Haiti : We Must Kill the Bandits

O sangue literalmente corre nas ruas através dessa crônica da expulsão forçadado presidente eleito do Haiti, Jean Bertrand Aristide, em fevereiro de 2004, e do terror que seus cidadãos seguiram. Aristide e seu partido político, Lavalas, foram eleitos democraticamente em 2000 pela maioria pobre do Haiti. O filme mostra milhares de partidários de Aristide reunidos para comemorar sua posse; ele prometeu mudanças políticas e sociais, melhor educação, alimentação e cuidados de saúde para as massas. Mas nem todos estavam a favor da mudança. A comunidade empresarial e a inteligência do Haiti trabalharam contra Aristide desde o início. E eles não aceitam, ao que parece, que o voto de um pobre homem valha tanto quanto o de um homem rico. No plano internacional, a maioria dos meios de comunicação retratavam Aristide apenas negativamente. Na sua saída, eles deram a impressão de que Aristide fugiu para a África do Sul por preocupação com sua segurança. Um governo de transição foi implementado enquanto dezenas de milhares de pessoas pró-Aristide tomavam as ruas para exigir seu retorno. Uma e outra vez, o filme mostra marchas e manifestações de pessoas cheias de esperança que se unem em protesto pacífico. Suas vozes foram silenciadas. Chamando os manifestantes de bandidos, a polícia haitiana comete tiroteios, prisões e assassinatos bem documentados. Ironicamente, os membros da ONU são filmados dizendo às pessoas para ouvir e respeitar a polícia. Embora este documentário seja uma crônica da opressão, a coragem e a esperança das massas pobres do povo haitiano é, de longe, o elemento mais inesquecível da história.