Assisti pela ótima crítica da Isabela Boscov no youtube. Há anos deixei de ver faroestes. Achei estar cansada do "gênero". Ela não erra nunca e tem uma leitura certeira, humana do filme e dos personagens, para além dos esteriótipo que eu tinha do gênero, mesmo que atualizado.
O fato de as 3 mulheres - mãe, filha, neta - se destacarem é porque o filme é sobre elas. A força da interpretação dos demais está em não aparecer. Todos são excelentes num filme excelente que tem o propósito de refletir sobre verdades, interpretação da verdade e mentiras o que nem sempre é claro nas relações...e na memória individual.
Quando você chora copiosamente ao assistir a um filme, não há como falar, não há o que falar. É lindo porque é de uma tristeza arrebatadora. É um filme para apenas sentir.Tudo o mais é irrelevante.
Quando um filme nos propõem densas reflexões, o melhor a fazer é tê-las introspectivamente, longe do mundo que não vê as camadas por trás da "superficialidade" dos fatos e da técnica/arte de os contar. Sem mais, filmaço!
Independentemente do q acho desse filme especifico, eu nunca vi tanto especialista de audiovisual, roteiro....nesta plataforma. Plot twist, fotografia, efeitos, atuação...Para mim em qq filme/série faço uma imersão na história contada, ás vezes p me entreter e todas as vezes p viajar em sensações, emoções, sentimentos, pensamentos...e, sei lá, eu tenho um p**a respeito pelo trabalho de quem se aventura contar uma história, na forma e no conteúdo. A não ser que seja extremamente mal feito, extremamente medíocre. A essa altura da minha vida pouca coisa deixou de ser clichê e previsível, não considero um demérito na ficção e na tal realidade.
Ainda bem que me deixei guiar pela critica da Isabela Boscov em seu canal do Youtube. Difícil ela errar comigo. Mais uma vez fecho com ela. Gostei do filme por entender ao que ele se propõem. O curioso é que o que me motivou a dar uma chance à pelicula foi justamente a curiosidade (trocadilho proposital) depois de ler em uma rede social tantas manifestações de ódio e desprezo pelo filme.
Conheço mais de uma comunidade pequena extremamente religiosa. Fundamentalistas religiosos. O resultado é atemporal e universal: moralismo e hipocrisia. Consequências de um ideal impossível de humanizar. O filme é um retrato fiel desse cenário/ambiente. No mais, e sobretudo, é sobre perdão e sua órbita, de um extremo a outro, da condenação à absolvição.
Ouvi falar muito do filme. Talvez por isso esperasse mais. Da história contada. A história real, com certeza, choca. E a minha emoção parou aí. O filme convence, mais pelas boas atuações, mas não arrebata.
Naturalmente você acaba esperando por uma redenção, que não vem. Então, você percebe que esse é o clichê ficcional, e que, na tal vida real não são todos que conseguem superar uma tragédia pessoal. Cada um com seu motivo, ou motivos. O desfecho jamais é o mesmo para todos. Embora, no final, aquele sorriso pode ser traduzido como o prenúncio de uma possível leveza futura na convivência com a juventude do sobrinho. Você pensa que o climax do filme é a revelação do motivo da apatia presente em contraponto com a alegria passada. Aí vem outro, igualmente dramático:o dialogo de Lee com a ex Randi depois de se encontrarem por acaso.
Demorei para assistir porque, por tudo que eu li, sabia que era um filme triste. Mas, não há momento certo para não chorar, para não se emocionar vendo este filme. São raras as produções que contam tão bem a tristeza profunda, o arrastar dos dias e da vida num cotidiano normal...para os outros. Impactada! Visto em 31/05/2020 - 29.314 mortes oficias por Covid-19 no Brasil.
Eu demoro para ver filmes, séries muito famosos porque tendo a pensar em superestimação. Não é, mesmo, o caso. Excelente filme sobre a tão propalada, com razão, desigualdade social, só que em uma cultura totalmente diferente, o que já é um ganho a mais para quem vê daqui, do outro lado do globo.
