Filho do jornalista Samuel Wainer - um dos mais importantes nomes da história da imprensa no Brasil e fundador do jornal Última Hora - Bruno Wainer discorre, em episódio da série Sala de Cinema, sua trajetória atuando no mercado de distribuição de filmes depois de trabalhar como assistente de direção e diretor de produção no cinema. Com direção de Luiz R. Cabral e apresentação do jornalista Miguel de Almeida o programa estreia no dia 11/11, às 22h, no SescTV.

Bruno Wainer tinha 17 anos de idade quando iniciou sua carreira no cinema, como estagiário do longa-metragem "Bye Bye Brasil", dirigido por Cacá Diegues. Tornou-se assistente de direção e, logo depois, diretor de produção. Entre os filmes que trabalhou estão "Eu Te Amo" (1981); dirigido por Arnaldo Jabor; "Inocência" (1983), por Walter Lima Júnior; e "Ópera do Malandro" (1986), por Ruy Guerra.

Em 1991, Wainer ingressou para o mundo da distribuição de filmes após se associar à distribuidora Lumière, trazendo para o Brasil produções européias. A partir de 1997, o distribuidor começa a investir também em longas-metragens brasileiros, como o premiado "Central do Brasil" (1998), com direção de Walter Sales, que arrebatou diversos prêmios no exterior e no Brasil; "Cidade de Deus" (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund; "Tropa de Elite" (2007), de José Padilha; e "Chico Xavier" (2010), de Daniel Filho. Atualmente Wainer só distribui produções nacionais e busca o sucesso por meio do popular.

Hoje, com quase 20 anos distribuindo filmes, Bruno Wainer explica, entre outros temas, o sucesso de "Olga" (2004), de Jayme Monjardim; o que aprendeu com a distribuição de "Lula, o Filho do Brasil" (2009), de Fábio Barreto; por que hoje distribui apenas filmes brasileiros; a participação do distribuidor nas realizações dos filmes; e por que um filme não pode ser lançado na mesma época que acontece a premiação do Oscar.