Como produto derivado do seriado global, "A Grande Família - O Filme" mantém todos os ingredientes, casos e acasos, encontros e desencontros que o fazem ser um sucesso na TV aberta, ser também uma grande diversão na tela grande. Muito Bom!
"O Colecionador de Ossos" é um longa extremamente eficiente, dinâmico e consegue com êxito prender a nossa atenção. O filme dirigido por Phillip Noyce é com certeza um dos melhores thrillers de investigação que já vi, e também um dos melhores suspenses. Além de prender a nossa atenção em todos os seus acontecimentos, o longa possuí situações inteligentes que quem é fã de séries investigativas vai se identificar bastante. Outro ponto positivo de "O Colecionador de Ossos" é seu elenco. Denzel Washington muitas vezes é responsável por elevar a dinâmica do filme. Angelina Jolie fica encarregada de conduzir a maioria das cenas de suspense, e sua atuação não deixa a desejar em nenhum momento. O restante do elenco também segue centrado e bem confiante em seus respectivos papéis. Em suma, "O Colecionador de Ossos" é uma ótima pedida para você que procura algo inteligente, que te faça pensar e que não te deixa perder si quer uma cena. É um longa bem feito e cumpre seu papel como um ótimo suspense. RECOMENDADO!
Quem já viu o primeiro Kingsman, sabe que a ação alucinante é uma marca registrada da película. Mas, este longa, como a imensa maioria das sequências: tem seus defeitos. A trama é algo exagerada, o roteiro é repleto de inconsistências e o impacto e a surpresa do primeiro filme obviamente foram por água abaixo. A duração, talvez, seja algo excessivo, não há trama em "O Círculo Dourado" que justifique duas horas e vinte e um minutos de projeção, e algumas interpretações são excessivamente caricatas. São falhas perdoáveis e não tiram de "Kingsman: O Círculo Dourado" seu brilho, seus méritos. Pessoalmente eu não conheço os quadrinhos que inspiraram esse longa-metragem, mas acredito que o diretor Matthew Vaughn tenha feito um bom trabalho ao traduzir novamente os quadrinhos para a telona. Vaughn também merece créditos por conseguir entregar um trabalho tão denso com tanto bom humor; um produto que vai além do entretenimento escapista. Taron Egerton se segura como protagonista, trabalho facilitado por estar cercado de grandes atores que manjam do riscado, como Mark Strong, Colin Firth e Michael Gambon. O pessoal da Statesman é OK. Jeff Bridges se contém um pouco nos maneirismos esperados de seu personagem, Channing Tatum sabe se virar com comédia (e aparece bem menos do que o trailer sugeria), e Pedro Pascal manda bem no papel de Whiskey, enquanto Halle Berry de fato, tem pouco a fazer no longa, interpretando a versão feminina de Merlin. Julianne Moore, que disse, em entrevista, que se inspirara no Lex Luthor de Gene Hackman para compôr sua Poppy, é, provavelmente, a psicopata mais adorável do cinema recente, manda bem, mas longe de seus melhores trabalhos, nada de surpreendente. Há ainda Emily Watson, como a chefe de gabinete Fox, e Bruce Greenwood interpretando um tipo de Donald Trump. Os efeitos visuais se dividem entre bons e ótimos. No fim das contas, o longa pode não ser tão sólido e redondinho quanto seu predecessor, mas certamente mantém o jogo de cintura, e garante uma boa dose de descompromissada diversão. Aproveitando o tom do filme, me arrisco a um trocadilho super clichê: um tiro certeiro, em todos os alvos.
"Kingsman: Serviço Secreto" oferece sequências visualmente embasbacantes, que praticamente valem pelo filme todo. O desfecho da história é forte o suficiente para se fazer lembrar, e o elenco escalado é de primeira linha. Pra quem curte, como eu, humor, ação e muita violência, a fita é recomendada.
"Atentado em Paris" é um thriller policial de ação clássico, sem um roteiro complexo ou muito orçamento. É o típico filme com boa atmosfera, ritmo, tensão e outros elementos que fazem parte do gênero. Cumpre o que pode dar e não nos sentimos decepcionados quando chegamos ao seu final.
"Os Filhotes Da Mamãe Noel" é um filme bem legal, engraçado e cativante. Ele fala bastante do espírito de Natal e da importância de mantermos ele sempre. Comovente e emocionante, principalmente, no momento de execução de suas canções, é um bom longa para se assistir com toda família nesta data festiva.
Esta película dirigida por Eric Brevig (Viagem Ao Centro da Terra- O Filme) peca pela falta de um enredo mais elaborado. Os personagens são cativantes e velhos conhecidos, porém a história não surpreende e às vezes consegue ser engraçada. Em suma, "Zé Colmeia - O Filme" é muito bobinho, com efeitos até divertidos!
Don Champagne (Patrick Wilson) parece viver o perfeito sonho americano: tem um emprego próspero, uma casa no subúrbio, filhos adoráveis e uma bela mulher, Mona (Katherine Heigl, de "Ligeiramente Grávidos"). Na intimidade, porém, ela mostra-se uma tirana rainha do lar, capaz de fazer qualquer coisa para preservar as "metas de felicidade" que programou para a família. Inclusive matar a sangue-frio. É o que faz quando descobre um "affair" de Don com uma jovem vendedora. Para o horror do marido, ela irá ainda mais longe na missão de encobrir os vestígios do crime. O humor negro é ágil e relativamente envolvente - até o roteiro perder, um pouco, o rumo na conclusão. Lembra um genérico de "Mamãe É de Morte", "cult" de John Waters.
"VEROSSIMILHANÇA" é uma palavra que DEVE ser riscada do dicionário no momento em que entramos na sessão de "Mandando Bala". Trata-se de um filme TOTALMENTE desprensioso e cuja única função é DIVERTIR. E eu me Diverti e Recomendo!
"Um Natal Brilhante" começa mostrando um pouco da rotina de Steve Finch (Matthew Broderick), considerado especialista em Natal na sua cidade. Mas, as coisas começam a mudar quando o vizinho novo, Buddy (Danny De Vito) , chega e começa a atrapalhar a vida de Steve na cidade. Filme natalino muito engraçado. Além de nos fazer 'morrer' de rir, ainda nos mostra como a família é mais importante que qualquer coisa, principalmente nessa época do ano. Vale a pena assistir!
