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Nascimento: 2 de Janeiro de 1907 (73 years)

Falecimento: 20 de Dezembro de 1980

Japão - Japão

Minoru Shibuya nasceu em Asakusa, Tóquio, em 2 de janeiro de 1907. Quase desconhecido fora do Japão, seu interesse por cinema se inicia quando estudava literatura inglesa na Universidade de Keio, na capital japonesa. Começa sua carreira no cinema em 1929, como assistente de câmera não remunerado no célebre estúdio japonês Shochiku, que abrigava diretores como Yasujiro Ozu, Kenji Mizoguchi, Keisuke Kinoshita e Yoji Yamada.

No Shochiku, Shibuya se tornou mais tarde assistente de direção de Mikio Naruse e Gosho Heinosuke, e realizou, entre as décadas de 1930 e 60, a maioria dos seus mais de 40 filmes. Dirigiu sucessos de público e desempenhou um importante papel na indústria do cinema japonês, pouco acostumada a comédias. Em 1943, convocado para o serviço militar, foi enviado para o front chinês, retornando ao Japão em abril de 1946, após o fim da Guerra do Pacífico.

Seus principais filmes são justamente do período pós-Segunda Guerra, em que seus dramas sociais e comédias se equilibram entre ironia e desilusão, onde, segundo o crítico americano Chris Fujiwara, "seus inúmeros filmes sobre famílias nunca deixam de duvidar da estabilidade dos papéis familiares e dos relacionamentos". Retratando um Japão permeado por questões essencialmente urbanas, os filmes de Shibuya são margeados por temas como a herança pós-guerra, o choque geracional irrefreável entre tradição e modernidade, as relações humanas regidas pelo dinheiro e a ascensão social, o alcoolismo e a abertura japonesa aos hábitos estrangeiros.

Desse período, destacam-se O Dia de Folga do Médico (Honjitsu kyushin, 1952), adaptação do romance de Ibuse Masuji; Pessoas Modernas (Gendaijin, 1952), que mescla drama social a corrupção política; Retidão (Seigiha, 1957), baseado no romance de Shiga Naoya.

A partir de Um Bom Homem, Um Bom Dia (Kojin kojitsu, 1961), seu apuro visual fica evidente pelas composições em GrandScope (espécie de CinemaScope japonês), em filmes como Os Passarinhos (Mozu, 1961) e O Paraíso dos Bêbados (Yopparai tengoku, 1962). Seu último filme pelo estúdio Shochiku foi O Rabanete e a Cenoura, (Daikon to ninjin, 1964), uma homenagem a Ozu que teve como base anotações sobre um roteiro não terminado do recém-falecido cineasta, de quem Shibuya foi assistente. Influenciado por Ozu, Shibuya também foi influência para as gerações posteriores: ele teve como seus assistentes de direção cineastas futuros cineastas como Shohei Imamura (A Balada de Narayama, 1983; retrospectiva na 21ª Mostra, em 1997); e Yoji Yamada (História de Kyoto, 2010, 34ª Mostra). Minoru Shibuya morreu em decorrência de pneumonia em 1980, aos 73 anos.

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