Ninguém pediu, Julia Roberts é uma ausência sentida (embora a história seja maior que a personagem) e é claramente inferior à primeira temporada. Mas assisti a todos os sete episódios numa tacada só, o elenco de apoio é maravilhoso (a razão de Joan Cusack, que aqui interpreta uma personagem chamada Bunda - isso mesmo! - ser uma presença cada vez mais rara no audiovisual é um mistério para mim) e aquele final, mesmo previsível, é encenado de uma maneira brilhante.
Muito além de uma perícia cirúrgica para recriações de grandes momentos, como todo o quinto episódio, “And the Winner Is… (The Oscars of 1963)”, que traz a maior cerimônia do Oscar que já se viu na ficção, há dois movimentos paralelos que em choque constatam que, mesmo totalmente opostas, Bette Davis e Joan Crawford eram quase a mesma pessoa. Duas personalidades que desconheciam o poder que teriam unidas, sucumbindo a um jogo que lhes custaram para reconhecer que já não estavam mais no topo, mas que “Feud: Bette and Joan” ainda assim se permite a encerrar com uma reconciliação – mesmo ela fruto de um delírio.
Além de ter uma perícia singular para desenvolver o drama que cada uma dessas mulheres vive entre quatro paredes, como a constatação em terapia de que Celeste não se reconhece como vítima em uma círculo vicioso de brutalidade, os impulsos irracionais de Madeline e o deslocamento de Jane em um cenário em que nada tem em comum, Vallée é notável nas representações visuais e em sua participação na montagem, cheia de fragmentos que exercem uma função muito mais completa do que a da palavra expressa.
Persistente na decisão de se envolver com histórias com um alto teor religioso, o francês Bruno Dumont não estava obtendo bons resultados. Excetuando “Fora de Satã” (exibido somente na 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo), “O Pecado de Hadewijch” foi um dos piores filmes em seu ano de lançamento e “Camille Claudel, 1915” deverá resistir ao tempo somente pela entrega corajosa de Juliette Binoche ao papel principal. “O Pequeno Quinquin” é a primeira empreitada de Dumont na televisão e a verdade é que a mudança de ares surte um efeito muito positivo em sua carreira, agora composta por oito títulos como diretor.
Dividido em quatro episódios, “O Pequeno Quinquin” foi apresentado como uma minissérie na França. As exibições garantiram uma audiência acima do esperado para o canal ARTE e as críticas foram bem entusiasmadas. Com as probabilidades muito baixas de um dia chegar ao Brasil, a Mostra fez muito bem em apresentar uma versão em longa-metragem de “O Pequeno Quinquin”. Os episódios se converteram em capítulos e, felizmente, o material não foi condensado para ser exibido na tela grande. Contendo quase três horas e meia de duração, “O Pequeno Quinquin” deverá ser assistido com aquela empolgação de um espectador de tevê que devora uma temporada de seu seriado favorito sem interrupções ao mesmo tempo em que se vê diante de um produto com qualidade cinematográfica.
Qualquer sortudo que teve fôlego de acompanhar este maravilhoso seriado investigativo do começo até aqui sabe o que esta sétima e última temporada representa. Compreendo as razões de Kyra Sedgwick em não seguir adiante com "The Closer". Afinal, foram sete anos dedicados a este programa, o que a fez abdicar da sua casa, da família e das oportunidades de trabalhar no cinema, uma mídia que em poucos momentos a presenteou com papéis tão densos como a de Brenda Leigh Johnson.
A temporada inicia e os questionamentos pipocam. Será que o final será digno? Será que todas as pontas serão atadas? Teria todos os personagens conclusões satisfatórias? O gancho para "Major Crimes" será adequado?
Depois de muita agonia, tensão, risadas e algumas lágrimas testemunhamos que tudo isto acontece com perfeição. Impossível não se emocionar com a morte de uma pessoa importante na vida de Brenda e especialmente com "The Last Word", o season finale: o fechar das portas de um elevador nunca representou tanto.
