não é um bom documentário. falta um fio narrativo - por que precisamos dessa história? o documentário ensaia tentar falar sobre transtorno bipolar (spoiler: não fala), sobre a experiência pessoal de uma pessoa no olho e julgamento público (spoiler: não fala e ainda foge da raia das maiores polêmicas da vida da cantora), sobre saúde mental (spoiler: não fala). o que o documentário oferece é um retrato de uma mulher que ainda adolesce. ela não sabe bem quem é, sofre terrivelmente com o fardo de ter que trabalhar na indústria da música, busca um escapismo num suposto trabalho filantrópico. selena, como uma pessoa racializada nos estados unidos, deveria ter uma maior sensibilidade em como esse anseio filantropo acaba soando como um complexo de salvador branco. se não ela, que parece ser extremamente alienada de qualquer contato com a realidade (desligando celular, ensaiando uma vida simples ao revisitar sua cidade natal, sendo ríspida com entrevistadores), pelo menos sua equipe de relações públicas, que montou e coordenou esse documentário. não sou fã, mas tinha uma simpatia por ela antes de assistir (talvez pelo bom trabalho de construção de imagem que ela tinha passado). agora, ela só me parece uma pessoa mimada, que nunca aprendeu a lidar com a vida que tem e quer dar uma falsa impressão de transparência enquanto deixa muita coisa velada. e eu sinto muito pelas amigas dela - tanto a loira, cuja profissão parece ser aturar os surtos da selena, quanto a que doou o rim e passou batida e ignorada na vida da cantora depois de perder sua utilidade.
pra não dizer que só critiquei, os momentos em que ela é mais humana são os momentos em que ela padece com dor. isso me comoveu como uma pessoa que também tem transtorno de dor crônica. mas... só.
O ruim não é pessoas terem opiniões negativas sobre filmes. O ruim é quando alguém lê uma crítica especializada e só reproduz isso. É um ótimo filme sobre uma nuance, uma ficcionalização de uma figura pública. Não é um documentário. Não há uma crítica verdadeira sobre a condução da direção, roteiro, ritmo, nada. É só a reprodução de que "não deveria ter sido assim". Nem todo filme é uma experiência de conforto. Queria que o filme da Judy Garland tivesse sido mais assim. *lembrete de saída: se sua experiência como mulher não foi repleta de sentimentos conflitantes e violências, não desconsidere uma representação como essa como um exagero. É uma vida mais comum que você imagina.
Péssima montagem. Não tem por que fazer time jump a cada cena. Perdeu a oportunidade de mostrar importantes acontecimentos ao invés de "contar" em diálogos. Sem falar um monte de cenas que não agregam nada à montagem do filme
É um presente para os fãs do Bowie, antes de mais nada. Não espere um documentário formal, com depoimentos e o tecimento de uma narrativa cronológica sobre Bowie.
Começamos pelo fim, com o céu estrelado mais lindo que você vai ver na vida em uma tela gigantesca. Ele é o prenúncio do fim e de que vamos sim ouvir Blackstar no final.
O filme é uma montagem extremamente artística em seu próprio mérito e com certeza inaugura uma nova era na produção documental - ele traduz a essência de Bowie em formato audiovisual. Temos colagens de filmagens, filmes, shows, artes, animações em ritmo frenético. Transitamos por Ziggy, Aladin, Thin White Duke e por todas as fases, anseios e lições que Bowie pode transmitir. Ele te amarra e te joga pra dentro da tela. Constrói um cenário visual impecável na tela ao som dos maiores sucessos dele. Coisas que parecem com os devaneios internos de um artista, pingos de tinta responsivos, estrelas, órbitas, luas. O filme te gira, gira, gira sem parar. Aí te bota sentado e toca nas feridas mais subjetivas e comuns do ser humano. Com certeza tá entre as coisas mais lindas que já vi no cinema, tanto visual quanto afetivamente.
