Acho muito difcil tecer comentários sobre esse filme então falarei sobre o que me levou até ele. Estou a alguns meses, desde que a peste cinza chegou ao mundo, adiantando leituras e minha lista de filmes. Entre eles eu comecei a dar mais espaço para os quadrinhos nacionais, acreditando que seriam tão ricos e versáteis quanto a literatura. Ês que me surge Mutarelli na coletânea Capa Preta. Queria dizer que me envergonhei de não conhecer previamente alguém tão importante pro quadrinho nacional mas estaria mentindo, eu não me prendo a esse dogmatismo de ter que conhecer cada grande nome e grande clássico pra dizer que você entende algo de um tema. Pois bem, foi muito "gostoso" a leitura da obra e me deixou mais interessado em conhecer o autor e foi nesse interesse que conheci o filme. Entre entrevistas que assisti ele comentou sobre seu passado nos quadrinhos, sua história na literatura e as adaptações pro cinema. Felizmente achei este filme na internet e, meu Deus como esse autor não cansa da escatologia e podridão. Mas acho que é isso que gosto nele, como ele consegue construir uma loucura surrealista para do meio ao fim lincar com uma reflexão sobre a vida ou as relações humanas. Adorei ver nesse trabalho a interpretação de Mutarelli sobre a relação com o dinheiro e poder, e como ele cega a todos nas mais diferentes camadas, sem ver classe ou gênero. Mesmo uma pequena parcela desse perfume pode virar um veneno. Acho que encontrei um novo autor pra seguir, rs.
Tem muito tempo que não vejo um trabalho tão bom feito pela Globo. A premissa é contagiante, te faz se interessar pelos personagens e pelos mistérios que envolvem a cidade. Achei uma ótima sacada transportar a temática de terror para uma comunidade no sul do país, poucas vezes vemos trabalhos sobre a região que não tenham haver com os tempos da guerra de farrapos. Ainda assim possui alguns defeitos, os adolescentes são muito secos e poucos expressivos, as tomadas que procuram criar um clima de horror não funcionam muito bem e as relações entre os personagens muitas vezes são jogadas e pouco construídas. Mesmo assim, uma ótima série que me divertiu muito.
Trabalho muito interessante, a falta de opções de moradia nas grandes cidades tem se tornado cada dia um dos principais empecilhos de gestão pública e acesso social para muitas pessoas. A situação é mais complicada quando vemos o descaso do governo federal e dos estaduais e municipais com os imigrantes e refugiados, prometem um lugar seguro e oportunidade mas deixam no relento assim como já fazem com os nossos. Muito bacana mesmo, deu vontade de estudar mais sobre o movimento.
Forte. Singleton nos mostra um retrato da realidade que se estende na comunidade negra norte americana do fim dos anos noventa. Cru e realista, o filme nos mostra como a violência e o consumo de entorpecentes se instaura em uma comunidade de tal forma que se torna mera conveniência em uma realidade já desligada do real (ou talvez mais real do que poderia ser). O sistema procura de várias formas segregar e acabar com aqueles que incomodam seus líderes, construindo esquemas cada vez mais complexos que se passam pela "vida comum". Primeiro tiram a possibilidade de educação, depois de crescimento financeiro, constroem um meio onde famílias se degradam, onde lares podem ser tomados da noite pro dia e por fim nublam as mentes do povo com drogas e futilidades, deixando os mesmos a mercê de seu meio e com uma mentalidade de revanchismo contra os seus. O que mais dói não é saber como isso permanece atual, mas sim vê que essa realidade se estende por todas as Américas. Onde mesmo latinos se dividem pelos seus tons de pele, esquecendo completamente de suas origens mestiças "por que sim". Vi muito do meu Rio de Janeiro ali, e dos meus amigos que se foram, os que foram pro crime, seus filhos e eu, que consegui ir pra faculdade. Tudo que penso entre uma aula e outra é o que eu poderia fazer e o que deveria estar fazendo.
Tocante e libertador são as palavras para este filme. O que temos aqui não é a história de uma jovem perdida entre conflitos em seu país, é um verdadeiro ensaio sobre amor e desejo. Ao longo de sua uma hora e meia de duração somos convidados a presenciar as relações que se fazem entre os personagens e os desejos que são estimulados entre os encontros. Não falo de desejo da carne propriamente dito, todos que nesse filme são inseridos travam batalhas internas quanto as possibilidades de dar asas a suas paixões e o quanto isso afetaria suas vidas. De enamorados que por convenções sociais se separam, outros dois que tem seu futuro estilhaçado pelo medo, amizades por um fio por erros do passado e até mesmo a fé sendo posta em meio a corte por uma má interpretação de seus preceitos. Babette por muito se mostra não um alguém calmo e sim quase pálido, em uma cidade pálida com pessoas pálidas. Mas uma noite de liberdade é o suficiente para mostrar suas verdadeiras cores e dar vida novamente a todos que sentaram a mesa com ela. Sim, com ela, pois o que aparece em nossa visão e muito mais que um desenrolar de situações físicas e materiais, é um momento catarsico que se desenrola pelas experiências e ligações dos corações. Babette não tenta nos ensinar nada, está mais para um aviso. Um aviso pesado de que podemos estar desperdiçando nossas vidas por medo do desconhecido. Mas também um aviso leve, onde por mais que os grilhões do tempo nos puxe para seu encontro nunca é tarde para ouvir o sopro de vida que sai de sua alma e dar a oportunidade que cada um merece.