"It tastes like love".
Vou sentir sua falta para o resto da minha vida, Brenda Leigh Johnson.
Neste sexto e penúltimo ano, Brenda se vê em vários dilemas profissionais, seja tanto sobre os crimes que soluciona quanto a possibilidade de assumir um cargo (precisamente, o lugar do Pope). Destaque para o episódio duplo "Living Proof" e o hilário "Layover", em que o velho Provenza novamente se mete numa enrascada. Como esperado, a capitã Raydor ganha ainda mais espaço no seriado.
Nesta temporada, o maior atrativo fica com o destaque dado à Sharon Raydor, detetive que protagonizará com Brenda inúmeros atritos. Além dos casos (sempre envolventes), é interessante acompanhar também a vida de casada de Brenda, que é incapaz de agarrar o papel de esposa com tranquilidade quando tem um trabalho tão complicada para zelar.
Como Arthur bem apontou abaixo, há nesta temporada o episódio "Time Bomb", simplesmente de tirar o fôlego e que remete ao pânico real em atentados juvenis que chocam a nossa sociedade. Também não dá para deixar de mencionar o humor um tanto sádico e delicioso, bem explorado no episódio "Fate Line", em que a equipe de Brenda tenta impedir um assassinato através de uma mensagem vista em um celular descartável.
Temporada totalmente desapontadora. Diria que representa até mesmo um retrocesso, vendo que ela volta a explorar temas que já haviam sido trabalhados e resolvidos nos dois anos anteriores. Tem como não ficar aborrecido com um Adam mais insuportável do que nunca, as mudanças de comportamento bruscas de Cathy e a velha historinha de infidelidade protagonizada por Paul? Sem dizer que as participações especiais de Susan Sarandon, grande promessa para este terceiro ano, foram desapontadoras. Sorte que Laura Linney é uma atriz tão extraordinária que faz qualquer um ficar plugado na tevê, por mais inferior que seja o material com que esteja trabalhando.
Apesar do clima de "soap opera" de segunda e do elenco à lá "Malhação" (com destaque para o bonitinho, mas ordinário Joshua Bowman e da inglesinha insuportável Ashley Madekwe), a história sobre vingança, inspirada em "O Conde de Monte Cristo", funciona e prende na cadeira. Vale a pena ficar de olho na gata velha da Madeleine Stowe, que andava sumida e que aqui faz uma bitch que deixaria Paola Bracho orgulhosa.
Acabei de ver a lista dos indicados ao Emmy. O seriado foi injustamente esnobado. Engraçado é que enfiaram nada menos do que sete atrizes como finalistas na categoria de melhor atriz em seriado cômico, mas não sobrou um espaço sequer para Laura Dern. Sacrilégio!
Admito ainda não ser um seriemaníaco (cinema continua sendo minha prioridade no tempo livre), mas tenho que confessar que das séries que acompanho atualmente com várias temporadas "Parks and Recreation" é de longe aquela que mais conseguiu se superar ano após ano. Era quase impossível superar o terceiro ano do programa, mas acredite: os criadores conseguiram o feito com louvor! Mais do que criar situações que são impossíveis de não armazenar na memória de tão engraçadas (Tammy n.º 1, a passagem desastrosa dos personagens em uma pista de gelo ao som de "Get on Your Feet", o Tom jogando boliche, o Treat Yo Self Day e tantos outros que me fariam ficar um dia inteiro só citando), "Parks and Recreation" é o melhor exemplo de seriado cômico feito com inteligência e com dinâmica entre personagens honesta e, why not?, comovente: o instante em que Leslie diz não poder fracassar em sua campanha política depois de tanta dedicação de seus colegas de trabalho é um dos momentos mais lindos que já vi num season finale. Dar uma nota menor que 10 (ou cinco estrelas, como é o caso) para essa temporada seria uma injustiça!