Filme de americano pra americano. Lançado em 2008, ele foi superestimado talvez pelo retrogosto estadunidense da guerra no Iraque e como isso afetou os seus. Os iraquianos não são pessoas, dignas de nome ou história. São pano de fundo, como explosões, balas e helicópteros. O filme se passa todo no Iraque, mas não sabemos ao certo onde estamos, como são as ruas, qual é a vida que existe (ou resiste) ali. Muita cena vazia, lacuna, testosterona. Me impressiona que tenha sido uma mulher que dirigiu esse filme, porque a dimensão é totalmente masculina de uma forma que até os filmes mais estereotipadamente masculinos conseguem fugir. Tem pontos altos, como a construção de cenas dramáticas, desarmamento de bombas, quando soldados da resistência iraquiana morrem em confronto. Mas é um filme que glorifica o terrorismo dos americanos e britânicos que passaram pelo Iraque, destruíram um país inteiro, executaram sumariamente e provocaram uma guerra civil no país. Não dá pra borbulhar muita simpatia, nem os personagens tem uma densidade e contradição interessante o suficiente pra pensar que "puxa, se esse aí morrer eu ficaria triste". Perda de tempo.
Pruma dieta balanceada, é azedume. Esquisito, descontínuo, abusado e muito tongue-in-cheek. Não dá pra abstrair uma lição de moral, nem seguir uma jornada do heroi. Quem vive consumindo o mesmo formato de arte não consegue apreciar, porque o formato é diferente demais. Pra quem se aventura por novos (ou velhos) sabores, é um prato cheio. Um filme experimental, que sedimentou novos fazeres no cinema. Aqui, numa perspectiva história, vamos ter um material que trás novos olhares sobre o que é ser uma jovem mulher eslava. Menos performance, mais autenticidade, no meio de uma performance de autenticidade. Paradoxal. Tem muito psicodelismo dos anos 60 nessa mistura. Uma experiência deliciosa.
fotografia soberba. acho que todo filme deveria se propor a contar uma história visualmente como esse. as melhores sequências do filme são simplesmente os diálogos, o pavor existencial. angela é sedutora pra além de uma aura sexual. o seu estilo faire rien dá vontade de respirar também. é bom em alguns momentos, em outros parece que o recado que o diretor que passar se perde na tradução. é válido de assistir.
hummmmmmmmm. tem uma roupagem que pretende ser profunda, mas o filme fica muito raso. muitas oportunidades perdidas no roteiro, que poderia ter sido verdadeiramente instigante, mas fica só com aquele sabor de blockbuster no fim. a aura obscura fica somente na estética.
na luz do nolan, o filme foi extremamente obscuro. a pureza subvertida, o mau injustificado. no entanto, esse filme não explora os seus personagens. todo mundo é monodimensional. não há conflito. até a maldita da mulher gato tem pouca nuance, quando ela é pra ser a personagem que caminha nessa linha de anti-heroína.
o filme começa bem, prometendo uma melancolia e uma misantropia. a cena da moto ao som de something in the way é gostosa demais, é como alimentar aquele monstro obscuro que todo mundo carrega na sua alma. mas acaba aí.
O filme é o puro sentimentalismo de um homem velho, querendo redefinir-se numa era em que ser macho não é mais a masculinidade que lhe cabe. Começa intrigante. Uma criança desaparecida, um ar de mistério, briga de galo num México pintado com os tons de amarelo e ciano saturados. Mas logo o filme dá espaço para uma jornada de autodescobrimento, autodefinição e de como dois desconhecidos podem formar laços dentro das lacunas familiares que possuem. O adeus à criança no filme é a sensação de que, por mais que surjam pupilos em nossas vidas (e talvez façamos por eles mais que seus próprios pais), não compete a nós a vida deles. O retorno para dançar mais uma vez com a bela estrangeira é a promessa de que, mesmo na velhice, a solidão não precisa ser eterna pra quem tem alma bela. Meio sessão da tarde, no melhor sentido possível.
Não é dos melhores não. Acho que quase todo mundo que gosta de cinema, principalmente produções antigas, ver mais um protagonista-escritor-roteirista-alma-atormentada já dá um cansaço antes de começar. Com perdão dos historicistas, mas o que têm de bom nesse filme é só um buraco na fechadura de como a arte ditava a cultura 70 anos atrás. Mulheres não têm uma história que as motive a fazer algo nem conseguem ocupar um protagonismo diante de um filme que aborda a relação de um casal. O homem explosivo, agressivo e potencialmente homicida é colocado sob olhares compadecidos. O filme é bem conduzido em colocar o espectador no mesmo lugar que Laurel — testemunha da inocência, mas ainda assim duvidando da inocência de Dix por seu caráter torto. Mas falta algo, uma essência, um melhor desenvolvimento da personagem da Laurel e dos outros ao redor deles. Existem personagens que não se fazem necessários à trama e poderiam ter dado mais espaço para desenvolver as figuras dos investigadores e da esposa de um deles, que fica amiga da protagonista. O romance dos dois não convence e o ritmo do início do filme é apurado demais. A atração do desconhecido vira no trocar de uma cena, um romance que parece estabelecido há um longo tempo, o que faz o espectador imaginar um pulo de pelo menos quatro meses, quando foi de no máximo quatro dias. Em pouquíssimas semanas, os dois noivam, sem qualquer cena que convença o que um vê no outro. As cenas que deveriam criar um romantismo são tão genéricas e fugazes que fica no ar o por quê deles. É válido pra quem quer ter o repertório de mais um filme noir do Bogart.
