Uma das primeiras coisas que aprendemos quando somos crianças é a dosagem das coisas: só uma bolacha, muito doce dá dor de barriga, no mínimo um banho por dia... E talvez por ser tão simples, a inteligência na quantidade das coisas seja um dos grandes trunfos dessa série. Ao meu ver, somente três coisas poderiam ter sido ajustadas: - a atuação no primeiro episódio de Wynona (Joyce Byers), afinal foi uma representação de surto tão grande que só se justifica no terceiro episódio; - o gancho para a segunda temporada - já que é um filme de 8 horas, por que não trazer um princípio de outro mistério totalmente novo, como o Chefe Hopper encontrando algo suspeito; - a construção de Lucas - que merecia um alívio tecnológico ou cômico, por representar em demasia sua condição de cético - ainda mais por ter ao seu lado três personagens bem redondinhos (Dustin - melhores diálogos). Posto isso, não é necessário enumerar a quantidade de referências, indo de E.T. até Gonnies, este último quando inspirado, representa as cenas mais interessantes da série. E falando em interessante, três personagens merecem muito atenção: Mike (vai dizer que essa criança não é daquelas você quer ser amigo?!); Chefe Hopper (desde a primeira cena, já senti que ele poderia ser o condutor da "resolução adulta") e o professor de química/biologia (educador que fala a língua do aluno). Engraçado como o irmão mais velho consegue trazer a importância de Will de uma forma tão simples - música - e mostrar a Nancy o seu futuro com uma fala - sintetizada em sua última cena da temporada (jovem atleta - marido bunda). Outro ponto bem equilibrado foram os flash-backs de Eleven, que servem até para não sentirmos o mesmo que em Star Wars VII com Rey - nossa, ela é muito forte do nada, sabe tudo sem treino. Quantidade, novamente, mostrando como ao sintetizar objetivos, as coisas andam muito melhor. Não à toa essa foi uma série pautada em dados coletados pela empresa, definindo desde o tema principal, ás referências aos anos 80 e claro, a estrutura (8 episódios em que você deve sempre ver pares para que a história faça mais sentido).
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Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraUma das primeiras coisas que aprendemos quando somos crianças é a dosagem das coisas: só uma bolacha, muito doce dá dor de barriga, no mínimo um banho por dia... E talvez por ser tão simples, a inteligência na quantidade das coisas seja um dos grandes trunfos dessa série.
Ao meu ver, somente três coisas poderiam ter sido ajustadas:
- a atuação no primeiro episódio de Wynona (Joyce Byers), afinal foi uma representação de surto tão grande que só se justifica no terceiro episódio;
- o gancho para a segunda temporada - já que é um filme de 8 horas, por que não trazer um princípio de outro mistério totalmente novo, como o Chefe Hopper encontrando algo suspeito;
- a construção de Lucas - que merecia um alívio tecnológico ou cômico, por representar em demasia sua condição de cético - ainda mais por ter ao seu lado três personagens bem redondinhos (Dustin - melhores diálogos).
Posto isso, não é necessário enumerar a quantidade de referências, indo de E.T. até Gonnies, este último quando inspirado, representa as cenas mais interessantes da série. E falando em interessante, três personagens merecem muito atenção: Mike (vai dizer que essa criança não é daquelas você quer ser amigo?!); Chefe Hopper (desde a primeira cena, já senti que ele poderia ser o condutor da "resolução adulta") e o professor de química/biologia (educador que fala a língua do aluno).
Engraçado como o irmão mais velho consegue trazer a importância de Will de uma forma tão simples - música - e mostrar a Nancy o seu futuro com uma fala - sintetizada em sua última cena da temporada (jovem atleta - marido bunda). Outro ponto bem equilibrado foram os flash-backs de Eleven, que servem até para não sentirmos o mesmo que em Star Wars VII com Rey - nossa, ela é muito forte do nada, sabe tudo sem treino.
Quantidade, novamente, mostrando como ao sintetizar objetivos, as coisas andam muito melhor. Não à toa essa foi uma série pautada em dados coletados pela empresa, definindo desde o tema principal, ás referências aos anos 80 e claro, a estrutura (8 episódios em que você deve sempre ver pares para que a história faça mais sentido).