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Marques Rebelo

Nomes Alternativos: Eddy Dias da Cruz

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Nascimento: 6 de Janeiro de 1907 (66 years)

Falecimento: 26 de Agosto de 1973

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - Brasil

Foi um escritor e jornalista brasileiro.
Nasceu na Rua Luís Barbosa, nº 42, bairro de Vila Isabel, zona norte da cidade do Rio, de onde aos quatro anos (1911) mudou-se por motivos de saúde familiar para Barbacena, Minas Gerais, não sem antes passar por Ilhéus e Sítio, e ali permaneceu com a família até 1918 ou 1919. Seu pai era o farmacêutico e empresário Manuel Dias da Cruz Neto († 1938), neto do II Barão da Saúde (nomeado por D. Pedro II a um ano da Proclamação da República), fundador da Quimioterápica Brasileira, e professor da Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil (atual UFRJ), e sua mãe, dona Rosa Reis Dias da Cruz († 1973), da família Rebelo Reis, proprietária de fazendas e caieiras em Cantagalo e Magé.
A contar cinco anos (1912), por ligeiras instruções familiares, aprendeu a ler a sós com a revista O Tico Tico, da qual rapidamente passou à Gazeta de Notícias, pela qual fez-se em seguida formado em assuntos da Grande Guerra. O aprendizado das primeiras letras, completou-o à escola de dona Rosinha Ede (retratada no conto "História", de Oscarina), onde lhe despertou o voraz hábito de leitura o romântico Coração, de Edmundo de Amicis — primeira obra lida e que o marcará como escritor.
Vocacionado e influenciado pelo pai, é de sua estadia em Minas Gerais — sobretudo entre os 9 e 11 anos — a leitura e absorção da Bíblia e de bastantes obras literárias, no mais francesas, nórdicas, portuguesas e brasileiras, dentre as quais as de Anatole France, Balzac, Selma Lagerlöf, Andersen, Camões, Camilo Castelo Branco, Olavo Bilac.
De volta ao Rio, é provável tenha cursado o antigo ensino secundário no Colégio Andrews (c. 1918-1923), submetendo-se a preparatórios examinados em 1924 e 1925, no Colégio Pedro II.
Aos quinze anos (1922), porém — descobertos Manuel Antônio de Almeida e Machado de Assis —, fora levado pelo pai a ter um triênio de aulas com o gramático e filólogo Mário Barreto (retratado em "Depoimento Simples", de Oscarina), filho do também filólogo Fausto Barreto (este, autor de Antologia Nacional, junto de Carlos de Laet) e que lhe ensinou latim, submeteu-o a rigorosas redações semanais — com temas estipulados — e lhe apresentou a antigos clássicos portugueses — estudos que lhe incutiram, ou reforçaram, profundo desvelo pela língua portuguesa e que concorrem para a eficiência e fluidez de sua prosa.
Rebelo chegou a cursar três anos de Medicina em fins da década de 1920, abandonando-o no entanto, para, dedicando-se intensamente à vida de escritor, trabalhar no comércio (Nestlé) e, mais tarde, no jornalismo (1951), havendo bacharelado-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1937 pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ) e a diplomar-se, em 1945, no Curso de Extensão Universitária de Literatura Norte-Americana, do Instituto Brasil-Estados Unidos e Universidade do Brasil, com tese sobre o escritor norte-americano Bret Harte.
Casado de 1933 a 1939 ou 1940 com dona Alice Dora de Miranda França (de quem teve os filhos José Maria Dias da Cruz (1935), renomado artista plástico, e Maria Cecília Dias da Cruz (1934)), uniu-se em 1940 ou 1941 com dona Elza Proença († c. 2000), que lhe foi secretária até o fim da vida.

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