Embora tenha lá suas boas sacadas, não estou conseguindo me envolver nem um pouco com a dinâmica desse seriado, uma surpresa para uma produção da HBO. Vamos ver até onde a minha baixa empolgação me direcionará.
Temporada que só prova o quão fantástica é Brenda Leigh Johnson, uma das melhores personagens femininas da tevê americana. E o melhor de tudo é que esse terceiro ano não deixa a peteca cair, apresentando um resultado tão bom quanto das duas temporadas anteriores. O destaque aqui fica por conta dos acontecimentos que deixam Brenda expostas a um perigo jamais experimentado antes (creio que "Manhunt" seja o primeiro episódio a ter um serial killer, aliás) e outros que mostram o lado mais humano da personagem (o episódio duplo "Till Death Do Us" tem lá seus clichês, mas é inegável que seja o mais envolvente entre todos dessa temporada).
Mesmo começando com o pé esquerdo ("The Larry David Sandwich" é um episódio que insiste numa piada muito boba), essa temporada se revela a melhor até aqui. Os motes centrais, a doação de um rim para o Richard Lewis e a suspeita de Larry ser adotado, rendem situações muito engraçadas. E aqui se repete o fenômeno: nem é preciso chegar aos créditos finais para deduzir quais são os episódios dirigidos por Larry Charles, uma vez que ele faz os episódios que extraem mais gargalhadas e as piadas mais subversivas. O oitavo episódio, em que Larry finge ser um judeu ortodoxo só para manipular um homem responsável por transplantes de rim, é brilhante.
Temporada razoável. O mote central (Larry David é convidado por Mel Brooks para a sua nova versão teatral de "Os Produtores" na Broadway) é bacaninha, rendendo a chance de Larry David apresentar suas facetas como ator não exploradas nos anos anteriores. Talvez o melhor episódio seja "The Car Pool Lane", em que Larry não apenas se arrisca em comprar maconha para o seu pai senil como também inventa de pagar uma prostituta só para assistir ao jogo dos Dodgers.
Depois de uma segunda temporada irretocável, "The Good Wife" encerra seu terceiro ano de forma satisfatória, mas com alguns episódios que deixaram muito a desejar. Os dez primeiros principalmente, com casos de tribunal nem sempre concebidos de forma brilhante e alguns problemas de desenvolvimento da vida particular de Alicia a partir das revelações e acontecimentos bombásticos da segunda temporada. Há, inclusive, pontos muito mal resolvidos pelos roteiristas, especialmente toda a importância dada ao fato de Alicia precisar abdicar de sua relação com Will e com o próprio trabalho para dar mais atenção aos filhos - existe um episódio que fecha com Alicia confirmando os seus planos de passar mais tempo com eles, mas este tempo nunca chegou, não passando de um draminha bobo para os criadores da série darem continuidade à história. Sorte que lá para o décimo quarto episódio "The Good Wife" meio que dá a volta por cima, uma vez que passa a compreender que Kalinda é realmente a melhor personagem da história (ela ficou de escanteio praticamente toda a primeira metade desse terceiro ano) e ao investir em dilemas da protagonista realmente bem desenvolvidos, como a vontade de comprar a residência que antes vivia com a família (a mudança representa um retrocesso ou um passo importante para Alicia superar o escândalo da traição de Peter?). No mais, "The Good Wife" permanece como uma das melhores séries americanas. Só não poderá repetir os problemas dessa temporada em seu quarto ano se quiser continuar neste posto.
Temporada bem melhor do que a anterior, uma vez que Larry David optou sabiamente em se apresentar mais como um sujeito comum vítima da maldita Lei de Murphy e menos como o co-criador de "Seinfeld" (Jason Alexander e Julia Louis-Dreyfus felizmente pularam fora dessa temporada com aquelas aparições insossas). O plot da vez é a participação do Larry na abertura de um restaurante e embora a ideia não engate a primeira a princípio ao menos abriu espaço para situações bem legais. Aliás, percebemos os episódios dirigidos pelo Larry Charles muito antes dos créditos finais se apresentarem, vendo que dá para reconhecer sua condução justamente nos episódios mais brilhantes - "The Nanny from Hell", que conta com a participação da impagável Cheri Oteri me fez dar altas gargalhadas. E palmas para o season finale, o melhor até o momento.
