Filme excepcional pra quem se interessa pela temática. Nem de longe estava esperando algo tão bom assim. Vale muito a pena conferir, principalmente considerando que a história é vista pelo prisma de personagens femininas, da protagonista as coajduvantes, num filme que tem a cultura do skate como pano de fundo, algo que não me lembro de ter visto antes no cinema. Fora isso, é mais um coming of age: retrata as inseguranças, os anseios e as dúvidas que normalmente surgem na transição da adolescência pra vida adulta. Mesmo que isso tenha aos montes por aí, Skate Kitchen é super bem feito nesse aspecto também.
Acho que pelas grandes semelhanças que têm com Mid90s e pelo fato deste ser a estreia do Jonah Hill na direção, esse filme acabou ficando um pouco ofuscado e infelizmente foi pouquíssimo visto, mas é tão bom quanto.
Violento, sádico, surtado e bastante sucinto. Acontece tanta coisa nesse filme que é quase inacreditável que, sem os créditos, ele tenha 1h20min de duração. Mais impressionante é conseguir comprimir tanto conteúdo em uma duração limitada e mesmo assim não deixar ele com uma faceta superficial ou confusa. Tudo é bem construído em Thursday e você se afeiçoa pelos personagens e pela história instantaneamente.
Punch-Drunk Love é a confirmação de que você não precisa de um roteiro complexo e de um filme muito longo para fazer uma obra-prima. Ele encontra sua genialidade em sua simplicidade e principalmente em seu ritmo acelerado. Tem uma história mais ou menos relacionável, o que é comum em muitos filmes do gênero, embora este fuja das escolhas convencionais.
Barry é um personagem intrincado e Sandler entrega mais uma atuação estonteante em sua carreira, por mais irônico que isso possa parecer. O principal mérito desse trampo é, ao meu ver, a forma como ele consegue passar perfeitamente bem o ambiente claustrófobico, totalmente sufocante, em que o protagonista está inserido, seja no trabalho ou na relação familiar. Tudo é muito frenético e desenfreado na vida de Barry e você sente a ansiedade dele na sua própria pele desde o início.
O romance entre Lena e Barry também é muito bem feito, dois personagens esquisitos, que flertam com a solidão e que se encontram um no outro.
A cena em que eles estão na cama e Barry diz que ela é tão linda que ele queria dar uma marretada na cara dela e a Lena diz que quer arrancar os olhos dele com uma colher e comer é genial.
Como elemento complementar, podemos citar o breve mas marcante personagem do Seymour Hoffman, totalmente alucinado.
Não dava nada por esse filme mas ele acabou se tornando uma das mais agradáveis surpresas que tive recentemente. Espero que as pessoas não se sintam inibidas a assistir por ser com o Adam Sandler e por ter essa média retardada inexplicável, porque vale a pena demais.
Visualmente interessante, mas peca absurdamente na execução. A representação do inferno que Nobuo Nakagawa nos dá é definitivamente maravilhosa. Sombria, perturbadora e completamente doentia. Infelizmente, excetuando isto, o filme decepciona em todo o resto. O desenvolvimento dos personagens (excluindo aqui Tamura, que é o único realmente interessante) é pobre e a história é bastante entediante. De toda forma, é um registro histórico importante, principalmente pelas imagens impactantes que Inferno traz para um filme lançado em 1960. O barulho deve ter sido grande.
Confesso que não estava botando muita fé quando foi anunciado que seria feita uma sequência de um dos melhores (senão o melhor) filme com temática de drogas/junkies de todos os tempos. Que bom que me enganei. Não me arriscaria a dizer que é melhor que seu antecessor, embora não ache exagerado quem simpatize com essa opinião, mas T2: Trainspotting é, no mínimo, uma sequência muito digna.
Admito que não li ''Porno'', livro que serviu - pelo menos na teoria - como inspiração pra que o longa pudesse ser realizado, então não posso opinar a respeito do que foi acrescentado, omitido, etc, mas confesso também que, pessoalmente, por mais que o filme não tenha usado o romance de forma fidedigna, se o resultado final foi bom - o que pra mim definitivamente foi -, foda-se o livro. Enfim, mais uma vez, filmaço do caralho e sequência totalmente à altura.
De uma sensibilidade e minuciosidade que poucas vezes me tocaram. De um pessimismo tão preciso e verídico, que torna-se poético.
Os enquadramentos finais, mostrando a cidade, os lugares por onde Anders esteve, aquela sensação de que tudo continua, o mundo não para, não importa o que aconteça, todos seguem. Não somos nada.
Que filme absurdamente doloroso. Fica até meio difícil transcrever as sensações em palavras. Pra quem diz que machismo é mimimi de mulher, que não existe repressão, cultura patriarcal e tudo mais, Mustang torna-se obrigatório.
Erol tem seu lugar bem reservado como um dos personagens mais asquerosos da história do cinema, toda vez que ele surgia em cena eu imaginava um jeito diferente pra ele morrer.
