A mãe jovem e rica Maria (Leble) aguarda em uma cela de prisão o julgamento pelo assassinato de seu amante. Ela repetida e claramente alega a seu advogado (Shlykov) que matou o homem (Kudryashov) em legítima defesa, enquanto seu marido (Karasyov) procura desesperadamente por uma carta escrita por ela que sugere premeditação. Muratova adaptou o conto “A carta” de W. Somerset Maugham, publicada em 1926, para este filme, que foi recentemente restaurado, e mudou o cenário, das colônias britânicas no Oriente para as colônias russas na Ásia central. Para seu primeiro filme feito durante a glasnost, Muratova, constantemente censurada, focou de maneira astuta em uma mulher lutando para ter sua história considerada, perante o pano de fundo de um império em queda.