Não tem nada a ver com o romance de Mary Shelley, simplesmente pegaram um personagem famoso e enfiaram num filme parecido com Underworld. A criatura de Victor Frankenstein é idiotamente transformada num herói relutante de ação. Ele tem vida eterna e é quase indestrutível, o que não faz sentido. Dá vergonha quando os gárgulas, numa longa exposição, falam sobre sua guerra contra os demônios, uma guerra tão secreta que acontece bem à vista. Eu fiquei até com pena da atriz que interpreta a rainha, cheia de falas pomposas, como se o filme estivesse construindo uma história importante. Junte aí sequências de ação feias, CGI supérfluo, personagens genéricos e interesse romântico inútil.
Não se atém a questões políticas ou psicológicas, nem é um filme deliciosamente cruel que diverte por mostrar adolescentes se matando, nem é perturbador. E os personagens são totalmente sem graça, logo, tanto faz quem morre e quem vive. É um monte de nada, que após um início promissor demora demais pra acabar e no fim acha que é emocionante. Claro que tem muito sangue, mas e daí?
Bobinho e cheio de momentos involuntariamente cômicos, principalmente a atuação hilária de Bela Lugosi, mas não de um jeito divertido. Sei lá por que o filme se tornou influente... Nosferatu, o de Murnau e o de Herzog, são adaptações muito melhores da mesma história.
É sobre uma mulher que está doente e tem apenas alguns meses de vida, mas nunca se torna um dramalhão. Em parte por causa da atuação vivaz de Bette Davis, faz com que seja assustador, triste e fascinante ver uma pessoa caminhando para a morte.
A interação entre os amigos é tão verdadeira, inclusive por causa dos desentendimentos, e prendeu minha atenção desde o início, mas por um tempo o filme pareceu vazio de alguma coisa. Ainda bem que cresceu aos poucos (e inesperadamente). Tudo o que parecia insuficiente virou aquilo que torna o filme bom. Termina sendo triste como deveria ser.
Enquanto um clima estranho e inicialmente quase imperceptível cerca mãe e filho, o estresse que ela vive, às voltas com um filho desajustado e insuportável, pesa muito; uma combinação de personagem bem escrita e atuação monstruosa. O melhor de tudo, o centro do filme, é a progressiva e desesperadora decadência mental que afeta a mãe. Incrível como um filme de terror em que o vilão é um personagem potencialmente ridículo merece ser levado a sério, mas esse merecimento é mais um efeito do drama e menos do terror.
Falha em todos os sustos que tenta e os fantasmas chegam a ser ridículos. O terror só funciona no histórico sinistro do espelho e em uma ou outra cena aflitiva. Mas é um bom suspense, presente e passado se alternam com eficiência e o tempo todo eu fiquei curiosa pra ver qual seria a próxima do espelho.
Não gosto de Sonny & Cher, decidi assistir só porque adoro uma história de ascensão e decadência. Pena que falta energia, é limitado pela direção quadrada de filme pra TV. O melhor é atriz que escolheram pra interpretar Cher, ficou perfeita.
Conhecendo a reputação do filme, claro que eu esperava o pior, mas chega a parecer promissor quando aquele parto horrendo é mostrado. Então surgem Marlon Brando versão matrona e o anão. Nenhuma cena com os dois, ou um deles, corre o risco de ser levada a sério. Metade do filme é uma mistura involuntária de comédia e terror e metade passa uma sensação de que simplesmente desistiram. Mas não foi ruim de assistir, na verdade eu me diverti.
Grandiosamente vazio e chato, cheio de longas sequências de ação monótonas, personagens sem graça e uma história que se estica tanto sem motivo. Tentou transformar Geena Davis em heroína de ação e acabou ajudando a matar a carreira dela.
É considerado uma comédia romântica, mas há também um tom dramático. Não é bom nem ruim em qualquer dos dois gêneros e o texto não é inteligente nem é estúpido. Fica preso num meio-termo, sempre tão perto de ser bom e chegando lá só nos últimos minutos. Há o diferencial de impedir que o casal se conheça durante quase todo o filme, e provavelmente isso ajudou a mantê-lo memorável ao longo de mais de 20 anos. A simplicidade do fim é tão bonita que talvez valha aguentar o filme todo.
The Purge me deixou com uma questão incômoda: é fácil ser a favor da matança quando você tem recursos pra se proteger e só os outros se fodem. Mas o filme é principalmente idiota, e o que mais me irritou nem foi a ideia sem sentindo de que liberar o crime uma vez por ano resolve o problema da violência. Existem outros absurdos.