Embora não aborde sua genialidade Wilde é um filme singular que dá valor a figura do escritor. Focado em suas desilusões amorosas e "no florescer" de seus desejos, o filme tenta retratar um Oscar Wilde mais humano e deslocado de seu meio (seja a sociedade ou mesmo entre amigos e amantes). Como já mencionaram faltou mostrar mais do lado artístico e genial do poeta e dramaturgo, mas fico feliz de poder ver uma homenagem tão bonita e delicada. Por fim, é muito bom ter o prazer de ver na mesma telas tantos atores talentosos como o próprio Stephen Fry e Jude Law.
Gostei muito da premissa, interessante as críticas articuladas com uma comédia mais pastelão (que inclusive, quem reclama disso com toda certeza não conhece os atores). Claro, muita coisa se perde ao longo do filme por conta de um roteiro um pouco corrido mas ainda assim entrega o que promete. É divertido e "inteligente" a sua maneira.
Eu não tenho muita certeza do que dizer, é um filme divertido com um roteiro engraçado. Quando vi a sinopse pela primeira vez me pareceu ser uma paródia de filmes slashers mas foi melhor que pensei. Vai, é engraçado, não tem mais muito o que comentar.
Não esperava muito desse filme mas mesmo assim saio dele decepcionado. O que aparenta ser mais um filme slasher comum, ou melhor mais uma das tentativas de recriação do gênero no começo dos 2000, se mostra um suspense barato e com roteiro fraco. Já começa que a mocinha é sem sal, mas até aí muitos heróis do terror também são, mas piora já que o filme tenta botar ela como alguém que enfrenta as situações de terror mas acaba aparecendo apenas uma menina assustada. Fora isso, temos o problema do vilão que praticamente não existe. Digo isso porque não temos nenhuma prova concreta de que algo está acontecendo deixando para vermos só nos minutos finais, especificamente quando não nos importamos com nada do que está rolando mais. O mais triste nem é o tempo desperdiçado e sim o mal uso de um ator tão bom quanto Tommy Flanagan. Eu não vou ficar chutando cachorro morto, tem filmes muito melhores do gênero para assistir.
Lembro que enquanto estava nos primeiros anos do curso de história Umberto Eco foi um nome muito mencionado por professores e palestrantes. Agradeço de coração a meus mestres pelo que me foi passado e ainda mais por me introduzir a essa obra. O nome da rosa vai além de uma ficção histórica, é um relato claro ou pelo menos bem próximo das relações sociais de um período não tão distante do nosso mundo. A discussão aparente do perigo da fé toma outras formas enquanto conhecemos os personagens, vemos que o mal não está na religião e sim na má interpretação do homem. Talvez essa seja justamente a maior discussão aqui, já que a sabedoria nos é apresentada de diversas formas e pelos mais diferentes personagens. Temos a sabedoria estampada na boca de alguns padres mas também nos costumes do povo que os cerca, mostrando claramente o conhecimento que se apresenta não só em livros e entre acadêmicos mas também no popular e na vivência. Vemos inclusive o perigo das crenças e como as deturpações afligem até homens de estudo. O mais interessante nisso tudo é o vislumbre que se dá ao que cerca as imediações. Como em um pequeno convento habitado por poucos monges e uma população pequena ao seu redor consegue tão claramente mimetizar o todo de uma cultura de pavor e enfrentamentos sociais? Sem dúvida alguma irei ler o livro, obrigado mais uma vez queridos professores.
Rotineiramente Van Damme entrega filmes meia boca que apenas existem para ser mais uma obra de ação nas prateleiras, mas de vez em quando algo de interessante aparece e é o caso desse filme. O roteiro não é dos melhores, eu sei, mas também não espero isso de um filme de brucutus, tudo que eu quero é uma certa linearidade e boas cenas de ação e nesse caso o filme entregue e muito. A ambientação não faz muita diferença mas cativa o público e os personagens até que são interessantes. Vi muita gente reclamando de ser mais um filme com os clichês que VD tanto explora... mas não é por isso que estamos aqui? Ou vocês realmente não esperavam ele abrir um espacate, usar frases de efeito e ficar com a garota? É claro que é clichê mas é justamente isso que é divertido. Enfim, curti muito e mais um pra lista dos poucos filmes bons do Jean Claude.