Louis Sallinger (Clive Owen) é um agente da Interpol que, juntamente com Eleanor Whitman (Naomi Watts), a promotora de justiça de Manhattan, busca levar à justiça um dos bancos mais poderosos do mundo. Para tanto eles investigam diversas atividades ilegais, tendo que rastrear quantias espalhadas ao redor do planeta. Pode soar clichê e parecer trecho de divugalção que aparece nas capas dos filmes, mas tenho que escrever. "Trama Internacional é eletrizante!" O longa dirigido pelo alemão Tom Tykwer (Perfume - A História de um Assassino) é tenso, bem-montado, internacional (começa na Alemanha, passa pelo Itália, vai aos Estados Unidos e acaba na Turquia), possui um roteiro intrigante e, até certo ponto complexo, possui uma brilhante sequência de ação no museu Guggenheinm (toda a parte técnica do filme é fenomenal, principalmente à direção de arte) e, tudo isso investindo num tema aparentemente genérico: a conspiração. "Trama Internacional" aposta num elenco conhecido - apesar de não mostrarem nada de novo -, encabeçado por Clive Owen(Duplicidade) e Naomi Watts (King Kong), corretos e com uma grande participação de Armim Mueller-Stahl (Anjos e Demônios), que transpira toda a aura do teatro em suas falas e gestos, para poder criar a empatia necessária com o público, visando envolvê-lo na trama que discute sobre justiça, impunidade, corrupção, máfia, políticas militaristas em países de terceiro mundo, jogatinas bancárias, embargos etc. Ou seja, o filme faz um apanhado da realidade globalizada, do rolo compressor capitalista, desfilando diversos temas atualíssimos numa trama repleta de tensão, mas que nunca deixa de ser um entretenimento. Tom Tykwer comprova seu talento como contador de histórias e mostra que entretenimento com conteúdo pode ser tão (ou até mais) agradável do que pirotecnias vazias e absurdos escatológicos.
Assisti esses dias esta visão cinematográfica da vida e carreira de Steve Jobs, chamada de "Jobs" - que eu considero uma incursão poucas vezes correta e muitas vezes superficial na sua maneira de apresentar o seu personagem principal -, e tendo chegado ao final da sessão um sentimento de raiva me veio, novamente, ao meu ser. E tal sentimento eu já tinha sentido ao assistir "Piratas do Vale do Silício", "Steve Jobs" e a "A Rede Social". E talvez você se pergunte, o por quê de ter, sentir tal sentimento? Bom, geralmente - assim penso - quando assistimos um filme baseado em fatos reais de alguém que trouxe um revolução, um benefício, uma superação pessoal é tirar proveito do exemplo, da caminhada de vida da história contada. Mas, francamente, isso eu não vejo nas carreiras cinematográficas dos reverenciados. Eu não tomo e não tomarei como exemplo pessoas que para subir, ter status e serem consideradas gênios na vida, passe os outros para trás; Faça os outros de escada. E neste filme, como nos outros, isso fica bem EVIDENTE! Como longa, este "Jobs" é bom, assistível e curioso. Mas, como um exemplo a ser seguido, do personagem principal, é ruim.
As tramas do roteirista Charlie Kaufman costumam ter um pé na psicologia e outro no surrealismo, como neste romance sobre uma depressão pós-fim de relacionamento. Joel (Jim Carrey - Surpreendentemente Ótimo!) descobre que sua namorada, Clementine (Kate Winslett - Ótima!), pagou para uma clínica futurista apagar de sua cabeça todas as lembranças que ela tinha dele. Indignado, ele dá o troco: quer essa amnésia parcial também. Só que bate um arrependimento no meio da operação, e sua mente entra num jogo de esconde-esconde neurológico, tentando salvar o que resta das suas lembranças românticas. Filme denso que faz refletir sobre a vida, rir em momentos inusitados e também se emocionar, este "Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças" mascara sua excepcional história de amor por trás de um drama com certa ficção científica. Em uma narrativa em que se é possível penetrar na cabeça do protagonista, porém sem que isso tire as surpresas, as reviravoltas e os questionamentos sobre os rumos dos episódios não-lineares retratados, o filme se destaca pelo desafio de pensar que nos propõe. Ganhador do Oscar de Melhor Roteiro Original, sua combinação bem-sucedida de roteiro diferenciado e diretor genial se reflete na decisão dos atores principais, vindos de sucessos de bilheteria, de baixar o cachê para ter a chance de trabalhar em um longa CONSIDERADO CULT PELA SUA AUDIÊNCIA.
P. S. - É ficção, mas poderia ser a vida real: cientistas descobriram que, bloqueando a proteína PKMzeta (relacionada à transmissão de sinais entre os neurônios), enquanto o indivíduo está se lembrando de qualquer coisa, essa memória específica desaparece para sempre.
"Casas não matam pessoas, pessoas matam pessoas. "
Casal com três filhos compra mansão em Amityville por uma pechincha, sem dar importância à tragédia ocorrida no local um ano antes, quando um rapaz fuzilou toda a família num surto de loucura. Logo que os novos moradores chegam, coisas estranhas passam a acontecer na casa. A filha mais nova enxerga o fantasma de uma das vítimas e, aos poucos, o pai começa a sofrer os efeitos do local amaldiçoado. Após o êxito da nova versão de "O Massacre Da Serra Elétrica", o produtor Michael Bay exercita, novamente, o seu fetiche por crimes hediondos, nesta refilmagem do clássico "Terror Em Amityville (79)", adaptação do livro de Jay Anson, que supostamente narra um caso real. O filme consegue ser superior e mais realista que o original, e atualiza uma história tão conhecida. O roteiro, por vezes, apela para assombrações gráficas, mas consegue momentos de PAVOR GENUÍNO.
Este "Água Negra" é um remake do filme oriental "Dark Water -Água Negra". Versão bastante fiel ao original de Hideo Nakata, carece de personalidade e maior envolvimento com a trama. Correto, sincero e com desfecho melancólico.
