Eu acabei de assistir ao filme e... O que eu posso dizer? Primeiramente, é um filme estranho... Muito estranho... Tenso o tempo inteiro, até nos momentos mais simples, como
. São 148 minutos de pura contemplação, metáforas, diálogos ótimos e planos lindíssimos. A crítica do filme muitas das vezes não está nem no que é mostrado em cena, e sim em uma simples conversa sobre
. Acredito que a melhor maneira de definir a experiência de assistir a esse filme é: você está correndo atrás de um carro numa estrada com uma neblina espessa, e você vê que o carro está ali, sabe que é um carro, mas você não consegue enxergá-lo totalmente. É um ótimo filme, mas recomendo com cuidado porque não é pra todo mundo.
Posso ter interpretado o filme totalmente errado, porém, o que eu acho que não funciona MESMO aqui não é nem a questão da interpretação em si, mas da maneira que a história tenta ser genial. O filme cria uma mistura entre o real e o onírico que eu acho que não funciona. Tem cenas que ele se vende como um filme surrealista, que aborda temas como espíritos, monstros, um mundo metafísico, mas em outros momentos ele é totalmente puxado para o realismo. Isso me deu uma sensação de narrativa desequilibrada.
E a cena da mulher conversando com um peixe, apesar de muita gente dizer que essa cena é lindíssima, na minha visão, ela serve mais ainda pra mostrar esse desequilíbrio da narrativa.
Você fica o filme inteiro tentando sacar aonde cada cena mais fantástica vai se encaixar e nunca se encaixa. Ele não precisava ser explicativo, apenas ter uma narrativa mais coesa e ter um fio condutor que ligasse tudo num ponto comum. Tudo isso faz com que o filme tenha soado vazio pra mim. Não que ele não tenha conteúdo, mas que ele não soube, ou não quis se aprofundar nesse conteúdo. Para não dizer que não gostei de nada no filme, o design de som é sensacional e os longos planos onde o filme foca mais no realismo funcionam muito bem isolados - e as composições de cenas são muito bonitas, principalmente quando essas cenas são simétricas - mas o diretor Apichatpong Weerasethakul insiste em inserir o "fantástico" de maneira abrupta na história e isso quebrou a experiência pra mim. Eu teria me encantado muito mais com o filme se ele fosse sobre as conversas triviais de um cara que mora no campo e está abeira da morte e que acredita na vida após ela, e que tivesse um senso mais poético e surrealista para ilustrar o que esse cara está falando. E cá entre nós, o início do filme que apenas sugere aquele "monstro" de olhos vermelhos é muito boa, mas quando ele finalmente é mostrado, é tosco e dá pra ver que é uma pessoa fantasiada. Não consegui entender o porquê de Cannes ter dado a Palma de Ouro para ele.
Essa é só minha visão, por favor, não me xinguem :)
Apesar de eu achar a reviravolta do final consideravelmente surpreendente, a explicação pra ela é muito ruim. Do tipo que, quanto mais você pensa, menos sentido faz. Depois que o filme terminou, eu comecei a me questionar do porquê de ele ter dado uma volta do tamanho do mundo para chegar em algo tão simples. E ainda... A conexão entre as linhas do tempo é igualmente problemática. Mas, admito que fiquei preso do início ao fim, e acho que merece créditos por isso. Querem ver um ótimo filme de suspense e com um final de fato surpreendente? Assistam Um Contratempo, do mesmo diretor.
São raros os filmes que podem se gabar de terem feito algo realmente original e diferente, e Drive, de maneira brilhante, se enquadra nisso. Esse não é um filme de assalto propriamente dito... Tá mais para uma poesia filosófica sobre sentimentos e solidão hiper estilizada, cheia de cores lindas e brutalmente violenta. É um filme lento, reflexivo e com poucas (bem poucas) cenas de ação. Admito que nunca havia visto um filme do Refn, mas com Drive esse diretor já conseguiu um espacinho no meu coração.
Ao apostar no total desenvolvimento das camadas de seus personagens, o Conto Da Princesa Kaguya conta uma história épica de maneira simples e contemplativa vista poucas vezes nas animações de grande porte (principalmente as do Ghibli), se tornando, assim, a obra prima de um estúdio sensacional.
Logo atrás vem Memórias De Ontem e A Viagem De Chihiro.
Filme sueco de pouco mais de 2h30min que... (pelo menos a mim)... Não cansou devido ao seu primoroso e... Consideravelmente... Diferente desenvolvimento, e por chocar o público com cenas extraordinárias... Em especial uma que envolve um cara imitando um macaco (quem ver vai entender do que falo). Uma crítica ao mundo das artes, que, apesar de ter mais impacto nas pessoas que gostam dos assuntos que rondam esse mundo, pode agradar ao público que gosta de algo mais fora dos padrões hollywoodianos, e também àqueles que gostam de uma boa comédia situacional e de situações desconfortáveis.
