Morada é primeiro de tudo um filme de família. Ao centro, Dona Virginia, avó da cineasta, e sua casa, em Belo Horizonte. Uma grande obra urbana há cinco décadas a ameaça com a desapropriação e a inevitável mudança.
A hora parece inexoravelmente se aproximar. Por três anos, Joana filma esta alongada cerimônia de adeus.
O cotidiano de sua avó, entre a cozinha, a cantoria e o tricô. As memórias dela, recordadas em suas falas e também dispersas em objetos por todos os cantos. O turbilhão da metrópole em expansão nas fronteiras do sobrado.