O roqueiro francês Johnny Hallyday não tem a presença forte de um Franco Nero ou de um Klaus Kinski, e Ennio Morricone faz falta na trilha sonora, mas este é um Western spaghetti de respeito. O enredo é bem estruturado, a fotografia é linda. Corbucci é um excelente diretor e marcou o subgênero com obras-primas como "Django", "O vingador silencioso" e "Vamos matar, companheiros!". Certamente não irá desapontar os fãs do bang bang à italiana.
Estava receoso de ver este filme no cinema. Adoro os primeiros filmes do Malick, mas seus trabalhos mais recentes não me agradaram nenhum pouco. Aqui, felizmente ele abandona o estilo enfadonho adotado a partir de "A arvore da vida" e explorado à exaustão em suas obras seguintes.
O resultado é um filme de extrema beleza, sensível, com atuações impecáveis (por justiça, o ator principal merecia se tornar um astro). O melhor de Malick desde a obra-prima "Além da linha vermelha". Muito injustiçado na temporada de premiações. É poético e filosófico, mas não chato ou inacessível; segue uma estrutura linear para contar uma história real e surpreendente. Sem palavras para a fotografia. Visualmente, é o filme mais bonito que já vi no cinema!
Um poema lindo sobre o amor à família e a fé e devoção a Deus. Vai ficar em minha mente por muito tempo.
O melhor Woody Allen desde "Meia-noite em Paris". É equiparável a "Blue Jasmine", só que gostei bem mais deste. Consegui gostar e torcer pela felicidade da protagonista, brilhantemente interpretada por Kate Winslet, talvez em sua melhor atuação (e que injustamente está sendo esquecida nas premiações) como uma dona de casa carente por amor e atenção.
A fotografia de Vittorio Storaro é um show a parte, aqui ela tem função narrativa e é um verdadeiro deleite. Outros acertos são a trilha sonora, os figurinos e a ambientação da época. Com relação aos outros atores, James Belush e Juno Temple estão muito bem em personagens razoáveis (achei que a personagem dela ia se rebelar em algum momento). O ponto fraco é Justin Timberlake, que tem um papel importante na trama, mas que não surpreende em nenhum momento.
Lançado em meio a um redemoinho de polêmicas por parte de seu realizador, "Roda Gigante" é um dos pontos altos na carreira recente de Woody Allen. Um belo filme sobre os altos e baixos da vida (o título é lindo e cai como uma luva). Muito bom!
Não é um filme perfeito, fica um pouco desinteressante perto do fim (quando a protagonista retorna para a Irlanda e conhece um possível novo amor); mas é tão gostoso de assistir, passa um sentimento tão bom, tão agradável, que fica difícil resistir. Saoirse é linda e excelente atriz, e o rapaz que faz par com ela (Emory Cohen) é extremamente carismático. É doce, singelo e encantador. Já vi várias vezes. Uma delícia de filme!
Um dos primeiros filmes de Neil Jordan e seu primeiro sucesso comercial. Em vários aspectos lembra "Traídos pelo desejo" (lançado seis anos depois), e é tão genial quanto; o clima de mistério neo-noir, os protagonistas e o envolvimento entre eles, as semelhanças entre Simone e Dil, o desfecho...
O roteiro original de Jordan, somado às atuações fantásticas dos atores principais (em especial de Bob Hoskins, como o desiludido George) e a trilha sonora que inclui sucessos de Nat 'King' Cole e Genesis, fazem de "Mona Lisa" uma pequena obra-prima dos anos 80. Um dos melhores trabalhos deste fantástico e subestimado diretor. Simplesmente sensacional!
Um dos filmes nacionais mais belos de todos os tempos! Uma verdadeira obra de arte de Cacá Diegues. A cena de amor entre Jofre Soares e Miriam Pires é belíssima e tocante.
Lindo o poema "Chuvas de verão", recitado por Isaura:
“A vida não é como as águas do rio que passam sem descanso, nem como o sol que vai e volta sempre. A vida é uma chuva de verão, súbita e passageira que se evapora ao cair”.
Delicado, poético e reflexivo... Maravilhoso e imperdível!
Que filme maravilhoso! O segundo que vejo da diretora Suzana Amaral ("A Hora da Estrela") e que me surpreendeu pela qualidade. Um filme muito singelo e delicado, com fotografia muito bonita e elenco harmonioso... A personagem principal, Biela, é rica em detalhes, e a atriz Sabrina Greve (que eu não conhecia) a interpretou maravilhosamente bem.