É um bom vislumbre da perspectiva feminina da cena e de como se relacionam. Seria interessante se isso desse origem a um trabalho mais consistente, talvez mostrando a história da presença feminina na cena metal.
Um dos meus passatempos prediletos é a caçada a trabalhos menos conhecidos de bons diretores, atores e toda a gama de profissionais envolvidos na indústria. Que felicidade então foi, eu um não tão jovem assim fã de rock, encontrar um trabalho tão bom falando sobre uma cena pouco ou nada conhecida do punk nacional. O mais interessante é ver preocupações como a de Suassuna não se validando até certo ponto, o que podemos ver bem aqui não é apenas uma cena punk nos subúrbios do Recife, mais do que isso é a criatividade brasileira alinhada a sua curiosidade montando trabalhos autorais sem perder suas origens. Adorei o doc, espero encontrar mais sobre o assunto.
Bom, a premissa me interessou de primeira quando achei para assistir e a princípio a trama me levava com ela. Mas depois dos trinta primeiros minutos me parece que tudo se perdia em falta de coesão. A obra traz discussões interessantes, as relações de poder na sociedade mesmo em áreas tão distantes dos centros urbanos, a cultura do estupro mesmo que ainda seja algo difícil para mim entender, a vida difícil do povo e a mesma como justificativa para alguns atos tenebrosos. Realmente o filme tem muitos pontos interessantes e mais ainda atores que não precisam de comentarios, suas tragetorias já falam por si só. Mas infelizmente a trama não é bem amarrada e algo que poderia ser um filme muito divertido de se ver (divertido aqui digo como uma obra que prende) se torna apenas interessante.
Procuro me afastar das espectativas quando vejo um programa, principalmente quando ele é a continuação de um trabalho que gostei. Não minto quando digo que está tarefa foi difícil com a Mansão Bly, até porque seu diretor fez a gentileza de trazer justamente os atores que mais gostei na velha casa Hill. Mas mesmo com essa dificuldade conseguir me ausentar das espectativas e olhar para o trabalho como uma obra única e... foi legal. Meio seco, eu sei, mas não encare como uma crítica em si. Mansão Bly nos apresenta um enredo totalmente novo, estamos dessa vez em um casarão inglês digno de filmes antigos de terror e como já esperado os fantasmas ali estão. Foi muito cativante poder acompanhar o desenrolar de relacionamentos e diferente da temporada anterior o desenvolvimento das entidades. Mesmo que em partes a história se arrastava ainda mantinha aquele suspense que te fazia continuar. Porém, essa temporada mesmo com pontos altos também teve problemas. Da mesma forma que falei de bons relacionamentos para acompanhar também teve alguns que simplesmente faltou sal para acreditar que funcionava, mantevesse a fórmula da temporada anterior e por conta disso muitas partes da história eram previsíveis para quem já acompanha. Por conta disso eu posso dizer que gostei, mas apenas isso.
Eu, um fã de terror, costumo olhar para novas obras com um olhar mais sóbrio. Acostumado com a recorrência no gênero de roteiros genéricos que simulam grandes clássicos me aventurei por essa temporada sem esperar muito mas de coração aberto para me divertir. Qual foi minha surpresa em ver não só um excelente filme que não se prende a mesmices mas também entrega uma roupagem inovadora. A residência Hill nos pega logo de começo pela atmosfera macabra que aprensenta, sem se prender ao detestável jump and scare e nos botando a cada episódio em um ciente de horror e alerta. Mas além disso, a surpresa que nos é entregue é justamente a apresentação de uma outra variante pra sua história, o que começa como um terror bem contado se torna uma história de dor e tristeza, que nos leva com os personagens e bota lágrimas em nossos olhos. Fazia tempo que não ficava tão feliz com uma obra do gênero. Pronto pra mansão Bly.
O que posso dizer, um espetáculo por si só. O que mais gosto em documentários com essa abordagem é justamente o respeito pelo ser humano, questão que muitas vezes falta aos fãs quando de frente com seus ídolos. Querida Nina, com toda certeza o mais maravilhoso em ti era sua própria personalidade, triste que viveu em uma época onde não pode expressar o todo de sua luz, e sendo sincero talvez mesmo nós, décadas depois, ainda estamos sujeitos as prisões que a sociedade constrói. Colheu frutos mas também esteve entre espinhos, mostrou seus demônios mas também sua divindade. Como dito por sua afilhada, e não poderia ser dito melhor: "how does royalty stomp around in the mud and still walk with grace?"