Puts, é ruim. Três razões: personagens, motivo, continuidade. A premissa é excelente e a dinâmica da Sandra Bullock com a Cate Blanchet é deliciosa. O filme tem um passo acelerado, como seus precessores, mas acaba pulando cenas que seriam essenciais pro filme ser coeso. Antes de mais nada, não há uma empatia do público com os personagens como há em Ocean's Eleven, por exemplo. Com onze personagens a direção conseguiu se desdobrar em falar de cada um, dar um background e uma motivação sólida de pra que cada um tava ali e o que cada um tiraria disso. Nesta versão, nem sequer o nome de todas as personagens fica claro, muito menos sua motivação. Em resumo - nenhuma delas é um personagem bem construído, onde nós temos razões fortes pra acreditar que eles estariam dispostas a arriscar sua liberdade, vida familiar, seus trambiques em curso e todo o resto pra confiar em uma mulher que acabou de sair da cadeia. Não dá pra entender bem o que a Lou e a Tammy fazem, a Constance e a Amita existem pra preencher cota de diversidade porquem não dignificam elas sequer com uma história e uma razão (ainda que seja uma razão mequetrefe, tipo a Tammy de dona de casa entediada ou a Daphne por ser solitária). Em quesito construção de personagem, somente a Rose têm razão suficiente pra se enfiar nessa. Ser parente de um personagem de um filme com mais de 15 anos de estreia, principalmente prum público que nunca teve contato com a obra de 2006 ou de 1960 é fraco e bobo, apesar da performance da Bullock ser muito carismática. E, claro, a continuidade. Existem coisas no filme que não fazem sentido e fazer de conta que fariam, só pro filme manter seu passo, é bobo. Ninguém passa por nenhum perigo iminente de ser descoberto, o único contratempo é o fecho do colar (que ao ser trocado, milagrosamente já têm o fecho magnético recém descoberto). Enfim. Cansa só de inumerar e olha que tem mais. Mas pra quem quer ver um filme com, digamos, a mãe num domingo à tarde, é bem válido. Bobinho, com essa energia de feminilidade tóxica que a gente adora e um ritmo que não entedia. 1h40 de filme que passam voando.
eu me lembro de ter 16 anos e estar tocando esse filme na casa duns amigos en passant enquanto a gente conversava e de uma cena ter tocado e ter ficado todo mundo quieto, enojado. eu senti nojo de mim mesma, do meu próprio corpo. engraçado como só diz que não tem nada demais quem é homem, mas todas as mulheres praticamente apontam esse filme como sendo de péssimo gosto. faz dez anos que eu vi esse filme e eu nunca esqueci a sensação de nojo que ele me provocou, muito pior que filmes que se propõem a serem chocantes e nojentos. o verdadeiro nojo é a realidade de como mulher ainda é objeto na cabeça dos homens.
acho que o maior feito desse filme foi ter me dado um trauma terrível quando eu tinha cinco anos de idade. passei um ano inteiro chorando de terror do jason e não podia ficar sozinha.
Até os Ossos
3.3 260 Assista Agoraserá que o armie hammer vai assistir
A Menina e o Ovo de Anjo
4.0 125lindo e cruel
Selena Gomez: Minha Mente & Eu
3.8 57não é um bom documentário.
falta um fio narrativo - por que precisamos dessa história? o documentário ensaia tentar falar sobre transtorno bipolar (spoiler: não fala), sobre a experiência pessoal de uma pessoa no olho e julgamento público (spoiler: não fala e ainda foge da raia das maiores polêmicas da vida da cantora), sobre saúde mental (spoiler: não fala). o que o documentário oferece é um retrato de uma mulher que ainda adolesce. ela não sabe bem quem é, sofre terrivelmente com o fardo de ter que trabalhar na indústria da música, busca um escapismo num suposto trabalho filantrópico. selena, como uma pessoa racializada nos estados unidos, deveria ter uma maior sensibilidade em como esse anseio filantropo acaba soando como um complexo de salvador branco. se não ela, que parece ser extremamente alienada de qualquer contato com a realidade (desligando celular, ensaiando uma vida simples ao revisitar sua cidade natal, sendo ríspida com entrevistadores), pelo menos sua equipe de relações públicas, que montou e coordenou esse documentário.