Eu não conhecia o livro e agora fiquei com vontade de lê-lo. Uma pequena obra-prima do nosso cinema! Lindo lindo lindo!
Vi muitos filmes nacionais este ano, sou apaixonado por nosso cinema e acho que tivemos pelo menos três filmes excelentes e dignos de todo sucesso ("A história da eternidade", "Casa grande", "Que horas ela volta?", "Sangue Azul" etc).
Este "Beira-mar", entretanto, passa longe de ser um bom filme. Muito forçado, não me convenceu, muito pelo contrário, me aborreceu. Os personagens são insuportáveis de tão vazios (passam o dia fumando e nada mais), e o longa tem apenas 80 minutos, mas que pareceram duas horas.
Desde já, um marco no cinema nacional. O enredo de “A Estrada 47” não apresenta nada que já não tenhamos visto antes em produções americanas e europeias, mas como a temática é novidade em um filme brasileiro, este drama de guerra surpreende por suas muitas qualidades (as maiores delas residem no elenco competente e carismático e na sensacional fotografia com locações belíssimas da Itália).
Vencedor do Kikito de Ouro de Melhor Filme no Festival de Gramado, a produção tem potencial para ser um sucesso de bilheteria, além de grandes chances de representar o Brasil no Oscar 2016. O nosso cinema está cada vez melhor!
Drama de época baseado na obra de Émile Zola (autor de "Germinal"), "Therese Racquin". A fotografia é linda, o elenco é bom e a trilha sonora é de Gabriel Yared... mas faltou algo... A obra de Zola deve ser muito boa, mas o filme é mediano. Mais do mesmo.
Belo, sensível e comovente, "As Sessões" mescla drama e comédia numa fantástica história de superação. Um filme feito com amor, muito bem dirigido; com atuação poderosa de John Hawkes (merecia todos os prêmios do mundo) e Helen Hunt perfeita, em todos os sentidos. Lindo filme!
O melhor Argento da década de 90, Trauma tem boas atuações (mesmo de Asia, que considero uma atriz limitada), trilha sonora de Pino Donaggio e clima de suspense e mistério adequados. É violento e surpreende. Um argento em ótima forma.
Um trabalho diferenciado na filmografia de Argento, com premissa muito interessante e momentos inspirados, mas que é prejudicado por sua péssima protagonista, Asia Argento. Ela não tem peso para o papel (que exige muito de um ator), e acaba prejudicando o resultado final da obra. Síndrome de Stendhal tinha tudo para ser um dos melhores do diretor, mas falhou por sua estrela. Ainda assim, um bom Argento.
O trabalho mais injustiçado de Argento. Um retorno à boa fase Giallo, após um período de filmes menores estrelados por sua filha Asia. Com início de tirar o fôlego, o filme não perde o ritmo e mantém o suspense até o seu fim. Somado à ótima atuação do veterano Max von Sydow e eficiente trilha sonora de Goblin, Sleepless é certamente o melhor filme de Argento dos anos 2000 e o melhor desde Terror na Ópera (1987). Excelente!
Uma má adaptação de O Fantasma da Ópera, insossa e sem brilho... O pior momento da carreira de Argento. O roteiro confuso não faz bom proveito da fantástica história. Os personagens são mal desenvolvidos e nem o bom ator Julian Sands consegue se safar; ainda mais com uma parceira tão fraca quanto Asia Argento, que está péssima. Tem seus momentos de suspense e sangue, e trilha sonora de Ennio Morricone, mas é um trabalho esquecível na carreira de Argento.
Faz bom uso de metalinguagem, tem ótima trilha sonora, bastante sangue e tensão crescente. O enredo foi muito copiado, se tornou comum e hoje soa envelhecido. Porém, as atuações estranhas (ruins) acabam por ajudar a despistar o previsível assassino. Dos filmes de Argento da década de 80, Tenebre foi o que menos gostei. Mas ainda assim um ótimo Giallo.
Projeto ousado de Daniel Myrick, um dos criadores de A Bruxa de Blair (1999), The Objective é uma interessante mistura de ficção, guerra e terror que funciona muito bem. Com enredo original, bom roteiro e excelente fotografia, a produção carrega pontos em comum com o filme-fenômeno do diretor. Não apresenta muitas explicações, deixando-as em aberto para interpretações. Pode ser uma alusão à impotência dos EUA para com o Afeganistão, e por isso foi um fracasso nas bilheterias. Mas merece ser descoberto, é um filme muito bom.
