É tipo aquelas matches de LoL que você joga MID, fica 20/1/15, seu time só no apoio moral e você, de alguma forma, ganha. O mid aqui é a Cate Blanchett.
Acho bom ressaltar que apesar de ser um filme muito bom, não apresenta nada de muito inovador. Aqui temos Ostlund, mais uma vez, fazendo uma crítica social que se não fosse por duas temporadas completas de The White Lotus e um oscar de melhor filme para Parasite, provavelmente seria muito mais relevante.
O filme gira ao redor de três atos, focados em personagens/circunstâncias diferentes que aos poucos se conectam em prol de uma narrativa maior. Após o prólogo, onde o filme joga na sua cara o porquê de seu título, somos introduzidos a Carl e Yaya, um casal de modelos que vivem um relacionamento que é uma transação financeira, feita pra conseguir likes, onde a beleza que alimenta a fama de Yaya é o motor da relação que termina por si só aprisionando Carl em uma posição onde ele funciona como um acessório qualquer de moda, posição essa a qual ele aceita pelas vantagens que isso traz a ele - mais disso mais tarde. No segundo ato, agora em um cruzeiro, vemos uma representação atual, cômica e exagerada de como é viver em sociedade atualmente: é um navio, onde a classe trabalhadora faz seu serviço todos os dias e os ricos vivem como querem, fazendo o que querem e com quem querem, ambos os lados da moeda ignorando que ninguém esta dirigindo o navio, há uma tempestade lá fora e que o capitão, na verdade, está bêbado e ninguém sabe o que vai acontecer. Usando do exagero e do cômico, o diretor aqui ataca a upper class e mostra através de diferentes discursos como o ser humano pode ser estupido quando ascende ou nasce em uma posição de poder. Por último, temos a ilha, onde todas as atribuições de beleza e dinheiro são removidas e voltamos ao começo de tudo, onde finalmente estaríamos livres para não descriminar, não julgar e reajustar e corrigir tudo que estava errado no navio. Certo? Não, errado. Aqui vemos que pela própria condição humana, voltamos a valorizar as mesmas coisas só que com caras diferentes. Durante o terceiro ato, é a beleza de Carl que paga as dívidas, o dinheiro passa a ser comida, uma nova capitã surge e com essa, mais um novo set de regras que apesar de melhores, são tão corruptas quanto as que existiam no navio. A tríade dos atos do filme se conecta para fechar um ciclo/circulo/triângulo de tristeza onde não importa a posição em que estejamos, sempre terminamos no começo. O final em aberto, com a trilha EDM tocando, é a cereja do bolo. Se Abigail matar Yaya, não estaria ela usando de sua posição de poder de uma forma tão horrível quanto a classe rica durante o segundo ato? Se ela não matar Yaya, eles voltariam a condição inicial, onde ela provavelmente perderia tudo que conseguiu ali e seria, novamente, apenas mais uma gerente de banheiro? Perpetuando a posição de poder daquelas pessoas horríveis. Palmas também para Charlbi, que durante a cena final remete ao começo do filme quando sua personagem menciona que é manipuladora, a atuação ali dela é muito sútil, mas extremamente precisa. Não vejo esse filme como um ataque a burguesia e sim como um ataque a todos nós, afinal, a diferença entre cobrar sexo como pagamento por comida ou produzir granadas em massa é apenas a escala que se usa para julgar aos atos.
Artisticamente é um daqueles filmes que você tem que ver pelo menos uma vez para aprender algumas coisas. Tem técnicas muito interessantes com cortes rápidos, distorção temporal, imersão de personagens em memórias e vários cortes correspondentes, tanto sonoros, visuais e também narrativos. Isso só já séria motivo suficiente para ver.
Não sei se gosto tanto da história como dos aspectos técnicos aqui mostrados,
como muitos falaram, realmente lembra Vertigo do Hitchcock como também faz um nod para os thrillers dos anos 90, eu acho a história do segundo ato bem menos interessante e talvez um pouco mais extensa do que deveria ser, porém tudo que mencionei antes é facilmente usado para perdoar a duração imensa que esse filme possui para um enredo tão simples: um filme sobre amor e obsessão.
Diferentíssimo, muito bem dirigido e com algumas cenas muito boas. Acho que o maior negativo é o roteiro - que apesar de nadar em subtexto - não tem um bom pacing e ignora seus pontos mais interessantes.
