diretor Tim Miller (“Deadpool”). O cineasta utiliza muita câmera lenta, faz bom uso dos eficientes efeitos visuais, evita que a geografia das cenas fique confusa e proporciona algum impacto em momentos que exigem uma escala maior de ameaça. Nesse quesito, a produção capricha mesmo proporcionando um exagerado terceiro ato.
O fato de não progredir tanto narrativamente pode ser proposital para que isso seja melhor explorado nas possíveis continuações, caso o filme fature bem nas bilheterias. O jeito é esperar e torcer por um sucesso de “Destino Sombrio”. Ah, os dois primeiros 'Exterminadores' ainda continuam inesquecíveis e intocáveis!
Últimos recados
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Vinicius Claudio
Saudações, Ricardo!!
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Darlan
Geralmente não digo essas coisas kk mas obrigado por ter me adicionado!!
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Jivago Achkar
Opa, Ricardo, boa noite.
Te aceitei aqui, cara. Como vai?
"Matrix" envelheceu... muito bem, obrigado! Vinte anos após seu lançamento, essa ficção científica continua mais atual do que nunca! O visual, a sonoridade, o estilo, as inúmeras concepções filosóficas entrelaçadas, as metáforas e todos os elementos (textuais ou cinematográficos) que o fizeram revolucionário no final dos anos 90 estão irretocáveis.
Rever "Matrix" no cinema para comemorar seu 20° aniversário foi uma experiência deliciosa e contemplativa. A nostalgia de rever as cenas favoritas e recordar outros tantos momentos épicos culminaram em diversos arrepios!
A qualidade do áudio e da imagem, muito bem remasterizados, deixa muito longa atual comendo poeira. Os efeitos visuais, ainda que tenha um detalhe ou outro de artificialidade, seguem, no geral, impecáveis.
O inovador efeito bullet time implantado aqui, e copiado por centenas de outras produções, é o mais bem executado nas telonas até hoje e impressiona por sua criatividade. Incluem-se, também, as cenas de ação pontualmente insuperáveis.
E a fotografia exemplar de enquadramentos, planos e ângulos incomuns? E as câmeras lentas extraordinárias que espetaculariza os movimentos em cena? E a edição perfeita que costura tudo de forma eficaz? Muito f...!
Em tempo de recessão de obras-primas no cinema, a saga de Neo, Trinity e Morpheus contra o domínio das máquinas se torna o 'melhor filme de 2019', inclusive no quesito super-herói 😜.
20 anos é um tempo considerável para mudanças. Os diretores Wachowski se tornaram diretoras, os fãs que se deslumbraram em 1999 estão mais 'experientes' e Neo virou John Wick, mas o conceito sobre manipulação de realidade está longe de ser velho ou obsoleto.