Mulher recém - divorciada se muda com a filha pequena para um apartamento no subúrbio. Fragilizada com a disputa judicial com o marido pela guarda da menina, ela ainda tem que lidar com outros problemas, como retornar ao mercado de trabalho depois de anos e criar a filha sozinha. No meio disso, surge uma misteriosa bolsa escolar, que insiste em aparecer, a estranha umidade que toma conta do novo apartamento e aparições de uma menina vestindo uma capa de chuva. "Dark Walter - Água Negra" aposta num aspecto mais humano, enfatizando o drama da mãe solteira e os reflexos psicológicos do abandono dos filhos por pais separados. Enquanto a triste história se desenvolve, o horror toma conta da trama aos poucos, envolvendo-nos até o desfecho inusitado.
Esta nova incursão sobre a “maldição” de Amityville foi gravada em 2014, mas mesmo com a presença de Jennifer Jason Leigh (que retornou aos holofotes em “Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino, em 2015) e Bella Thorne (estrela teen do Disney Channel), o filme acabou engavetado, sendo lançado só agora em 2017. Apesar dos muitos pés atrás que se fica com o retorno de uma franquia dessas, esse “O Despertar” até que consegue se sustentar de forma sólida, sem arroubos de genialidade, porém também sem mediocridade. Nessa nova história, uma família se muda para Amityville numa busca por uma vida mais tranquila ao lado do filho adolescente em estado vegetativo. A família acaba morando na casa em que ocorreu o caso real de assassinato familiar nos anos 70 e, como manda a “maldição”, a casa começa a agir sobre os personagens, especialmente o filho, que começa a reagir de formar estranhas e aparenta uma considerável melhora. Com momentos interessantes de tensão, o grande mérito desta sequencia está no elenco, que consegue nos envolver nesse estranho jogo familiar. Leigh está perfeita como a mãe quase psicótica, tendo bons momentos em cena com Bella Thorne, que se mostra bastante segura como protagonista. Com divertidas referências aos outros filmes da franquia, “Amityville: O Despertar” repete muito das fórmulas comuns dos filmes de terror atuais, mas mesmo assim consegue construir uma trama envolvente, que funciona de forma bastante divertida para os fãs do gênero.
Casal com três filhos pequenos se muda para uma mansão onde uma família inteira foi assassinada há um ano. Logo na primeira noite, eventos inexplicáveis aterrorizam os novos moradores, numa crescente sucessão de sustos. A excelente trilha sonora de Lalo Schifrin (composta para 'O Exorcista' e rejeitada) ajuda a criar o clima arrepiante e tenso. O roteiro deixa algumas pontas soltas, mas é um filme apavorante, repleto de cenas memoráveis. Baseado no livro 'Horror em Amityville', de Jay Anson, supostamente inspirado em caso real, originou uma cinesérie irregular, começando em 'Amityville 2' (1982) até culminar no longa 'Horror em Amityville'. Exibido no cinema como a 'A Casa Do Horror', foi relançado como 'A Cidade Do Horror'. Mesmo cheio de altos e baixos "Terror em Amityville", vale a conferida pela nostalgia e por ter dado origem a um das maiores séries de terror da história do cinema.
"Em Busca da Estrela de Natal" é pequeno filme de fantasia natalina que encanta a sua platéia, pela sua narrativa bem doce e agradável. É um bom e inocente programa para se conferir com toda família.
Ainda que por vezes os filmes de Woody Allen se repitam Como um disco riscado, aqui ele dirige um drama criminal, no qual não aparece como ator, e que desponta como um dos melhores trabalhos de sua maravilhosa carreira. O cenário em "Match Point" é a Londres extremamente civilizada onde transita a alta classe européia. Ali temos um mundo perfeito em quase todos os aspectos, com pessoas verdadeiramente conscientes do seu valor, mas que não se misturam facilmente. Ao contrário, adoram maquiar o fosso que existe com uma outra Inglaterra, miserável e pobre. É deste lado que encontramos Chris Wilcott (Jonathan Rhys Meyers - Ótimo! - de 'Missão Impossível 3'), jovem irlandês que encontrou no tênis um escape à desesperança da sua terra natal. Ele vira professor de um milionário e, por meio dele adentra no circuito fechado dos magnatas. Há aqui um Woody Allen quase desencantado com as classes médias que sempre reapresentou. Um cineasta extremamente mordaz que não hesita em fazer da sua personagem central alguém que não verbaliza muito (nunca os personagens falaram tão pouco num filme do diretor) e cujas intenções se manifestam por pequenas atitudes. Sim, isso porque Wilcott é maquiavélico e cruel, como nenhum personagem de um longa de Woody Allen foi antes. Outro fato interessante: Em "Match Point" não temos o humor de Allen. Aqui ele escolhe uma visão de mundo negativa, ao som constante de ópera soturna, de planos vagarosos e, essencialmente pontuado pelo rosto dilacerado pela pequenez humana de Rhys Meyers. Bom, não demora muito até o tenista se envolver com a irmã do magnata (Emily Mortimer - Ótima!). Tudo corre bem, pelo menos até ao momento em que conhece uma americana, Nola (Scarlett Johansson - Ótima! - de 'Encontros e Desencontros'), aspirante a atriz e, como ele, uma oportunista. O cerco se fecha. Como na partida de tênis, a película esboça as regras do Match Point para a vida: só o treino e a persistência não chegam para o atleta. Afinal se a bola bater na rede e voltar para o seu lado, de nada adianta todo o preparo. Parece óbvio. Mas Woody Allen prepara uma baita surpresa, que subverte essa lógica. Em suma, "Match Point" é, sem sombra de dúvida, um dos melhores trabalhos de Woody Allen. Ao contrário de toda a sua EXCELENTE carreira, o cineasta deixa o humor de lado e investe em um enredo envolvendo um crime engenhoso. Chris Wilcott (Jonathan Rhys-Meyers) é um tenista oportunista que começa uma escalada na sociedade local ao casar com uma milionária. Mas ele não conta que vai se apaixonar por uma garota (Scarlett Johansson) tão oportunista quanto ele e tudo fica mais complicado quando ela fica grávida e começa a pressioná-lo a largar a esposa rica. A partir daí, o que se vê é um conflito de consciência do personagem e uma saída que pode se tornar trágica. Woody Allen trabalha maravilhosamente o roteiro, que metaforicamente traça paralelos entre o jogo que o personagem central pratica (o tênis) e a sorte em algumas jogadas arriscadas da própria vida. Recomendadíssimo! Vale a Viagem!