É um bom filme, representa bem certos aspectos da vida e tem um desenvolvimento muito bom. Explora aquele velho conceito de que amar nem sempre é o suficiente e que as pessoas sao complicadas para definir em um único verao. A trilha sonora é excelente, os diálogos tem pontos precisos e sempre tive esse sentimento de acolhimento vindo da história. A maneira que o Elio observa as coisas ao príncipio é mágica, de certa forma, estar cego as vezes é melhor do que ver.
Primeiramente, que filme incrível. Fazia tempo que não me envolvia em uma história e tentava acompanhar junto com as personagens para onde ela caminharia. Arrival é um filme de aliens não sendo um filme sobre aliens: é um filme sobre a humanidade no estado mais aterrorizante que nós conhecemos - o silêncio. A premissa com a linguística cria uma metáfora poderosa para representar como precisamos de elementos de interpretação para continuar convivendo como um todo, embora tenhamos esquecido completamente como é realmente nós importar com qualquer uma das nossas outras 12 partes. A visão romantizada da nossa sociedade chega a emocionar: aqui nós somos vistos como criaturas violentas que conseguem seguir a lógica (e até mesmo a emoção) quando aparece a necessidade. O enredo bem escrito te conduz através de um labirinto de pistas, evidências, ideias e comentários que falam de invasores que não vivem em países/planetas tão longe assim. Aqui, tudo é sobre comunicação e principalmente, sobre se comunicar.
Ao final do filme, com a teoria sobre o tempo completamente exposta você percebe que o círculo era também um ciclo. A humanidade precisava de ajuda, ajuda para crer que há um futuro brilhante por aí e que os problemas advindos dele, são necessários para o todo. Louise é simplesmente uma representa incrível para a humanidade. Quem aceitaria o próprio futuro para o bem de todos? Quem abraçaria a causa sem mudar absolutamente nada? Como eu disse no começo: Arrival não é sobre aliens, é sobre nós. "There is a theory that the language you speak determines how you think, how you see everything."
Que atuações! É de se jogar no chão de nervosismo em algumas partes. O que mais me agrada é a trama muito bem amarrada, difícil encontrar isso em qualquer filme de suspense. Amo o estilo do Villeneuve de sempre deixar algo subjetivo para quem assiste interpretar;
a cena final é genial, você fica se perguntando se realmente ouviu ao apito ou se está esperando pelo melhor... Fora todo o debate de justiça versus consequência... Genial. Vou até acompanhar mais o Jake depois de assistir esse filme, a atuação dele aqui foi icônica.
No, there are no murders in Africa. Only regrettable deaths. And from those deaths we derive the benefits of civilization, benefits we can afford so easily... because those lives were bought so cheaply.
Relacionamentos são naturalmente complicados, especialmente quando você tentar expressar de forma coesa a visão moderna que temos deles. Blue Valentine é sim uma história de amor, não do jeito que você espera que seja, mas do jeito que você encontra pelas ruas ou mesmo dentro da sua própria casa. Quantas pessoas não são vitimas de cenas como a do final do filme todos os dias? Talvez a parte mais triste não seja ver que, aos poucos, o relacionamento é desconstruído ao ponto de não restar nada mais que remorso e culpa e sim, ter esse sentimento de que um dia as coisas deram certo e que alguém falhou... Ele, ela, os dois, o destino, alguém.
Muito bom! Faz uma reflexão excelente sobre a junção de fantasia e realidade, mostrando que de certa forma, toda vida é um pouco fantástica e que sempre seremos lembrados por aquilo que criamos - mesmo que tenhamos criado algo que só existe em nossa imaginação.
Não tem como negar que é um filme belíssimo e de uma direção muito requintada. Talvez o requinte tenha sido tão elevado que eu não possui a capacidade de recebe-lo da forma como diretor visava. Tem cenas incríveis em todos os aspectos, mas, para mim, ficou uma lacuna que eu não fui capaz de classificar como intencional ou não.
É visualmente bonito, mas nada além de uma história qualquer contada em cenas bem dirigidas. O paciente, na verdade, é quem assiste, pois precisa de muita paciência pra passar de certo ponto do enredo.
