É uma tarefa difícil avaliar uma série por apenas 8 episódios, mas 'Hello Ladies' tem seus momentos divertidos quando o Stephen Merchant está em cena (que basicamente é a única coisa digna de nota). Porém, a repetitividade é marcante e satura muito rápido, notadamente em relação aos coadjuvantes, que estão sempre envolvidos nas mesmas situações e, sinceramente, não agregam muito à "história".
Em questão de enredo, enquanto os coadjuvantes poderiam ter tido uma evolução um pouco mais acelerada para não serem unidimensionais, o precoce encontro do Stuart com a Kimberly tirou muito da imaginação da audiência, já que ela foi apresentada como a musa inspiradora intangível. A propósito, a principal crítica envolve justamente a mesma, pois
o arco de redenção do protagonista no episódio final ao perder a oportunidade da vida para ir consolar a Jessica, além de clichê, foi de encontro à sua personalidade. Teria sido mais interessante se ele tive seu desejo satisfeito e constatado que não era tudo aquilo que imaginava.
Enfim, poderia ter tido mais uma ou no máximo duas temporadas apenas para explorar alguns pontos, mas ainda resta o filme homônimo para dar um desfecho minimamente bom à ideia do próprio Merchant.
Considerando os desafios lógicos de adaptação de um dos animes mais extravagantes já criados, é nítido o sucesso do live-action de One Piece.
Houve respeito aos materiais originais, a trama foi bem compassada, os efeitos especiais e maquiagem atenderam às expectativas (dadas as devidas proporções) e, acima de tudo, o elenco é simplesmente perfeito. Ver os personagens sendo tão bem interpretados, com realces de suas características individuais e atenção aos detalhes, é um sonho de qualquer fã, e para mim quem mais brilhou foi o Mackenyu Arata como Zoro.
O ponto negativo e bastante relevante da série são as lutas. Algumas mal coreografadas, outras mal feitas (especialmente quando envolvem o Luffy, restando claro que os produtores ainda não sabem como trabalhar seus poderes) e, no geral, foram muito encurtadas. Independentemente se foi por causa de limitações financeiras e/ou técnicas, a Netflix precisa corrigir isso com urgência porque faz parte do desenvolvimento dos próprios protagonistas e só tende a ficar mais complexo à medida que outros personagens mais exóticos forem introduzidos.
Enfim, não sei quais os planos futuros mas, diante do imenso tamanho da obra e a idade relativamente avançada dos atores (com exceção do Iñaki Godoy), o ideal é que cada temporada seja lançada em até 18 meses, sempre aprimorando a qualidade na medida do possível.
O início de Succession se resume em ser caótico e intrigante.
Cada personagem tem suas próprias particularidades e agendas que, por óbvio, acabam se interligando a todo momento por causa dos negócios da família Roy, sendo o patriarca Logan o grande ponto positivo, já que basicamente tudo gira em torno de seu status e o Brian Cox está excelente na atuação.
Ainda é um pouco cedo para fazer projeções com tantas tentativas de "golpes" diferentes apenas na primeira temporada, mas dá para notar o direcionamento que os roteiristas estão propondo para a série com esse final previsível.
Mais uma temporada em que 'This is Us' se consolida como uma das melhores séries já criadas. A narrativa é praticamente impecável, dessa vez focando nos defeitos e escolhas futuras dos personagens, acrescentando outras camadas dramáticas à história da família Pearson.
Em relação ao elenco, a Susan Kelechi Watson se sobressaiu com uma atuação poderosa e desafiadora, considerando a complexidade entre os dilemas pessoais e profissionais da Beth. Por outro lado, o Kevin carece de amadurecimento e parece ser o único personagem que o rumo ainda está nebuloso.
A obra já dava sinais de alguns desgastes, especialmente em termos de recorrência de brigas e situações facilmente resolvíveis por diálogos, mas felizmente a qualidade permanece, inclusive em termos de direção em cada um dos episódios.