O garoto insiste em arriscar a própria família por causa de alguém que ele nem conhece. Os perseguidores cortam as luzes da casa sem motivo, o que só serve pra contrariar as intenções deles mesmos. Eles entram na casa com facilidade, já que o super sistema de segurança é tão eficiente quanto se tivessem coberto portas e janelas com papelão. Os personagens somem e reaparecem do nada, quando é conveniente à trama. Deus ex machina demais.
Talvez o diretor tenha acreditado que estava fazendo um filme instigante, mas é tanta bobagem, que a tentativa de discussão política morre facilmente.
O filme se acha perturbador e visualmente extraordinário. Finge que se aprofunda na mente humana e que nos dá material para pensar. O diretor, cheio de pretensões artísticas, claramente acreditou estar criando uma obra original e impactante. Na verdade é só um amontoado de imagens com estética de videoclipe, pelas quais passam história e personagens rasos. Pelo menos as imagens oferecem algum entretenimento e fazem o tempo passar rápido o suficiente.
Quando você pensa que a sordidez humana não consegue deixar essa história ainda mais nauseante, você percebe que estava errado. Leandra Leal vem com uma atuação notável, e um dos pontos positivos do filme é a complexidade da personagem dela, capaz de despertar em nós sentimentos contraditórios. Filme forte e difícil, dá um soco dos grandes no espectador.
Uma fantasia sobre a vida da rainha Cristina, por vezes com ares de novela. Não consigo simpatizar muito com o roteiro, mas a presença de Greta Garbo eleva o filme.
As lutas são desajeitadas, pessoas morrem fácil demais, figurinos e cenários são horríveis, Brigitte Nielsen não consegue atuar minimamente e sequer pintaram o cabelo dela da cor certa. Genérico de Conan, que já não é lá essas coisas...
Um dos filmes mais difíceis que eu vi este ano, por causa da relação doentia que estabelece com a violência. Sai do óbvio e vai ficando cada vez mais estranho, só para se tornar mais perturbador. Frustra expectativas de propósito e pode parecer que não entrega nada, mas cria um mal-estar em meio a uma esquisitice cada vez mais perigosa. No fim fica o alívio porque sobrevivemos, porque escapamos da espiral de auto-degradação.
Quando eu penso só na história, imagino uma boa mistura de comédia e suspense. Mas por algum motivo o filme é tão monótono, parece sempre faltar alguma coisa.
Considerando que se inspira em pessoas e acontecimentos verdadeiros, é engraçado que a literatura pareça um elemento tão falso, adicionado num desespero para fazer o filme parecer profundo. A atração entre dois dos rapazes é um aspecto que soa verdadeiro, mas acaba não tendo importância. O filme quer dizer tanto e não diz nada, só desperdiça algum potencial e ótimas atuações.
É aquela história sobre um sujeito supostamente hétero que começa a sentir atração por outro... E é óbvio como isso vai se desenrolar. Não acrescenta nada ao tema "não quero sair do armário", mas se você torcer pelos dois e se sentir desolado no fim (é óbvio que o casal não termina bem), pelo menos pode dizer que o filme oferece algo.
A lentidão pode exigir paciência, mas o filme é extremamente tenso nos momentos mais críticos, prende pela expectativa de encontrar respostas, é gratificante na minuciosidade com que mostra a investigação e tem cenários com um visual interessante, hoje agradavelmente vintage. É bom ver um sci-fi desvinculado de ação, é importante lembrar que o gênero também existe assim.
Numa das minhas cenas preferidas, Rachel Weisz chega com "the heart of the heart of the heart", numa tentativa claramente forçada e superficial de não se importar com dinheiro. Eu adoro a proposta do filme, só que não é tão engraçado quanto promete, mas ainda bem que os bons momentos são suficientes pra garantir alguma diversão.
Não sabe se quer ser adulto ou infantil, tem várias situações bobas e o simples fato de ser em live-action já é um problema. Ficamos com efeitos especiais ruins e um homenzinho numa fantasia de pato. Engraçado que hoje ninguém se surpreende com um produto ruim que tenha o toque de George Lucas, mas na época ninguém esperava por isso, ele parecia uma máquina infalível de dinheiro e entretenimento.
Frankenstein: Entre Anjos e Demônios
2.4 715 Assista AgoraNão tem nada a ver com o romance de Mary Shelley, simplesmente pegaram um personagem famoso e enfiaram num filme parecido com Underworld. A criatura de Victor Frankenstein é idiotamente transformada num herói relutante de ação. Ele tem vida eterna e é quase indestrutível, o que não faz sentido. Dá vergonha quando os gárgulas, numa longa exposição, falam sobre sua guerra contra os demônios, uma guerra tão secreta que acontece bem à vista. Eu fiquei até com pena da atriz que interpreta a rainha, cheia de falas pomposas, como se o filme estivesse construindo uma história importante. Junte aí sequências de ação feias, CGI supérfluo, personagens genéricos e interesse romântico inútil.