Ah, ok. Boyhood perdeu e a galera que detestou a simplicidade do filme pode bater palmas que o inovador Birdman (Ou a Inesperada virtude de mesclar o roteiro de Adaptation com teatro e uma dose de Black Swan) levou o Oscar de melhor filme (A academia sempre favoreceu filmes que se voltam para a própria academia, vide Chicago e Shakespeare In Love) e de melhor direção (plano sequência para a vitória, já aprendemos isso). Entretanto, nada garante que Birdman vai ser mais lembrado que Boyhood por ter levado um Oscar apenas: Chicago não é mais influente que The Pianist, Shakespeare in Love não é mais lembrado que Saving Private Ryan ou La Vitta è Bella e nem The Kings Speech mais memorável que Black Swan ou Inception. Acontece, a academia tem suas preferências e o Iñarritu realmente fez um trabalho mais simples de se premiar. Bom, a vida segue pra quem gostou de Birdman ter ganhado e pra quem não gostou também, ninguém vai influenciar a opinião dos outros... E como disseram aqui mesmo "Boyhood não ganhou o Oscar? Azar do Oscar".
É razoável. E, favor, evitar comparações com Taxi Driver e Drive. Não vale a pena, comparem com, sei lá, um especial do Profissão Repórter falando de como conseguir notícia pro Cidade em Alerta.
O primeiro filme decorre de forma bem mais interessante, mas este não deixa de ser bom só por alguns problemas de evolução. A primeira parte, como todos já falaram, é extremamente cansativa e, às vezes, entediante. Só após a decisão relacionada a Helms Deep que o enredo se torna mais animador e cria um rumo fixo, tornando a história tão envolvente quanto a do primeiro. Gosto do tom de humor aplicado em certos trechos e como, mesmo com toda a ação de certas cenas, a história não deixa de ser profunda
Ainda não consigo acreditar que esse filme tem três horas, já que nem vi elas passarem enquanto assistia. Amadeus, assim como Mozart, é genial: a construção da história, a trilha (e que trilha!), as atuações, enfim, não há nada que esse filme deixe a desejar. Por ser apenas uma das infinitas versões de biografias do Mozart, você percebe que muita coisa foi colocada ou tirada da vida do músico, mas sinceramente, isso não me incomodou nem um pouco, afinal, até hoje a vida dele não é tão clara assim. Não há como se cansar no meio das óperas, da trama de inveja, culpa, revolta e claro, da genialidade de Mozart e sua risada (ahahahaha). Uma obra-prima que não perde o nível em nenhum momento e com toda certeza, um dos melhores filmes sobre música já feito.
Me sinto meio culpado por ter assistido outros filmes do Scorsese antes desse, tenho certeza que ver o ápice da direção dele primeiro teria me feito gostar bem mais rápido do trabalho dele. Qualquer coisa sobre esse filme é chover no molhado. É um ícone para tudo que veio depois dele, junto com The Godfather eles carregam esse título de filmes mais influentes sobre a máfia. Os diálogos são incríveis,o enredo se desenrola de modos que você não espera e a narração do Henry dá um toque muito bom ao tempo da história. Agora, posso ver de onde o Scorsese, por exemplo, buscou ideias para a cena inicial de The Wolf of Wall Street e de onde veio a angulação de Shutter Island. Definitivamente vale a pena assistir e conferir para onde toda essa jornada gangster caminha.
Confesso que gostei, mas não consigo dizer se o filme é tudo aquilo que dizem dele. Os primeiros minutos são impressionantes: a história das coincidências, a música e a técnica usada para introduzir as personagens são eficazes. Entretanto, a medida em que a história ia evoluindo, eu ia gostando de alguns personagens, detestando outros e duvidando cada vez mais que em algum momento todos eles se uniriam em uma trama que faria sentido, embora eles realmente terminem se unindo. A magnólia de destino/acaso que os circunda acaba juntando todas as histórias, nos levando a enxergar bem mais que a trama do filme, nos fazendo ver que as histórias contadas tem sim relação com a gente aqui fora... Só que nada acontece do jeito que você pensa que deveria acontecer. Pra ser sincero, cheguei numa parte do filme em que achava que nem o diretor sabia como alinhar aquela gente toda e que apelou pra saída mais fácil: simbolismo. Sei que existem milhões de argumentos que negam a minha ideia e que criar simbolismo naquele nível é complicadíssimo, mas essa foi a impressão que tive como quem assiste. Só não vou desmerecer o filme inteiro por não gostar de uma única coisa.
