Mario Kalbuch

Trás frescor a franquia ao mesmo tempo em que a coloca numa posição de destaque no gênero. É sanguinário, nojento, assustador, claustrofóbico. Além disso, é conduzido de maneira que passamos a primeiramente nos importar com a família protagonista, para depois vermos sofrerem os maiores horrores. Ótima escolha de elenco, por sinal!
Maquiagem e efeitos práticos, pontos altos da franquia desde o primeiro filme, mais uma vez sendo destaques na produção.
Certamente, um dos melhores filmes de terror de 2023

Em meio a tantos filmes natalinos sendo lançados todos os anos (né, Netflix?), vimos um celebra a ocasião num outro espírito. É grotesco, violento, bobo, de mal gosto, carregado de humor negro e movido por personagens estereotipados... e é muito divertido!

Confesso que já vi muitos filmes tentarem referenciar o clássico 'Esqueceram de Mim', mas esse foi o único que conseguiu com êxito.

O acerto do filme está na tentativa de ir além daquilo que vimos no filme anterior. Assim, Órfã 2 não trata-se apenas da Esther entrando em uma família, levando terror a eles e, por fim, seduzindo o pai (embora tudo isso esteja na trama e faça sentido, pois revela o perfil da psicopata de que trata a história). Existe um plot twist que dá uma nova guinada na história, torna-a caótica e, limitadamente, interessante.
Digo limitadamente porque a grande revelação é mal colocada na narrativa. Acontece lá pelo meio do filme e não é suficientemente boa para segurar o restante do filme. Ou talvez por tratar-se de um prequel, tudo que vem a seguir não cause impacto suficiente por sabermos onde tudo vai terminar. Assim, a duração se excede mais do que deveria. Ainda assim, há alguns confrontos entre a família que são divertidos (olá, vitamina com rato!).
O ato final, porém, é ruim demais. Uma cena de perseguição sem fôlego, que torna bons personagens em figuras estúpidas.
É impossível falar desta produção sem mencionar a decisão de escalar a criança do original, Isabelle Fuhrman, para participar da sequência. Agora com 23 anos, causa desconforto para o público vê-la como uma menina de 7 anos. São inúmeras cenas filmadas de sua dublê de costas, ou da própria a partir da altura dos ombros. A decisão mais acertada, pelo menos para mim, teria sido escalar uma nova criança para o papel.
Ao final, Órfã 2 é mais um daqueles filmes de terror que mostram que nem toda produção do gênero nasceu para virar franquia.