Maravilhosa animação sobre descobertas da adolescência. Foi o único longa-metragem de Yoshifumi Kondô, que faleceu logo após o lançamento do filme. Com roteiro de Hayao Miyazaki, numa história singela e delicada que aborda temas atávicos da adolescência (primeiro amor, dúvidas acerca do futuro, estudos, amizades); Sussurros do Coração vai cativar qualquer um que aprecie animações de qualidade, de traços perfeitos e enredo e personagens encantadores. Um Ghibli genuíno, lindo, lindo, lindo!
Um razoável suspense do excelente diretor Alan Rudolph. É o trabalho mais comercial de sua carreira, mas envelheceu mal e hoje não surpreende mais ninguém. Tem suas qualidades, mas não é um filme marcante. Esperava mais por ser dirigido por quem já fez belos filmes como Corações Solitários (1984) e Vidas em Conflito (1985), entre outros.
Eficiente filme de suspense dirigido pelo grande Robert Altman e baseado em livro de John Grisham. O enredo é bom, um tanto previsível, mas prende a atenção do início ao fim. A chuva que permeia por quase todo o filme só colabora para o clima de mistério. O elenco é cheio de astros, todos muito bem, com maior destaque para Kenneth Branagh e Embeth Davidtz (muito boa atriz). A Armação não está entre os melhores filmes de Altman (são tantos), mas ainda assim é um ótimo exemplar do gênero. Merece ser conhecido!
Animação de teor histórico, no Japão pós-guerra, dirigida por Goro Miyazaki, filho de Hayao Miyazaki (que assina o roteiro). Com alguns pontos a evoluir (como o aprofundamento dos personagens), o filho do mestre da animação mundial segue os passos do pai, numa animação de beleza radiante, rica em detalhes e com linda trilha sonora, por Satoshi Takebe. A obra se distancia de outros trabalhos do Studio Ghibli, o fantástico é deixado de lado e a narrativa se apoia na luta de um protesto estudantil contra a demolição de um patrimônio, durante as preparações para os Jogos Olímpicos de 1964, em Tokyo. O amor adolescente também marca presença, de forma pueril e delicada.
O filme foi pré-selecionado para o Oscar de animação, e minha torcida é por ele. Mas dificilmente ganha dos típicos desenhos ocos americanos. O segundo trabalho de Goro Miyazaki é belo, agradável, digno dos maiores prêmios. Nasce um promissor diretor na arte da imbatível animação japonesa!
O melhor e mais surpreendente filme da década de 90! É o meu filme predileto de todos os tempos. Um romance maduro sobre solidão, desejo, culpa, remorso... Brilhante e imperdível, uma injustiça não ter vencido mais de um Oscar (Roteiro Original, perfeito), merecia todos a qual estava sendo indicado, sobretudo para filme, diretor, ator e ator coadjuvante. Stephen Rea no melhor momento de sua carreira e Jaye Davidson numa atuação surpreendente. Destaco também a linda música tema, The Crying Game, na voz de Boy George. Tudo nesse filme é perfeito, uma obra-prima intensa e inesquecível!
Uma versão diferente, romântica e criativa da história do Dr Frankenstein, com bons figurinos, bela fotografia e trilha sonora de Maurice Jarre. Tem boas ideias, mas é pouco memorável, sendo mais lembrado por reunir o astro do rock Sting, como Frankenstein, e a linda e simpática Beals como sua criação. Não é um filme marcante, mas tem bons momentos, clima de mistério interessante e visual bonito, muito bem produzido.
O Especialista - O Vingador de Tombstone
3.8 4O roqueiro francês Johnny Hallyday não tem a presença forte de um Franco Nero ou de um Klaus Kinski, e Ennio Morricone faz falta na trilha sonora, mas este é um Western spaghetti de respeito. O enredo é bem estruturado, a fotografia é linda. Corbucci é um excelente diretor e marcou o subgênero com obras-primas como "Django", "O vingador silencioso" e "Vamos matar, companheiros!". Certamente não irá desapontar os fãs do bang bang à italiana.