Em Chamas
3.9 379 Assista AgoraEu acabei de assistir ao filme e... O que eu posso dizer? Primeiramente, é um filme estranho... Muito estranho... Tenso o tempo inteiro, até nos momentos mais simples, como
atender uma ligação durante a noite
O Grande Gatsby
Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas
3.6 196Posso ter interpretado o filme totalmente errado, porém, o que eu acho que não funciona MESMO aqui não é nem a questão da interpretação em si, mas da maneira que a história tenta ser genial. O filme cria uma mistura entre o real e o onírico que eu acho que não funciona. Tem cenas que ele se vende como um filme surrealista, que aborda temas como espíritos, monstros, um mundo metafísico, mas em outros momentos ele é totalmente puxado para o realismo. Isso me deu uma sensação de narrativa desequilibrada.
E a cena da mulher conversando com um peixe, apesar de muita gente dizer que essa cena é lindíssima, na minha visão, ela serve mais ainda pra mostrar esse desequilíbrio da narrativa.
Você fica o filme inteiro tentando sacar aonde cada cena mais fantástica vai se encaixar e nunca se encaixa. Ele não precisava ser explicativo, apenas ter uma narrativa mais coesa e ter um fio condutor que ligasse tudo num ponto comum. Tudo isso faz com que o filme tenha soado vazio pra mim. Não que ele não tenha conteúdo, mas que ele não soube, ou não quis se aprofundar nesse conteúdo. Para não dizer que não gostei de nada no filme, o design de som é sensacional e os longos planos onde o filme foca mais no realismo funcionam muito bem isolados - e as composições de cenas são muito bonitas, principalmente quando essas cenas são simétricas - mas o diretor Apichatpong Weerasethakul insiste em inserir o "fantástico" de maneira abrupta na história e isso quebrou a experiência pra mim. Eu teria me encantado muito mais com o filme se ele fosse sobre as conversas triviais de um cara que mora no campo e está abeira da morte e que acredita na vida após ela, e que tivesse um senso mais poético e surrealista para ilustrar o que esse cara está falando. E cá entre nós, o início do filme que apenas sugere aquele "monstro" de olhos vermelhos é muito boa, mas quando ele finalmente é mostrado, é tosco e dá pra ver que é uma pessoa fantasiada. Não consegui entender o porquê de Cannes ter dado a Palma de Ouro para ele.
Essa é só minha visão, por favor, não me xinguem :)
Durante a Tormenta
4.0 901 Assista AgoraApesar de eu achar a reviravolta do final consideravelmente surpreendente, a explicação pra ela é muito ruim. Do tipo que, quanto mais você pensa, menos sentido faz. Depois que o filme terminou, eu comecei a me questionar do porquê de ele ter dado uma volta do tamanho do mundo para chegar em algo tão simples. E ainda... A conexão entre as linhas do tempo é igualmente problemática. Mas, admito que fiquei preso do início ao fim, e acho que merece créditos por isso. Querem ver um ótimo filme de suspense e com um final de fato surpreendente? Assistam Um Contratempo, do mesmo diretor.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraSão raros os filmes que podem se gabar de terem feito algo realmente original e diferente, e Drive, de maneira brilhante, se enquadra nisso. Esse não é um filme de assalto propriamente dito... Tá mais para uma poesia filosófica sobre sentimentos e solidão hiper estilizada, cheia de cores lindas e brutalmente violenta. É um filme lento, reflexivo e com poucas (bem poucas) cenas de ação. Admito que nunca havia visto um filme do Refn, mas com Drive esse diretor já conseguiu um espacinho no meu coração.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraAo apostar no total desenvolvimento das camadas de seus personagens, o Conto Da Princesa Kaguya conta uma história épica de maneira simples e contemplativa vista poucas vezes nas animações de grande porte (principalmente as do Ghibli), se tornando, assim, a obra prima de um estúdio sensacional.
Logo atrás vem Memórias De Ontem e A Viagem De Chihiro.
The Square - A Arte da Discórdia
3.6 318 Assista AgoraFilme sueco de pouco mais de 2h30min que... (pelo menos a mim)... Não cansou devido ao seu primoroso e... Consideravelmente... Diferente desenvolvimento, e por chocar o público com cenas extraordinárias... Em especial uma que envolve um cara imitando um macaco (quem ver vai entender do que falo). Uma crítica ao mundo das artes, que, apesar de ter mais impacto nas pessoas que gostam dos assuntos que rondam esse mundo, pode agradar ao público que gosta de algo mais fora dos padrões hollywoodianos, e também àqueles que gostam de uma boa comédia situacional e de situações desconfortáveis.