Dada a premissa do filme, tudo que ele parece ser e até o atrativo nome, poderia ter sido um excelente trabalho. Talvez pra época, tenha sido um filme realmente bom, mas que, ao meu ver, ficou extremamente datado. Basicamente nada funciona em ''The Lonely Guy'', piadas totalmente sem graça, romance pessimamente desenvolvido e personagens esquecíveis.
Retrato preciso sobre degradação social, desamparo, descobertas e consequentemente o amadurecimento forçado de uma simples criança. O protagonista Mongrel é de fato encantador, e ao mesmo tempo em que se sente certo pesar por estar na situação em que se encontra, sente-se encantado por suas aventuras, bondade e inocência que só uma criança pode proporcionar. O despreparo que gera posteriormente no abandono de pessoas é algo que já dói mesmo quando não se passa por isso, só de ver já é incômodo.
Sei que uma análise muito mais profunda tem que ser feita a respeito da mãe de Mongrel, e que isso é basicamente uma referência pro que realmente acontece na realidade (não só por parte das mães, evidentemente), mas porra, não tem como não odiá-la.
Aquela cena em que ele divide o pão com o cachorro, apesar de bem sutil, é muito encantadora. É aquilo que dizem: muitas vezes quem menos tem, é quem mais dá.
Em suma, ''Jesten'' é um filme excelente, reflexivo e muito, muito sofrível, esse diálogo em específico, é um dos que mais transparecem isso:
- O que aconteceu com os gatinhos? - Eles afundaram - Como assim? - No rio - Você os afogou? - Quem iria alimentá-los? - Eu poderia ter ficado com todos eles, se soubesse. - É a vida. Quem precisava deles de todo o jeito? - Ninguém precisa de mim também. Por que não me afoga?
Todos nós existimos, infelizmente muitos são invisíveis.
Poderia me prolongar absurdamente para falar de Looking For Eric, afinal, ele tem incontáveis pontos positivos, mas me limitarei a só parabenizar Ken Loach por esse pedaço importantíssimo de arte. Atuações primorosas, destaques óbvios pros dois personagens principais: Éric Cantona - eu, que já era fã imensurável do jogador por tudo que fez em campo, e até da pessoa, principalmente por atitudes políticas, virei ainda mais depois de ver o filme - e Steve Evets, que entregou um personagem muito empático e agradável, e que, apesar dos erros do passado, torna basicamente impossível não se afeiçoar por ele.
''What a friend we have in Jesus He's a saviour from afar What a friend we have in Jesus And his name is Cantona...''
Uma mente irrevogavelmente genial, com um talento espetacular para criação, sendo testada e molestada por pessoas problemáticas e aproveitadoras que eventualmente levaram Brian Wilson a um processo de deterioração mental inevitável. Desde as surras dadas pelo pai, até o oportunismo descarado de Dr. Eugene, influenciaram nesse processo. Melancolia e tristeza definem bem no que viver num meio problemático pode causar, ainda mais quando se é naturalmente sensível psicologicamente.
Gostei das alternâncias de tempo proporcionadas na montagem de Love & Mercy, de um Brian Wilson totalmente engolido pelo tempo e pelas pessoas a seu redor, perdido em si mesmo, e totalmente manipulado, a um outro, totalmente empolgado com suas criações, confiante de seu dom. Os processos subversivos que ele incrementou ao som dos Beach Boys, e a expectativa e contemplação de seu próprio talento ao dizer:
O que, ao final do processo e lançamento de Pet Sounds, era a mais pura verdade.
Falando agora justamente do Brian Wilson enquanto artista e dos Beach Boys como um todo: era óbvio que todos tinham talento em determinados quesitos, mas a alma e coração da banda sempre foram representadas por ele, a ideia de largar o som pragmático e meramente comercial dos álbuns anteriores, onde eles provavelmente nem acreditavam no que cantavam, já que as letras tinham fortes ligações com a cena surfista californiana dos anos 60, onde nenhum deles (com exceção de Dennis, se não me engano) sequer sabiam surfar, para partir para uma outra pegada, totalmente subversiva, experimentalista e, à época, com uma veia inovadora também.
Love & Mercy é bacana nos aspectos técnicos, a trilha evidentemente dispensa qualquer menção, quanto às atuações, mais um ótimo trabalho feito pelo Paul Dano, mas aqui, quem me agradou mesmo foi o John Cusack (o que surpreendeu a mim mesmo, já que não sou um grande entusiasta).
PS: Apesar de mostrar boa parte do processo de criação do álbum mais importante dos Beach Boys e de alguns posteriores, e, mesmo entendendo que Brian Wilson querendo ou não, é a parte mais importante dos Beach Boys, a tradução do título em português não me pareceu altamente apropriada, afinal, os outros integrantes são meríssimos coadjuvantes, talvez até menos que isso, com exceção do personagem de Mike, que aparece um pouco mais por ser justamente o que mais se opunha às ideias de Brian.