"Algumas vezes, quando penso o quão bom ele pode ser." , falando sobre o destino, ele escreve a um amigo, "Eu mau consigo respirar."
Philip Seymour Hoffman interpreta com PERFEIÇÃO o escritor Truman Capote, um dos pilares do 'New Journalism'. Truman já era um escritor de sucesso graças a seu livro 'Bonequinha De Luxo', quando se interessou por um brutal crime que ocorreu em Kansas, em 1959. É exatamente a história de como ele reuniu informações para redigir seu famoso 'A Sangue Frio' de que esse filme trata. A fim de entender a fundo a história e explorar em seu livro a psicologia dos dois criminosos, ele parte para o Kansas, estabelece forte vínculo com os envolvidos para captar toda a crueza que existe no caso. Outro ponto INTERESSANTE é que não há nada de heróico no escritor, ele é mostrado como alguém inteligente, mas que não mede suas ações na hora de manipular as pessoas. O projeto de "Capote", adaptação do livro de Gerald Clarke, passou vários anos na gaveta - até Hoffman, que aqui acumula a função de produtor, conseguiu financiar o filme (orçado em US$ 7 milhões). Vaidoso ao extremo, Capote se proclamou o criador do gênero romance de não-ficção ao explorar o assassinato de uma família de fazendeiros do Kansas, em 1959, em 'A Sangue Frio'. Para obter informação e escrever sua tão almejada obra-prima, ele ficou amigo dos assassinos, visitando-os constantemente no Corredor da Morte. "Mas ele pagou um preço muito alto por isso. Por mais que ele fingisse ajudar os condenados, Capote precisava da morte dos criminosos para concluir o seu livro, o que provavelmente torturou a sua alma. E, ao atingir o sucesso com que sempre sonhou, já havia plantado as sementes da própria desintegração." disse Philip Seymour Hoffman. MUITO BOM!!!
Grande clássico do “cinema família” dos anos 90, "Esqueceram de Mim" (Home Alone, no original) é um daqueles filmes que TODO MUNDO viu. Os mais velhos viram no cinema; os mais novos, em alguma reprise televisiva. O que falar sobre um filme que todo mundo viu? Bem, podemos dizer que "Esqueceram de Mim" continua divertido até hoje. O humor pastelão da parte final mostra um raro equilíbrio e consegue ser muito engraçado sem cair na baixaria nem na escatologia nenhuma vez. Quando se fala em "Esqueceram de Mim", todos lembram logo de Macaulay Culkin. Mas alguns nomes por trás das câmeras devem ser citados. O roteiro era de John Hughes, o diretor de "Curtindo a Vida Adoidado" e "Clube dos Cinco", um dos nomes mais importantes do cinema infanto-juvenil dos anos 80. A direção estava nas mãos de Chris Columbus, que na época era mais famoso por ser o roteirista de "Gremlins", "Goonies" e "O Enigma da Pirâmide", mas hoje já tem uma carreira mais sólida como diretor (dirigiu, entre outros, os dois primeiros "Harry Potter" e "Percy Jackson e o Ladrão de Raios"). A edição foi feita por Raja Gosnell, hoje mais conhecido por ter dirigido os dois filmes dos "Smurfs" (ele também dirigiu o terceiro "Esqueceram de Mim"). Por fim, a trilha sonora de John Williams chegou a ser indicada ao Oscar. Sobre o elenco, o grande nome é mesmo Macaulay Culkin. Então com 10 anos de idade, o moleque esbanja carisma e simpatia. Na época, Culkin virou uma grande estrela e protagonizou vários outros filmes, como "Riquinho", "Meu Primeiro Amor", "Pagemaster" e "O Anjo Malvado". Pena que o ator não segurou a barra, e, de criança prodígio, virou um jovem problemático, se envolveu com drogas, ficou quase dez anos sem filmar e nunca mais teve sucesso na carreira. Além de Culkin, também destacam-se Joe Pesci e Daniel Stern como os vilões. John Candy pouco aparece, num papel pequeno.
"Santa Buddies - Uma Aventura de Natal" é um emocionante clássico de natal para se curtir com toda família CERTAMENTE. Eu curti! Onde estes irresistíveis filhotes falantes da Disney nos ensinam e nos faz lembrar do verdadeiro significado do Natal.
A discrição de Lasse Hallström como diretor nunca o impediu de criar dramas prazerosos de ver como "Regras da Vida" e "Gilbert Grape". E é neste caso que se insere este "Um Lugar Para Recomeçar", um drama com história aparentemente batida, mas CONSISTENTE e que revela personagens bem esculpidas. Jennifer Lopez faz uma mulher maltratada, alvo de violência doméstica por parte do seu namorado decide partir com a filha para uma pequena localidade rural no Wyoming, pedindo alojamento temporário ao seu ex-sogro, Einar (Robert Redford). Este recebe mal a ex-nora, que considera culpada pela morte do filho. Mas, seu empregado Mitch (Morgan Freeman) e a filha tentam convencê-lo a mudar de atitude. Hallströn denbruça-se aqui sobre as contrariedades e ambivalências das relações humanas, fazendo uma reflexão sutil acerca da natureza complicada do ser humano vincada por conflitos interiores e memórias amargas. Outro ponto forte do filme são as atuações de Morgan Freeman e, SOBRETUDO, de Robert Redford. Até Jennifer Lopez, cujos méritos como atriz são duvidosos, aqui ela atinge um degrau mais alto, e a pequena Becca Gardner se apresenta como uma revelação promissora.
A Grande Família - O Filme
2.6 234Como produto derivado do seriado global, "A Grande Família - O Filme" mantém todos os ingredientes, casos e acasos, encontros e desencontros que o fazem ser um sucesso na TV aberta, ser também uma grande diversão na tela grande. Muito Bom!
O Colecionador de Ossos
3.7 662 Assista Agora"O Colecionador de Ossos" é um longa extremamente eficiente, dinâmico e consegue com êxito prender a nossa atenção. O filme dirigido por Phillip Noyce é com certeza um dos melhores thrillers de investigação que já vi, e também um dos melhores suspenses.
Além de prender a nossa atenção em todos os seus acontecimentos, o longa possuí situações inteligentes que quem é fã de séries investigativas vai se identificar bastante.
