Comecei a série sem esperar grande coisa, pois mesmo ciente de toda a aclamação que a mesma recebe, não achava que uma história que teria a publicidade como pano de fundo, tema que nunca me interessou particularmente, poderia me prender completamente. Os primeiros episódios reforçaram essa ideia, a ambientação era impecável e o aspecto geral demonstrava competência, mas a história no máximo provocava uma momentânea curiosidade quanto a verdadeira identidade do Don e quando tudo ia ser revelado. Felizmente, hoje posso dizer que não podia estar mais enganada e Mad Men se junta a uma das poucas séries que me fizeram refletir sobre quem somos, o que queremos e o que faremos quando finalmente alcançamos o que julgarmos ser a ''vida perfeita'', de acordo com o significado que esta tenha para cada um de nós. Me fez passar por uma indignação enorme nas cenas escancaradas de machismo e me fez aprender a admirar cada uma das personagens femininas, todas diferentes e maravilhosas em suas múltiplas camadas. Peggy, sempre vista como ambiciosa, aqui
abre mão de sociedade e de chefia para abraçar aquilo que ela sempre negligenciou em nome da carreira profissional: o amor. Embora tenha lamentado que ela não tenha se juntado a Joan e criado a empresa mais badass de todos os tempos
eu ainda tenho certeza de que ela continuará a tentar criar algo com significado onde quer que esteja, e tem toda a capacidade para ser a primeira Diretora de Criação da ''história''. Joan, que conhecemos como a perfeita femme fatale, sempre mostrou ser competentíssima em seu trabalho, enquanto contraditoriamente dizia estar ali apenas até o momento de agarrar um marido rico, teve meu final preferido. Ela tem estabilidade, família e o parceiro que pareceu procurar durante toda sua vida. Mas ela não vai mais se sujeitar a ser controlada por alguém e não vai se entregar ao conforto de uma vida tranquila, mas sim continuar a fazer aquilo que gosta e no que é tão boa. Quanto a Betty, eu realmente acho que o Weiner sempre foi muito injusto com a personagem. Sim, ela foi chata e mimada, mas sempre foi um produto de seu tempo, os anos 60 e foi fiel a isso até o fim, muitas vezes vítima da expectativa que sua beleza depositava sobre ela.
Quando finalmente estava começando a demonstrar vontade de ir além, com a graduação em psicologia, ele me inventa uma tragédia dessas para a coitada.
O que valeu a pena aqui foram as belíssimas cenas como as da Sally ajudando os irmãos e a conversa final com o Don, ele demonstrou um carinho enorme quando a chama de ''Birdie'', e depois da Anna e dos filhos, acredito que ela foi o que ele mais perto chegou de conhecer o amor. Finalmente, Don. O homem que já foi tantos durante o decorrer da história, ''person to person'', já dizia o título, e me despertou os mais diferentes sentimentos em sua enorme complexidade, finalmente em paz com si mesmo, deixando de lado a personalidade que ele criou para si mesmo: o casamento perfeito, a família de revista, o executivo de sucesso, provavelmente pensando que assim alcançaria a felicidade, enquanto só vendia uma ilusão e a realidade batia a sua porta e não lhe deixava se permitir ser amado por aquilo que não era verdadeiramente (''Every moment of happiness is just a moment before you need more happiness). A ambiguidade de seu final foi perfeita, embora eu tenha certeza de que aquele sorriso só possa significar que
ele voltou a NY e criou um dos comerciais mais icônicos de todos os tempos,
porque ele era cínico o bastante para isso era uma parte do que fazia o personagem tão especial. E ao mesmo tempo é bastante real, porque o o amor de Don pela publicidade sempre foi sincero. Um belo casamento entre o capitalismo e o idealismo. Entre Don Draper e Dick Whitman.