Excepcional. Viggo Mortensen é visceral, monstruoso, e o Cronenberg, como diretor versátil que é, se sai maravilhosamente bem quando dirige este tipo de filme que apesar de ter uma marca ou outra do que é o habitual dele, foge bastante do estilo de cinema que o consagrou.
Celebração contemporânea da era de ouro do hip-hop com doses muito bem-humoradas (algumas vezes, mesmo que minimamente, lembra algum tipo de besteirol, mas obviamente longe de atingir a superficialidade do gênero) mescladas com um apanhado de cenas que trazem um pouco mais de tensão, e eventualmente até drama. Impossível não mergulhar na história de Malcolm e na 'bola de neve' em que ele acaba inconscientemente se envolvendo.
O segmento final é absurdamente genial, Malcolm refazendo a sua carta de admissão, todo o discurso, e o ápice da carta, que é o momento de fechar os olhos, mostrando como a sociedade é segregada, estereotipada e claro, racista, mesmo que no filme isto tenha ficado de forma subentendida, e a abordagem não vai tanto pra esse lado.
Nos aspectos técnicos se sobressai também. Nas, A Tribe Called Quest, Digable Planets, Public Enemy... poderia ficar contemplando a trilha sonora desse filme pra sempre, assim como a cinematografia, estonteante e com cores vibrantes.
Indiscutivelmente um documentário muito sincero, íntimo e fiel a história de Kurt Cobain. A construção desse trabalho nos aspectos técnicos são absurdas, as animações, o fato de ter dado vida aos diários dele tornou tudo muito mais agradável. É inevitável não se emocionar já com o trailer, onde são mostradas algumas cenas do Cobain criança, numa época (provavelmente a única) em que ele foi inteiramente feliz. É o melhor trabalho sobre a vida do cara, fazendo com que este se sobressaia infinitamente em relação à porcarias lançadas ao longo dos anos (vide Soaked in Bleach e Kurt & Courtney).
No entanto, apesar de tê-lo achado magnífico, não foi plenamente perfeito pra mim por alguns fatores. Dentre eles, é que,apesar de o filme mergulhar nos mais profundos pensamentos de Kurt Cobain, eu achei que em muitas partes, a história foi colocada de maneira muito superficial, muito vaga. Pra quem leu Heavier than Heaven e Cobain Unseen principalmente,fica com o sentimento de que poderiam ter colocado muito mais coisas, se aprofundado muito mais, especialmente em relação à morte dele, que foi ao meu ver, pessimamente abordada. Eles focaram muito mais na tentativa de suicídio ocorrida em Roma do que na tentativa crucial, e não foram apresentados tão claramente assim os problemas dele com drogas e emocionais, ficou parecendo que sei lá, o cara se matou por ciúme da Courtney ou algo assim, e a parada é muito mais complexa que isso.
Pensei também que o filme traria mais material inédito, mas só de ver alguns videos amadores dos primeiros shows deles, e perspectivas diferentes de shows grandiosos (como a visão do público pro palco no Hollywood Rock de 93) ja valeram muito a pena, e é claro, os videos caseiros gravados pelos dois e eventualmente pelo Eric Erlandson.
Ri pra caralho do Cobain de bigode imitando o Chris Cornell
Na parte de entrevistas, as ausências sentidas foram óbvias: Dave Grohl, Jesse Reed, Tobi Vail e Dylan Carlson (este último não teria tanta relevância assim, já que o abuso de drogas do Cobain foi pouco abordado). Por outro lado, foi um grande mérito do diretor ter conseguido entrevistar Don Cobain e até a madrasta de Kurt, contando os tempos difíceis dele enquanto adolescente.
É claro que analisando Montage of Heck de forma ampla, a conclusão final é super positiva. Foram 132 minutos de projeção sobre a vida de um dos caras mais geniais que estiveram por aqui, em diversos aspectos, e que, demasiadamente sensível que era, não estava preparado pra absolutamente nada do que lhe foi reservado na vida adulta, principalmente o sucesso repentino.
Seria realmente genial se houvesse uma ''casa'' exatamente igual a de Soylent Green (mas não obviamente com o mesmo propósito final) no mundo real. Quem sabe em 2022.
Foi meio incômodo ver John sofrendo por não estar certo de sua sexualidade, sofrendo por estar gostando de outro homem, algo que não deveria ser motivo de sofrimento algum, mas que infelizmente somos condicionados a pensar dessa forma devido a julgamentos e discursos de ódio que todos os dias são proferidos em relação a homossexuais e outros grupos oprimidos, onde dentro do próprio filme é retratado isso, levando em conta que Dixon tem um grupo de amigos esportistas metidos a machões, enquanto ele, mesmo sendo um deles, não é.
Me peguei encantado com o casal em diversas vezes, de ficar apaixonado mesmo, e fiquei encarando a beleza do protagonista quase que na mesma proporção que ele encarava John.
e totalmente sentimental, ainda mais sabendo que todo o discurso é real, e que muitas pessoas passam por isso.
