Tinha um certo pé atrás porque essa adaptação é muito ovacionada pelos fãs mais puristas - e chatos - da Jane Austen, mas me surpreendi em ver que neste caso, ela tem méritos próprios e dá uma continuidade tão natural ao estilo narrativo e de diálogo da autora que não pude deixar de pensar que se trata de um caso em que a adaptação supera o original, de forma geral. As atuações são excelentes, os figurinos são ótimos, o roteiro é maravilhoso e com a exceção da cabeça do Darcy voando - coisa da teledramaturgia dos anos 90, creio -, não há nada de realmente negativo para comentar. É um deleite; a sátira é um deleite, a química entre os protagonistas é um deleite, os diálogos são um deleite. Eu realmente amei.
PS:Alguém me explica o apelo da cena da roupa molhada, por favor. É sério: eu não entendo como esse momento fincou raizes tão profundas no imaginário feminino
Amargo, frustrante e cruel. Os personagens, seus objetivos, molas propulsoras se entrelaçam tanto que me deixa até zonza: todos eles estão no fio da navalha, consumidos por alguma mágoa. Há um pouco de exceção nisso tudo
, o Pildo, que morre de supimpa nesse drama em que a hesitação não tem vez: é matar ou morrer. Simplesmente não há espaço para medidas mais cândidas nessa selva
e ainda assim não completamente, pois para chafurdar na loucura é necessário apenas um passo. Os idôneos traem, os brutos amam, os inocentes pagam e a protagonista consegue transitar em meio a todos esses estados - porque é pedir demais para um ser humano se manter assim por muito tempo, principalmente nesse mar de sangue. A Seo Ji Woo é um furacão e a contrapartida dela é igualmente feroz. Há quem se desaponte pelo fato do romance não ter tido tanto carisma, mas entendam: o relacionamento dela com o MuJin é o cerne, a verve da série. Não há NADA aqui se possa se igualar, em muitos termos. Muito do drama se desenrola através do que um vê de si no outro, como um protege o outro e como eles se espelham e precisam um do outro, pro bem e pro mal.
Cbega a dar uma angústia na cena final, porque não imagino o quão pesado deve ser tirar a vida da pessoa que, de muitas maneiras, fez você se tornar o que é. No final, é como se ela perdesse todas as referências
No fim, o círculo está completo. E é acre como o fel.
Essa última temporada conseguiu ser, em letras garrafais, tudo que a série dificilmente foi: medíocre, moralista, mal escrita e monótona. A mão de Amy Sherman Paladino fez uma falta danada. PS: Logan, meu filho... O que fizeram contigo? Que arco preguiçoso e barato
A personagem da Kate Winslet é muito mais do que o principal fio condutor: ela é realmente o centro de tudo. Quando você começa a pensar que o que está em jogo é a resolução dos crimes, a série te lembra que ela é o prin cipal mistério, aquele que vai sendo desvendado até o último instante. Ríspida, bruta e calejada, a Mare seduz pelo distanciamento, pelo pragmatismo cheio de afeto e o ar insondável que vai sendo desconstruído a medida que ela vai descobrindo pistas, conversando com testemunhas, dando todo o seu sangue para o trabalho e em tudo que as pessoas insinuam sobre ela, igualmente intrigados ou repelidos. Grande persongem, performance que carrega uma vida inteira; uma Kate Winslet novata não teria feito com tanto êxito, mas essa mulher vivida aqui causa até espanto. Inesquecível.
Uma ótima série sobre segredos, cadáveres no armário e o que as pessoas são capazes de fazer para proteger as ilusões que lhes são mais caras.
Um legítimo e real ( trocadilho péssimo) soco no estômago. Dois anos se passaram e ainda sinto meus cabelos meio grisalhos depois da exaustão emocional que foi acompanhar a vida de merda e todo o desperdício de energia, afeto; ainda fico triste por tudo que foi em vão. Trilha sonora de uma melancolia que rasga a alma. Casa de véu e grinalda com o tom do drama.
PS:Ignorem as incoerências, os gatos, os efeitos e foquem nas personagens. Elas são a joia da coroa aqui.