Nada a acrescentar às infinitas análises já feitas, a não ser , um insigth muito particular: Recentemente, eu assisti a comédia com pitadas de drama, "7 dias sem fim" (em inglês, bem melhor: "This where I leave you"). A certa altura, dramas superados, o personagem, classe média média americana (média alta daqui onde eu habito) de Jason Bateman diz à personagem de Rose Byrne :"Sempre persegui a ideia que eu tinha de uma vida perfeita e a vida não é perfeita. Não deve ser perfeita. Ela deve ser imprevisível, irracional e complicada. Eu quero uma vida complicada...". Uma deixa para a liberdade de poder ser quem se é, fazer o que se quer, porque sempre haverá um porto seguro para voltar.
Em "Parasita", drama com pitadas de humor que constrange, dramas impossíveis de serem superados, o Pai diz ao Filho: " Você sabe que tipo de plano nunca falha? Nenhum plano consegue. Nenhum. Você sabe o por quê? Se você faz um plano, a vida nunca funciona como você espera. Sem plano nada pode dar errado." "E...se alguma coisa vier a sair do controle isso não importará." Uma deixa para a resignação de ser quem se é, ou está, sem direito a fazer o que se quer, sem poder voltar pra casa. Casa?
Bem oportuno o diálogo entre Martha e John sobre o perigo do mundo fora do confinamento em tempos de guerra. E do novo normal depois da guerra (acho que está parte é por conta da minha imaginação). Na sequência, vai ficando explicito o perigo que é estar confinada ao tédio, com um sedutor pretexto para o vencer. No jogo da sedução pode não haver "culpados", a não ser quando há traição e aqui ambos os lados, sedutores e seduzidos, traem.
Gostei mais da versão espanhola, talvez por ter visto primeiro. O fator surpresa é importante, para mim, pq tendo a apreciar em primeiro o enredo, embora avalie o conjunto da obra. Funcionou como um vale a pena ver de novo.
Grande Almodóvar (Alma dovar)! Grande Banderas! Juntos os dois fazem um excelente cinema espanhol. Amadurecidos e com um olhar melancólico para um passado branco feliz a partir de um presente com um colorido vibrante, majoritariamente vermelho, doído, fazem uma obra-prima! Estava pronta para denunciar o que poderia ser um erro (grave) de continuidade, mas, antes, logo ali, no fim, fui traída pelo brilhantismo do diretor. Perfeito!
Filmes espanhóis e Javier Bardem sempre valem a pena, ou pelo menos merecem a chance de serem vistos. Neste o ator é simplesmente excepcional. A história centrada no protagonista também é extraordinária...e faz pensar...muito. É sempre atual pensar a morte, mas, tendo eu visto agora, em tempos em que ela (a morte) tem se mostrado assustadoramente próxima para a população mundial (Covid-19) teve um impacto muito maior do que só o questionamento e a polêmica em torno do suicídio assistido. Se bem que seja comum extrapolar as reflexões que um filme propõem, trazendo-as para a nossa realidade. Não dei a nota máxima por conta de alguns escorregões sensacionalistas. Mas, chorei...de ficar com os olhos doendo. Então, no fim o filme cumpre a sua função de emocionar.
Eu demoro para assistir filmes que ficam famosos, que são sucesso de critica, ás vezes de público. Não tem como não ler algo sobre. E aí, me sinto saturada de informação e isso abrevia a emoção do impacto. Demorei para ver esse, mas a marca estava lá e junto a expectativa que sempre é muito alta. Em que pese o peso da denúncia, confesso, que como filme, enquanto obra da sétima arte, não conseguiu me fisgar. A história é sem dúvida extremamente triste e revoltante e, é sempre impactante para quem a revive na tela e, de certo, para os que estão longe da realidade mostrada, que é a de todos os países que tem pobres, embora a pobreza de uns seja maior que a de outros, para muitos há uma camada mais abaixo, a miséria, ainda mais desassistida. Sempre é bom lembrar, que não é só o Estado que desassiste os que considera fora da sociedade do desempenho, e, portanto, descartáveis. É uma cultura, desde sempre, e, infelizmente, ainda predominante. Eu sei. Apontar dedos, ficar indignado e não fazer nada para mudar essa cultura é contribuir para o aumento do limbo social.