(Sim, eu estou falando da chuva de sapos. Não consegui engolir aquilo. A referência bíblica é valida, mas foi super ao pé da letra e de caráter duvidoso no roteiro. A própria ideia de redenção por destinação me incomodou. No fim, achei que todos eles estavam encaminhados para serem "redimidos", só restando esperar pela hora certa.)
Outra sacada incrível da história é relacionar certos temas de formas distintas
(como a violência dos pais com os filhos, a ideia de morrer e próprio conceito de vida)
e ainda assim, conseguir desenvolve-los de forma profunda. Magnolia não é um filme fácil, mas definitivamente vale a pena ser conferido não apenas pelo desenrolar das histórias e sim pela construção inteira delas.
Bom. Eu ouvi falar tanta coisa desse filme (inclusive ele ser chamado de "revolução dos quadrinhos para o cinema") que esperava bem mais. Indiscutível o fato do Ledger ter sido incrível e o pilar principal do enredo, os outros atores não ficam de fora também. Entretanto, levei quase uma hora e meia para realmente me interessar pela história e o final moralista não me convenceu. Não sou fã de quadrinhos, reconheço a qualidade que Nolan conseguiu/tentou colocar, mas não consigo "supervalorizar" The Dark Knight como tantos fazem. De qualquer forma, é apenas o que eu achei do filme e cada um possui sua opinião.
Tár
3.7 395 Assista AgoraÉ tipo aquelas matches de LoL que você joga MID, fica 20/1/15, seu time só no apoio moral e você, de alguma forma, ganha. O mid aqui é a Cate Blanchett.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraAcho bom ressaltar que apesar de ser um filme muito bom, não apresenta nada de muito inovador. Aqui temos Ostlund, mais uma vez, fazendo uma crítica social que se não fosse por duas temporadas completas de The White Lotus e um oscar de melhor filme para Parasite, provavelmente seria muito mais relevante.
O filme gira ao redor de três atos, focados em personagens/circunstâncias diferentes que aos poucos se conectam em prol de uma narrativa maior. Após o prólogo, onde o filme joga na sua cara o porquê de seu título, somos introduzidos a Carl e Yaya, um casal de modelos que vivem um relacionamento que é uma transação financeira, feita pra conseguir likes, onde a beleza que alimenta a fama de Yaya é o motor da relação que termina por si só aprisionando Carl em uma posição onde ele funciona como um acessório qualquer de moda, posição essa a qual ele aceita pelas vantagens que isso traz a ele - mais disso mais tarde.
No segundo ato, agora em um cruzeiro, vemos uma representação atual, cômica e exagerada de como é viver em sociedade atualmente: é um navio, onde a classe trabalhadora faz seu serviço todos os dias e os ricos vivem como querem, fazendo o que querem e com quem querem, ambos os lados da moeda ignorando que ninguém esta dirigindo o navio, há uma tempestade lá fora e que o capitão, na verdade, está bêbado e ninguém sabe o que vai acontecer. Usando do exagero e do cômico, o diretor aqui ataca a upper class e mostra através de diferentes discursos como o ser humano pode ser estupido quando ascende ou nasce em uma posição de poder.
Por último, temos a ilha, onde todas as atribuições de beleza e dinheiro são removidas e voltamos ao começo de tudo, onde finalmente estaríamos livres para não descriminar, não julgar e reajustar e corrigir tudo que estava errado no navio. Certo? Não, errado. Aqui vemos que pela própria condição humana, voltamos a valorizar as mesmas coisas só que com caras diferentes. Durante o terceiro ato, é a beleza de Carl que paga as dívidas, o dinheiro passa a ser comida, uma nova capitã surge e com essa, mais um novo set de regras que apesar de melhores, são tão corruptas quanto as que existiam no navio. A tríade dos atos do filme se conecta para fechar um ciclo/circulo/triângulo de tristeza onde não importa a posição em que estejamos, sempre terminamos no começo. O final em aberto, com a trilha EDM tocando, é a cereja do bolo. Se Abigail matar Yaya, não estaria ela usando de sua posição de poder de uma forma tão horrível quanto a classe rica durante o segundo ato? Se ela não matar Yaya, eles voltariam a condição inicial, onde ela provavelmente perderia tudo que conseguiu ali e seria, novamente, apenas mais uma gerente de banheiro? Perpetuando a posição de poder daquelas pessoas horríveis.