Orgulho e Preconceito
4.5 249Tinha um certo pé atrás porque essa adaptação é muito ovacionada pelos fãs mais puristas - e chatos - da Jane Austen, mas me surpreendi em ver que neste caso, ela tem méritos próprios e dá uma continuidade tão natural ao estilo narrativo e de diálogo da autora que não pude deixar de pensar que se trata de um caso em que a adaptação supera o original, de forma geral. As atuações são excelentes, os figurinos são ótimos, o roteiro é maravilhoso e com a exceção da cabeça do Darcy voando - coisa da teledramaturgia dos anos 90, creio -, não há nada de realmente negativo para comentar. É um deleite; a sátira é um deleite, a química entre os protagonistas é um deleite, os diálogos são um deleite. Eu realmente amei.
PS:Alguém me explica o apelo da cena da roupa molhada, por favor. É sério: eu não entendo como esse momento fincou raizes tão profundas no imaginário feminino
My Name
4.1 105 Assista AgoraAmargo, frustrante e cruel. Os personagens, seus objetivos, molas propulsoras se entrelaçam tanto que me deixa até zonza: todos eles estão no fio da navalha, consumidos por alguma mágoa. Há um pouco de exceção nisso tudo
, o Pildo, que morre de supimpa nesse drama em que a hesitação não tem vez: é matar ou morrer. Simplesmente não há espaço para medidas mais cândidas nessa selva
Os idôneos traem, os brutos amam, os inocentes pagam e a protagonista consegue transitar em meio a todos esses estados - porque é pedir demais para um ser humano se manter assim por muito tempo, principalmente nesse mar de sangue. A Seo Ji Woo é um furacão e a contrapartida dela é igualmente feroz.
Há quem se desaponte pelo fato do romance não ter tido tanto carisma, mas entendam: o relacionamento dela com o MuJin é o cerne, a verve da série. Não há NADA aqui se possa se igualar, em muitos termos. Muito do drama se desenrola através do que um vê de si no outro, como um protege o outro e como eles se espelham e precisam um do outro, pro bem e pro mal.
Cbega a dar uma angústia na cena final, porque não imagino o quão pesado deve ser tirar a vida da pessoa que, de muitas maneiras, fez você se tornar o que é. No final, é como se ela perdesse todas as referências
Gilmore Girls: Tal Mãe, Tal Filha (7ª Temporada)
4.3 266 Assista AgoraEssa última temporada conseguiu ser, em letras garrafais, tudo que a série dificilmente foi: medíocre, moralista, mal escrita e monótona. A mão de Amy Sherman Paladino fez uma falta danada.
PS: Logan, meu filho... O que fizeram contigo? Que arco preguiçoso e barato
Mare of Easttown
4.4 655 Assista AgoraA personagem da Kate Winslet é muito mais do que o principal fio condutor: ela é realmente o centro de tudo.
Quando você começa a pensar que o que está em jogo é a resolução dos crimes, a série te lembra que ela é o prin
cipal mistério, aquele que vai sendo desvendado até o último instante. Ríspida, bruta e calejada, a Mare seduz pelo distanciamento, pelo pragmatismo cheio de afeto e o ar insondável que vai sendo desconstruído a medida que ela vai descobrindo pistas, conversando com testemunhas, dando todo o seu sangue para o trabalho e
em tudo que as pessoas insinuam sobre ela, igualmente intrigados ou repelidos. Grande persongem, performance que carrega uma vida inteira; uma Kate Winslet novata não teria feito com tanto êxito, mas essa mulher vivida aqui causa até espanto. Inesquecível.
Uma ótima série sobre segredos, cadáveres no armário e o que as pessoas são capazes de fazer para proteger as ilusões que lhes são mais caras.
Imperatrizes no Palácio
4.5 6Um legítimo e real ( trocadilho péssimo) soco no estômago. Dois anos se passaram e ainda sinto meus cabelos meio grisalhos depois da exaustão emocional que foi acompanhar a vida de merda e todo o desperdício de energia, afeto; ainda fico triste por tudo que foi em vão.
Trilha sonora de uma melancolia que rasga a alma. Casa de véu e grinalda com o tom do drama.
PS:Ignorem as incoerências, os gatos, os efeitos e foquem nas personagens. Elas são a joia da coroa aqui.
Deep Love
3.6 6Visceral
Fairy Tail (Arco 7: Oracion Seis)
4.2 11 Assista AgoraJellal....
Fairy Tail (Arco 6: Laxus)
4.2 14 Assista AgoraP.E.R.F.E.I.T.O