Outro ponto positivo de "O Colecionador de Ossos" é seu elenco. Denzel Washington muitas vezes é responsável por elevar a dinâmica do filme. Angelina Jolie fica encarregada de conduzir a maioria das cenas de suspense, e sua atuação não deixa a desejar em nenhum momento. O restante do elenco também segue centrado e bem confiante em seus respectivos papéis.
Em suma, "O Colecionador de Ossos" é uma ótima pedida para você que procura algo inteligente, que te faça pensar e que não te deixa perder si quer uma cena. É um longa bem feito e cumpre seu papel como um ótimo suspense. RECOMENDADO!
Kingsman: O Círculo Dourado
3.5 885 Assista Agora"Não há tempo para emoção neste cenário."
Quem já viu o primeiro Kingsman, sabe que a ação alucinante é uma marca registrada da película.
Mas, este longa, como a imensa maioria das sequências: tem seus defeitos.
A trama é algo exagerada, o roteiro é repleto de inconsistências e o impacto e a surpresa do primeiro filme obviamente foram por água abaixo. A duração, talvez, seja algo excessivo, não há trama em "O Círculo Dourado" que justifique duas horas e vinte e um minutos de projeção, e algumas interpretações são excessivamente caricatas. São falhas perdoáveis e não tiram de "Kingsman: O Círculo Dourado" seu brilho, seus méritos.
Pessoalmente eu não conheço os quadrinhos que inspiraram esse longa-metragem, mas acredito que o diretor Matthew Vaughn tenha feito um bom trabalho ao traduzir novamente os quadrinhos para a telona. Vaughn também merece créditos por conseguir entregar um trabalho tão denso com tanto bom humor; um produto que vai além do entretenimento escapista. Taron Egerton se segura como protagonista, trabalho facilitado por estar cercado de grandes atores que manjam do riscado, como Mark Strong, Colin Firth e Michael Gambon.
O pessoal da Statesman é OK. Jeff Bridges se contém um pouco nos maneirismos esperados de seu personagem, Channing Tatum sabe se virar com comédia (e aparece bem menos do que o trailer sugeria), e Pedro Pascal manda bem no papel de Whiskey, enquanto Halle Berry de fato, tem pouco a fazer no longa, interpretando a versão feminina de Merlin.
Julianne Moore, que disse, em entrevista, que se inspirara no Lex Luthor de Gene Hackman para compôr sua Poppy, é, provavelmente, a psicopata mais adorável do cinema recente, manda bem, mas longe de seus melhores trabalhos, nada de surpreendente.
Há ainda Emily Watson, como a chefe de gabinete Fox, e Bruce Greenwood interpretando um tipo de Donald Trump.
Os efeitos visuais se dividem entre bons e ótimos.
No fim das contas, o longa pode não ser tão sólido e redondinho quanto seu predecessor, mas certamente mantém o jogo de cintura, e garante uma boa dose de descompromissada diversão.
Aproveitando o tom do filme, me arrisco a um trocadilho super clichê: um tiro certeiro, em todos os alvos.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista Agora"Kingsman: Serviço Secreto" oferece sequências visualmente embasbacantes, que praticamente valem pelo filme todo. O desfecho da história é forte o suficiente para se fazer lembrar, e o elenco escalado é de primeira linha. Pra quem curte, como eu, humor, ação e muita violência, a fita é recomendada.
Atentado em Paris
3.2 98"Atentado em Paris" é um thriller policial de ação clássico, sem um roteiro complexo ou muito orçamento. É o típico filme com boa atmosfera, ritmo, tensão e outros elementos que fazem parte do gênero. Cumpre o que pode dar e não nos sentimos decepcionados quando chegamos ao seu final.
Os Filhotes da Mamãe Noel
2.7 7 Assista Agora"Os Filhotes Da Mamãe Noel" é um filme bem legal, engraçado e cativante.
Ele fala bastante do espírito de Natal e da importância de mantermos ele sempre. Comovente e emocionante, principalmente, no momento de execução de suas canções, é um bom longa para se assistir com toda família nesta data festiva.
Zé Colmeia: O Filme
2.7 386 Assista AgoraEsta película dirigida por Eric Brevig (Viagem Ao Centro da Terra- O Filme) peca pela falta de um enredo mais elaborado. Os personagens são cativantes e velhos conhecidos, porém a história não surpreende e às vezes consegue ser engraçada.
Em suma, "Zé Colmeia - O Filme" é muito bobinho, com efeitos até divertidos!
Lar Doce Inferno
2.5 131 Assista AgoraDon Champagne (Patrick Wilson) parece viver o perfeito sonho americano: tem um emprego próspero, uma casa no subúrbio, filhos adoráveis e uma bela mulher, Mona (Katherine Heigl, de "Ligeiramente Grávidos"). Na intimidade, porém, ela mostra-se uma tirana rainha do lar, capaz de fazer qualquer coisa para preservar as "metas de felicidade" que programou para a família. Inclusive matar a sangue-frio. É o que faz quando descobre um "affair" de Don com uma jovem vendedora. Para o horror do marido, ela irá ainda mais longe na missão de encobrir os vestígios do crime. O humor negro é ágil e relativamente envolvente - até o roteiro perder, um pouco, o rumo na conclusão. Lembra um genérico de "Mamãe É de Morte", "cult" de John Waters.
Mandando Bala
3.0 565 Assista Agora"VEROSSIMILHANÇA" é uma palavra que DEVE ser riscada do dicionário no momento em que entramos na sessão de "Mandando Bala".
Trata-se de um filme TOTALMENTE desprensioso e cuja única função é DIVERTIR.
E eu me Diverti e Recomendo!
Um Natal Brilhante
2.6 126 Assista Agora"Um Natal Brilhante" começa mostrando um pouco da rotina de Steve Finch (Matthew Broderick), considerado especialista em Natal na sua cidade. Mas, as coisas começam a mudar quando o vizinho novo, Buddy (Danny De Vito) , chega e começa a atrapalhar a vida de Steve na cidade.
Filme natalino muito engraçado. Além de nos fazer 'morrer' de rir, ainda nos mostra como a família é mais importante que qualquer coisa, principalmente nessa época do ano.
Vale a pena assistir!