Eu achei estranho a baixa pontuação. Atino que seja porque, apesar de o filme ser bem fechado, com começo, meio e fim (com uma espécie de moral da história, o que fez com que eu não desse a nota máxima) a sensação que fica é que há muito em suspenso. OU. O titulo em português destoa um bocado do conteúdo e proposta do filme enganando o público, aos que atrai decepciona, e aos que não atrai poderia causar impressão diferente. Eu gostei muito porque me fez pensar. De tudo que vou refletir na ressaca pós-filme, o que me vem à mente agora é que não podemos tirar as certezas de alguém e não preencher o vazio que deixamos. Isso é especialmente cruel para com quem precisa dessas certezas, busca essas certezas com angústia e fervor, porque as infinitas dúvidas aprisionam. Lá pra frente vamos descobrir, só alguns de nós, que não há uma única resposta e que está tudo bem, pode-se viver com essa verdade. O problema é que para muitos de nós essa verdade incomoda mais do que a ilusão de uma verdade, que tanto pode ser de ordem espiritual, moral, ética ou codificada em leis, normas, regras, convenções.... ou o contrário de tudo isso...ou no fim o que nos parece certo. E isso vale para os dois personagens principais. Lugar comum dizer que o mestre mais aprende do que ensina. Visto em 27/03/2020 PS: A elegância de uma atriz brilhante.
Hoje assisti pela segunda vez. Não faço ideia de quando foi a primeira vez que vi. Na verdade, não tinha certeza se já tinha visto, embora desde saber de sua existência cinematográfica, me considere uma grande fã de Almodóvar (o que poderia ser indicio de ter visto, se não tudo, muito do trabalho dele). Na cena do teatro, após a peça, na busca pelo autógrafo, me dei conta que, de fato, tinha assistido. Poucas outras cenas corroboram minhas lembranças de toda a história. Ah a memória! Não, não é pena, foi maravilhoso assistir como se fosse a primeira vez, com um olhar mais maduro. E, como foi bom, e oportuno, olhar para trás e me recordar dos primeiros tempos, difíceis, dos portadores do vírus da Aids. Há muito com o que comparar com este momento em que vivemos a pandemia do virus da Covid-19. Uma boa reflexão para toda a gente que está vivenciando, pela segunda vez, o medo de uma doença nova. É interessante pensar as semelhanças e as diferenças do comportamento humano frente ao imprevisível, que mata. Oportuno também assistir nesses tempos de discussão sobre gênero. Oportuno sempre por ser um Almodóvar em tons de vermelho marcante, um cinema que não passa despercebido, mesmo que seja, no final, uma (grande) homenagem à sua mãe, ao teatro, às atrizes, a todas as formas de ser e estar mulher. Me dei conta que talvez este tenha sido o filme em que vi Penélope Cruz pela primeira vez. Assistido em 25/03/2020.
Comparação, em certa medida injusta, eu sei, porque apesar de tratarem do mesmo tema, um está mais para a comédia, é leve no olhar e atitudes dos protagonistas, antes do final, um tanto trágico (o que é comum em ambas as películas), e outro é um drama, denso no olhar, nos gestos contidos da protagonista. Também porque as esposas têm, no final da vida conjugal, sentimentos opostos quanto ao papel que se propuseram/aceitaram desempenhar na vida de seus maridos, embora ambas tenham em comum a mesma atitude de permanecer à sombra do carisma e poder de sedução de seus conjugês, para preserva-lhes a memória de suas glórias conquistadas em vida, convictas, em seus anonimatos, que só a elas pertence a construção, literal, do sucesso deles. Em comum a ambas as esposas é dado, ao fim, enfim, a liberdade do amor sem sacrificios.
Destaque para as atuações do casal protagonista. Confesso que amo uma mulher: Glenn Close.
No mais, o filme faz pensar sobre temas bastante em voga: cultura do machismo e feminismo; mas já falei demais, não sou ativista, tenho opiniões e convicções, algumas bem contundentes, que me reservo o direito de calar, porque a hora é de contemplar meus pensamentos sobre o que assisti.