não sou fã, mas tinha uma simpatia por ela antes de assistir (talvez pelo bom trabalho de construção de imagem que ela tinha passado). agora, ela só me parece uma pessoa mimada, que nunca aprendeu a lidar com a vida que tem e quer dar uma falsa impressão de transparência enquanto deixa muita coisa velada. e eu sinto muito pelas amigas dela - tanto a loira, cuja profissão parece ser aturar os surtos da selena, quanto a que doou o rim e passou batida e ignorada na vida da cantora depois de perder sua utilidade.
pra não dizer que só critiquei, os momentos em que ela é mais humana são os momentos em que ela padece com dor. isso me comoveu como uma pessoa que também tem transtorno de dor crônica. mas... só.
Blonde
2.6 443 Assista AgoraO ruim não é pessoas terem opiniões negativas sobre filmes. O ruim é quando alguém lê uma crítica especializada e só reproduz isso. É um ótimo filme sobre uma nuance, uma ficcionalização de uma figura pública. Não é um documentário. Não há uma crítica verdadeira sobre a condução da direção, roteiro, ritmo, nada. É só a reprodução de que "não deveria ter sido assim". Nem todo filme é uma experiência de conforto. Queria que o filme da Judy Garland tivesse sido mais assim.
*lembrete de saída: se sua experiência como mulher não foi repleta de sentimentos conflitantes e violências, não desconsidere uma representação como essa como um exagero. É uma vida mais comum que você imagina.
400 Contra 1: Uma História do Crime Organizado
2.9 312Péssima montagem. Não tem por que fazer time jump a cada cena.
Perdeu a oportunidade de mostrar importantes acontecimentos ao invés de "contar" em diálogos. Sem falar um monte de cenas que não agregam nada à montagem do filme
Moonage Daydream
4.2 69 Assista AgoraÉ um presente para os fãs do Bowie, antes de mais nada. Não espere um documentário formal, com depoimentos e o tecimento de uma narrativa cronológica sobre Bowie.
Começamos pelo fim, com o céu estrelado mais lindo que você vai ver na vida em uma tela gigantesca. Ele é o prenúncio do fim e de que vamos sim ouvir Blackstar no final.
O filme é uma montagem extremamente artística em seu próprio mérito e com certeza inaugura uma nova era na produção documental - ele traduz a essência de Bowie em formato audiovisual. Temos colagens de filmagens, filmes, shows, artes, animações em ritmo frenético. Transitamos por Ziggy, Aladin, Thin White Duke e por todas as fases, anseios e lições que Bowie pode transmitir.
Ele te amarra e te joga pra dentro da tela. Constrói um cenário visual impecável na tela ao som dos maiores sucessos dele. Coisas que parecem com os devaneios internos de um artista, pingos de tinta responsivos, estrelas, órbitas, luas. O filme te gira, gira, gira sem parar. Aí te bota sentado e toca nas feridas mais subjetivas e comuns do ser humano.
Com certeza tá entre as coisas mais lindas que já vi no cinema, tanto visual quanto afetivamente.
Guerra ao Terror
3.5 1,4K Assista AgoraFilme de americano pra americano. Lançado em 2008, ele foi superestimado talvez pelo retrogosto estadunidense da guerra no Iraque e como isso afetou os seus. Os iraquianos não são pessoas, dignas de nome ou história. São pano de fundo, como explosões, balas e helicópteros. O filme se passa todo no Iraque, mas não sabemos ao certo onde estamos, como são as ruas, qual é a vida que existe (ou resiste) ali. Muita cena vazia, lacuna, testosterona. Me impressiona que tenha sido uma mulher que dirigiu esse filme, porque a dimensão é totalmente masculina de uma forma que até os filmes mais estereotipadamente masculinos conseguem fugir.
Tem pontos altos, como a construção de cenas dramáticas, desarmamento de bombas, quando soldados da resistência iraquiana morrem em confronto. Mas é um filme que glorifica o terrorismo dos americanos e britânicos que passaram pelo Iraque, destruíram um país inteiro, executaram sumariamente e provocaram uma guerra civil no país. Não dá pra borbulhar muita simpatia, nem os personagens tem uma densidade e contradição interessante o suficiente pra pensar que "puxa, se esse aí morrer eu ficaria triste".