Trama Internacional
3.2 200 Assista Agora"Trama Internacional" é cinema de primeira!
Louis Sallinger (Clive Owen) é um agente da Interpol que, juntamente com Eleanor Whitman (Naomi Watts), a promotora de justiça de Manhattan, busca levar à justiça um dos bancos mais poderosos do mundo. Para tanto eles investigam diversas atividades ilegais, tendo que rastrear quantias espalhadas ao redor do planeta.
Pode soar clichê e parecer trecho de divugalção que aparece nas capas dos filmes, mas tenho que escrever. "Trama Internacional é eletrizante!" O longa dirigido pelo alemão Tom Tykwer (Perfume - A História de um Assassino) é tenso, bem-montado, internacional (começa na Alemanha, passa pelo Itália, vai aos Estados Unidos e acaba na Turquia), possui um roteiro intrigante e, até certo ponto complexo, possui uma brilhante sequência de ação no museu Guggenheinm (toda a parte técnica do filme é fenomenal, principalmente à direção de arte) e, tudo isso investindo num tema aparentemente genérico: a conspiração.
"Trama Internacional" aposta num elenco conhecido - apesar de não mostrarem nada de novo -, encabeçado por Clive Owen(Duplicidade) e Naomi Watts (King Kong), corretos e com uma grande participação de Armim Mueller-Stahl (Anjos e Demônios), que transpira toda a aura do teatro em suas falas e gestos, para poder criar a empatia necessária com o público, visando envolvê-lo na trama que discute sobre justiça, impunidade, corrupção, máfia, políticas militaristas em países de terceiro mundo, jogatinas bancárias, embargos etc. Ou seja, o filme faz um apanhado da realidade globalizada, do rolo compressor capitalista, desfilando diversos temas atualíssimos numa trama repleta de tensão, mas que nunca deixa de ser um entretenimento.
Tom Tykwer comprova seu talento como contador de histórias e mostra que entretenimento com conteúdo pode ser tão (ou até mais) agradável do que pirotecnias vazias e absurdos escatológicos.
Jobs
3.1 750 Assista AgoraAssisti esses dias esta visão cinematográfica da vida e carreira de Steve Jobs, chamada de "Jobs" - que eu considero uma incursão poucas vezes correta e muitas vezes superficial na sua maneira de apresentar o seu personagem principal -, e tendo chegado ao final da sessão um sentimento de raiva me veio, novamente, ao meu ser. E tal sentimento eu já tinha sentido ao assistir "Piratas do Vale do Silício", "Steve Jobs" e a "A Rede Social". E talvez você se pergunte, o por quê de ter, sentir tal sentimento?
Bom, geralmente - assim penso - quando assistimos um filme baseado em fatos reais de alguém que trouxe um revolução, um benefício, uma superação pessoal é tirar proveito do exemplo, da caminhada de vida da história contada. Mas, francamente, isso eu não vejo nas carreiras cinematográficas dos reverenciados. Eu não tomo e não tomarei como exemplo pessoas que para subir, ter status e serem consideradas gênios na vida, passe os outros para trás; Faça os outros de escada. E neste filme, como nos outros, isso fica bem EVIDENTE!
Como longa, este "Jobs" é bom, assistível e curioso. Mas, como um exemplo a ser seguido, do personagem principal, é ruim.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraAs tramas do roteirista Charlie Kaufman costumam ter um pé na psicologia e outro no surrealismo, como neste romance sobre uma depressão pós-fim de relacionamento.
Joel (Jim Carrey - Surpreendentemente Ótimo!) descobre que sua namorada, Clementine (Kate Winslett - Ótima!), pagou para uma clínica futurista apagar de sua cabeça todas as lembranças que ela tinha dele. Indignado, ele dá o troco: quer essa amnésia parcial também. Só que bate um arrependimento no meio da operação, e sua mente entra num jogo de esconde-esconde neurológico, tentando salvar o que resta das suas lembranças românticas.
Filme denso que faz refletir sobre a vida, rir em momentos inusitados e também se emocionar, este "Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças" mascara sua excepcional história de amor por trás de um drama com certa ficção científica. Em uma narrativa em que se é possível penetrar na cabeça do protagonista, porém sem que isso tire as surpresas, as reviravoltas e os questionamentos sobre os rumos dos episódios não-lineares retratados, o filme se destaca pelo desafio de pensar que nos propõe.
Ganhador do Oscar de Melhor Roteiro Original, sua combinação bem-sucedida de roteiro diferenciado e diretor genial se reflete na decisão dos atores principais, vindos de sucessos de bilheteria, de baixar o cachê para ter a chance de trabalhar em um longa CONSIDERADO CULT PELA SUA AUDIÊNCIA.
P. S. - É ficção, mas poderia ser a vida real: cientistas descobriram que, bloqueando a proteína PKMzeta (relacionada à transmissão de sinais entre os neurônios), enquanto o indivíduo está se lembrando de qualquer coisa, essa memória específica desaparece para sempre.
Recomendadíssimo! Vale a Viagem!
Horror em Amityville
3.2 815 Assista Agora"Casas não matam pessoas, pessoas matam pessoas. "
Casal com três filhos compra mansão em Amityville por uma pechincha, sem dar importância à tragédia ocorrida no local um ano antes, quando um rapaz fuzilou toda a família num surto de loucura. Logo que os novos moradores chegam, coisas estranhas passam a acontecer na casa. A filha mais nova enxerga o fantasma de uma das vítimas e, aos poucos, o pai começa a sofrer os efeitos do local amaldiçoado. Após o êxito da nova versão de "O Massacre Da Serra Elétrica", o produtor Michael Bay exercita, novamente, o seu fetiche por crimes hediondos, nesta refilmagem do clássico "Terror Em Amityville (79)", adaptação do livro de Jay Anson, que supostamente narra um caso real. O filme consegue ser superior e mais realista que o original, e atualiza uma história tão conhecida. O roteiro, por vezes, apela para assombrações gráficas, mas consegue momentos de PAVOR GENUÍNO.
Água Negra
2.7 407Este "Água Negra" é um remake do filme oriental "Dark Water -Água Negra". Versão bastante fiel ao original de Hideo Nakata, carece de personalidade e maior envolvimento com a trama. Correto, sincero e com desfecho melancólico.