Uma Vida Oculta
3.9 154Estava receoso de ver este filme no cinema. Adoro os primeiros filmes do Malick, mas seus trabalhos mais recentes não me agradaram nenhum pouco. Aqui, felizmente ele abandona o estilo enfadonho adotado a partir de "A arvore da vida" e explorado à exaustão em suas obras seguintes.
O resultado é um filme de extrema beleza, sensível, com atuações impecáveis (por justiça, o ator principal merecia se tornar um astro). O melhor de Malick desde a obra-prima "Além da linha vermelha". Muito injustiçado na temporada de premiações. É poético e filosófico, mas não chato ou inacessível; segue uma estrutura linear para contar uma história real e surpreendente. Sem palavras para a fotografia. Visualmente, é o filme mais bonito que já vi no cinema!
Um poema lindo sobre o amor à família e a fé e devoção a Deus. Vai ficar em minha mente por muito tempo.
Roda Gigante
3.3 309O melhor Woody Allen desde "Meia-noite em Paris". É equiparável a "Blue Jasmine", só que gostei bem mais deste. Consegui gostar e torcer pela felicidade da protagonista, brilhantemente interpretada por Kate Winslet, talvez em sua melhor atuação (e que injustamente está sendo esquecida nas premiações) como uma dona de casa carente por amor e atenção.
A fotografia de Vittorio Storaro é um show a parte, aqui ela tem função narrativa e é um verdadeiro deleite. Outros acertos são a trilha sonora, os figurinos e a ambientação da época. Com relação aos outros atores, James Belush e Juno Temple estão muito bem em personagens razoáveis (achei que a personagem dela ia se rebelar em algum momento). O ponto fraco é Justin Timberlake, que tem um papel importante na trama, mas que não surpreende em nenhum momento.
Lançado em meio a um redemoinho de polêmicas por parte de seu realizador, "Roda Gigante" é um dos pontos altos na carreira recente de Woody Allen. Um belo filme sobre os altos e baixos da vida (o título é lindo e cai como uma luva). Muito bom!
Brooklin
3.8 1,1KNão é um filme perfeito, fica um pouco desinteressante perto do fim (quando a protagonista retorna para a Irlanda e conhece um possível novo amor); mas é tão gostoso de assistir, passa um sentimento tão bom, tão agradável, que fica difícil resistir. Saoirse é linda e excelente atriz, e o rapaz que faz par com ela (Emory Cohen) é extremamente carismático. É doce, singelo e encantador. Já vi várias vezes. Uma delícia de filme!
Mona Lisa
3.6 12Um dos primeiros filmes de Neil Jordan e seu primeiro sucesso comercial. Em vários aspectos lembra "Traídos pelo desejo" (lançado seis anos depois), e é tão genial quanto; o clima de mistério neo-noir, os protagonistas e o envolvimento entre eles, as semelhanças entre Simone e Dil, o desfecho...
O roteiro original de Jordan, somado às atuações fantásticas dos atores principais (em especial de Bob Hoskins, como o desiludido George) e a trilha sonora que inclui sucessos de Nat 'King' Cole e Genesis, fazem de "Mona Lisa" uma pequena obra-prima dos anos 80. Um dos melhores trabalhos deste fantástico e subestimado diretor. Simplesmente sensacional!
Chuvas de Verão
3.8 36Um dos filmes nacionais mais belos de todos os tempos!
Uma verdadeira obra de arte de Cacá Diegues. A cena de amor entre Jofre Soares e Miriam Pires é belíssima e tocante.
Lindo o poema "Chuvas de verão", recitado por Isaura:
“A vida não é como as águas do rio
que passam sem descanso,
nem como o sol que vai e volta sempre.
A vida é uma chuva de verão, súbita e passageira
que se evapora ao cair”.
Delicado, poético e reflexivo... Maravilhoso e imperdível!
Uma Vida em Segredo
3.3 38Que filme maravilhoso! O segundo que vejo da diretora Suzana Amaral ("A Hora da Estrela") e que me surpreendeu pela qualidade. Um filme muito singelo e delicado, com fotografia muito bonita e elenco harmonioso...
A personagem principal, Biela, é rica em detalhes, e a atriz Sabrina Greve (que eu não conhecia) a interpretou maravilhosamente bem.
Eu não conhecia o livro e agora fiquei com vontade de lê-lo. Uma pequena obra-prima do nosso cinema! Lindo lindo lindo!