Terei que assistir de novo para fazer valer meus sentimentos/sensações/emoções/percepções frente ao convencional. Por isso ainda não darei estrelas. Não significa que não tenha gostado. Preciso elaborar as informações. É obra de arte para se ver com paciência e muita atenção. É preciso mesmo senti-la. Anoto a sempre magistral interpretação da Juliette Binoche. Visto em 17/03/2020
Eu amo, sou fã de carteirinha da Juliette Binoche, o que me fez pensar que assistiria a qualquer filme dela, independente de todo o resto. O resto. no caso dessa película, que é o filme todo, e que não consegui ver completo (e olha que tenho o hábito de não sair antes do final de qq obra visual, artistica, literária...por educação), não me segurou, me irritou eu diria, em que pese a sempre impecável atuação da Binoche. Estou acostumada a alguns filmes franceses que têm um ritmo mais lento, mais profundo... Gosto disso. Hoje não. Pode ser que o meu ritmo, hoje, não conseguiu desacelerar, parar. Sei lá. Não gostei. Me sinto um bocado injusta em dar uma estrela só para 1/3 assistido do filme,que considero visto pq de onde parei, não tenho vontade de avançar. Nunca se sabe, vai que em outro momento...mais voltada para dentro...dentro de um mundo de relações amorosas que não é mais o meu...paradoxalmente um momento de olhar ao redor, ao lado, para algum presente e futuro, que já foi meu no passado. 12/03/2020
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraAssisti pela ótima crítica da Isabela Boscov no youtube. Há anos deixei de ver faroestes. Achei estar cansada do "gênero". Ela não erra nunca e tem uma leitura certeira, humana do filme e dos personagens, para além dos esteriótipo que eu tinha do gênero, mesmo que atualizado.
Um Ano em Nova York
3.4 29Doce. Delicado. Leve. Carismático. Bonito. Nostálgico. Idealista. Precisava de emoções vindas desses lugares.
A Verdade
3.2 29 Assista AgoraO fato de as 3 mulheres - mãe, filha, neta - se destacarem é porque o filme é sobre elas. A força da interpretação dos demais está em não aparecer. Todos são excelentes num filme excelente que tem o propósito de refletir sobre verdades, interpretação da verdade e mentiras o que nem sempre é claro nas relações...e na memória individual.
Judy: Muito Além do Arco-Íris
3.4 356Quando você chora copiosamente ao assistir a um filme, não há como falar, não há o que falar. É lindo porque é de uma tristeza arrebatadora.
É um filme para apenas sentir.Tudo o mais é irrelevante.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraQuando um filme nos propõem densas reflexões, o melhor a fazer é tê-las introspectivamente, longe do mundo que não vê as camadas por trás da "superficialidade" dos fatos e da técnica/arte de os contar.
Sem mais, filmaço!
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraIndependentemente do q acho desse filme especifico, eu nunca vi tanto especialista de audiovisual, roteiro....nesta plataforma. Plot twist, fotografia, efeitos, atuação...Para mim em qq filme/série faço uma imersão na história contada, ás vezes p me entreter e todas as vezes p viajar em sensações, emoções, sentimentos, pensamentos...e, sei lá, eu tenho um p**a respeito pelo trabalho de quem se aventura contar uma história, na forma e no conteúdo. A não ser que seja extremamente mal feito, extremamente medíocre.
A essa altura da minha vida pouca coisa deixou de ser clichê e previsível, não considero um demérito na ficção e na tal realidade.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraAinda bem que me deixei guiar pela critica da Isabela Boscov em seu canal do Youtube. Difícil ela errar comigo. Mais uma vez fecho com ela. Gostei do filme por entender ao que ele se propõem. O curioso é que o que me motivou a dar uma chance à pelicula foi justamente a curiosidade (trocadilho proposital) depois de ler em uma rede social tantas manifestações de ódio e desprezo pelo filme.
Corpus Christi
3.9 92 Assista AgoraConheço mais de uma comunidade pequena extremamente religiosa. Fundamentalistas religiosos. O resultado é atemporal e universal: moralismo e hipocrisia. Consequências de um ideal impossível de humanizar. O filme é um retrato fiel desse cenário/ambiente. No mais, e sobretudo, é sobre perdão e sua órbita, de um extremo a outro, da condenação à absolvição.
