Paulo César Lima, o Caju, foi o primeiro rebelde do futebol brasileiro. Quis ampliar o campo, quis ampliar o campo, quis levar o gramado para fora do estádio. Pagou caro. Numa época em que salário de jogador de futebol não criava fortunas instantâneas, em que ser diferente causava polêmica mas não dava prestígio, PC correu o risco de tentar migrar de classe social. Pré-Maradona, pré-Romário, seu futebol maravilhoso rendeu o suficiente para lhe dar um lugar confortável na história do esporte, mas não para alterar um destino coletivo: como ele, toda uma geração parece ter brilhado no tempo errado, embora suas jogadas tenham sido decisivas para que todos nós pudéssemos sonhar que este é o país do futebol.