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São Paulo - (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Mônica de Almeida Dias 💕

    É um bom filme de comédia, contudo, ele aborda temas sensíveis que precisavam ter sido tratados com mais respeito, pois afetam a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.

    Ele foi inspiração direta para o filme "Meninas Malvadas" (2004), pelo menos para algumas cenas, mas a diferença entre os dois é que o filme da Tina Fey dosou melhor os momentos de comédia e não tocou em alguns temas considerados tabus, que este filme toca, justamente porque eles precisam ser tratados com sensibilidade.

    Por fim, é importante deixar claro que o menino do filme estava doente e precisava de tratamento psicológico ou psiquiátrico. Nada do que ele sugere é engraçado ou certo. Ele precisava de ajuda, o filme poderia ter falado mais sobre isso e o relacionamento deles era abusivo.

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  • Mônica de Almeida Dias 💕

    É um bom filme, realmente é bem longo, mas possui história suficiente para ocupar este tempo.

    Lembra o filme "Tarde Demais" (1949), com a Olivia de Havilland, inclusive a atriz Lily Gladstone é parecida com ela, ambas possuem o mesmo olhar e as cenas finais das duas são semelhantes nos dois filmes. Gostei da escolha dessa atriz.

    Em contrapartida, o filme possui problemas de edição. A primeira parte do filme é interessante, pois descreve o contexto histórico das famílias e de toda a situação criminosa que ocorria no local que necessitava de investigação.

    Entretanto, a segunda parte é muito extensa e poderia ter sido reduzida, pois deu um grande foco nos diálogos e planos dos assassinos. Acredito que a maioria das pessoas já tinha entendido a intenção deles desde os primeiros minutos, inclusive a personagem feminina principal: interesse no dinheiro deles.

    Na segunda parte do filme, o protagonismo indígena se torna secundário, eles perdem tempo de tela e só aparecem para serem manipulados e sofrer. Não gostei dessa parte, pois mostrou muito abuso e poucas cenas de indignação, parecia mais um filme de máfia do Scorsese.

    A terceira parte, envolvendo o surgimento do FBI e as cenas de julgamento, retoma o ritmo do filme. O nome do J. Edgar Hoover, primeiro diretor do FBI, foi citado várias vezes, mas ele não aparece em nenhuma cena.
    Coincidentemente, o ator Leonardo DiCaprio fez um filme sobre ele, em que ele era J. Edgar Hoover, o nome do filme é "J. Edgar" (2011), o diretor foi o Clint Eastwood.
    Além disso, o aparecimento dos atores Brendan Fraser e Jesse Plemons melhora o andamento do filme.

    O final do filme é corrido, gostei da homenagem ao rádio, mas acredito que era necessário ter dado mais atenção para o desfecho mostrando as cenas, pois ficou meio "Orson Welles narrando Guerra dos Mundos", isto é, o assunto ficou meio teatral, como se a história do filme fosse baseada em ficção, sendo uma radionovela. Assim, apesar do diretor aparecer no final, a cena poderia ter sido mesclada com cenas que retratassem os fatos narrados, elas poderiam ser narradas só por ele.

    O roteiro é bom, é adaptado de um livro de mesmo nome, mas o filme passou a mensagem que estava mais interessado em mostrar os assassinos ambiciosos e as interpretações de Leonardo DiCaprio e Robert De Niro do que defender os indígenas, pois a maior parte do tempo de tela é ocupada por eles, os indígenas são mostrados como pessoas extremamente ingênuas e manipuláveis, que aceitavam as injustiças de forma passiva a maior parte do tempo.

    A trilha sonora é sombria e é utilizada como um "Bolero de Ravel", mas acredito que eles poderiam ter utilizado mais músicas folk indígenas, pois com certeza existiam centenas e isto evitaria a utilização da mesma música várias vezes. Visto ser um filme que fala dos indígenas, seria legal ter utilizado as músicas folclóricas dos indígenas.