'Vikings' me conquistou desde o início pela sua qualidade e especial atenção aos detalhes, sendo notório o empenho do Michael Hirst na construção fidedigna da mitologia nórdica sob um viés mais introspectivo dos mais variados personagens, cada qual com espaço para apresentar suas características particulares.
Para o bem e para o mal a série foi significantemente afetada pela grandiosidade do Ragnar e pela esplêndida atuação do Travis Fimmel, por isso teve algumas dificuldades quando da exploração do legado do célebre líder viking, embora tenha sido interessante acompanhar a jornada antagônica de Bjorn Ironside (Alexander Ludwig) e Ivar (Alex Høgh Andersen) e a tentativa de mostrar um lado mais voltado para as interações pacíficas e comerciais inter-povos.
A 6ª temporada manteve a consistência apesar das incertezas sobre o futuro da produção, mas o belo desfecho poético ficou um pouco aquém das expectativas por causa das tramas desconexas e de certo modo "vazias". Em geral, sobressairão as boas memórias da obra como um todo.
Uma das coisas mais importantes que aprendi assistindo a Doramas é que as produções coreanas gastam bastante tempo explorando o "jogo da conquista" e os entraves para que os protagonistas fiquem juntos, o que demanda muita paciência dos telespectadores, mas algo que 'Goblin', assim como 'Crash Landing on You' e 'Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo', ensina é a necessidade de se ter um bom elenco, personagens cativantes e uma trama minimamente interessante para não saturar a audiência.
Essa é uma série muito gostosa de se assistir, com conexões bem trabalhadas e história bem desenvolvida, mas a Kim Go Eun merece especiais aplausos pela atuação carismática e emocionante, já que a Ji Eun Tak tem várias nuances comportamentais. Sem ter muito a dizer sobre a excelente qualidade gráfica e sonora de 'Goblin', apenas me cabe apontar o incômodo com as lamentações exacerbadas e a falta de uma maior sensação de perigo, seja pelo vilão esquecível ou pela aparente não urgência na retirada da espada do Kim Shin. Vale a pena, com toda a certeza.
Temporada sólida, com interligações precisas que contribuíram para um interessante desenrolar da história, a qual inseriu um contexto não tão distante da atual realidade da Venezuela. O elenco "latino-americano" foi bem escalado, sem transparecer uma genericidade característica das produções estrangeiras, e o John Krasinski continua entregando o esperado. Por outro lado, Jack Ryan se distanciou um pouco da vibe realista e investigativa, partindo para ação desenfreada (que lembra bastante a franquia Bourne) e repleta de facilitadores, especialmente no último episódio. Espero que a série consiga se reinventar para não cair no ostracismo.
Intensidade define! Uzui se provou um dos Hashiras mais interessantes e o Zenitsu, em sua versão combatente, brilhou nos momentos certos. A dinâmica entre Tanjiro/Nezuko e Daki/Gyutaro foi emocionante, mais uma aula do Gotōge em como abordar seus personagens e "humanizar" os vilões, sem esquecer do desenvolvimento dos protagonistas.
Ufotable mais uma vez demonstrando ser o melhor estúdio de animação atualmente: design de basicamente tudo, principalmente das lutas (e aqui inclusa também a direção), é impecável.
'The Last of Us' é seguramente um dos melhores jogos já feitos e ter um excelente material base, com o selo de qualidade da HBO, resultou em uma temporada primorosa do começo ao fim. A produção correspondeu às expectativas dos fãs em todos os sentidos e pouco há que se falar quanto à excelente narrativa, que é o destaque da franquia e pôde ser ampliada a personagens secundários devido ao formato de mídia, enriquecendo ainda mais a obra.
Tem todo o potencial para entrar no Top 10 de séries, a depender de como vão eventualmente seguir a história a partir da parte III (ou IV) sem o respectivo jogo.