Palmas também para Charlbi, que durante a cena final remete ao começo do filme quando sua personagem menciona que é manipuladora, a atuação ali dela é muito sútil, mas extremamente precisa. Não vejo esse filme como um ataque a burguesia e sim como um ataque a todos nós, afinal, a diferença entre cobrar sexo como pagamento por comida ou produzir granadas em massa é apenas a escala que se usa para julgar aos atos.
Decisão de Partir
3.6 143Artisticamente é um daqueles filmes que você tem que ver pelo menos uma vez para aprender algumas coisas. Tem técnicas muito interessantes com cortes rápidos, distorção temporal, imersão de personagens em memórias e vários cortes correspondentes, tanto sonoros, visuais e também narrativos. Isso só já séria motivo suficiente para ver.
Não sei se gosto tanto da história como dos aspectos técnicos aqui mostrados,
como muitos falaram, realmente lembra Vertigo do Hitchcock como também faz um nod para os thrillers dos anos 90, eu acho a história do segundo ato bem menos interessante e talvez um pouco mais extensa do que deveria ser, porém tudo que mencionei antes é facilmente usado para perdoar a duração imensa que esse filme possui para um enredo tão simples: um filme sobre amor e obsessão.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraDiferentíssimo, muito bem dirigido e com algumas cenas muito boas. Acho que o maior negativo é o roteiro - que apesar de nadar em subtexto - não tem um bom pacing e ignora seus pontos mais interessantes.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraÉ um bom filme, representa bem certos aspectos da vida e tem um desenvolvimento muito bom.
Explora aquele velho conceito de que amar nem sempre é o suficiente e que as pessoas sao complicadas para definir em um único verao.
A trilha sonora é excelente, os diálogos tem pontos precisos e sempre tive esse sentimento de acolhimento vindo da história. A maneira que o Elio observa as coisas ao príncipio é mágica, de certa forma, estar cego as vezes é melhor do que ver.
Segundas Intenções
3.6 1,1KReza a lenda que a Annette continua dirigindo aquele carro.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraPrimeiramente, que filme incrível.
Fazia tempo que não me envolvia em uma história e tentava acompanhar junto com as personagens para onde ela caminharia. Arrival é um filme de aliens não sendo um filme sobre aliens: é um filme sobre a humanidade no estado mais aterrorizante que nós conhecemos - o silêncio.
A premissa com a linguística cria uma metáfora poderosa para representar como precisamos de elementos de interpretação para continuar convivendo como um todo, embora tenhamos esquecido completamente como é realmente nós importar com qualquer uma das nossas outras 12 partes.
A visão romantizada da nossa sociedade chega a emocionar: aqui nós somos vistos como criaturas violentas que conseguem seguir a lógica (e até mesmo a emoção) quando aparece a necessidade. O enredo bem escrito te conduz através de um labirinto de pistas, evidências, ideias e comentários que falam de invasores que não vivem em países/planetas tão longe assim.
Aqui, tudo é sobre comunicação e principalmente, sobre se comunicar.
Ao final do filme, com a teoria sobre o tempo completamente exposta você percebe que o círculo era também um ciclo. A humanidade precisava de ajuda, ajuda para crer que há um futuro brilhante por aí e que os problemas advindos dele, são necessários para o todo. Louise é simplesmente uma representa incrível para a humanidade. Quem aceitaria o próprio futuro para o bem de todos? Quem abraçaria a causa sem mudar absolutamente nada?
Como eu disse no começo: Arrival não é sobre aliens, é sobre nós.
"There is a theory that the language you speak determines how you think, how you see everything."
Paprika
4.2 503 Assista Agora"Don't you think dreams and the internet are similar?
They're both areas where the repressed conscious mind vents."