Ao todo, esta temporada teve apenas três episódios realmente engraçados (o melhor é sem dúvida "The Doll", que mostra as confusões que Larry se mete após cortar o cabelo da boneca da filha de figurão da ABC). Na maior parte do tempo a temporada é muito comprometida por interações longas e sem nenhuma graça com intérpretes convidados e por circunstâncias bobocas (como aquela que envolve a decisão de Larry em parar de fazer terapia só porque viu o médico que o atende numa praia com sunga). Resta encarar a terceira temporada e aguardar por melhoras.
Homecoming (2ª Temporada)
3.7 43 Assista AgoraNinguém pediu, Julia Roberts é uma ausência sentida (embora a história seja maior que a personagem) e é claramente inferior à primeira temporada. Mas assisti a todos os sete episódios numa tacada só, o elenco de apoio é maravilhoso (a razão de Joan Cusack, que aqui interpreta uma personagem chamada Bunda - isso mesmo! - ser uma presença cada vez mais rara no audiovisual é um mistério para mim) e aquele final, mesmo previsível, é encenado de uma maneira brilhante.
American Horror Story: Cult (7ª Temporada)
3.6 483 Assista AgoraTemporada boa até a pataquada do coletivo feminista como verdadeiro autor dos crimes do Zodíaco.
The Sinner (1ª Temporada)
4.2 716 Assista AgoraJessica Biel = nunca critiquei! <3
Feud: Bette and Joan (1ª Temporada)
4.6 283Muito além de uma perícia cirúrgica para recriações de grandes momentos, como todo o quinto episódio, “And the Winner Is… (The Oscars of 1963)”, que traz a maior cerimônia do Oscar que já se viu na ficção, há dois movimentos paralelos que em choque constatam que, mesmo totalmente opostas, Bette Davis e Joan Crawford eram quase a mesma pessoa. Duas personalidades que desconheciam o poder que teriam unidas, sucumbindo a um jogo que lhes custaram para reconhecer que já não estavam mais no topo, mas que “Feud: Bette and Joan” ainda assim se permite a encerrar com uma reconciliação – mesmo ela fruto de um delírio.
+ www.goo.gl/e1DdBZ
Big Little Lies (1ª Temporada)
4.6 1,1K Assista AgoraAlém de ter uma perícia singular para desenvolver o drama que cada uma dessas mulheres vive entre quatro paredes, como a constatação em terapia de que Celeste não se reconhece como vítima em uma círculo vicioso de brutalidade, os impulsos irracionais de Madeline e o deslocamento de Jane em um cenário em que nada tem em comum, Vallée é notável nas representações visuais e em sua participação na montagem, cheia de fragmentos que exercem uma função muito mais completa do que a da palavra expressa.
+ www.goo.gl/Rs5Agm
O Pequeno Quinquin
4.0 14Persistente na decisão de se envolver com histórias com um alto teor religioso, o francês Bruno Dumont não estava obtendo bons resultados. Excetuando “Fora de Satã” (exibido somente na 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo), “O Pecado de Hadewijch” foi um dos piores filmes em seu ano de lançamento e “Camille Claudel, 1915” deverá resistir ao tempo somente pela entrega corajosa de Juliette Binoche ao papel principal. “O Pequeno Quinquin” é a primeira empreitada de Dumont na televisão e a verdade é que a mudança de ares surte um efeito muito positivo em sua carreira, agora composta por oito títulos como diretor.