Analisando friamente a série, um ponto positivo é a objetividade, indo do ponto A ao B sem se estender ou apresentar cenas desnecessárias em excesso. Tom Hiddleston está, como sempre, plenamente confortável no papel de Loki, e o elenco de apoio é apenas aceitável. Por outro lado, enquanto a trilha sonora é maravilhosa, o CGI é bastante inconsistente em praticamente todos os episódios, menos no último.
É um pouco estranho ver que a jornada do vilão do primeiro 'Avengers' se tornou, de certo modo, uma redenção de um quase anti-herói, mas que faz sentido dentro do contexto do MCU após 'Rangarok' e 'Infinity War'. A propósito, dentre as séries que a Marvel lançou, esta é essencial de ser assistida, considerando o impacto que Kang terá na fase 4, mas mesmo isoladamente tem sua qualidade.
'Space Force' é aquela série divertidinha que te proporciona algumas risadas aqui e acolá, mas não é cativante o suficiente para criar uma fã base relevante, e a própria ideia em si aparenta que irá se saturar em breve.
O ponto forte da obra é a interação entre os personagens da base, com muito destaque para o Adrian Mallory, interpretado por John Malkovich, e, apesar de o Steve Carell atuar bem e ser efetivamente o protagonista, a qualidade da série decai bastante quando foca na vida familiar do General Naird, em uma fraca tentativa de dar um ar mais dramático.
Manter a altíssima qualidade em uma série que desde o princípio se mostrou excelente é um feito e tanto, mérito total da sintonia entre os produtores, diretores e elenco. Introdução muito interessante do Soldier Boy e da trama relacionada à equipe Payback, agora é esperar para ver como será a abordagem do Ryan e da queda dos Seven.
* Herogasm nem foi tudo isso ** Hughie já está ficando bem chatinho *** Impossível decidir quem é o melhor entre Antony Starr e Karl Urban
Milo Ventimiglia se provou como uma das escolhas mais perfeitas para um papel na história da televisão, e sua química com a Mandy Moore é tão surreal que nem aparenta ser atuação. A dinâmica entre as fases da vida dos Pearson's continua excelente, demonstrando que os produtores/diretores têm completo controle sobre a narrativa e os personagens, e ainda que o formato dos episódios dê sinais de repetitividade, a qualidade da obra não foi afetada. Na torcida para que a versão adulta dos irmãos continue em evolução e que os respectivos núcleos familiares sejam mais explorados individualmente.
Poucas vezes vi uma obra tão discrepante em seus aspectos essenciais. De um lado, os aspectos relacionados à Kamala Khan são perfeitos: história, raízes, cultura, parentes e amigos, vibe adolescente e de fan girl etc.; Do outro, os aspectos que envolvem a heroína Ms. Marvel, com exceção do lindíssimo uniforme, são terríveis e rasos, desde os Clandestinos, a equipe do Damage Control e até mesmo a Red Dagger, assim como o CGI preguiçoso das lutas e movimentações.
A equipe de roteiristas cumpriu muito bem seu papel do início ao fim e ainda alterou os poderes da Ms. Marvel de forma bastante plausível e satisfatória em relação às HQ's, mas a equipe de diretores claramente não estava na mesma sintonia.
Aguardar para que em 'The Marvels' e nos filmes subsequentes seja mantida a construção da personagem em sua série solo.
Série perfeita! Os personagens são incríveis e repleto de nuances, o roteiro e a narrativa são muito bem estruturados, e o que falar dos detalhes de cada cena e os diálogos? Dispensam comentários... Uma obra capaz de gerar diferentes emoções e reflexões em todos os episódios, contando com um dos melhores elencos e produtores que já vi.
Possivelmente a melhor troca de elenco já realizada na história da televisão. As adições de Olivia Colman (Elizabeth II), Jason Watkins (Harold Wilson) e Josh O'Connor (Charles) foram impecáveis, mas todo o núcleo principal conseguiu manter as características de seus personagens e ainda dar aos mesmos um ar de maturidade/sobriedade.