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista AgoraQue atuações! É de se jogar no chão de nervosismo em algumas partes. O que mais me agrada é a trama muito bem amarrada, difícil encontrar isso em qualquer filme de suspense. Amo o estilo do Villeneuve de sempre deixar algo subjetivo para quem assiste interpretar;
a cena final é genial, você fica se perguntando se realmente ouviu ao apito ou se está esperando pelo melhor... Fora todo o debate de justiça versus consequência... Genial. Vou até acompanhar mais o Jake depois de assistir esse filme, a atuação dele aqui foi icônica.
O Jardineiro Fiel
3.9 574 Assista AgoraNo, there are no murders in Africa.
Only regrettable deaths. And from those deaths we derive the benefits of civilization, benefits we can afford so easily... because those lives were bought so cheaply.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraRelacionamentos são naturalmente complicados, especialmente quando você tentar expressar de forma coesa a visão moderna que temos deles. Blue Valentine é sim uma história de amor, não do jeito que você espera que seja, mas do jeito que você encontra pelas ruas ou mesmo dentro da sua própria casa. Quantas pessoas não são vitimas de cenas como a do final do filme todos os dias?
Talvez a parte mais triste não seja ver que, aos poucos, o relacionamento é desconstruído ao ponto de não restar nada mais que remorso e culpa e sim, ter esse sentimento de que um dia as coisas deram certo e que alguém falhou...
Ele, ela, os dois, o destino, alguém.
Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
4.2 2,2K Assista AgoraMuito bom!
Faz uma reflexão excelente sobre a junção de fantasia e realidade, mostrando que de certa forma, toda vida é um pouco fantástica e que sempre seremos lembrados por aquilo que criamos - mesmo que tenhamos criado algo que só existe em nossa imaginação.
A Liberdade é Azul
4.1 650 Assista AgoraNão tem como negar que é um filme belíssimo e de uma direção muito requintada.
Talvez o requinte tenha sido tão elevado que eu não possui a capacidade de recebe-lo da forma como diretor visava. Tem cenas incríveis em todos os aspectos, mas, para mim, ficou uma lacuna que eu não fui capaz de classificar como intencional ou não.
O Paciente Inglês
3.7 459 Assista AgoraÉ visualmente bonito, mas nada além de uma história qualquer contada em cenas bem dirigidas. O paciente, na verdade, é quem assiste, pois precisa de muita paciência pra passar de certo ponto do enredo.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraAh, ok. Boyhood perdeu e a galera que detestou a simplicidade do filme pode bater palmas que o inovador Birdman (Ou a Inesperada virtude de mesclar o roteiro de Adaptation com teatro e uma dose de Black Swan) levou o Oscar de melhor filme (A academia sempre favoreceu filmes que se voltam para a própria academia, vide Chicago e Shakespeare In Love) e de melhor direção (plano sequência para a vitória, já aprendemos isso). Entretanto, nada garante que Birdman vai ser mais lembrado que Boyhood por ter levado um Oscar apenas: Chicago não é mais influente que The Pianist, Shakespeare in Love não é mais lembrado que Saving Private Ryan ou La Vitta è Bella e nem The Kings Speech mais memorável que Black Swan ou Inception. Acontece, a academia tem suas preferências e o Iñarritu realmente fez um trabalho mais simples de se premiar. Bom, a vida segue pra quem gostou de Birdman ter ganhado e pra quem não gostou também, ninguém vai influenciar a opinião dos outros... E como disseram aqui mesmo "Boyhood não ganhou o Oscar? Azar do Oscar".
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraÉ razoável. E, favor, evitar comparações com Taxi Driver e Drive. Não vale a pena, comparem com, sei lá, um especial do Profissão Repórter falando de como conseguir notícia pro Cidade em Alerta.
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
4.4 1,1K Assista AgoraO primeiro filme decorre de forma bem mais interessante, mas este não deixa de ser bom só por alguns problemas de evolução.
A primeira parte, como todos já falaram, é extremamente cansativa e, às vezes, entediante. Só após a decisão relacionada a Helms Deep que o enredo se torna mais animador e cria um rumo fixo, tornando a história tão envolvente quanto a do primeiro. Gosto do tom de humor aplicado em certos trechos e como, mesmo com toda a ação de certas cenas, a história não deixa de ser profunda
- como tudo relacionado aos Ents, a história do amor de Aragorn e da Arwen e do peso de carregar o anel que, ao mesmo tempo, gera esperança
Amadeus
4.4 1,1KAinda não consigo acreditar que esse filme tem três horas, já que nem vi elas passarem enquanto assistia. Amadeus, assim como Mozart, é genial: a construção da história, a trilha (e que trilha!), as atuações, enfim, não há nada que esse filme deixe a desejar.