Batalha Real
3.6 588 Assista AgoraNão se atém a questões políticas ou psicológicas, nem é um filme deliciosamente cruel que diverte por mostrar adolescentes se matando, nem é perturbador. E os personagens são totalmente sem graça, logo, tanto faz quem morre e quem vive. É um monte de nada, que após um início promissor demora demais pra acabar e no fim acha que é emocionante. Claro que tem muito sangue, mas e daí?
Drácula
3.9 296 Assista AgoraBobinho e cheio de momentos involuntariamente cômicos, principalmente a atuação hilária de Bela Lugosi, mas não de um jeito divertido. Sei lá por que o filme se tornou influente... Nosferatu, o de Murnau e o de Herzog, são adaptações muito melhores da mesma história.
Vitória Amarga
4.1 66 Assista AgoraÉ sobre uma mulher que está doente e tem apenas alguns meses de vida, mas nunca se torna um dramalhão. Em parte por causa da atuação vivaz de Bette Davis, faz com que seja assustador, triste e fascinante ver uma pessoa caminhando para a morte.
Entre Nós
3.6 617 Assista AgoraA interação entre os amigos é tão verdadeira, inclusive por causa dos desentendimentos, e prendeu minha atenção desde o início, mas por um tempo o filme pareceu vazio de alguma coisa. Ainda bem que cresceu aos poucos (e inesperadamente). Tudo o que parecia insuficiente virou aquilo que torna o filme bom. Termina sendo triste como deveria ser.
O Babadook
3.5 2,0KEnquanto um clima estranho e inicialmente quase imperceptível cerca mãe e filho, o estresse que ela vive, às voltas com um filho desajustado e insuportável, pesa muito; uma combinação de personagem bem escrita e atuação monstruosa. O melhor de tudo, o centro do filme, é a progressiva e desesperadora decadência mental que afeta a mãe. Incrível como um filme de terror em que o vilão é um personagem potencialmente ridículo merece ser levado a sério, mas esse merecimento é mais um efeito do drama e menos do terror.
O Espelho
2.9 933 Assista AgoraFalha em todos os sustos que tenta e os fantasmas chegam a ser ridículos. O terror só funciona no histórico sinistro do espelho e em uma ou outra cena aflitiva. Mas é um bom suspense, presente e passado se alternam com eficiência e o tempo todo eu fiquei curiosa pra ver qual seria a próxima do espelho.
A História de Sonny e Cher
3.5 2 Assista AgoraNão gosto de Sonny & Cher, decidi assistir só porque adoro uma história de ascensão e decadência. Pena que falta energia, é limitado pela direção quadrada de filme pra TV. O melhor é atriz que escolheram pra interpretar Cher, ficou perfeita.
A Ilha do Dr. Moreau
2.7 135 Assista AgoraConhecendo a reputação do filme, claro que eu esperava o pior, mas chega a parecer promissor quando aquele parto horrendo é mostrado. Então surgem Marlon Brando versão matrona e o anão. Nenhuma cena com os dois, ou um deles, corre o risco de ser levada a sério. Metade do filme é uma mistura involuntária de comédia e terror e metade passa uma sensação de que simplesmente desistiram. Mas não foi ruim de assistir, na verdade eu me diverti.
A Ilha da Garganta Cortada
3.1 194Grandiosamente vazio e chato, cheio de longas sequências de ação monótonas, personagens sem graça e uma história que se estica tanto sem motivo. Tentou transformar Geena Davis em heroína de ação e acabou ajudando a matar a carreira dela.
Sintonia de Amor
3.4 231 Assista AgoraÉ considerado uma comédia romântica, mas há também um tom dramático. Não é bom nem ruim em qualquer dos dois gêneros e o texto não é inteligente nem é estúpido. Fica preso num meio-termo, sempre tão perto de ser bom e chegando lá só nos últimos minutos. Há o diferencial de impedir que o casal se conheça durante quase todo o filme, e provavelmente isso ajudou a mantê-lo memorável ao longo de mais de 20 anos. A simplicidade do fim é tão bonita que talvez valha aguentar o filme todo.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraThe Purge me deixou com uma questão incômoda: é fácil ser a favor da matança quando você tem recursos pra se proteger e só os outros se fodem. Mas o filme é principalmente idiota, e o que mais me irritou nem foi a ideia sem sentindo de que liberar o crime uma vez por ano resolve o problema da violência. Existem outros absurdos.