    Em resumo, é uma história triste, pesada, como citado, chegou um momento que parecia mais um filme de máfia que o Scorsese fez no passado, mas acredito que realmente foi um problema de edição.

    Dessa forma, este filme retrata uma história importante e que precisava ser contada.

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  • Mônica de Almeida Dias 💕

    "Vidas Passadas" é do tipo de filme que abre muitas ilusões nas pessoas, mas também pode ajudar a fechar.

    "Almas Gêmeas", no sentido amoroso, são aquelas pessoas que escolhem ficar juntas e são felizes juntas, porque elas se complementam.

    O casal de amigos mostrado neste filme vive se separando e por longos períodos de tempo, é uma vida de ausência, tão ausente que é possível construir uma vida dentro desta ausência, e foi o que aconteceu.

    Logo, eles não eram "almas gêmeas" no sentido amoroso, pois é impossível ter um relacionamento estável assim. A amizade deles era alimentada por memórias e muitas suposições, que geravam estagnação mental e depois causaram sofrimento em ambos.

    O filme mostra a história de amigos que vivem só de memórias da infância e projeções do passado, que idealizam como a vida poderia ter "sido", mas não foi e não é.

    As pessoas possuem uma inclinação para romantizar e idealizar amores passados não concretizados, mas muitas vezes é necessário se curar e seguir em frente. É fácil falar isso e complexo de exercer, mas é a verdade.

    Aceitar fins de ciclo é difícil, mas cada pessoa que passa pela nossa vida tenta ensinar algo, mesmo que de forma inconsciente, mesmo que ela não saiba que ensinou, são poucas as que conseguem fazer isto, por isto elas ficam na nossa memória e se a presença delas foi intensa, talvez vamos lembrar com detalhes da sua passagem.

    O homem que casou com ela e a escutou falar de pessoas do passado era o verdadeiro "destino" dela, pois só uma pessoa que ama a outra tem paciência suficiente para aguentar este tipo de situação e não ir embora.
    Além disso, ele nunca se esquivou de responsabilidades e prestou atenção em detalhes importantes, se esforçando para manter o relacionamento, como aprender o idioma dela. Enquanto o amigo, quando questionado sobre a possibilidade de visitá-la elencou uma lista de prioridades pessoais, sendo que a primeira não incluía vê-la.

    Desde o início do filme o amigo disse que só estava com "saudade", depois estabeleceu um prazo muito grande para vê-la e por fim disse que estava de "passagem". Essas não são atitudes muito firmes e nem que conferem a ideia de "permanência".

    Acredito que o filme quis ensinar a ficarmos com as pessoas que permanecem conosco.

    Se duas pessoas não ficam juntas, nem por todo diálogo, memória afetiva ou esforço do mundo, elas não são almas gêmeas, no sentido amoroso. Se elas se afastam, mas realmente é "destino", elas se reencontram e ficam juntas sem muito drama, é simples.

    Ficar pensando em amores do passado não concretizados gera estagnação, alimenta ilusões, é desrespeitoso com os parceiros atuais, mesmo que eles sejam compreensivos, e não torna aquela situação "destino", isto não faz nem sentido, porque o "destino" da protagonista direcionou ela para outros caminhos.

    O passado pode ser consultado nos momentos certos, mas não pode dirigir a vida das pessoas, pois é o presente que determina o futuro e não o passado. O final do filme foi coerente.

    O roteiro não é original, mas é bem feito e tenta ser sensível ao mesmo tempo que é realista.

    Na verdade, parece uma junção dos filmes da franquia "Antes do Amanhecer" com "Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo", em que a protagonista ficava criando realidades diferentes da que ela tinha e verificando em qual delas seria mais feliz, só foi tirada a parte da fantasia e ao invés da filha é um amigo.

    A fotografia do filme é bonita. É um dos melhores filmes atuais que conseguiu captar a grandeza e a beleza de New York.
    A trilha sonora é sutil e combina com o filme. A duração do filme é adequada.

    Em uma análise aprofundada é um filme mediano, mas nesses aspectos que mencionei é bom.

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