Um ano, em um ano eu maratonei e acompanhei cada detalhe dessa família e o que constitui a vida na máfia, ou pelo menos o que os roteiristas acreditam ser essa vida. Para mim, mais do que as intrigas e disputas por poder a complexidade dos relacionamentos humanos foi o que mais me cativou. Não só Tony mas todos os rapazes mostram bem que o monstro que mora ao lado pode ser mais próximo de nós do que aparenta. Em muitos momentos fiquei com raiva pelas atitudes descabidas mas logo após conseguiam me botar em dúvida se não era certo o que fizeram. Muito foi aprendido nesse tempo e muitas coisas me fizeram pensar. Acho que tudo que posso dizer no final é, Tony como eu odeio te amar.
Eu não costumo vim aqui para dar uma opinião ruim, acredito ser mais interessante abrir diálogo quando o trabalho é pelo menos satisfatório, mas dessa vez não posso deixar passar. O filme é tedioso, mal explicado e não te entrega nada de inovador ou pelo menos divertido. Enredo mal arranjado, buracos e com um final digno de pena. Enfim, não valeu a pena assistir.
Se passaram dez anos desde sua estreia e só agora, mediante uma quarentena, pude parar para assistir. Sabendo que hoje já fizeram muitos filmes tomando a mesma base de mistério é fácil identificar nos primeiros minutos para onde o filme vai levar, porém, isso nem de longe é a melhor parte do filme. A construção dos personagens é muito boa e principalmente o empenho do enredo em mostrar o quanto um trauma pode afetar o psicológico. Sem dúvidas o diálogo final entre os detetives é um bom aceno para as incertezas da vida humana mas também um lembrete sobre nosso poder de escolha. Muito bom.
Pois bem, é difícil falar deste filme sem lembrar que é uma versão comparável a dos anos 90. Tem sido muito bom ver novas versões das obras de King e ter a oportunidade de ver no cinema, o que não pude com os antigos, mas no geral esse como outras versões tal qual It tem o mesmo problema: falta de ambientação. É muito interessante como mesmo trazendo bons atores e com recursos gráficos melhores eles continuam pecando no que há de principal para qualquer obra de King, o terror do autor não está a mostra e sim no seu entorno. Diferente do que estamos acostumados com obras mais pop a proposta em todos os livros esta em trazer o horror antes do terror, o desconforto e temor do inimaginável é o que há de melhor e nesse sentido as adaptações antigas continuam superando. Pode ser uma falta de desafio pela "facilidade" que se tem com os avanços tecnológicos? Não sei dizer, mas o filme continua sendo bom e eu continuo esperando por uma adaptação que me faça temer passear pelo interior dos EUA.
Me dá gosto ver que em meio ao apagamento das comunidades LGBTQ pela Ásia, Taiwan ainda é um refúgio de tolerância e aceitação, mesmo que não a nossos moldes. História comovente do início ao fim, nos leva em um embalo as tortuosas relações que a vida traz aos seres humanos. De começo nos apresentando personagens nada simpáticos, que dificilmente nos faria sentir algo de positivo ou mesmo piedoso, mas com o decorrer da trama o roteiro nos envolve e mostra o que há de mais humano em qualquer relação; sua complexidade. Embora, a princípio, fiquemos com um gosto amargo na boca em relação aos personagens é inegável o sentimento e o carinho que conseguimos construir no final do filme. Talvez por lembrar nossas próprias relações?
O que dizer desse filme, a princípio parece ser mais um romance jovem bom de assistir no fim de tarde em casa mas ao decorrer a história se mostra mais complexo e de uma sensibilidade única. O que começa como um conto de um casal e as lembranças da juventude se transforma gradativamente em uma catarse que nos leva a enxergar os meandros da transformação dos personagens e o que difere eles atualmente de como eram na juventude. O final é realmente emocionante mas o que há de mais interessante é a discussão acerca dos caminhos que a vida toma e as escolhas que transformam para sempre o indivíduo. Obrigado povo chinês por mais um filme sensível e amável.
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista AgoraAcho muito difcil tecer comentários sobre esse filme então falarei sobre o que me levou até ele. Estou a alguns meses, desde que a peste cinza chegou ao mundo, adiantando leituras e minha lista de filmes. Entre eles eu comecei a dar mais espaço para os quadrinhos nacionais, acreditando que seriam tão ricos e versáteis quanto a literatura. Ês que me surge Mutarelli na coletânea Capa Preta. Queria dizer que me envergonhei de não conhecer previamente alguém tão importante pro quadrinho nacional mas estaria mentindo, eu não me prendo a esse dogmatismo de ter que conhecer cada grande nome e grande clássico pra dizer que você entende algo de um tema. Pois bem, foi muito "gostoso" a leitura da obra e me deixou mais interessado em conhecer o autor e foi nesse interesse que conheci o filme. Entre entrevistas que assisti ele comentou sobre seu passado nos quadrinhos, sua história na literatura e as adaptações pro cinema. Felizmente achei este filme na internet e, meu Deus como esse autor não cansa da escatologia e podridão. Mas acho que é isso que gosto nele, como ele consegue construir uma loucura surrealista para do meio ao fim lincar com uma reflexão sobre a vida ou as relações humanas. Adorei ver nesse trabalho a interpretação de Mutarelli sobre a relação com o dinheiro e poder, e como ele cega a todos nas mais diferentes camadas, sem ver classe ou gênero. Mesmo uma pequena parcela desse perfume pode virar um veneno. Acho que encontrei um novo autor pra seguir, rs.
