Uma equipe de documentaristas encontra seis pessoas encarceradas em presídios de São Paulo. Elas cumprem pena por motivos diferentes, mas são identificadas nas cadeias como autênticos “171”, um tipo de narrador — meio camaleão — que pode usar sua habilidade com as palavras para aplicar um golpe ou apenas manipular as pessoas pelo prazer de enganar. Os 171 são atores natos e vivem em constante atuação, numa eterna mise-en-scène em que a vida e o teatro são uma coisa só. Como no clássico de Luigi Pirandello, as seis personagens do filme inventam histórias sobre si mesmas. Algumas até são verdadeiras, mas não se sabe quais são as inventadas.