Portar uma câmera na ditatorial Mianmar equivale a arriscar uma sentença de morte sem julgamento, sequer. Foi o que ocorreu ao jornalista japonês Kenji Nagai, 50 anos, morto pela polícia em setembro de 2007, quando cobria os protestos dos monges budistas contra a junta militar que governa aquele país. Para garantir a continuidade na divulgação internacional daquela revolta democrática, um grupo de jornalistas locais organizaram-se na clandestinidade, contrabandeando suas imagens para fora de Mianmar e ganhando exposição em emissoras como a CNN e a BBC.