O garoto insiste em arriscar a própria família por causa de alguém que ele nem conhece. Os perseguidores cortam as luzes da casa sem motivo, o que só serve pra contrariar as intenções deles mesmos. Eles entram na casa com facilidade, já que o super sistema de segurança é tão eficiente quanto se tivessem coberto portas e janelas com papelão. Os personagens somem e reaparecem do nada, quando é conveniente à trama. Deus ex machina demais.
Talvez o diretor tenha acreditado que estava fazendo um filme instigante, mas é tanta bobagem, que a tentativa de discussão política morre facilmente.
A Cela
3.1 396 Assista AgoraO filme se acha perturbador e visualmente extraordinário. Finge que se aprofunda na mente humana e que nos dá material para pensar. O diretor, cheio de pretensões artísticas, claramente acreditou estar criando uma obra original e impactante. Na verdade é só um amontoado de imagens com estética de videoclipe, pelas quais passam história e personagens rasos. Pelo menos as imagens oferecem algum entretenimento e fazem o tempo passar rápido o suficiente.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraQuando você pensa que a sordidez humana não consegue deixar essa história ainda mais nauseante, você percebe que estava errado. Leandra Leal vem com uma atuação notável, e um dos pontos positivos do filme é a complexidade da personagem dela, capaz de despertar em nós sentimentos contraditórios. Filme forte e difícil, dá um soco dos grandes no espectador.
Rainha Cristina
4.1 62 Assista AgoraUma fantasia sobre a vida da rainha Cristina, por vezes com ares de novela. Não consigo simpatizar muito com o roteiro, mas a presença de Greta Garbo eleva o filme.
Terror a Bordo
3.2 119 Assista AgoraÉ aquele suspense certinho que funciona minimamente enquanto dura e depois evapora. Vale mais pela curiosidade de ver Nicole Kidman antes da fama.
Guerreiros de Fogo
3.0 106 Assista AgoraAs lutas são desajeitadas, pessoas morrem fácil demais, figurinos e cenários são horríveis, Brigitte Nielsen não consegue atuar minimamente e sequer pintaram o cabelo dela da cor certa. Genérico de Conan, que já não é lá essas coisas...
Tom na Fazenda
3.7 368 Assista AgoraUm dos filmes mais difíceis que eu vi este ano, por causa da relação doentia que estabelece com a violência. Sai do óbvio e vai ficando cada vez mais estranho, só para se tornar mais perturbador. Frustra expectativas de propósito e pode parecer que não entrega nada, mas cria um mal-estar em meio a uma esquisitice cada vez mais perigosa. No fim fica o alívio porque sobrevivemos, porque escapamos da espiral de auto-degradação.
Amor Alucinante
2.8 20Quando eu penso só na história, imagino uma boa mistura de comédia e suspense. Mas por algum motivo o filme é tão monótono, parece sempre faltar alguma coisa.
Versos de um Crime
3.6 666 Assista AgoraConsiderando que se inspira em pessoas e acontecimentos verdadeiros, é engraçado que a literatura pareça um elemento tão falso, adicionado num desespero para fazer o filme parecer profundo. A atração entre dois dos rapazes é um aspecto que soa verdadeiro, mas acaba não tendo importância. O filme quer dizer tanto e não diz nada, só desperdiça algum potencial e ótimas atuações.
Queda Livre
3.6 591É aquela história sobre um sujeito supostamente hétero que começa a sentir atração por outro... E é óbvio como isso vai se desenrolar. Não acrescenta nada ao tema "não quero sair do armário", mas se você torcer pelos dois e se sentir desolado no fim (é óbvio que o casal não termina bem), pelo menos pode dizer que o filme oferece algo.
O Enigma de Andrômeda
3.6 77A lentidão pode exigir paciência, mas o filme é extremamente tenso nos momentos mais críticos, prende pela expectativa de encontrar respostas, é gratificante na minuciosidade com que mostra a investigação e tem cenários com um visual interessante, hoje agradavelmente vintage. É bom ver um sci-fi desvinculado de ação, é importante lembrar que o gênero também existe assim.
A Inveja Mata
2.8 184 Assista AgoraNuma das minhas cenas preferidas, Rachel Weisz chega com "the heart of the heart of the heart", numa tentativa claramente forçada e superficial de não se importar com dinheiro. Eu adoro a proposta do filme, só que não é tão engraçado quanto promete, mas ainda bem que os bons momentos são suficientes pra garantir alguma diversão.
Howard: O Super-Herói
2.7 240 Assista AgoraNão sabe se quer ser adulto ou infantil, tem várias situações bobas e o simples fato de ser em live-action já é um problema. Ficamos com efeitos especiais ruins e um homenzinho numa fantasia de pato. Engraçado que hoje ninguém se surpreende com um produto ruim que tenha o toque de George Lucas, mas na época ninguém esperava por isso, ele parecia uma máquina infalível de dinheiro e entretenimento.