Visto em: 11/12/2020
Desalma (1ª Temporada)
3.8 195Tem muito tempo que não vejo um trabalho tão bom feito pela Globo. A premissa é contagiante, te faz se interessar pelos personagens e pelos mistérios que envolvem a cidade. Achei uma ótima sacada transportar a temática de terror para uma comunidade no sul do país, poucas vezes vemos trabalhos sobre a região que não tenham haver com os tempos da guerra de farrapos. Ainda assim possui alguns defeitos, os adolescentes são muito secos e poucos expressivos, as tomadas que procuram criar um clima de horror não funcionam muito bem e as relações entre os personagens muitas vezes são jogadas e pouco construídas. Mesmo assim, uma ótima série que me divertiu muito.
Visto em: 27/11/2020
Era o Hotel Cambridge
4.2 99Trabalho muito interessante, a falta de opções de moradia nas grandes cidades tem se tornado cada dia um dos principais empecilhos de gestão pública e acesso social para muitas pessoas. A situação é mais complicada quando vemos o descaso do governo federal e dos estaduais e municipais com os imigrantes e refugiados, prometem um lugar seguro e oportunidade mas deixam no relento assim como já fazem com os nossos. Muito bacana mesmo, deu vontade de estudar mais sobre o movimento.
Visto em: 02/12/2020
Boyz'n the Hood: Os Donos da Rua
4.0 247 Assista AgoraForte. Singleton nos mostra um retrato da realidade que se estende na comunidade negra norte americana do fim dos anos noventa. Cru e realista, o filme nos mostra como a violência e o consumo de entorpecentes se instaura em uma comunidade de tal forma que se torna mera conveniência em uma realidade já desligada do real (ou talvez mais real do que poderia ser). O sistema procura de várias formas segregar e acabar com aqueles que incomodam seus líderes, construindo esquemas cada vez mais complexos que se passam pela "vida comum". Primeiro tiram a possibilidade de educação, depois de crescimento financeiro, constroem um meio onde famílias se degradam, onde lares podem ser tomados da noite pro dia e por fim nublam as mentes do povo com drogas e futilidades, deixando os mesmos a mercê de seu meio e com uma mentalidade de revanchismo contra os seus. O que mais dói não é saber como isso permanece atual, mas sim vê que essa realidade se estende por todas as Américas. Onde mesmo latinos se dividem pelos seus tons de pele, esquecendo completamente de suas origens mestiças "por que sim". Vi muito do meu Rio de Janeiro ali, e dos meus amigos que se foram, os que foram pro crime, seus filhos e eu, que consegui ir pra faculdade. Tudo que penso entre uma aula e outra é o que eu poderia fazer e o que deveria estar fazendo.
Visto em: 29/11/2020
A Festa de Babette
4.0 243Tocante e libertador são as palavras para este filme. O que temos aqui não é a história de uma jovem perdida entre conflitos em seu país, é um verdadeiro ensaio sobre amor e desejo. Ao longo de sua uma hora e meia de duração somos convidados a presenciar as relações que se fazem entre os personagens e os desejos que são estimulados entre os encontros. Não falo de desejo da carne propriamente dito, todos que nesse filme são inseridos travam batalhas internas quanto as possibilidades de dar asas a suas paixões e o quanto isso afetaria suas vidas. De enamorados que por convenções sociais se separam, outros dois que tem seu futuro estilhaçado pelo medo, amizades por um fio por erros do passado e até mesmo a fé sendo posta em meio a corte por uma má interpretação de seus preceitos. Babette por muito se mostra não um alguém calmo e sim quase pálido, em uma cidade pálida com pessoas pálidas. Mas uma noite de liberdade é o suficiente para mostrar suas verdadeiras cores e dar vida novamente a todos que sentaram a mesa com ela. Sim, com ela, pois o que aparece em nossa visão e muito mais que um desenrolar de situações físicas e materiais, é um momento catarsico que se desenrola pelas experiências e ligações dos corações. Babette não tenta nos ensinar nada, está mais para um aviso. Um aviso pesado de que podemos estar desperdiçando nossas vidas por medo do desconhecido. Mas também um aviso leve, onde por mais que os grilhões do tempo nos puxe para seu encontro nunca é tarde para ouvir o sopro de vida que sai de sua alma e dar a oportunidade que cada um merece.
