Thiago Maggioni

Não sei o que se propõe, mas espero que o diretor tenha alcançado o seu objetivo. Eu achei chato, massivo, sufocante... Não acho que a ideia foi de parecer um pesadelo como alguns disseram. Parece muito mais a execução magistral da destruição da linguagem audiovisual comum. Talvez seja essa proposta...kkkk

Agora falando mais sério: como a masculinidade é frágil. Quanto ódio sentem da mulher, principalmente das que ousam declarar o que pensam e sentem. O senhor Astley diz que as convenções sociais (historicamente impostas por homens) matarão sua alma. Madame Swiney diz que ela precisará passar pelas trevas para descobrir a luz. As trevas são o entendimento do que é a humanidade e a luz é o que vc pode fazer com esse entendimento.

Eis que surge a nova versão feminina e feminista do Monstro de Frankenstein. A monstrinha vai sendo criada como uma espécie de filha, longe do convívio social. Tem dificuldade de mobilidade e de cognição (também, colocar o cérebro de uma criança na cabeça de uma adulta morta é GENIAL). Tudo isso muda no dia que ela descobre que tem uma xereca. A partir daí ela vai dominar o mundo com a xereca. A moça se transforma numa Bruna Surfistinha europeia. Vira prostituta, intelectual e até socialista. Todos os personagens homens são imbecis, fracos e derrotados (como deve ser, SÃO E PONTO). Todos sucumbem diante do poder da xereca. Empoderamento total!