Perda de tempo.
As Pequenas Margaridas
4.2 267 Assista AgoraPruma dieta balanceada, é azedume. Esquisito, descontínuo, abusado e muito tongue-in-cheek. Não dá pra abstrair uma lição de moral, nem seguir uma jornada do heroi. Quem vive consumindo o mesmo formato de arte não consegue apreciar, porque o formato é diferente demais.
Pra quem se aventura por novos (ou velhos) sabores, é um prato cheio. Um filme experimental, que sedimentou novos fazeres no cinema. Aqui, numa perspectiva história, vamos ter um material que trás novos olhares sobre o que é ser uma jovem mulher eslava. Menos performance, mais autenticidade, no meio de uma performance de autenticidade. Paradoxal. Tem muito psicodelismo dos anos 60 nessa mistura. Uma experiência deliciosa.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista Agoraobviously, you've never been a young woman with mommy issues
O Homem do Norte
3.7 935 Assista Agoraolha, que filme. até as partes meio melodramáticas. uau.
Angel-A
3.7 141 Assista Agorafotografia soberba. acho que todo filme deveria se propor a contar uma história visualmente como esse. as melhores sequências do filme são simplesmente os diálogos, o pavor existencial. angela é sedutora pra além de uma aura sexual. o seu estilo faire rien dá vontade de respirar também.
é bom em alguns momentos, em outros parece que o recado que o diretor que passar se perde na tradução. é válido de assistir.
Batman
4.0 1,9K Assista Agorahummmmmmmmm. tem uma roupagem que pretende ser profunda, mas o filme fica muito raso. muitas oportunidades perdidas no roteiro, que poderia ter sido verdadeiramente instigante, mas fica só com aquele sabor de blockbuster no fim. a aura obscura fica somente na estética.
na luz do nolan, o filme foi extremamente obscuro. a pureza subvertida, o mau injustificado. no entanto, esse filme não explora os seus personagens. todo mundo é monodimensional. não há conflito. até a maldita da mulher gato tem pouca nuance, quando ela é pra ser a personagem que caminha nessa linha de anti-heroína.
o filme começa bem, prometendo uma melancolia e uma misantropia. a cena da moto ao som de something in the way é gostosa demais, é como alimentar aquele monstro obscuro que todo mundo carrega na sua alma. mas acaba aí.
Cry Macho: O Caminho para Redenção
3.0 178 Assista AgoraO filme é o puro sentimentalismo de um homem velho, querendo redefinir-se numa era em que ser macho não é mais a masculinidade que lhe cabe.
Começa intrigante. Uma criança desaparecida, um ar de mistério, briga de galo num México pintado com os tons de amarelo e ciano saturados. Mas logo o filme dá espaço para uma jornada de autodescobrimento, autodefinição e de como dois desconhecidos podem formar laços dentro das lacunas familiares que possuem.
O adeus à criança no filme é a sensação de que, por mais que surjam pupilos em nossas vidas (e talvez façamos por eles mais que seus próprios pais), não compete a nós a vida deles. O retorno para dançar mais uma vez com a bela estrangeira é a promessa de que, mesmo na velhice, a solidão não precisa ser eterna pra quem tem alma bela.
Meio sessão da tarde, no melhor sentido possível.
No Silêncio da Noite
4.1 79 Assista AgoraNão é dos melhores não.
Acho que quase todo mundo que gosta de cinema, principalmente produções antigas, ver mais um protagonista-escritor-roteirista-alma-atormentada já dá um cansaço antes de começar. Com perdão dos historicistas, mas o que têm de bom nesse filme é só um buraco na fechadura de como a arte ditava a cultura 70 anos atrás. Mulheres não têm uma história que as motive a fazer algo nem conseguem ocupar um protagonismo diante de um filme que aborda a relação de um casal. O homem explosivo, agressivo e potencialmente homicida é colocado sob olhares compadecidos.
O filme é bem conduzido em colocar o espectador no mesmo lugar que Laurel — testemunha da inocência, mas ainda assim duvidando da inocência de Dix por seu caráter torto. Mas falta algo, uma essência, um melhor desenvolvimento da personagem da Laurel e dos outros ao redor deles. Existem personagens que não se fazem necessários à trama e poderiam ter dado mais espaço para desenvolver as figuras dos investigadores e da esposa de um deles, que fica amiga da protagonista.