A simplicidade e a sensibilidade de Get Real tornam quase impossível não se sentir afetivamente ligado por Steven, Linda e até mesmo John, enquanto ambos estão juntos e compartilham de momentos felizes.
A palavra definitiva desse filme é degradante. Maravilhoso como algo tão negativo, tão doentio, declinante se torna algo tão bonito, encantador, por ser real e forte. Asia Argento não só dirigiu Maldito Coração muito bem, como entregou uma atuação espetacular, fazendo pra mim, a mãe mais nojenta e ruim que se possa imaginar, apesar de ter alguns resquícios de afeto para com Jeremiah, está totalmente à altura do que o filme se propôs a mostrar. Enquanto Dario Argento normalmente mostra em seus filmes uma vida com terror, Asia faz totalmente o contrário, mostra o terror que pode ser, e que normalmente é, a vida. Só de pensar que isso pode acontecer na vida real bate até uma tristeza, o que no fim, só aumenta os méritos de Heart is Deceitful Above All Things.
Um elenco muito bem escolhido, cheio de participações legais, como as de Michael Pitt, Peter Fonda, John Robinson, Winona Ryder e até Marilyn Manson (Não que este último tenha alguma relevância, mas de qualquer forma, é curioso). Outra coisa bela, foi a direção de arte, que por mais simples que fosse, ficou magnífica, encantadora, sem falar da trilha sonora, com Sonic Youth.
Tô tentando até agora achar um ponto negativo nesse filme. Surreal, uma viagem completa. Primeiro filme indiano que eu vejo, não poderia começar de uma maneira melhor. Mescla diversos gêneros, todos muito bem desenvolvidos. O filme todo tem como base a comédia, mas graças às doses dramáticas e até musicais (eu mesmo que não suporto musicais, achei os números fantásticos, muito bem feitos, divertidos) Como já comentaram aqui, é pra rir, é pra chorar. Desperta todo tipo de emoções. Nos detalhes técnicos, soberbo também. Belas paisagens. Assim como a trilha sonora, que também é ótima. Parabéns de pé aos envolvidos, 3 Idiots é sem sombra de dúvidas uma obra de arte.
Primeiramente, grande filme do Ben Affleck. Feito de caminhos, escolhas, tão complicado quanto à vida. Uma coisa que achei interessantíssima nessa obra, é opção de escolha que ele te dá (apesar do próprio diretor deixar claro o que ele pensa), pra que lado você quer ir. Se quer tomar a mesma atitude de Patrick, ou se da Angie, e os questionamentos que essa escolha pode causar.
Se fosse eu, a princípio, teria feito o mesmo que Patrick, teria chamado mesmo a polícia, afinal, ninguém tem o direito de tirar uma criança de alguém de tal forma, porém, quando me deparei com a cena final, do Patrick voltando à casa de Helene, e o semblante triste da Amanda, foi que me veio o grande questionamento. Aquela velha pergunta, pai/mãe é aquele que põe no mundo ou aquele que cria e cuida?
O filme tem alguns pontos confusos, mas nada que apague o que ele é, um excelente trabalho.
Muito em decorrência de não gostar da maioria dos trabalhos do Alex Proyas, demorei pra ver aquele que é considerado o seu maior trabalho. E não me arrependi nem um pouco, valeu cada segundo. The Crow tem um toque sombrio incomparável, único, de puro goticismo, o que pra mim, o transforma numa obra de pura atmosfera, não basta ver o que está se passando, tem que sentir todo o clima que ele te passa.
O filme se tornou muito mais conhecido por um infeliz acidente, e antes de assisti-lo, era mais ou menos o que eu esperava, uma obra mediana com uma hype além da média porque um ator morreu o fazendo. Engano total. Pra mim já se transformou em um dos mais emblemáticos filmes que já vi, e sem dúvida um dos melhores da década de 90. Brandon Lee foi, mas deixou algo maravilhoso, pra ser visto e revisto sempre, e, querendo ou não, a morte dele dá meio que um toque especial pro filme, mas The Crow se sustenta sozinho, vai muito além. Posso estar exagerando talvez, não sei, mas pra mim trata-se de uma obra-prima.
O Quinto Elemento
3.7 815Nada mais contemporâneo do que uma e-girl franjudinha de cabelo colorido salvando o mundo
Skate Kitchen
3.8 42Filme excepcional pra quem se interessa pela temática. Nem de longe estava esperando algo tão bom assim. Vale muito a pena conferir, principalmente considerando que a história é vista pelo prisma de personagens femininas, da protagonista as coajduvantes, num filme que tem a cultura do skate como pano de fundo, algo que não me lembro de ter visto antes no cinema. Fora isso, é mais um coming of age: retrata as inseguranças, os anseios e as dúvidas que normalmente surgem na transição da adolescência pra vida adulta. Mesmo que isso tenha aos montes por aí, Skate Kitchen é super bem feito nesse aspecto também.