Dividido em quatro episódios, “O Pequeno Quinquin” foi apresentado como uma minissérie na França. As exibições garantiram uma audiência acima do esperado para o canal ARTE e as críticas foram bem entusiasmadas. Com as probabilidades muito baixas de um dia chegar ao Brasil, a Mostra fez muito bem em apresentar uma versão em longa-metragem de “O Pequeno Quinquin”. Os episódios se converteram em capítulos e, felizmente, o material não foi condensado para ser exibido na tela grande. Contendo quase três horas e meia de duração, “O Pequeno Quinquin” deverá ser assistido com aquela empolgação de um espectador de tevê que devora uma temporada de seu seriado favorito sem interrupções ao mesmo tempo em que se vê diante de um produto com qualidade cinematográfica.
+ http://cineresenhas.com.br/2014/11/06/o-pequeno-quinquin-2014/
Os Aspones (1ª Temporada)
4.0 69Baixem e semeiem: http://kickass.to/os-aspones-episodios-1-6-t1221574.html
Divisão Criminal (7ª Temporada)
4.5 10Qualquer sortudo que teve fôlego de acompanhar este maravilhoso seriado investigativo do começo até aqui sabe o que esta sétima e última temporada representa. Compreendo as razões de Kyra Sedgwick em não seguir adiante com "The Closer". Afinal, foram sete anos dedicados a este programa, o que a fez abdicar da sua casa, da família e das oportunidades de trabalhar no cinema, uma mídia que em poucos momentos a presenteou com papéis tão densos como a de Brenda Leigh Johnson.
A temporada inicia e os questionamentos pipocam. Será que o final será digno? Será que todas as pontas serão atadas? Teria todos os personagens conclusões satisfatórias? O gancho para "Major Crimes" será adequado?
Depois de muita agonia, tensão, risadas e algumas lágrimas testemunhamos que tudo isto acontece com perfeição. Impossível não se emocionar com a morte de uma pessoa importante na vida de Brenda e especialmente com "The Last Word", o season finale: o fechar das portas de um elevador nunca representou tanto.
"It tastes like love".
Vou sentir sua falta para o resto da minha vida, Brenda Leigh Johnson.
Acessem: www.blogcineresenhas.wordpress.com
Divisão Criminal (6ª Temporada)
4.4 5Neste sexto e penúltimo ano, Brenda se vê em vários dilemas profissionais, seja tanto sobre os crimes que soluciona quanto a possibilidade de assumir um cargo (precisamente, o lugar do Pope). Destaque para o episódio duplo "Living Proof" e o hilário "Layover", em que o velho Provenza novamente se mete numa enrascada. Como esperado, a capitã Raydor ganha ainda mais espaço no seriado.
Divisão Criminal (5ª Temporada)
4.4 4Nesta temporada, o maior atrativo fica com o destaque dado à Sharon Raydor, detetive que protagonizará com Brenda inúmeros atritos. Além dos casos (sempre envolventes), é interessante acompanhar também a vida de casada de Brenda, que é incapaz de agarrar o papel de esposa com tranquilidade quando tem um trabalho tão complicada para zelar.
Divisão Criminal (4ª Temporada)
4.4 6Como Arthur bem apontou abaixo, há nesta temporada o episódio "Time Bomb", simplesmente de tirar o fôlego e que remete ao pânico real em atentados juvenis que chocam a nossa sociedade. Também não dá para deixar de mencionar o humor um tanto sádico e delicioso, bem explorado no episódio "Fate Line", em que a equipe de Brenda tenta impedir um assassinato através de uma mensagem vista em um celular descartável.
Aquela Doença com C (3ª Temporada)
3.9 62Temporada totalmente desapontadora. Diria que representa até mesmo um retrocesso, vendo que ela volta a explorar temas que já haviam sido trabalhados e resolvidos nos dois anos anteriores. Tem como não ficar aborrecido com um Adam mais insuportável do que nunca, as mudanças de comportamento bruscas de Cathy e a velha historinha de infidelidade protagonizada por Paul? Sem dizer que as participações especiais de Susan Sarandon, grande promessa para este terceiro ano, foram desapontadoras. Sorte que Laura Linney é uma atriz tão extraordinária que faz qualquer um ficar plugado na tevê, por mais inferior que seja o material com que esteja trabalhando.