O romance dos dois não convence e o ritmo do início do filme é apurado demais. A atração do desconhecido vira no trocar de uma cena, um romance que parece estabelecido há um longo tempo, o que faz o espectador imaginar um pulo de pelo menos quatro meses, quando foi de no máximo quatro dias. Em pouquíssimas semanas, os dois noivam, sem qualquer cena que convença o que um vê no outro. As cenas que deveriam criar um romantismo são tão genéricas e fugazes que fica no ar o por quê deles.
É válido pra quem quer ter o repertório de mais um filme noir do Bogart.
Oito Mulheres e um Segredo
3.6 1,1K Assista AgoraPuts, é ruim.
Três razões: personagens, motivo, continuidade.
A premissa é excelente e a dinâmica da Sandra Bullock com a Cate Blanchet é deliciosa. O filme tem um passo acelerado, como seus precessores, mas acaba pulando cenas que seriam essenciais pro filme ser coeso.
Antes de mais nada, não há uma empatia do público com os personagens como há em Ocean's Eleven, por exemplo. Com onze personagens a direção conseguiu se desdobrar em falar de cada um, dar um background e uma motivação sólida de pra que cada um tava ali e o que cada um tiraria disso. Nesta versão, nem sequer o nome de todas as personagens fica claro, muito menos sua motivação. Em resumo - nenhuma delas é um personagem bem construído, onde nós temos razões fortes pra acreditar que eles estariam dispostas a arriscar sua liberdade, vida familiar, seus trambiques em curso e todo o resto pra confiar em uma mulher que acabou de sair da cadeia. Não dá pra entender bem o que a Lou e a Tammy fazem, a Constance e a Amita existem pra preencher cota de diversidade porquem não dignificam elas sequer com uma história e uma razão (ainda que seja uma razão mequetrefe, tipo a Tammy de dona de casa entediada ou a Daphne por ser solitária). Em quesito construção de personagem, somente a Rose têm razão suficiente pra se enfiar nessa. Ser parente de um personagem de um filme com mais de 15 anos de estreia, principalmente prum público que nunca teve contato com a obra de 2006 ou de 1960 é fraco e bobo, apesar da performance da Bullock ser muito carismática.
E, claro, a continuidade. Existem coisas no filme que não fazem sentido e fazer de conta que fariam, só pro filme manter seu passo, é bobo. Ninguém passa por nenhum perigo iminente de ser descoberto, o único contratempo é o fecho do colar (que ao ser trocado, milagrosamente já têm o fecho magnético recém descoberto). Enfim. Cansa só de inumerar e olha que tem mais.
Mas pra quem quer ver um filme com, digamos, a mãe num domingo à tarde, é bem válido. Bobinho, com essa energia de feminilidade tóxica que a gente adora e um ritmo que não entedia. 1h40 de filme que passam voando.
E Aí... Comeu?
2.6 1,6Keu me lembro de ter 16 anos e estar tocando esse filme na casa duns amigos en passant enquanto a gente conversava e de uma cena ter tocado e ter ficado todo mundo quieto, enojado. eu senti nojo de mim mesma, do meu próprio corpo. engraçado como só diz que não tem nada demais quem é homem, mas todas as mulheres praticamente apontam esse filme como sendo de péssimo gosto. faz dez anos que eu vi esse filme e eu nunca esqueci a sensação de nojo que ele me provocou, muito pior que filmes que se propõem a serem chocantes e nojentos. o verdadeiro nojo é a realidade de como mulher ainda é objeto na cabeça dos homens.
Sob as Cerejeiras em Flor
4.1 11Que filme perfeito ahahah
A Última Noite de Boris Grushenko
4.0 218 Assista Agorapoxa esse é um dos melhores do allen
Jason X
1.8 626acho que o maior feito desse filme foi ter me dado um trauma terrível quando eu tinha cinco anos de idade. passei um ano inteiro chorando de terror do jason e não podia ficar sozinha.
Acquaria
1.9 344 Assista Agoraantes de dune houve acquaria #respectsandyandjunior
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista Agoratenho um medo da cara do al pacino por causa desse filme
O Pacto dos Lobos
3.4 227Um dos meus favoritos. Adieux, Gaspard!
Hermanoteu na Terra de Godah - O Filme
3.1 46Marcius Melhem no elenco? Poxa :/
Cópias: De Volta à Vida
2.5 284 Assista Agoraa premissa é boa, a direção e preparação de elenco é péssima. doloroso suportar esse filme.