Água Negra
3.2 137Mulher recém - divorciada se muda com a filha pequena para um apartamento no subúrbio. Fragilizada com a disputa judicial com o marido pela guarda da menina, ela ainda tem que lidar com outros problemas, como retornar ao mercado de trabalho depois de anos e criar a filha sozinha. No meio disso, surge uma misteriosa bolsa escolar, que insiste em aparecer, a estranha umidade que toma conta do novo apartamento e aparições de uma menina vestindo uma capa de chuva. "Dark Walter - Água Negra" aposta num aspecto mais humano, enfatizando o drama da mãe solteira e os reflexos psicológicos do abandono dos filhos por pais separados. Enquanto a triste história se desenvolve, o horror toma conta da trama aos poucos, envolvendo-nos até o desfecho inusitado.
Amityville: O Despertar
2.4 423 Assista AgoraEsta nova incursão sobre a “maldição” de Amityville foi gravada em 2014, mas mesmo com a presença de Jennifer Jason Leigh (que retornou aos holofotes em “Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino, em 2015) e Bella Thorne (estrela teen do Disney Channel), o filme acabou engavetado, sendo lançado só agora em 2017. Apesar dos muitos pés atrás que se fica com o retorno de uma franquia dessas, esse “O Despertar” até que consegue se sustentar de forma sólida, sem arroubos de genialidade, porém também sem mediocridade. Nessa nova história, uma família se muda para Amityville numa busca por uma vida mais tranquila ao lado do filho adolescente em estado vegetativo. A família acaba morando na casa em que ocorreu o caso real de assassinato familiar nos anos 70 e, como manda a “maldição”, a casa começa a agir sobre os personagens, especialmente o filho, que começa a reagir de formar estranhas e aparenta uma considerável melhora. Com momentos interessantes de tensão, o grande mérito desta sequencia está no elenco, que consegue nos envolver nesse estranho jogo familiar. Leigh está perfeita como a mãe quase psicótica, tendo bons momentos em cena com Bella Thorne, que se mostra bastante segura como protagonista. Com divertidas referências aos outros filmes da franquia, “Amityville: O Despertar” repete muito das fórmulas comuns dos filmes de terror atuais, mas mesmo assim consegue construir uma trama envolvente, que funciona de forma bastante divertida para os fãs do gênero.
Terror em Amityville
3.3 289 Assista AgoraCasal com três filhos pequenos se muda para uma mansão onde uma família inteira foi assassinada há um ano. Logo na primeira noite, eventos inexplicáveis aterrorizam os novos moradores, numa crescente sucessão de sustos. A excelente trilha sonora de Lalo Schifrin (composta para 'O Exorcista' e rejeitada) ajuda a criar o clima arrepiante e tenso. O roteiro deixa algumas pontas soltas, mas é um filme apavorante, repleto de cenas memoráveis. Baseado no livro 'Horror em Amityville', de Jay Anson, supostamente inspirado em caso real, originou uma cinesérie irregular, começando em 'Amityville 2' (1982) até culminar no longa 'Horror em Amityville'. Exibido no cinema como a 'A Casa Do Horror', foi relançado como 'A Cidade Do Horror'.
Mesmo cheio de altos e baixos "Terror em Amityville", vale a conferida pela nostalgia e por ter dado origem a um das maiores séries de terror da história do cinema.
Em Busca da Estrela de Natal
2.9 15"Aquele Que Não Crer, Não Pode Mais Ver. "
"Em Busca da Estrela de Natal" é pequeno filme de fantasia natalina que encanta a sua platéia, pela sua narrativa bem doce e agradável. É um bom e inocente programa para se conferir com toda família.
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista AgoraAinda que por vezes os filmes de Woody Allen se repitam Como um disco riscado, aqui ele dirige um drama criminal, no qual não aparece como ator, e que desponta como um dos melhores trabalhos de sua maravilhosa carreira. O cenário em "Match Point" é a Londres extremamente civilizada onde transita a alta classe européia. Ali temos um mundo perfeito em quase todos os aspectos, com pessoas verdadeiramente conscientes do seu valor, mas que não se misturam facilmente. Ao contrário, adoram maquiar o fosso que existe com uma outra Inglaterra, miserável e pobre. É deste lado que encontramos Chris Wilcott (Jonathan Rhys Meyers - Ótimo! - de 'Missão Impossível 3'), jovem irlandês que encontrou no tênis um escape à desesperança da sua terra natal. Ele vira professor de um milionário e, por meio dele adentra no circuito fechado dos magnatas.
Há aqui um Woody Allen quase desencantado com as classes médias que sempre reapresentou. Um cineasta extremamente mordaz que não hesita em fazer da sua personagem central alguém que não verbaliza muito (nunca os personagens falaram tão pouco num filme do diretor) e cujas intenções se manifestam por pequenas atitudes. Sim, isso porque Wilcott é maquiavélico e cruel, como nenhum personagem de um longa de Woody Allen foi antes.
Outro fato interessante: Em "Match Point" não temos o humor de Allen. Aqui ele escolhe uma visão de mundo negativa, ao som constante de ópera soturna, de planos vagarosos e, essencialmente pontuado pelo rosto dilacerado pela pequenez humana de Rhys Meyers.
Bom, não demora muito até o tenista se envolver com a irmã do magnata (Emily Mortimer - Ótima!). Tudo corre bem, pelo menos até ao momento em que conhece uma americana, Nola (Scarlett Johansson - Ótima! - de 'Encontros e Desencontros'), aspirante a atriz e, como ele, uma oportunista. O cerco se fecha. Como na partida de tênis, a película esboça as regras do Match Point para a vida: só o treino e a persistência não chegam para o atleta. Afinal se a bola bater na rede e voltar para o seu lado, de nada adianta todo o preparo. Parece óbvio. Mas Woody Allen prepara uma baita surpresa, que subverte essa lógica.
