O gênero musical é um dos mais difíceis do cinema. Não apenas pela dificuldade de achar atores que sejam devidamente afinados, mas também pela complexidade de encontrar um equilíbrio entre a narrativa e as passagens com música, sem deixar que uma seja mais importante que a outra. Além disso, as canções ainda precisam ser agradáveis e contar a história de maneira coerente.
A nova versão de Annie, do diretor Will Gluck (Amizade Colorida), tinha tudo para harmonizar todos esses pontos. Afinal, contém músicas contagiantes e uma trama leve e inocente. No entanto, o que vemos é um atropelamento de fatos e um vasto exagero nos números musicais, que interferem no ritmo da narrativa e cansam o espectador.
A história acompanha a garotinha Annie (Quvenzhané Wallis), uma órfã que tem a esperança de encontrar seus pais biológicos um dia. Morando em um abrigo só para meninas, comandado pela senhora Hanningan (Cameron Diaz), sua vida começa a mudar quando é salva de um atropelamento por Benjamin Staxx (Jamie Foxx), um milionário que tem uma espécie de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), e deseja ser o prefeito de Nova York.
Vendo a popularidade que a menina ganha após o acontecimento, Staxx percebe uma boa oportunidade para crescer em sua campanha política e a convida para viver com ele. A partir daí, Annie vira a maior evidência da cidade, passa a surgir em todos os canais de televisão e nas principais redes sociais. Nesse novo contexto, a garotinha e o político passam a entender o mundo de uma maneira que pode mudar as suas vidas.
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