Assistido em: 25/11/2020
Wilde – O Primeiro Homem Moderno
3.7 91Embora não aborde sua genialidade Wilde é um filme singular que dá valor a figura do escritor. Focado em suas desilusões amorosas e "no florescer" de seus desejos, o filme tenta retratar um Oscar Wilde mais humano e deslocado de seu meio (seja a sociedade ou mesmo entre amigos e amantes). Como já mencionaram faltou mostrar mais do lado artístico e genial do poeta e dramaturgo, mas fico feliz de poder ver uma homenagem tão bonita e delicada. Por fim, é muito bom ter o prazer de ver na mesma telas tantos atores talentosos como o próprio Stephen Fry e Jude Law.
Assistido em: 24/11/2020
A Comédia dos Pecados
2.9 128 Assista AgoraGostei muito da premissa, interessante as críticas articuladas com uma comédia mais pastelão (que inclusive, quem reclama disso com toda certeza não conhece os atores). Claro, muita coisa se perde ao longo do filme por conta de um roteiro um pouco corrido mas ainda assim entrega o que promete. É divertido e "inteligente" a sua maneira.
Visto em: 22/11/2020
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraEu não tenho muita certeza do que dizer, é um filme divertido com um roteiro engraçado. Quando vi a sinopse pela primeira vez me pareceu ser uma paródia de filmes slashers mas foi melhor que pensei. Vai, é engraçado, não tem mais muito o que comentar.
Visto em: 21/11/2020
Quando um Estranho Chama
2.9 649 Assista AgoraNão esperava muito desse filme mas mesmo assim saio dele decepcionado. O que aparenta ser mais um filme slasher comum, ou melhor mais uma das tentativas de recriação do gênero no começo dos 2000, se mostra um suspense barato e com roteiro fraco. Já começa que a mocinha é sem sal, mas até aí muitos heróis do terror também são, mas piora já que o filme tenta botar ela como alguém que enfrenta as situações de terror mas acaba aparecendo apenas uma menina assustada. Fora isso, temos o problema do vilão que praticamente não existe. Digo isso porque não temos nenhuma prova concreta de que algo está acontecendo deixando para vermos só nos minutos finais, especificamente quando não nos importamos com nada do que está rolando mais. O mais triste nem é o tempo desperdiçado e sim o mal uso de um ator tão bom quanto Tommy Flanagan. Eu não vou ficar chutando cachorro morto, tem filmes muito melhores do gênero para assistir.
Assistido em: 21/11/2020
O Nome da Rosa
3.9 775 Assista AgoraLembro que enquanto estava nos primeiros anos do curso de história Umberto Eco foi um nome muito mencionado por professores e palestrantes. Agradeço de coração a meus mestres pelo que me foi passado e ainda mais por me introduzir a essa obra. O nome da rosa vai além de uma ficção histórica, é um relato claro ou pelo menos bem próximo das relações sociais de um período não tão distante do nosso mundo. A discussão aparente do perigo da fé toma outras formas enquanto conhecemos os personagens, vemos que o mal não está na religião e sim na má interpretação do homem. Talvez essa seja justamente a maior discussão aqui, já que a sabedoria nos é apresentada de diversas formas e pelos mais diferentes personagens. Temos a sabedoria estampada na boca de alguns padres mas também nos costumes do povo que os cerca, mostrando claramente o conhecimento que se apresenta não só em livros e entre acadêmicos mas também no popular e na vivência. Vemos inclusive o perigo das crenças e como as deturpações afligem até homens de estudo. O mais interessante nisso tudo é o vislumbre que se dá ao que cerca as imediações. Como em um pequeno convento habitado por poucos monges e uma população pequena ao seu redor consegue tão claramente mimetizar o todo de uma cultura de pavor e enfrentamentos sociais? Sem dúvida alguma irei ler o livro, obrigado mais uma vez queridos professores.
Assistido em: 18/11/2020
Timecop: O Guardião do Tempo
2.8 132 Assista AgoraRotineiramente Van Damme entrega filmes meia boca que apenas existem para ser mais uma obra de ação nas prateleiras, mas de vez em quando algo de interessante aparece e é o caso desse filme. O roteiro não é dos melhores, eu sei, mas também não espero isso de um filme de brucutus, tudo que eu quero é uma certa linearidade e boas cenas de ação e nesse caso o filme entregue e muito. A ambientação não faz muita diferença mas cativa o público e os personagens até que são interessantes. Vi muita gente reclamando de ser mais um filme com os clichês que VD tanto explora... mas não é por isso que estamos aqui? Ou vocês realmente não esperavam ele abrir um espacate, usar frases de efeito e ficar com a garota? É claro que é clichê mas é justamente isso que é divertido. Enfim, curti muito e mais um pra lista dos poucos filmes bons do Jean Claude.
Visto em: 17/11/2020
Metal é Só Pra Homem?