A série poderia ter tido um pouco mais de intensidade em alguns momentos, e a ausência dos olhos claros causou um pouco de estranheza por serem tão marcantes, mas a qualidade da produção continuou primorosa e Peter Morgan, como sempre, mostrou seu jeito especial de contar e distribuir a história da realeza britânica de modo a exaltar toda a Coroa, e não somente a Rainha.
Que minissérie gostosa e confortante de assistir, com um roteiro super leve, elenco bem encaixadinho e deslumbrante fotografia. A trilha sonora por si só já é espetacular, perfeita para uma tarde chuvosa de outono.
Sempre terei um carinho imenso por Suits, não só por ser da área jurídica, mas também pela incontestável qualidade de elenco, narrativa, produção, diálogos, trilha sonora, história, personagens e fotografia. Com o tempo, era inevitável se tornar previsível (problema > discussões exacerbadas > solução miraculosa > ameaças para conseguir acordos), mas ainda assim os roteiristas fizeram um impressionante direcionamento até a 7ª temporada, quando, infelizmente, a série não conseguiu mais se sustentar com a nova formação dos "name partners" e as saídas de Mike e Rachel, gerando uma desconexão que talvez só pudesse ser suprida se a 8ª temporada fosse o desfecho com a sociedade Specter Litt.
A 9ª temporada deixa um sentimento amargo, com episódios sem brilho, uma antagonista desproporcionalmente poderosa e um final bastante decepcionante, apenas o breve retorno do Patrick J. Adams me fez abrir um sorriso. Uma pena que o Louis nunca teve a evolução que merecia e foi usado majoritariamente como alívio cômico.
Levemente decepcionante. Nos primeiros 9 episódios a história fica dando voltas em si mesma, sem nenhuma evolução de enredo ou dos próprios personagens, se tornando entediante devido à repetitividade das locações e das cenas. A partir de então, a trama mostra todo seu potencial e termina de forma esplêndida.
Por outro lado, a produção é impecável, a temática psiquiátrica é muito interessante e o elenco é carismático, com destaque para a brilhante atuação de Oh Jung Se como Moon Sang Tae, umas das melhores que já vi em relação a um personagem autista. Kim Chang Wan também gerou momentos reflexivos e divertidos.
* Se tivesse metade da duração, 'It's Okay to Not Be Okay' teria sido praticamente perfeita.
Pura obra de arte. League of Legends tem tantos núcleos diferentes que parecia uma missão impossível adaptar qualquer um deles de forma coesa, mas as equipes de roteiristas e produção artística fizeram um trabalho brilhante. A maturidade da trama e o desenvolvimento dos personagens certamente foram os pontos altos da série, e embora eu particularmente preferisse a arte das cinemáticas, esse estilo mais descolado combinou muitíssimo bem.
Restou a certeza de que o potencial de Arcane é inimaginável, aguardo ansiosamente pela inserção de Demacia, Noxus, Ionia e Freljord.
De longe uma das melhores séries dos últimos anos, abordando temáticas/discussões importantes, atuais e inclusivas. Eventualmente precisa haver um amadurecimento dos personagens e a fuga da fórmula de diretores antagonistas + falta de diálogo entre casais, mas, por enquanto, o planejamento da produção se encaixou na corajosa proposta da obra. A direção de cada um dos episódios foi impecável e a 3ª. temporada, embora tenha repetido o ciclo das anteriores, conseguiu se expandir levemente.
A única crítica (e confesso que não sei distinguir se é baseada em experiências pessoais ou análise propriamente dita dos personagens) é que o roteiro se apoiou demais em traições. Por óbvio que elas ocorrem no cotidiano, mas o núcleo principal (Otis, Maeve e Eric) ter essa característica em comum não me agrada. Nem todo desfecho de relacionamento é assim, como bem demonstrado pela Aimee. No aguardo pelo último ano de "Moordale".