Acho que pelas grandes semelhanças que têm com Mid90s e pelo fato deste ser a estreia do Jonah Hill na direção, esse filme acabou ficando um pouco ofuscado e infelizmente foi pouquíssimo visto, mas é tão bom quanto.
Quinta-Feira Violenta
3.6 35 Assista AgoraViolento, sádico, surtado e bastante sucinto. Acontece tanta coisa nesse filme que é quase inacreditável que, sem os créditos, ele tenha 1h20min de duração. Mais impressionante é conseguir comprimir tanto conteúdo em uma duração limitada e mesmo assim não deixar ele com uma faceta superficial ou confusa. Tudo é bem construído em Thursday e você se afeiçoa pelos personagens e pela história instantaneamente.
Embriagado de Amor
3.6 479 Assista AgoraPunch-Drunk Love é a confirmação de que você não precisa de um roteiro complexo e de um filme muito longo para fazer uma obra-prima. Ele encontra sua genialidade em sua simplicidade e principalmente em seu ritmo acelerado. Tem uma história mais ou menos relacionável, o que é comum em muitos filmes do gênero, embora este fuja das escolhas convencionais.
Barry é um personagem intrincado e Sandler entrega mais uma atuação estonteante em sua carreira, por mais irônico que isso possa parecer. O principal mérito desse trampo é, ao meu ver, a forma como ele consegue passar perfeitamente bem o ambiente claustrófobico, totalmente sufocante, em que o protagonista está inserido, seja no trabalho ou na relação familiar. Tudo é muito frenético e desenfreado na vida de Barry e você sente a ansiedade dele na sua própria pele desde o início.
O romance entre Lena e Barry também é muito bem feito, dois personagens esquisitos, que flertam com a solidão e que se encontram um no outro.
A cena em que eles estão na cama e Barry diz que ela é tão linda que ele queria dar uma marretada na cara dela e a Lena diz que quer arrancar os olhos dele com uma colher e comer é genial.
Não dava nada por esse filme mas ele acabou se tornando uma das mais agradáveis surpresas que tive recentemente. Espero que as pessoas não se sintam inibidas a assistir por ser com o Adam Sandler e por ter essa média retardada inexplicável, porque vale a pena demais.
Inferno
3.5 35Visualmente interessante, mas peca absurdamente na execução. A representação do inferno que Nobuo Nakagawa nos dá é definitivamente maravilhosa. Sombria, perturbadora e completamente doentia. Infelizmente, excetuando isto, o filme decepciona em todo o resto. O desenvolvimento dos personagens (excluindo aqui Tamura, que é o único realmente interessante) é pobre e a história é bastante entediante. De toda forma, é um registro histórico importante, principalmente pelas imagens impactantes que Inferno traz para um filme lançado em 1960. O barulho deve ter sido grande.
Anjos Caídos
4.0 258 Assista Agora''Em 22 de junho de 1995, a equipe italiana Sampdoria veio jogar em Hong Kong. Fui ver o jogo com a Charlie. Ela é grande fã de Ruud Gullit.''
T2: Trainspotting
4.0 695 Assista AgoraConfesso que não estava botando muita fé quando foi anunciado que seria feita uma sequência de um dos melhores (senão o melhor) filme com temática de drogas/junkies de todos os tempos. Que bom que me enganei. Não me arriscaria a dizer que é melhor que seu antecessor, embora não ache exagerado quem simpatize com essa opinião, mas T2: Trainspotting é, no mínimo, uma sequência muito digna.
Admito que não li ''Porno'', livro que serviu - pelo menos na teoria - como inspiração pra que o longa pudesse ser realizado, então não posso opinar a respeito do que foi acrescentado, omitido, etc, mas confesso também que, pessoalmente, por mais que o filme não tenha usado o romance de forma fidedigna, se o resultado final foi bom - o que pra mim definitivamente foi -, foda-se o livro. Enfim, mais uma vez, filmaço do caralho e sequência totalmente à altura.
''O mundo muda mesmo que a gente não mude.''
Oslo, 31 de Agosto
3.9 194De uma sensibilidade e minuciosidade que poucas vezes me tocaram. De um pessimismo tão preciso e verídico, que torna-se poético.
Os enquadramentos finais, mostrando a cidade, os lugares por onde Anders esteve, aquela sensação de que tudo continua, o mundo não para, não importa o que aconteça, todos seguem. Não somos nada.
''Me lembro que ele insistia que a melancolia era mais fria que a nostalgia.''
Cinco Graças
4.3 329 Assista AgoraQue filme absurdamente doloroso. Fica até meio difícil transcrever as sensações em palavras. Pra quem diz que machismo é mimimi de mulher, que não existe repressão, cultura patriarcal e tudo mais, Mustang torna-se obrigatório.
Erol tem seu lugar bem reservado como um dos personagens mais asquerosos da história do cinema, toda vez que ele surgia em cena eu imaginava um jeito diferente pra ele morrer.