4.1 2É um bom vislumbre da perspectiva feminina da cena e de como se relacionam. Seria interessante se isso desse origem a um trabalho mais consistente, talvez mostrando a história da presença feminina na cena metal.
Visto em: 17/11/2020
Punk Rock Hardcore
3.8 9Um dos meus passatempos prediletos é a caçada a trabalhos menos conhecidos de bons diretores, atores e toda a gama de profissionais envolvidos na indústria. Que felicidade então foi, eu um não tão jovem assim fã de rock, encontrar um trabalho tão bom falando sobre uma cena pouco ou nada conhecida do punk nacional. O mais interessante é ver preocupações como a de Suassuna não se validando até certo ponto, o que podemos ver bem aqui não é apenas uma cena punk nos subúrbios do Recife, mais do que isso é a criatividade brasileira alinhada a sua curiosidade montando trabalhos autorais sem perder suas origens. Adorei o doc, espero encontrar mais sobre o assunto.
Assistido em: 16/11/2020
Baixio das Bestas
3.5 397 Assista AgoraBom, a premissa me interessou de primeira quando achei para assistir e a princípio a trama me levava com ela. Mas depois dos trinta primeiros minutos me parece que tudo se perdia em falta de coesão. A obra traz discussões interessantes, as relações de poder na sociedade mesmo em áreas tão distantes dos centros urbanos, a cultura do estupro mesmo que ainda seja algo difícil para mim entender, a vida difícil do povo e a mesma como justificativa para alguns atos tenebrosos. Realmente o filme tem muitos pontos interessantes e mais ainda atores que não precisam de comentarios, suas tragetorias já falam por si só. Mas infelizmente a trama não é bem amarrada e algo que poderia ser um filme muito divertido de se ver (divertido aqui digo como uma obra que prende) se torna apenas interessante.
Assistido em: 16/11/2020
A Maldição da Mansão Bly
3.9 924 Assista AgoraProcuro me afastar das espectativas quando vejo um programa, principalmente quando ele é a continuação de um trabalho que gostei. Não minto quando digo que está tarefa foi difícil com a Mansão Bly, até porque seu diretor fez a gentileza de trazer justamente os atores que mais gostei na velha casa Hill. Mas mesmo com essa dificuldade conseguir me ausentar das espectativas e olhar para o trabalho como uma obra única e... foi legal. Meio seco, eu sei, mas não encare como uma crítica em si. Mansão Bly nos apresenta um enredo totalmente novo, estamos dessa vez em um casarão inglês digno de filmes antigos de terror e como já esperado os fantasmas ali estão. Foi muito cativante poder acompanhar o desenrolar de relacionamentos e diferente da temporada anterior o desenvolvimento das entidades. Mesmo que em partes a história se arrastava ainda mantinha aquele suspense que te fazia continuar. Porém, essa temporada mesmo com pontos altos também teve problemas. Da mesma forma que falei de bons relacionamentos para acompanhar também teve alguns que simplesmente faltou sal para acreditar que funcionava, mantevesse a fórmula da temporada anterior e por conta disso muitas partes da história eram previsíveis para quem já acompanha. Por conta disso eu posso dizer que gostei, mas apenas isso.
Assistido entre: 05/11 e 14/11/2020
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraEu, um fã de terror, costumo olhar para novas obras com um olhar mais sóbrio. Acostumado com a recorrência no gênero de roteiros genéricos que simulam grandes clássicos me aventurei por essa temporada sem esperar muito mas de coração aberto para me divertir. Qual foi minha surpresa em ver não só um excelente filme que não se prende a mesmices mas também entrega uma roupagem inovadora. A residência Hill nos pega logo de começo pela atmosfera macabra que aprensenta, sem se prender ao detestável jump and scare e nos botando a cada episódio em um ciente de horror e alerta. Mas além disso, a surpresa que nos é entregue é justamente a apresentação de uma outra variante pra sua história, o que começa como um terror bem contado se torna uma história de dor e tristeza, que nos leva com os personagens e bota lágrimas em nossos olhos. Fazia tempo que não ficava tão feliz com uma obra do gênero. Pronto pra mansão Bly.
Assistido entre: 28/10 e 04/11/2020
What Happened, Miss Simone?
4.4 401 Assista AgoraO que posso dizer, um espetáculo por si só. O que mais gosto em documentários com essa abordagem é justamente o respeito pelo ser humano, questão que muitas vezes falta aos fãs quando de frente com seus ídolos. Querida Nina, com toda certeza o mais maravilhoso em ti era sua própria personalidade, triste que viveu em uma época onde não pode expressar o todo de sua luz, e sendo sincero talvez mesmo nós, décadas depois, ainda estamos sujeitos as prisões que a sociedade constrói. Colheu frutos mas também esteve entre espinhos, mostrou seus demônios mas também sua divindade. Como dito por sua afilhada, e não poderia ser dito melhor: "how does royalty stomp around in the mud and still walk with grace?"