O Escândalo
3.6 460 Assista AgoraOuvi falar muito do filme. Talvez por isso esperasse mais. Da história contada. A história real, com certeza, choca. E a minha emoção parou aí. O filme convence, mais pelas boas atuações, mas não arrebata.
Fortuna pelos Canos
3.4 6 Assista AgoraÉ meu primeiro indiano. A impressão foi boa! Me diverti!
Visto em 05/06/2020
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraNaturalmente você acaba esperando por uma redenção, que não vem. Então, você percebe que esse é o clichê ficcional, e que, na tal vida real não são todos que conseguem superar uma tragédia pessoal. Cada um com seu motivo, ou motivos. O desfecho jamais é o mesmo para todos. Embora, no final, aquele sorriso pode ser traduzido como o prenúncio de uma possível leveza futura na convivência com a juventude do sobrinho.
Você pensa que o climax do filme é a revelação do motivo da apatia presente em contraponto com a alegria passada. Aí vem outro, igualmente dramático:o dialogo de Lee com a ex Randi depois de se encontrarem por acaso.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraDemorei para assistir porque, por tudo que eu li, sabia que era um filme triste. Mas, não há momento certo para não chorar, para não se emocionar vendo este filme. São raras as produções que contam tão bem a tristeza profunda, o arrastar dos dias e da vida num cotidiano normal...para os outros.
Impactada!
Visto em 31/05/2020 - 29.314 mortes oficias por Covid-19 no Brasil.
O Reencontro
3.7 25 Assista AgoraSão muitas as reflexões. Para mim, sintetizando muito, é sobre ciclos e a importância de bem fechá-los.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraEu demoro para ver filmes, séries muito famosos porque tendo a pensar em superestimação. Não é, mesmo, o caso. Excelente filme sobre a tão propalada, com razão, desigualdade social, só que em uma cultura totalmente diferente, o que já é um ganho a mais para quem vê daqui, do outro lado do globo.
Nada a acrescentar às infinitas análises já feitas, a não ser , um insigth muito particular:
Recentemente, eu assisti a comédia com pitadas de drama, "7 dias sem fim" (em inglês, bem melhor: "This where I leave you"). A certa altura, dramas superados, o personagem, classe média média americana (média alta daqui onde eu habito) de Jason Bateman diz à personagem de Rose Byrne :"Sempre persegui a ideia que eu tinha de uma vida perfeita e a vida não é perfeita. Não deve ser perfeita. Ela deve ser imprevisível, irracional e complicada. Eu quero uma vida complicada...". Uma deixa para a liberdade de poder ser quem se é, fazer o que se quer, porque sempre haverá um porto seguro para voltar.
Em "Parasita", drama com pitadas de humor que constrange, dramas impossíveis de serem superados, o Pai diz ao Filho: " Você sabe que tipo de plano nunca falha? Nenhum plano consegue. Nenhum. Você sabe o por quê? Se você faz um plano, a vida nunca funciona como você espera. Sem plano nada pode dar errado." "E...se alguma coisa vier a sair do controle isso não importará." Uma deixa para a resignação de ser quem se é, ou está, sem direito a fazer o que se quer, sem poder voltar pra casa. Casa?
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615 Assista AgoraBem oportuno o diálogo entre Martha e John sobre o perigo do mundo fora do confinamento em tempos de guerra. E do novo normal depois da guerra (acho que está parte é por conta da minha imaginação). Na sequência, vai ficando explicito o perigo que é estar confinada ao tédio, com um sedutor pretexto para o vencer. No jogo da sedução pode não haver "culpados", a não ser quando há traição e aqui ambos os lados, sedutores e seduzidos, traem.
Visto em 26/04/2020
Nada a Esconder
3.6 473 Assista AgoraGostei mais da versão espanhola, talvez por ter visto primeiro. O fator surpresa é importante, para mim, pq tendo a apreciar em primeiro o enredo, embora avalie o conjunto da obra. Funcionou como um vale a pena ver de novo.