Rapaz Solitário
3.4 49Dada a premissa do filme, tudo que ele parece ser e até o atrativo nome, poderia ter sido um excelente trabalho. Talvez pra época, tenha sido um filme realmente bom, mas que, ao meu ver, ficou extremamente datado. Basicamente nada funciona em ''The Lonely Guy'', piadas totalmente sem graça, romance pessimamente desenvolvido e personagens esquecíveis.
Eu Existo
4.2 55Retrato preciso sobre degradação social, desamparo, descobertas e consequentemente o amadurecimento forçado de uma simples criança. O protagonista Mongrel é de fato encantador, e ao mesmo tempo em que se sente certo pesar por estar na situação em que se encontra, sente-se encantado por suas aventuras, bondade e inocência que só uma criança pode proporcionar. O despreparo que gera posteriormente no abandono de pessoas é algo que já dói mesmo quando não se passa por isso, só de ver já é incômodo.
Sei que uma análise muito mais profunda tem que ser feita a respeito da mãe de Mongrel, e que isso é basicamente uma referência pro que realmente acontece na realidade (não só por parte das mães, evidentemente), mas porra, não tem como não odiá-la.
Aquela cena em que ele divide o pão com o cachorro, apesar de bem sutil, é muito encantadora. É aquilo que dizem: muitas vezes quem menos tem, é quem mais dá.
Em suma, ''Jesten'' é um filme excelente, reflexivo e muito, muito sofrível, esse diálogo em específico, é um dos que mais transparecem isso:
- O que aconteceu com os gatinhos?
- Eles afundaram
- Como assim?
- No rio
- Você os afogou?
- Quem iria alimentá-los?
- Eu poderia ter ficado com todos eles, se soubesse.
- É a vida. Quem precisava deles de todo o jeito?
- Ninguém precisa de mim também. Por que não me afoga?
Todos nós existimos, infelizmente muitos são invisíveis.
Entre os Muros da Escola
3.9 363 Assista Agora''Se o que tem a dizer é menos importante que o silêncio, fique calado.''
À Procura de Eric
3.8 87Poderia me prolongar absurdamente para falar de Looking For Eric, afinal, ele tem incontáveis pontos positivos, mas me limitarei a só parabenizar Ken Loach por esse pedaço importantíssimo de arte. Atuações primorosas, destaques óbvios pros dois personagens principais: Éric Cantona - eu, que já era fã imensurável do jogador por tudo que fez em campo, e até da pessoa, principalmente por atitudes políticas, virei ainda mais depois de ver o filme - e Steve Evets, que entregou um personagem muito empático e agradável, e que, apesar dos erros do passado, torna basicamente impossível não se afeiçoar por ele.
''What a friend we have in Jesus
He's a saviour from afar
What a friend we have in Jesus
And his name is Cantona...''
The Beach Boys: Uma História de Sucesso
3.9 169 Assista AgoraUma mente irrevogavelmente genial, com um talento espetacular para criação, sendo testada e molestada por pessoas problemáticas e aproveitadoras que eventualmente levaram Brian Wilson a um processo de deterioração mental inevitável. Desde as surras dadas pelo pai, até o oportunismo descarado de Dr. Eugene, influenciaram nesse processo. Melancolia e tristeza definem bem no que viver num meio problemático pode causar, ainda mais quando se é naturalmente sensível psicologicamente.
Gostei das alternâncias de tempo proporcionadas na montagem de Love & Mercy, de um Brian Wilson totalmente engolido pelo tempo e pelas pessoas a seu redor, perdido em si mesmo, e totalmente manipulado, a um outro, totalmente empolgado com suas criações, confiante de seu dom. Os processos subversivos que ele incrementou ao som dos Beach Boys, e a expectativa e contemplação de seu próprio talento ao dizer:
''Vou fazer o melhor álbum de todos os tempos''.
Falando agora justamente do Brian Wilson enquanto artista e dos Beach Boys como um todo: era óbvio que todos tinham talento em determinados quesitos, mas a alma e coração da banda sempre foram representadas por ele, a ideia de largar o som pragmático e meramente comercial dos álbuns anteriores, onde eles provavelmente nem acreditavam no que cantavam, já que as letras tinham fortes ligações com a cena surfista californiana dos anos 60, onde nenhum deles (com exceção de Dennis, se não me engano) sequer sabiam surfar, para partir para uma outra pegada, totalmente subversiva, experimentalista e, à época, com uma veia inovadora também.
Love & Mercy é bacana nos aspectos técnicos, a trilha evidentemente dispensa qualquer menção, quanto às atuações, mais um ótimo trabalho feito pelo Paul Dano, mas aqui, quem me agradou mesmo foi o John Cusack (o que surpreendeu a mim mesmo, já que não sou um grande entusiasta).
PS: Apesar de mostrar boa parte do processo de criação do álbum mais importante dos Beach Boys e de alguns posteriores, e, mesmo entendendo que Brian Wilson querendo ou não, é a parte mais importante dos Beach Boys, a tradução do título em português não me pareceu altamente apropriada, afinal, os outros integrantes são meríssimos coadjuvantes, talvez até menos que isso, com exceção do personagem de Mike, que aparece um pouco mais por ser justamente o que mais se opunha às ideias de Brian.