Visto em: 07/10/2020
O Fantasma
3.1 115Eu não sei o que eu vi, mas o final do homem lixo me deixou... a, f*d@-se, cadela.
27/09/2020
Família Soprano (6ª Temporada)
4.7 308 Assista AgoraUm ano, em um ano eu maratonei e acompanhei cada detalhe dessa família e o que constitui a vida na máfia, ou pelo menos o que os roteiristas acreditam ser essa vida. Para mim, mais do que as intrigas e disputas por poder a complexidade dos relacionamentos humanos foi o que mais me cativou. Não só Tony mas todos os rapazes mostram bem que o monstro que mora ao lado pode ser mais próximo de nós do que aparenta. Em muitos momentos fiquei com raiva pelas atitudes descabidas mas logo após conseguiam me botar em dúvida se não era certo o que fizeram. Muito foi aprendido nesse tempo e muitas coisas me fizeram pensar. Acho que tudo que posso dizer no final é, Tony como eu odeio te amar.
Assistido entre: Janeiro e Setembro de 2020
Cam
3.1 549 Assista AgoraEu não costumo vim aqui para dar uma opinião ruim, acredito ser mais interessante abrir diálogo quando o trabalho é pelo menos satisfatório, mas dessa vez não posso deixar passar. O filme é tedioso, mal explicado e não te entrega nada de inovador ou pelo menos divertido. Enredo mal arranjado, buracos e com um final digno de pena. Enfim, não valeu a pena assistir.
Visto em: 05/09/2020
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraSe passaram dez anos desde sua estreia e só agora, mediante uma quarentena, pude parar para assistir. Sabendo que hoje já fizeram muitos filmes tomando a mesma base de mistério é fácil identificar nos primeiros minutos para onde o filme vai levar, porém, isso nem de longe é a melhor parte do filme. A construção dos personagens é muito boa e principalmente o empenho do enredo em mostrar o quanto um trauma pode afetar o psicológico. Sem dúvidas o diálogo final entre os detetives é um bom aceno para as incertezas da vida humana mas também um lembrete sobre nosso poder de escolha. Muito bom.
Visto em: 15/08/2020
Cemitério Maldito
2.7 891Pois bem, é difícil falar deste filme sem lembrar que é uma versão comparável a dos anos 90. Tem sido muito bom ver novas versões das obras de King e ter a oportunidade de ver no cinema, o que não pude com os antigos, mas no geral esse como outras versões tal qual It tem o mesmo problema: falta de ambientação. É muito interessante como mesmo trazendo bons atores e com recursos gráficos melhores eles continuam pecando no que há de principal para qualquer obra de King, o terror do autor não está a mostra e sim no seu entorno. Diferente do que estamos acostumados com obras mais pop a proposta em todos os livros esta em trazer o horror antes do terror, o desconforto e temor do inimaginável é o que há de melhor e nesse sentido as adaptações antigas continuam superando. Pode ser uma falta de desafio pela "facilidade" que se tem com os avanços tecnológicos? Não sei dizer, mas o filme continua sendo bom e eu continuo esperando por uma adaptação que me faça temer passear pelo interior dos EUA.
Visto entre: 07 - 09/08/2020
Querido Ex
3.8 83 Assista AgoraMe dá gosto ver que em meio ao apagamento das comunidades LGBTQ pela Ásia, Taiwan ainda é um refúgio de tolerância e aceitação, mesmo que não a nossos moldes. História comovente do início ao fim, nos leva em um embalo as tortuosas relações que a vida traz aos seres humanos. De começo nos apresentando personagens nada simpáticos, que dificilmente nos faria sentir algo de positivo ou mesmo piedoso, mas com o decorrer da trama o roteiro nos envolve e mostra o que há de mais humano em qualquer relação; sua complexidade. Embora, a princípio, fiquemos com um gosto amargo na boca em relação aos personagens é inegável o sentimento e o carinho que conseguimos construir no final do filme. Talvez por lembrar nossas próprias relações?
Visto: entre 27 e 29 de Julho de 2020.
Ela Lembra, Ele Esquece
3.6 6O que dizer desse filme, a princípio parece ser mais um romance jovem bom de assistir no fim de tarde em casa mas ao decorrer a história se mostra mais complexo e de uma sensibilidade única. O que começa como um conto de um casal e as lembranças da juventude se transforma gradativamente em uma catarse que nos leva a enxergar os meandros da transformação dos personagens e o que difere eles atualmente de como eram na juventude. O final é realmente emocionante mas o que há de mais interessante é a discussão acerca dos caminhos que a vida toma e as escolhas que transformam para sempre o indivíduo. Obrigado povo chinês por mais um filme sensível e amável.
Visto em: 25/07/2020