I Am More Dangerous Dead

Ken Saro-Wiwa foi um proeminente autor, ativista e produtor de televisão nigeriano que se manifestou veementemente contra o regime militar nigeriano e a empresa petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell por causar danos ambientais ao seu estado natal de Rivers, na região do Delta do Níger, Ogoni. Na década de 1950, Wiwa testemunhou a entrada inicial de empresas petrolíferas estrangeiras e o início da extração de petróleo bruto na região do Delta do Níger. Os repetidos derramamentos de petróleo e a queima de gás levaram à degradação ambiental das terras Ogoni, o que afetou negativamente os meios de subsistência do povo Ogoni, que é predominantemente de agricultores e pescadores. No início da década de 1990, Wiwa estabeleceu e liderou o Movimento para a Sobrevivência do Povo Ogoni (MOSOP), a campanha contra a Royal Dutch Shell Company. Eles viram todas as receitas do petróleo irem para os bolsos da Shell e do governo nigeriano enquanto o povo Ogoni permanecia na pobreza. Wiwa e MOSOP exigiam que a empresa partilhasse os lucros da extração de petróleo. Em Janeiro de 1993, Wiwa e o MOSOP lideraram uma série de marchas pacíficas nas quais participaram cerca de 300.000 pessoas Ogoni. Pela primeira vez, as marchas atraíram uma atenção internacional significativa para a situação dos Ogoni. No auge desta campanha não violenta, Ken foi injustamente julgado por um tribunal militar especial por alegadamente ser o mentor do horrível assassinato de quatro chefes Ogoni numa reunião pró-governo. Em 10 de Novembro de 1995, nove homens da comunidade Ogoni, incluindo Ken Saro-Wiwa, foram enforcados na Nigéria. É amplamente relatado que seus corpos foram derretidos em uma vala comum com ácido bruto.