Beira-Mar
2.7 454Vi muitos filmes nacionais este ano, sou apaixonado por nosso cinema e acho que tivemos pelo menos três filmes excelentes e dignos de todo sucesso ("A história da eternidade", "Casa grande", "Que horas ela volta?", "Sangue Azul" etc).
Este "Beira-mar", entretanto, passa longe de ser um bom filme. Muito forçado, não me convenceu, muito pelo contrário, me aborreceu. Os personagens são insuportáveis de tão vazios (passam o dia fumando e nada mais), e o longa tem apenas 80 minutos, mas que pareceram duas horas.
Enfim, uma bomba. Não recomendo.
A Estrada 47
3.3 157 Assista AgoraDesde já, um marco no cinema nacional.
O enredo de “A Estrada 47” não apresenta nada que já não tenhamos visto antes em produções americanas e europeias, mas como a temática é novidade em um filme brasileiro, este drama de guerra surpreende por suas muitas qualidades (as maiores delas residem no elenco competente e carismático e na sensacional fotografia com locações belíssimas da Itália).
Vencedor do Kikito de Ouro de Melhor Filme no Festival de Gramado, a produção tem potencial para ser um sucesso de bilheteria, além de grandes chances de representar o Brasil no Oscar 2016. O nosso cinema está cada vez melhor!
Em Segredo
3.3 99 Assista AgoraDrama de época baseado na obra de Émile Zola (autor de "Germinal"), "Therese Racquin". A fotografia é linda, o elenco é bom e a trilha sonora é de Gabriel Yared... mas faltou algo... A obra de Zola deve ser muito boa, mas o filme é mediano. Mais do mesmo.
As Sessões
3.8 629 Assista AgoraBelo, sensível e comovente, "As Sessões" mescla drama e comédia numa fantástica história de superação. Um filme feito com amor, muito bem dirigido; com atuação poderosa de John Hawkes (merecia todos os prêmios do mundo) e Helen Hunt perfeita, em todos os sentidos. Lindo filme!
Trauma
3.2 37O melhor Argento da década de 90, Trauma tem boas atuações (mesmo de Asia, que considero uma atriz limitada), trilha sonora de Pino Donaggio e clima de suspense e mistério adequados. É violento e surpreende. Um argento em ótima forma.
Síndrome Mortal
3.4 42Um trabalho diferenciado na filmografia de Argento, com premissa muito interessante e momentos inspirados, mas que é prejudicado por sua péssima protagonista, Asia Argento. Ela não tem peso para o papel (que exige muito de um ator), e acaba prejudicando o resultado final da obra.
Síndrome de Stendhal tinha tudo para ser um dos melhores do diretor, mas falhou por sua estrela. Ainda assim, um bom Argento.
Insônia
3.4 35O trabalho mais injustiçado de Argento. Um retorno à boa fase Giallo, após um período de filmes menores estrelados por sua filha Asia.
Com início de tirar o fôlego, o filme não perde o ritmo e mantém o suspense até o seu fim. Somado à ótima atuação do veterano Max von Sydow e eficiente trilha sonora de Goblin, Sleepless é certamente o melhor filme de Argento dos anos 2000 e o melhor desde Terror na Ópera (1987). Excelente!
Um Vulto na Escuridão
2.7 20Uma má adaptação de O Fantasma da Ópera, insossa e sem brilho... O pior momento da carreira de Argento. O roteiro confuso não faz bom proveito da fantástica história. Os personagens são mal desenvolvidos e nem o bom ator Julian Sands consegue se safar; ainda mais com uma parceira tão fraca quanto Asia Argento, que está péssima.
Tem seus momentos de suspense e sangue, e trilha sonora de Ennio Morricone, mas é um trabalho esquecível na carreira de Argento.
Tenebre
3.8 132 Assista AgoraFaz bom uso de metalinguagem, tem ótima trilha sonora, bastante sangue e tensão crescente. O enredo foi muito copiado, se tornou comum e hoje soa envelhecido. Porém, as atuações estranhas (ruins) acabam por ajudar a despistar o previsível assassino.
Dos filmes de Argento da década de 80, Tenebre foi o que menos gostei. Mas ainda assim um ótimo Giallo.