Marcas da Violência
3.8 398 Assista AgoraExcepcional. Viggo Mortensen é visceral, monstruoso, e o Cronenberg, como diretor versátil que é, se sai maravilhosamente bem quando dirige este tipo de filme que apesar de ter uma marca ou outra do que é o habitual dele, foge bastante do estilo de cinema que o consagrou.
Dope: Um Deslize Perigoso
4.0 351 Assista AgoraCelebração contemporânea da era de ouro do hip-hop com doses muito bem-humoradas (algumas vezes, mesmo que minimamente, lembra algum tipo de besteirol, mas obviamente longe de atingir a superficialidade do gênero) mescladas com um apanhado de cenas que trazem um pouco mais de tensão, e eventualmente até drama. Impossível não mergulhar na história de Malcolm e na 'bola de neve' em que ele acaba inconscientemente se envolvendo.
O segmento final é absurdamente genial, Malcolm refazendo a sua carta de admissão, todo o discurso, e o ápice da carta, que é o momento de fechar os olhos, mostrando como a sociedade é segregada, estereotipada e claro, racista, mesmo que no filme isto tenha ficado de forma subentendida, e a abordagem não vai tanto pra esse lado.
Nos aspectos técnicos se sobressai também. Nas, A Tribe Called Quest, Digable Planets, Public Enemy... poderia ficar contemplando a trilha sonora desse filme pra sempre, assim como a cinematografia, estonteante e com cores vibrantes.
Cobain: Montage of Heck
4.2 344 Assista AgoraIndiscutivelmente um documentário muito sincero, íntimo e fiel a história de Kurt Cobain. A construção desse trabalho nos aspectos técnicos são absurdas, as animações, o fato de ter dado vida aos diários dele tornou tudo muito mais agradável. É inevitável não se emocionar já com o trailer, onde são mostradas algumas cenas do Cobain criança,
numa época (provavelmente a única) em que ele foi inteiramente feliz. É o melhor trabalho sobre a vida do cara, fazendo com que este se sobressaia infinitamente em relação à porcarias lançadas ao longo dos anos (vide Soaked in Bleach e Kurt & Courtney).
No entanto, apesar de tê-lo achado magnífico, não foi plenamente perfeito pra mim por alguns fatores. Dentre eles, é que,apesar de o filme mergulhar nos mais profundos pensamentos de Kurt Cobain, eu achei que em muitas partes, a história foi colocada de maneira muito superficial, muito vaga. Pra quem leu Heavier than Heaven e Cobain Unseen principalmente,fica com o sentimento de que poderiam ter colocado muito mais coisas, se aprofundado muito mais, especialmente em relação à morte dele, que foi ao meu ver, pessimamente abordada. Eles focaram muito mais na tentativa de suicídio ocorrida em Roma do que na tentativa crucial, e não foram apresentados tão claramente assim os problemas dele com drogas e emocionais, ficou parecendo que sei lá, o cara se matou por ciúme da Courtney ou algo assim, e a parada é muito mais complexa que isso.
Pensei também que o filme traria mais material inédito, mas só de ver alguns videos amadores dos primeiros shows deles, e perspectivas diferentes de shows grandiosos (como a visão do público pro palco no Hollywood Rock de 93) ja valeram muito a pena,
e é claro, os videos caseiros gravados pelos dois e eventualmente pelo Eric Erlandson.
Ri pra caralho do Cobain de bigode imitando o Chris Cornell
Na parte de entrevistas, as ausências sentidas foram óbvias: Dave Grohl, Jesse Reed, Tobi Vail e Dylan Carlson (este último não teria tanta relevância assim, já que o abuso de drogas do Cobain foi pouco abordado). Por outro lado, foi um grande mérito do diretor ter conseguido entrevistar Don Cobain e até a madrasta de Kurt, contando os tempos difíceis dele enquanto adolescente.
É claro que analisando Montage of Heck de forma ampla, a conclusão final é super positiva. Foram 132 minutos de projeção sobre a vida de um dos caras mais geniais que estiveram por aqui, em diversos aspectos, e que, demasiadamente sensível que era, não estava preparado pra absolutamente nada do que lhe foi reservado na vida adulta, principalmente o sucesso repentino.
No Mundo de 2020
3.5 153 Assista AgoraSeria realmente genial se houvesse uma ''casa'' exatamente igual a de Soylent Green (mas não obviamente com o mesmo propósito final) no mundo real. Quem sabe em 2022.
Saindo do Armário
3.7 199Foi meio incômodo ver John sofrendo por não estar certo de sua sexualidade, sofrendo por estar gostando de outro homem, algo que não deveria ser motivo de sofrimento algum, mas que infelizmente somos condicionados a pensar dessa forma devido a julgamentos e discursos de ódio que todos os dias são proferidos em relação a homossexuais e outros grupos oprimidos, onde dentro do próprio filme é retratado isso, levando em conta que Dixon tem um grupo de amigos esportistas metidos a machões, enquanto ele, mesmo sendo um deles, não é.