Revenge (1ª Temporada)
4.3 824 Assista AgoraApesar do clima de "soap opera" de segunda e do elenco à lá "Malhação" (com destaque para o bonitinho, mas ordinário Joshua Bowman e da inglesinha insuportável Ashley Madekwe), a história sobre vingança, inspirada em "O Conde de Monte Cristo", funciona e prende na cadeira. Vale a pena ficar de olho na gata velha da Madeleine Stowe, que andava sumida e que aqui faz uma bitch que deixaria Paola Bracho orgulhosa.
Crimes Graves (1º temporada)
4.2 9Mary McDonnell roubou a cena em todos os episódios que participou a partir da quinta temporada de "The Closer". Ansiosíssimo para conferir o piloto.
Chaves (1ª Temporada)
4.6 791E da próxima vez, vá jogar terra no túmulo da sua avó!
Enlightened (1ª Temporada)
4.0 56 Assista AgoraAcabei de ver a lista dos indicados ao Emmy. O seriado foi injustamente esnobado. Engraçado é que enfiaram nada menos do que sete atrizes como finalistas na categoria de melhor atriz em seriado cômico, mas não sobrou um espaço sequer para Laura Dern. Sacrilégio!
Parks and Recreation (4ª Temporada)
4.5 133Admito ainda não ser um seriemaníaco (cinema continua sendo minha prioridade no tempo livre), mas tenho que confessar que das séries que acompanho atualmente com várias temporadas "Parks and Recreation" é de longe aquela que mais conseguiu se superar ano após ano. Era quase impossível superar o terceiro ano do programa, mas acredite: os criadores conseguiram o feito com louvor! Mais do que criar situações que são impossíveis de não armazenar na memória de tão engraçadas (Tammy n.º 1, a passagem desastrosa dos personagens em uma pista de gelo ao som de "Get on Your Feet", o Tom jogando boliche, o Treat Yo Self Day e tantos outros que me fariam ficar um dia inteiro só citando), "Parks and Recreation" é o melhor exemplo de seriado cômico feito com inteligência e com dinâmica entre personagens honesta e, why not?, comovente: o instante em que Leslie diz não poder fracassar em sua campanha política depois de tanta dedicação de seus colegas de trabalho é um dos momentos mais lindos que já vi num season finale. Dar uma nota menor que 10 (ou cinco estrelas, como é o caso) para essa temporada seria uma injustiça!
Veep (1ª Temporada)
4.1 94 Assista AgoraEmbora tenha lá suas boas sacadas, não estou conseguindo me envolver nem um pouco com a dinâmica desse seriado, uma surpresa para uma produção da HBO. Vamos ver até onde a minha baixa empolgação me direcionará.
Divisão Criminal (3ª Temporada)
4.4 4Temporada que só prova o quão fantástica é Brenda Leigh Johnson, uma das melhores personagens femininas da tevê americana. E o melhor de tudo é que esse terceiro ano não deixa a peteca cair, apresentando um resultado tão bom quanto das duas temporadas anteriores. O destaque aqui fica por conta dos acontecimentos que deixam Brenda expostas a um perigo jamais experimentado antes (creio que "Manhunt" seja o primeiro episódio a ter um serial killer, aliás) e outros que mostram o lado mais humano da personagem (o episódio duplo "Till Death Do Us" tem lá seus clichês, mas é inegável que seja o mais envolvente entre todos dessa temporada).
Segura a Onda (5ª Temporada)
4.4 13 Assista AgoraMesmo começando com o pé esquerdo ("The Larry David Sandwich" é um episódio que insiste numa piada muito boba), essa temporada se revela a melhor até aqui. Os motes centrais, a doação de um rim para o Richard Lewis e a suspeita de Larry ser adotado, rendem situações muito engraçadas. E aqui se repete o fenômeno: nem é preciso chegar aos créditos finais para deduzir quais são os episódios dirigidos por Larry Charles, uma vez que ele faz os episódios que extraem mais gargalhadas e as piadas mais subversivas. O oitavo episódio, em que Larry finge ser um judeu ortodoxo só para manipular um homem responsável por transplantes de rim, é brilhante.
