Ana Carolina Lima

Fazia tempo que eu não chorava depois de um filme. Que eu não sentia aquele calor no coração. Tô chorando agora feito criança e eu não sei nem porquê. É que assistir o Domingos sempre me toca, mas dessa vez tocou ainda mais por ser um filme tão sincero quanto eu imagino que a alma dele era. Não só pelo Domingos, mas por uma realidade tão bonita que eu quero acreditar que ainda existe. Os detalhes de uma relação, o que a gente abre mão pelo outro tão inconscientemente que parece que a gente era assim o tempo todo, e nem era. O solzinho da tarde pode aquecer de um outro canto do mundo e a sutileza do afeto pelo solzinho que a gente tava acostumado em outro momento permanece e existe sempre quando relembramos. Quanta doçura, quanto amor! Um dos filmes mais delicados que eu já vi. Fala de amor, do tempo, do que já não é o que era mas mesmo assim nunca vai deixar de ser. Feliz por ter assistido e espero rever ainda muitas vezes.