Por ser apenas uma das infinitas versões de biografias do Mozart, você percebe que muita coisa foi colocada ou tirada da vida do músico, mas sinceramente, isso não me incomodou nem um pouco, afinal, até hoje a vida dele não é tão clara assim. Não há como se cansar no meio das óperas, da trama de inveja, culpa, revolta e claro, da genialidade de Mozart e sua risada (ahahahaha). Uma obra-prima que não perde o nível em nenhum momento e com toda certeza, um dos melhores filmes sobre música já feito.
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista AgoraMe sinto meio culpado por ter assistido outros filmes do Scorsese antes desse, tenho certeza que ver o ápice da direção dele primeiro teria me feito gostar bem mais rápido do trabalho dele. Qualquer coisa sobre esse filme é chover no molhado.
É um ícone para tudo que veio depois dele, junto com The Godfather eles carregam esse título de filmes mais influentes sobre a máfia. Os diálogos são incríveis,o enredo se desenrola de modos que você não espera e a narração do Henry dá um toque muito bom ao tempo da história.
Agora, posso ver de onde o Scorsese, por exemplo, buscou ideias para a cena inicial de The Wolf of Wall Street e de onde veio a angulação de Shutter Island. Definitivamente vale a pena assistir e conferir para onde toda essa jornada gangster caminha.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraConfesso que gostei, mas não consigo dizer se o filme é tudo aquilo que dizem dele.
Os primeiros minutos são impressionantes: a história das coincidências, a música e a técnica usada para introduzir as personagens são eficazes. Entretanto, a medida em que a história ia evoluindo, eu ia gostando de alguns personagens, detestando outros e duvidando cada vez mais que em algum momento todos eles se uniriam em uma trama que faria sentido, embora eles realmente terminem se unindo.
A magnólia de destino/acaso que os circunda acaba juntando todas as histórias, nos levando a enxergar bem mais que a trama do filme, nos fazendo ver que as histórias contadas tem sim relação com a gente aqui fora...
Só que nada acontece do jeito que você pensa que deveria acontecer.
Pra ser sincero, cheguei numa parte do filme em que achava que nem o diretor sabia como alinhar aquela gente toda e que apelou pra saída mais fácil: simbolismo. Sei que existem milhões de argumentos que negam a minha ideia e que criar simbolismo naquele nível é complicadíssimo, mas essa foi a impressão que tive como quem assiste. Só não vou desmerecer o filme inteiro por não gostar de uma única coisa.
(Sim, eu estou falando da chuva de sapos. Não consegui engolir aquilo. A referência bíblica é valida, mas foi super ao pé da letra e de caráter duvidoso no roteiro. A própria ideia de redenção por destinação me incomodou. No fim, achei que todos eles estavam encaminhados para serem "redimidos", só restando esperar pela hora certa.)
Outra sacada incrível da história é relacionar certos temas de formas distintas
(como a violência dos pais com os filhos, a ideia de morrer e próprio conceito de vida)
Magnolia não é um filme fácil, mas definitivamente vale a pena ser conferido não apenas pelo desenrolar das histórias e sim pela construção inteira delas.
A Pequena Sereia
2.0 38n pode se
Vidas em Jogo
3.8 726 Assista Agorasó uma coisa: nunca mais
Sr. Ninguém
4.3 2,7Kesse final de quem já não sabia mais o que fazer com a história é que destrói tudo.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraBom.
Eu ouvi falar tanta coisa desse filme (inclusive ele ser chamado de "revolução dos quadrinhos para o cinema") que esperava bem mais. Indiscutível o fato do Ledger ter sido incrível e o pilar principal do enredo, os outros atores não ficam de fora também. Entretanto, levei quase uma hora e meia para realmente me interessar pela história e o final moralista não me convenceu. Não sou fã de quadrinhos, reconheço a qualidade que Nolan conseguiu/tentou colocar, mas não consigo "supervalorizar" The Dark Knight como tantos fazem. De qualquer forma, é apenas o que eu achei do filme e cada um possui sua opinião.