Ainda fico inconformada com o cancelamento em pleno auge de qualidade da série, que merecia um final sem tantas pontas soltas. The Borgias me levou a querer conhecer mais sobre personagens históricos que são pouco debatidos atualmente e levaram vidas extremamente interessantes, como Catarina Sforza. Impossível não se impressionar com a fibra da Condessa de Forli, desafiando todos os convencionalismos de seu tempo ao fazer jus a inimigos como Cesare Borgia e o Rei da França, Carlos VIII e também protagonista de um dos momentos mais inesquecíveis da produção: ''Eu tenho os meios para fazer mais filhos'' ♡. Lucrezia, uma das personagens mais ambíguas e intrigantes do Renascentismo, transitando entre o papel de ''doce vítima das circunstâncias'' a ''depravada manipuladora sem escrúpulos'' me encantou com suas várias camadas e, politicamente correto ou não, me fez prender a respiração em suas cenas viscerais com o Cesare e torcer por sua relação cheia de química. Finalmente, quanto a Cesare, consegui entender o fascínio que ele exercia. A impressionante mistura de ambição, ousadia, inteligência e grande capacidade de articulação política e militar que inspirou Maquiavel em O Príncipe, como modelo de governante ideal me fez ver a vantagem de um final precoce em um momento vitorioso. Menções honrosas as deliciosas menções sobre figuras como Leonardo da Vinci e Michelangelo, a Jeremy Irons e sua monstruosa interpretação como o Papa Alexandre VI e a Sean Harris que deu vida a Micheletto, o personagem que cresce a cada episódio e termina como o mais bem desenvolvido da série.
Parabéns HBO, novamente rebaixando personagens femininas pelo shock value. Todo o desenvolvimento da Sansa foi desprezado em nome de ''polêmicas'', mídia e repercussão, como se ela não tivesse motivos suficientes para odiar os Bolton e ninguém soubesse do que o Ramsay é capaz. Claro que é muito mais fácil apelar para um coitadismo, diminuir uma mulher e assim alegar um suposto fortalecimento justificado, ao invés de investir na evolução da mesma. Roteiristas mais uma vez desconstruindo um personagem e subestimando os telespectadores.
Sinceramente, não imaginava que essa temporada poderia ser realmente tão ruim quanto está sendo, será que existe alguém no mundo que consiga se interessar pelas storylines envolvendo a indústria e os segredos do Bart Bass zzz?
Mad Men (7ª Temporada)
4.6 387 Assista AgoraComecei a série sem esperar grande coisa, pois mesmo ciente de toda a aclamação que a mesma recebe, não achava que uma história que teria a publicidade como pano de fundo, tema que nunca me interessou particularmente, poderia me prender completamente. Os primeiros episódios reforçaram essa ideia, a ambientação era impecável e o aspecto geral demonstrava competência, mas a história no máximo provocava uma momentânea curiosidade quanto a verdadeira identidade do Don e quando tudo ia ser revelado. Felizmente, hoje posso dizer que não podia estar mais enganada e Mad Men se junta a uma das poucas séries que me fizeram refletir sobre quem somos, o que queremos e o que faremos quando finalmente alcançamos o que julgarmos ser a ''vida perfeita'', de acordo com o significado que esta tenha para cada um de nós. Me fez passar por uma indignação enorme nas cenas escancaradas de machismo e me fez aprender a admirar cada uma das personagens femininas, todas diferentes e maravilhosas em suas múltiplas camadas.
Peggy, sempre vista como ambiciosa, aqui
abre mão de sociedade e de chefia para abraçar aquilo que ela sempre negligenciou em nome da carreira profissional: o amor. Embora tenha lamentado que ela não tenha se juntado a Joan e criado a empresa mais badass de todos os tempos
Joan, que conhecemos como a perfeita femme fatale, sempre mostrou ser competentíssima em seu trabalho, enquanto contraditoriamente dizia estar ali apenas até o momento de agarrar um marido rico, teve meu final preferido. Ela tem estabilidade, família e o parceiro que pareceu procurar durante toda sua vida. Mas ela não vai mais se sujeitar a ser controlada por alguém e não vai se entregar ao conforto de uma vida tranquila, mas sim continuar a fazer aquilo que gosta e no que é tão boa.
Quanto a Betty, eu realmente acho que o Weiner sempre foi muito injusto com a personagem. Sim, ela foi chata e mimada, mas sempre foi um produto de seu tempo, os anos 60 e foi fiel a isso até o fim, muitas vezes vítima da expectativa que sua beleza depositava sobre ela.
Quando finalmente estava começando a demonstrar vontade de ir além, com a graduação em psicologia, ele me inventa uma tragédia dessas para a coitada.