* Tive bastante empatia pela Ruby, é difícil ser uma pessoa reservada, confiar aos poucos em alguém e ser descartada por sentimentos não resolvidos. A Mimi Keene é uma atriz promissora e merece mais destaque pela evolução que teve.
Uma minissérie pé no chão e divertida, exatamente como deveria ser, afinal, estamos falando do encontro de uma jovem com seu ídolo Vingador. De imediato é possível perceber que a Hailee Steinfeld tem muito potencial no MCU, e será interessante acompanhar o amadurecimento da Kate Bishop e seu aproveitamento nos futuros filmes, esperando, claro, que lhe seja atribuída uma carga dramática maior.
Não obstante, ou a equipe de dublês era bem fraca, ou as coreografias foram muito mal ensaiadas, demonstrando uma discrepância mesmo com as outras obras da Disney+. Sequer parecia que havia um perigo real para os protagonistas com esses capangas palermas... A propósito, o retorno do Vincent D'Onofrio foi ampla e devidamente mente comemorado pelos fãs, mas deveriam torná-lo mais forte fisicamente como nas HQ's, além de mais poderoso na área criminal.
Concordo com os comentários acerca da luta final. Apesar de a Bishop saber artes marciais, não souberam equilibrar sua resistência, então de modo algum ela poderia ter apanhado tanto do Kingpin e ainda assim vencê-lo. O caminho é focar mais na sua sua inteligência e habilidades com o arco e flecha, evitando ser uma simples cópia do Hawkeye.
É bastante satisfatório ver a Coreia do Sul exportando sua cultura depois de anos importando/incorporando elementos ocidentais e 'Squid Game' supera as expectativas ao apresentar uma temática violenta, mas combinada com pequenas doses de humor e drama. Acredito que a produção deva estar muito orgulhosa pela qualidade da série, especialmente o talentosíssimo elenco, que possui uma incrível sinergia e trouxe à tona personagens cativantes e memoráveis. Ademais, a crítica social fala por si mesma e foi bem trabalhada ao longo dos episódios.
* Que a 2ª. temporada seja, no mínimo, do mesmo nível. O público certamente agradecerá.
Quatro temporadas depois e a qualidade de produção técnica e do elenco continuam impecáveis, é muito prazeroso ver como as atuações desenrolam o roteiro brilhantemente (desnecessário comentar sobre os notáveis diálogos e reviravoltas). A história ganhou contornos ainda mais dramáticos envoltos nas brigas paralelas de poder entre Bobby vs Taylor e Chuck vs Jock/Bryan, mas o final foi interessantíssimo e deixou um ótimo cliffhanger para a sequência, especialmente agora que os personagens estão em seus limites mentais e morais. Obra-prima do Showtime.
Hello Ladies (1ª Temporada)
3.7 17É uma tarefa difícil avaliar uma série por apenas 8 episódios, mas 'Hello Ladies' tem seus momentos divertidos quando o Stephen Merchant está em cena (que basicamente é a única coisa digna de nota). Porém, a repetitividade é marcante e satura muito rápido, notadamente em relação aos coadjuvantes, que estão sempre envolvidos nas mesmas situações e, sinceramente, não agregam muito à "história".
Em questão de enredo, enquanto os coadjuvantes poderiam ter tido uma evolução um pouco mais acelerada para não serem unidimensionais, o precoce encontro do Stuart com a Kimberly tirou muito da imaginação da audiência, já que ela foi apresentada como a musa inspiradora intangível. A propósito, a principal crítica envolve justamente a mesma, pois
o arco de redenção do protagonista no episódio final ao perder a oportunidade da vida para ir consolar a Jessica, além de clichê, foi de encontro à sua personalidade. Teria sido mais interessante se ele tive seu desejo satisfeito e constatado que não era tudo aquilo que imaginava.
Enfim, poderia ter tido mais uma ou no máximo duas temporadas apenas para explorar alguns pontos, mas ainda resta o filme homônimo para dar um desfecho minimamente bom à ideia do próprio Merchant.