Me peguei encantado com o casal em diversas vezes, de ficar apaixonado mesmo, e fiquei encarando a beleza do protagonista quase que na mesma proporção que ele encarava John.
A cena de Steve discursando foi linda
A simplicidade e a sensibilidade de Get Real tornam quase impossível não se sentir afetivamente ligado por Steven, Linda e até mesmo John, enquanto ambos estão juntos e compartilham de momentos felizes.
Maldito Coração
3.6 91A palavra definitiva desse filme é degradante. Maravilhoso como algo tão negativo, tão doentio, declinante se torna algo tão bonito, encantador, por ser real e forte. Asia Argento não só dirigiu Maldito Coração muito bem, como entregou uma atuação espetacular, fazendo pra mim, a mãe mais nojenta e ruim que se possa imaginar, apesar de ter alguns resquícios de afeto para com Jeremiah, está totalmente à altura do que o filme se propôs a mostrar. Enquanto Dario Argento normalmente mostra em seus filmes uma vida com terror, Asia faz totalmente o contrário, mostra o terror que pode ser, e que normalmente é, a vida. Só de pensar que isso pode acontecer na vida real bate até uma tristeza, o que no fim, só aumenta os méritos de Heart is Deceitful Above All Things.
Um elenco muito bem escolhido, cheio de participações legais, como as de Michael Pitt, Peter Fonda, John Robinson, Winona Ryder e até Marilyn Manson (Não que este último tenha alguma relevância, mas de qualquer forma, é curioso). Outra coisa bela, foi a direção de arte, que por mais simples que fosse, ficou magnífica, encantadora, sem falar da trilha sonora, com Sonic Youth.
3 Idiotas
4.3 382Tô tentando até agora achar um ponto negativo nesse filme. Surreal, uma viagem completa. Primeiro filme indiano que eu vejo, não poderia começar de uma maneira melhor. Mescla diversos gêneros, todos muito bem desenvolvidos. O filme todo tem como base a comédia, mas graças às doses dramáticas e até musicais (eu mesmo que não suporto musicais, achei os números fantásticos, muito bem feitos, divertidos) Como já comentaram aqui, é pra rir, é pra chorar. Desperta todo tipo de emoções. Nos detalhes técnicos, soberbo também. Belas paisagens. Assim como a trilha sonora, que também é ótima. Parabéns de pé aos envolvidos, 3 Idiots é sem sombra de dúvidas uma obra de arte.
Medo da Verdade
3.7 456 Assista AgoraPrimeiramente, grande filme do Ben Affleck. Feito de caminhos, escolhas, tão complicado quanto à vida. Uma coisa que achei interessantíssima nessa obra, é opção de escolha que ele te dá (apesar do próprio diretor deixar claro o que ele pensa), pra que lado você quer ir. Se quer tomar a mesma atitude de Patrick, ou se da Angie, e os questionamentos que essa escolha pode causar.
Se fosse eu, a princípio, teria feito o mesmo que Patrick, teria chamado mesmo a polícia, afinal, ninguém tem o direito de tirar uma criança de alguém de tal forma, porém, quando me deparei com a cena final, do Patrick voltando à casa de Helene, e o semblante triste da Amanda, foi que me veio o grande questionamento. Aquela velha pergunta, pai/mãe é aquele que põe no mundo ou aquele que cria e cuida?
O filme tem alguns pontos confusos, mas nada que apague o que ele é, um excelente trabalho.
Bad Boy Bubby
4.0 142Mesmo não tendo noção nenhuma, na maioria das vezes Bubby sempre dizia a coisa certa. E quando dizia algo meio sem nexo, tornava-se até engraçado.
O Corvo
3.8 690Muito em decorrência de não gostar da maioria dos trabalhos do Alex Proyas, demorei pra ver aquele que é considerado o seu maior trabalho. E não me arrependi nem um pouco, valeu cada segundo. The Crow tem um toque sombrio incomparável, único, de puro goticismo, o que pra mim, o transforma numa obra de pura atmosfera, não basta ver o que está se passando, tem que sentir todo o clima que ele te passa.
O filme se tornou muito mais conhecido por um infeliz acidente, e antes de assisti-lo, era mais ou menos o que eu esperava, uma obra mediana com uma hype além da média porque um ator morreu o fazendo. Engano total. Pra mim já se transformou em um dos mais emblemáticos filmes que já vi, e sem dúvida um dos melhores da década de 90. Brandon Lee foi, mas deixou algo maravilhoso, pra ser visto e revisto sempre, e, querendo ou não, a morte dele dá meio que um toque especial pro filme, mas The Crow se sustenta sozinho, vai muito além. Posso estar exagerando talvez, não sei, mas pra mim trata-se de uma obra-prima.
E COM NINE INCH NAILS E STONE TEMPLE PILOTS AINDA