“A Última Floresta”, longa-metragem dirigido por Luiz Bolognesi (“Ex-Pajé”, “Uma História de Amor e Fúria”), terá sua primeira sessão no Brasil no 26º É Tudo Verdade- Festival Internacional de Documentários (8-18 de abril 2021).
O roteiro é assinado por Bolognesi e Davi Kopenawa Yanomami, escritor, xamã e líder político yanomami. A exibição acontece no encerramento do festival,dia18de abril. O longa teve sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Berlim, sendo o único filme brasileiro presente na mostra Panorama. Em 2018, o premiado “Ex-Pajé” esteve na mesma seleção do evento.
“Estou muito feliz com a notícia de que a primeira exibição de ‘A Última Floresta’ no Brasil será no encerramento do É Tudo Verdade. Esse festival impulsionou a minha carreira quando lançamos nosso primeiro documentário, “Cine Mambembe, o Cinema Descobre o Brasil”, premiado no É Tudo Verdade, em 1999, o que possibilitou que fizéssemos o longa “Bicho de Sete Cabeças”(2000). Em 2018, “Ex-Pajé” recebeu o prêmio da crítica no festival, o que foi muito importante para seu alcance no Brasil”, afirma o diretor Luiz Bolognesi.
“Ter o filme na noite de encerramento do É Tudo Verdade é motivo de muita alegria para nós da Gullane. O festival mantém sua programação forte, contundente e ativa, trazendo o melhor do cinema, dos documentários, e grandes debates sempre, por isso é uma honra participar com o Luiz Bolognesi, Davi Kopenawae toda equipe de A Última Floresta e poder apresentar o filme no Brasil nessa tela do festival, em um ano tão complicado como esse ano de pandemia”, afirmam os produtores Caio Gullane e Fabiano Gullane.
“A Última Floresta” retrata o cotidiano de um grupo Yanomami isolado, que vive em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela há mais de mil anos. O xamã Davi Kopenawa Yanomami busca proteger as tradições de sua comunidade e contá-las para o homem branco que, segundo ele, nunca os viu, nem os ouviu. Enquanto Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta, ele e os demais indígenas lutam para que a lei seja cumprida e os invasores do garimpo retirados do território legalmente demarcado. Mais de 10 mil garimpeiros ilegais, que invadiram o local em 2020, derrubam a floresta, envenenam os rios e espalham Covid e outras doenças entre os indígenas.
A estreia no Brasil está prevista para o segundo semestre deste ano.
Imagem: Gullane / Divulgação