Finalmente, Don. O homem que já foi tantos durante o decorrer da história, ''person to person'', já dizia o título, e me despertou os mais diferentes sentimentos em sua enorme complexidade, finalmente em paz com si mesmo, deixando de lado a personalidade que ele criou para si mesmo: o casamento perfeito, a família de revista, o executivo de sucesso, provavelmente pensando que assim alcançaria a felicidade, enquanto só vendia uma ilusão e a realidade batia a sua porta e não lhe deixava se permitir ser amado por aquilo que não era verdadeiramente (''Every moment of happiness is just a moment before you need more happiness). A ambiguidade de seu final foi perfeita, embora eu tenha certeza de que aquele sorriso só possa significar que
ele voltou a NY e criou um dos comerciais mais icônicos de todos os tempos,
Os Bórgias (3ª Temporada)
4.4 133 Assista AgoraAinda fico inconformada com o cancelamento em pleno auge de qualidade da série, que merecia um final sem tantas pontas soltas. The Borgias me levou a querer conhecer mais sobre personagens históricos que são pouco debatidos atualmente e levaram vidas extremamente interessantes, como Catarina Sforza. Impossível não se impressionar com a fibra da Condessa de Forli, desafiando todos os convencionalismos de seu tempo ao fazer jus a inimigos como Cesare Borgia e o Rei da França, Carlos VIII e também protagonista de um dos momentos mais inesquecíveis da produção: ''Eu tenho os meios para fazer mais filhos'' ♡. Lucrezia, uma das personagens mais ambíguas e intrigantes do Renascentismo, transitando entre o papel de ''doce vítima das circunstâncias'' a ''depravada manipuladora sem escrúpulos'' me encantou com suas várias camadas e, politicamente correto ou não, me fez prender a respiração em suas cenas viscerais com o Cesare e torcer por sua relação cheia de química. Finalmente, quanto a Cesare, consegui entender o fascínio que ele exercia. A impressionante mistura de ambição, ousadia, inteligência e grande capacidade de articulação política e militar que inspirou Maquiavel em O Príncipe, como modelo de governante ideal me fez ver a vantagem de um final precoce em um momento vitorioso. Menções honrosas as deliciosas menções sobre figuras como Leonardo da Vinci e Michelangelo, a Jeremy Irons e sua monstruosa interpretação como o Papa Alexandre VI e a Sean Harris que deu vida a Micheletto, o personagem que cresce a cada episódio e termina como o mais bem desenvolvido da série.
Game of Thrones (5ª Temporada)
4.4 1,4KParabéns HBO, novamente rebaixando personagens femininas pelo shock value. Todo o desenvolvimento da Sansa foi desprezado em nome de ''polêmicas'', mídia e repercussão, como se ela não tivesse motivos suficientes para odiar os Bolton e ninguém soubesse do que o Ramsay é capaz. Claro que é muito mais fácil apelar para um coitadismo, diminuir uma mulher e assim alegar um suposto fortalecimento justificado, ao invés de investir na evolução da mesma. Roteiristas mais uma vez desconstruindo um personagem e subestimando os telespectadores.
Penny Dreadful (1ª Temporada)
4.3 1,0K Assista AgoraEva Green vai ter emmy sim, e se reclamar, vai ter dois.
Twin Peaks (1ª Temporada)
4.5 522''Well, I'm Audrey Horne, and I get what I want''.
Bates Motel (1ª Temporada)
4.3 1,4KE merecidamente, Vera Farmiga foi indicada ao Emmy!
Torcendo pela vitória da rainha da série.
The Vampire Diaries (4ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraSó sei que Klaroline tem que acontecer logo, o resto sinceramente não me importa.
The Vampire Diaries (4ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraElena ficou tão forçada... Não tem salvação, ela consegue ser insuportável de qualquer jeito.
The Vampire Diaries (4ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraFinalmente a quarta temporada deslanchou, a série está com um ritmo incrível.
Os Originais (1ª Temporada)
4.4 447Não sei se torço para fazer sucesso porque amo os originals, ou se torço para flopar e os levarem de volta para tvd, queria Klaroline.
The Vampire Diaries (4ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraÉ ridículo ver tanta superioridade de personagens que até alguns episódios atrás eram humanos para cima dos originais.
Gossip Girl: A Garota do Blog (6ª Temporada)
4.1 597Estou apenas contando o número de episódios para isso acabar logo, porque vontade de ver eu não tenho nenhuma.
The Vampire Diaries (4ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraKlaroline <3
saudades da rebekah
Gossip Girl: A Garota do Blog (6ª Temporada)
4.1 597Sinceramente, não imaginava que essa temporada poderia ser realmente tão ruim quanto está sendo, será que existe alguém no mundo que consiga se interessar pelas storylines envolvendo a indústria e os segredos do Bart Bass zzz?
The Vampire Diaries (4ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraQuero Elena deixando de sonsa (milagres acontecem), Damon e Elena, Klaus e Caroline ]=