Em suma, "Match Point" é, sem sombra de dúvida, um dos melhores trabalhos de Woody Allen. Ao contrário de toda a sua EXCELENTE carreira, o cineasta deixa o humor de lado e investe em um enredo envolvendo um crime engenhoso. Chris Wilcott (Jonathan Rhys-Meyers) é um tenista oportunista que começa uma escalada na sociedade local ao casar com uma milionária. Mas ele não conta que vai se apaixonar por uma garota (Scarlett Johansson) tão oportunista quanto ele e tudo fica mais complicado quando ela fica grávida e começa a pressioná-lo a largar a esposa rica. A partir daí, o que se vê é um conflito de consciência do personagem e uma saída que pode se tornar trágica. Woody Allen trabalha maravilhosamente o roteiro, que metaforicamente traça paralelos entre o jogo que o personagem central pratica (o tênis) e a sorte em algumas jogadas arriscadas da própria vida.
Recomendadíssimo! Vale a Viagem!
Capote
3.8 373 Assista Agora"Algumas vezes, quando penso o quão bom ele pode ser." , falando sobre o destino, ele escreve a um amigo, "Eu mau consigo respirar."
Philip Seymour Hoffman interpreta com PERFEIÇÃO o escritor Truman Capote, um dos pilares do 'New Journalism'. Truman já era um escritor de sucesso graças a seu livro 'Bonequinha De Luxo', quando se interessou por um brutal crime que ocorreu em Kansas, em 1959. É exatamente a história de como ele reuniu informações para redigir seu famoso 'A Sangue Frio' de que esse filme trata. A fim de entender a fundo a história e explorar em seu livro a psicologia dos dois criminosos, ele parte para o Kansas, estabelece forte vínculo com os envolvidos para captar toda a crueza que existe no caso. Outro ponto INTERESSANTE é que não há nada de heróico no escritor, ele é mostrado como alguém inteligente, mas que não mede suas ações na hora de manipular as pessoas.
O projeto de "Capote", adaptação do livro de Gerald Clarke, passou vários anos na gaveta - até Hoffman, que aqui acumula a função de produtor, conseguiu financiar o filme (orçado em US$ 7 milhões). Vaidoso ao extremo, Capote se proclamou o criador do gênero romance de não-ficção ao explorar o assassinato de uma família de fazendeiros do Kansas, em 1959, em 'A Sangue Frio'. Para obter informação e escrever sua tão almejada obra-prima, ele ficou amigo dos assassinos, visitando-os constantemente no Corredor da Morte. "Mas ele pagou um preço muito alto por isso. Por mais que ele fingisse ajudar os condenados, Capote precisava da morte dos criminosos para concluir o seu livro, o que provavelmente torturou a sua alma. E, ao atingir o sucesso com que sempre sonhou, já havia plantado as sementes da própria desintegração." disse Philip Seymour Hoffman.
MUITO BOM!!!
Esqueceram de Mim
3.5 1,3K Assista AgoraGrande clássico do “cinema família” dos anos 90, "Esqueceram de Mim" (Home Alone, no original) é um daqueles filmes que TODO MUNDO viu. Os mais velhos viram no cinema; os mais novos, em alguma reprise televisiva.
O que falar sobre um filme que todo mundo viu? Bem, podemos dizer que "Esqueceram de Mim" continua divertido até hoje. O humor pastelão da parte final mostra um raro equilíbrio e consegue ser muito engraçado sem cair na baixaria nem na escatologia nenhuma vez.
Quando se fala em "Esqueceram de Mim", todos lembram logo de Macaulay Culkin. Mas alguns nomes por trás das câmeras devem ser citados. O roteiro era de John Hughes, o diretor de "Curtindo a Vida Adoidado" e "Clube dos Cinco", um dos nomes mais importantes do cinema infanto-juvenil dos anos 80. A direção estava nas mãos de Chris Columbus, que na época era mais famoso por ser o roteirista de "Gremlins", "Goonies" e "O Enigma da Pirâmide", mas hoje já tem uma carreira mais sólida como diretor (dirigiu, entre outros, os dois primeiros "Harry Potter" e "Percy Jackson e o Ladrão de Raios"). A edição foi feita por Raja Gosnell, hoje mais conhecido por ter dirigido os dois filmes dos "Smurfs" (ele também dirigiu o terceiro "Esqueceram de Mim"). Por fim, a trilha sonora de John Williams chegou a ser indicada ao Oscar.
Sobre o elenco, o grande nome é mesmo Macaulay Culkin. Então com 10 anos de idade, o moleque esbanja carisma e simpatia. Na época, Culkin virou uma grande estrela e protagonizou vários outros filmes, como "Riquinho", "Meu Primeiro Amor", "Pagemaster" e "O Anjo Malvado". Pena que o ator não segurou a barra, e, de criança prodígio, virou um jovem problemático, se envolveu com drogas, ficou quase dez anos sem filmar e nunca mais teve sucesso na carreira. Além de Culkin, também destacam-se Joe Pesci e Daniel Stern como os vilões. John Candy pouco aparece, num papel pequeno.
Santa Buddies - Uma Aventura de Natal
3.1 10"Santa Buddies - Uma Aventura de Natal" é um emocionante clássico de natal para se curtir com toda família CERTAMENTE. Eu curti! Onde estes irresistíveis filhotes falantes da Disney nos ensinam e nos faz lembrar do verdadeiro significado do Natal.
Um Lugar para Recomeçar
3.3 188 Assista AgoraA discrição de Lasse Hallström como diretor nunca o impediu de criar dramas prazerosos de ver como "Regras da Vida" e "Gilbert Grape". E é neste caso que se insere este "Um Lugar Para Recomeçar", um drama com história aparentemente batida, mas CONSISTENTE e que revela personagens bem esculpidas.
Jennifer Lopez faz uma mulher maltratada, alvo de violência doméstica por parte do seu namorado decide partir com a filha para uma pequena localidade rural no Wyoming, pedindo alojamento temporário ao seu ex-sogro, Einar (Robert Redford). Este recebe mal a ex-nora, que considera culpada pela morte do filho. Mas, seu empregado Mitch (Morgan Freeman) e a filha tentam convencê-lo a mudar de atitude. Hallströn denbruça-se aqui sobre as contrariedades e ambivalências das relações humanas, fazendo uma reflexão sutil acerca da natureza complicada do ser humano vincada por conflitos interiores e memórias amargas.
Outro ponto forte do filme são as atuações de Morgan Freeman e, SOBRETUDO, de Robert Redford. Até Jennifer Lopez, cujos méritos como atriz são duvidosos, aqui ela atinge um degrau mais alto, e a pequena Becca Gardner se apresenta como uma revelação promissora.