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraGrande Almodóvar (Alma dovar)! Grande Banderas! Juntos os dois fazem um excelente cinema espanhol. Amadurecidos e com um olhar melancólico para um passado branco feliz a partir de um presente com um colorido vibrante, majoritariamente vermelho, doído, fazem uma obra-prima! Estava pronta para denunciar o que poderia ser um erro (grave) de continuidade, mas, antes, logo ali, no fim, fui traída pelo brilhantismo do diretor. Perfeito!
Mar Adentro
4.2 607Filmes espanhóis e Javier Bardem sempre valem a pena, ou pelo menos merecem a chance de serem vistos. Neste o ator é simplesmente excepcional. A história centrada no protagonista também é extraordinária...e faz pensar...muito. É sempre atual pensar a morte, mas, tendo eu visto agora, em tempos em que ela (a morte) tem se mostrado assustadoramente próxima para a população mundial (Covid-19) teve um impacto muito maior do que só o questionamento e a polêmica em torno do suicídio assistido. Se bem que seja comum extrapolar as reflexões que um filme propõem, trazendo-as para a nossa realidade. Não dei a nota máxima por conta de alguns escorregões sensacionalistas. Mas, chorei...de ficar com os olhos doendo. Então, no fim o filme cumpre a sua função de emocionar.
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraEu demoro para assistir filmes que ficam famosos, que são sucesso de critica, ás vezes de público. Não tem como não ler algo sobre. E aí, me sinto saturada de informação e isso abrevia a emoção do impacto. Demorei para ver esse, mas a marca estava lá e junto a expectativa que sempre é muito alta. Em que pese o peso da denúncia, confesso, que como filme, enquanto obra da sétima arte, não conseguiu me fisgar. A história é sem dúvida extremamente triste e revoltante e, é sempre impactante para quem a revive na tela e, de certo, para os que estão longe da realidade mostrada, que é a de todos os países que tem pobres, embora a pobreza de uns seja maior que a de outros, para muitos há uma camada mais abaixo, a miséria, ainda mais desassistida. Sempre é bom lembrar, que não é só o Estado que desassiste os que considera fora da sociedade do desempenho, e, portanto, descartáveis. É uma cultura, desde sempre, e, infelizmente, ainda predominante. Eu sei. Apontar dedos, ficar indignado e não fazer nada para mudar essa cultura é contribuir para o aumento do limbo social.
Um Ato de Esperança
3.3 59 Assista AgoraEu achei estranho a baixa pontuação. Atino que seja porque, apesar de o filme ser bem fechado, com começo, meio e fim (com uma espécie de moral da história, o que fez com que eu não desse a nota máxima) a sensação que fica é que há muito em suspenso.
OU. O titulo em português destoa um bocado do conteúdo e proposta do filme enganando o público, aos que atrai decepciona, e aos que não atrai poderia causar impressão diferente.
Eu gostei muito porque me fez pensar. De tudo que vou refletir na ressaca pós-filme, o que me vem à mente agora é que não podemos tirar as certezas de alguém e não preencher o vazio que deixamos. Isso é especialmente cruel para com quem precisa dessas certezas, busca essas certezas com angústia e fervor, porque as infinitas dúvidas aprisionam. Lá pra frente vamos descobrir, só alguns de nós, que não há uma única resposta e que está tudo bem, pode-se viver com essa verdade. O problema é que para muitos de nós essa verdade incomoda mais do que a ilusão de uma verdade, que tanto pode ser de ordem espiritual, moral, ética ou codificada em leis, normas, regras, convenções.... ou o contrário de tudo isso...ou no fim o que nos parece certo. E isso vale para os dois personagens principais. Lugar comum dizer que o mestre mais aprende do que ensina.