Segura a Onda (4ª Temporada)
4.4 17 Assista AgoraTemporada razoável. O mote central (Larry David é convidado por Mel Brooks para a sua nova versão teatral de "Os Produtores" na Broadway) é bacaninha, rendendo a chance de Larry David apresentar suas facetas como ator não exploradas nos anos anteriores. Talvez o melhor episódio seja "The Car Pool Lane", em que Larry não apenas se arrisca em comprar maconha para o seu pai senil como também inventa de pagar uma prostituta só para assistir ao jogo dos Dodgers.
The Good Wife (3ª Temporada)
4.4 78 Assista AgoraDepois de uma segunda temporada irretocável, "The Good Wife" encerra seu terceiro ano de forma satisfatória, mas com alguns episódios que deixaram muito a desejar. Os dez primeiros principalmente, com casos de tribunal nem sempre concebidos de forma brilhante e alguns problemas de desenvolvimento da vida particular de Alicia a partir das revelações e acontecimentos bombásticos da segunda temporada. Há, inclusive, pontos muito mal resolvidos pelos roteiristas, especialmente toda a importância dada ao fato de Alicia precisar abdicar de sua relação com Will e com o próprio trabalho para dar mais atenção aos filhos - existe um episódio que fecha com Alicia confirmando os seus planos de passar mais tempo com eles, mas este tempo nunca chegou, não passando de um draminha bobo para os criadores da série darem continuidade à história. Sorte que lá para o décimo quarto episódio "The Good Wife" meio que dá a volta por cima, uma vez que passa a compreender que Kalinda é realmente a melhor personagem da história (ela ficou de escanteio praticamente toda a primeira metade desse terceiro ano) e ao investir em dilemas da protagonista realmente bem desenvolvidos, como a vontade de comprar a residência que antes vivia com a família (a mudança representa um retrocesso ou um passo importante para Alicia superar o escândalo da traição de Peter?). No mais, "The Good Wife" permanece como uma das melhores séries americanas. Só não poderá repetir os problemas dessa temporada em seu quarto ano se quiser continuar neste posto.
Segura a Onda (3ª Temporada)
4.4 15 Assista AgoraTemporada bem melhor do que a anterior, uma vez que Larry David optou sabiamente em se apresentar mais como um sujeito comum vítima da maldita Lei de Murphy e menos como o co-criador de "Seinfeld" (Jason Alexander e Julia Louis-Dreyfus felizmente pularam fora dessa temporada com aquelas aparições insossas). O plot da vez é a participação do Larry na abertura de um restaurante e embora a ideia não engate a primeira a princípio ao menos abriu espaço para situações bem legais. Aliás, percebemos os episódios dirigidos pelo Larry Charles muito antes dos créditos finais se apresentarem, vendo que dá para reconhecer sua condução justamente nos episódios mais brilhantes - "The Nanny from Hell", que conta com a participação da impagável Cheri Oteri me fez dar altas gargalhadas. E palmas para o season finale, o melhor até o momento.
Segura a Onda (2ª Temporada)
4.3 15 Assista AgoraAo todo, esta temporada teve apenas três episódios realmente engraçados (o melhor é sem dúvida "The Doll", que mostra as confusões que Larry se mete após cortar o cabelo da boneca da filha de figurão da ABC). Na maior parte do tempo a temporada é muito comprometida por interações longas e sem nenhuma graça com intérpretes convidados e por circunstâncias bobocas (como aquela que envolve a decisão de Larry em parar de fazer terapia só porque viu o médico que o atende numa praia com sunga). Resta encarar a terceira temporada e aguardar por melhoras.