Força Especial
2.4 21Projeto ousado de Daniel Myrick, um dos criadores de A Bruxa de Blair (1999), The Objective é uma interessante mistura de ficção, guerra e terror que funciona muito bem. Com enredo original, bom roteiro e excelente fotografia, a produção carrega pontos em comum com o filme-fenômeno do diretor. Não apresenta muitas explicações, deixando-as em aberto para interpretações. Pode ser uma alusão à impotência dos EUA para com o Afeganistão, e por isso foi um fracasso nas bilheterias. Mas merece ser descoberto, é um filme muito bom.
Sussurros do Coração
4.3 482 Assista AgoraMaravilhosa animação sobre descobertas da adolescência. Foi o único longa-metragem de Yoshifumi Kondô, que faleceu logo após o lançamento do filme. Com roteiro de Hayao Miyazaki, numa história singela e delicada que aborda temas atávicos da adolescência (primeiro amor, dúvidas acerca do futuro, estudos, amizades); Sussurros do Coração vai cativar qualquer um que aprecie animações de qualidade, de traços perfeitos e enredo e personagens encantadores. Um Ghibli genuíno, lindo, lindo, lindo!
Pensamentos Mortais
2.9 24Um razoável suspense do excelente diretor Alan Rudolph. É o trabalho mais comercial de sua carreira, mas envelheceu mal e hoje não surpreende mais ninguém. Tem suas qualidades, mas não é um filme marcante. Esperava mais por ser dirigido por quem já fez belos filmes como Corações Solitários (1984) e Vidas em Conflito (1985), entre outros.
Até Que a Morte Nos Separe
2.9 19 Assista AgoraEficiente filme de suspense dirigido pelo grande Robert Altman e baseado em livro de John Grisham. O enredo é bom, um tanto previsível, mas prende a atenção do início ao fim. A chuva que permeia por quase todo o filme só colabora para o clima de mistério. O elenco é cheio de astros, todos muito bem, com maior destaque para Kenneth Branagh e Embeth Davidtz (muito boa atriz).
A Armação não está entre os melhores filmes de Altman (são tantos), mas ainda assim é um ótimo exemplar do gênero. Merece ser conhecido!
A Poeira do Tempo
3.9 14Na TV Cultura:
Quarta-feira, 14 de novembro, às 22h, legendado
Sexta-feira, 16 de novembro, às 22h, dublado com áudiodescrição no SAP
Da Colina Kokuriko
4.0 243 Assista AgoraAnimação de teor histórico, no Japão pós-guerra, dirigida por Goro Miyazaki, filho de Hayao Miyazaki (que assina o roteiro). Com alguns pontos a evoluir (como o aprofundamento dos personagens), o filho do mestre da animação mundial segue os passos do pai, numa animação de beleza radiante, rica em detalhes e com linda trilha sonora, por Satoshi Takebe. A obra se distancia de outros trabalhos do Studio Ghibli, o fantástico é deixado de lado e a narrativa se apoia na luta de um protesto estudantil contra a demolição de um patrimônio, durante as preparações para os Jogos Olímpicos de 1964, em Tokyo. O amor adolescente também marca presença, de forma pueril e delicada.
O filme foi pré-selecionado para o Oscar de animação, e minha torcida é por ele. Mas dificilmente ganha dos típicos desenhos ocos americanos. O segundo trabalho de Goro Miyazaki é belo, agradável, digno dos maiores prêmios. Nasce um promissor diretor na arte da imbatível animação japonesa!
Traídos Pelo Desejo
3.8 161O melhor e mais surpreendente filme da década de 90! É o meu filme predileto de todos os tempos. Um romance maduro sobre solidão, desejo, culpa, remorso... Brilhante e imperdível, uma injustiça não ter vencido mais de um Oscar (Roteiro Original, perfeito), merecia todos a qual estava sendo indicado, sobretudo para filme, diretor, ator e ator coadjuvante. Stephen Rea no melhor momento de sua carreira e Jaye Davidson numa atuação surpreendente. Destaco também a linda música tema, The Crying Game, na voz de Boy George. Tudo nesse filme é perfeito, uma obra-prima intensa e inesquecível!
A Prometida
2.9 26 Assista AgoraUma versão diferente, romântica e criativa da história do Dr Frankenstein, com bons figurinos, bela fotografia e trilha sonora de Maurice Jarre. Tem boas ideias, mas é pouco memorável, sendo mais lembrado por reunir o astro do rock Sting, como Frankenstein, e a linda e simpática Beals como sua criação. Não é um filme marcante, mas tem bons momentos, clima de mistério interessante e visual bonito, muito bem produzido.