Visto em 27/03/2020
PS: A elegância de uma atriz brilhante.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraHoje assisti pela segunda vez. Não faço ideia de quando foi a primeira vez que vi. Na verdade, não tinha certeza se já tinha visto, embora desde saber de sua existência cinematográfica, me considere uma grande fã de Almodóvar (o que poderia ser indicio de ter visto, se não tudo, muito do trabalho dele). Na cena do teatro, após a peça, na busca pelo autógrafo, me dei conta que, de fato, tinha assistido. Poucas outras cenas corroboram minhas lembranças de toda a história. Ah a memória! Não, não é pena, foi maravilhoso assistir como se fosse a primeira vez, com um olhar mais maduro. E, como foi bom, e oportuno, olhar para trás e me recordar dos primeiros tempos, difíceis, dos portadores do vírus da Aids. Há muito com o que comparar com este momento em que vivemos a pandemia do virus da Covid-19. Uma boa reflexão para toda a gente que está vivenciando, pela segunda vez, o medo de uma doença nova. É interessante pensar as semelhanças e as diferenças do comportamento humano frente ao imprevisível, que mata. Oportuno também assistir nesses tempos de discussão sobre gênero. Oportuno sempre por ser um Almodóvar em tons de vermelho marcante, um cinema que não passa despercebido, mesmo que seja, no final, uma (grande) homenagem à sua mãe, ao teatro, às atrizes, a todas as formas de ser e estar mulher.
Me dei conta que talvez este tenha sido o filme em que vi Penélope Cruz pela primeira vez.
Assistido em 25/03/2020.
A Esposa
3.8 557 Assista AgoraNão tem como não comparar com "Monsieur e Madame Adelman", que por sinal vi há pouco tempo e favoritei. Que coincidência! Apenas aconteceu.
Comparação, em certa medida injusta, eu sei, porque apesar de tratarem do mesmo tema, um está mais para a comédia, é leve no olhar e atitudes dos protagonistas, antes do final, um tanto trágico (o que é comum em ambas as películas), e outro é um drama, denso no olhar, nos gestos contidos da protagonista. Também porque as esposas têm, no final da vida conjugal, sentimentos opostos quanto ao papel que se propuseram/aceitaram desempenhar na vida de seus maridos, embora ambas tenham em comum a mesma atitude de permanecer à sombra do carisma e poder de sedução de seus conjugês, para preserva-lhes a memória de suas glórias conquistadas em vida, convictas, em seus anonimatos, que só a elas pertence a construção, literal, do sucesso deles. Em comum a ambas as esposas é dado, ao fim, enfim, a liberdade do amor sem sacrificios.
Destaque para as atuações do casal protagonista. Confesso que amo uma mulher: Glenn Close.
No mais, o filme faz pensar sobre temas bastante em voga: cultura do machismo e feminismo; mas já falei demais, não sou ativista, tenho opiniões e convicções, algumas bem contundentes, que me reservo o direito de calar, porque a hora é de contemplar meus pensamentos sobre o que assisti.
Visto em 24/02/2020
Cópia Fiel
3.9 452 Assista AgoraTerei que assistir de novo para fazer valer meus sentimentos/sensações/emoções/percepções frente ao convencional. Por isso ainda não darei estrelas. Não significa que não tenha gostado. Preciso elaborar as informações. É obra de arte para se ver com paciência e muita atenção. É preciso mesmo senti-la. Anoto a sempre magistral interpretação da Juliette Binoche.
Visto em 17/03/2020
Deixe a Luz do Sol Entrar
3.0 76Eu amo, sou fã de carteirinha da Juliette Binoche, o que me fez pensar que assistiria a qualquer filme dela, independente de todo o resto. O resto. no caso dessa película, que é o filme todo, e que não consegui ver completo (e olha que tenho o hábito de não sair antes do final de qq obra visual, artistica, literária...por educação), não me segurou, me irritou eu diria, em que pese a sempre impecável atuação da Binoche. Estou acostumada a alguns filmes franceses que têm um ritmo mais lento, mais profundo... Gosto disso. Hoje não. Pode ser que o meu ritmo, hoje, não conseguiu desacelerar, parar. Sei lá. Não gostei. Me sinto um bocado injusta em dar uma estrela só para 1/3 assistido do filme,que considero visto pq de onde parei, não tenho vontade de avançar. Nunca se sabe, vai que em outro momento...mais voltada para dentro...dentro de um mundo de relações amorosas que não é mais o meu...paradoxalmente um momento de olhar ao redor, ao lado, para algum presente e futuro, que já foi meu no passado.
12/03/2020