One Piece: A Série (1ª Temporada)
4.2 265 Assista AgoraConsiderando os desafios lógicos de adaptação de um dos animes mais extravagantes já criados, é nítido o sucesso do live-action de One Piece.
Houve respeito aos materiais originais, a trama foi bem compassada, os efeitos especiais e maquiagem atenderam às expectativas (dadas as devidas proporções) e, acima de tudo, o elenco é simplesmente perfeito. Ver os personagens sendo tão bem interpretados, com realces de suas características individuais e atenção aos detalhes, é um sonho de qualquer fã, e para mim quem mais brilhou foi o Mackenyu Arata como Zoro.
O ponto negativo e bastante relevante da série são as lutas. Algumas mal coreografadas, outras mal feitas (especialmente quando envolvem o Luffy, restando claro que os produtores ainda não sabem como trabalhar seus poderes) e, no geral, foram muito encurtadas. Independentemente se foi por causa de limitações financeiras e/ou técnicas, a Netflix precisa corrigir isso com urgência porque faz parte do desenvolvimento dos próprios protagonistas e só tende a ficar mais complexo à medida que outros personagens mais exóticos forem introduzidos.
Enfim, não sei quais os planos futuros mas, diante do imenso tamanho da obra e a idade relativamente avançada dos atores (com exceção do Iñaki Godoy), o ideal é que cada temporada seja lançada em até 18 meses, sempre aprimorando a qualidade na medida do possível.
Succession (1ª Temporada)
4.2 261O início de Succession se resume em ser caótico e intrigante.
Cada personagem tem suas próprias particularidades e agendas que, por óbvio, acabam se interligando a todo momento por causa dos negócios da família Roy, sendo o patriarca Logan o grande ponto positivo, já que basicamente tudo gira em torno de seu status e o Brian Cox está excelente na atuação.
Ainda é um pouco cedo para fazer projeções com tantas tentativas de "golpes" diferentes apenas na primeira temporada, mas dá para notar o direcionamento que os roteiristas estão propondo para a série com esse final previsível.
This Is Us (3ª Temporada)
4.5 261 Assista AgoraMais uma temporada em que 'This is Us' se consolida como uma das melhores séries já criadas. A narrativa é praticamente impecável, dessa vez focando nos defeitos e escolhas futuras dos personagens, acrescentando outras camadas dramáticas à história da família Pearson.
Em relação ao elenco, a Susan Kelechi Watson se sobressaiu com uma atuação poderosa e desafiadora, considerando a complexidade entre os dilemas pessoais e profissionais da Beth. Por outro lado, o Kevin carece de amadurecimento e parece ser o único personagem que o rumo ainda está nebuloso.
A obra já dava sinais de alguns desgastes, especialmente em termos de recorrência de brigas e situações facilmente resolvíveis por diálogos, mas felizmente a qualidade permanece, inclusive em termos de direção em cada um dos episódios.
Vikings (6ª Temporada)
3.7 257 Assista Agora'Vikings' me conquistou desde o início pela sua qualidade e especial atenção aos detalhes, sendo notório o empenho do Michael Hirst na construção fidedigna da mitologia nórdica sob um viés mais introspectivo dos mais variados personagens, cada qual com espaço para apresentar suas características particulares.
Para o bem e para o mal a série foi significantemente afetada pela grandiosidade do Ragnar e pela esplêndida atuação do Travis Fimmel, por isso teve algumas dificuldades quando da exploração do legado do célebre líder viking, embora tenha sido interessante acompanhar a jornada antagônica de Bjorn Ironside (Alexander Ludwig) e Ivar (Alex Høgh Andersen) e a tentativa de mostrar um lado mais voltado para as interações pacíficas e comerciais inter-povos.
A 6ª temporada manteve a consistência apesar das incertezas sobre o futuro da produção, mas o belo desfecho poético ficou um pouco aquém das expectativas por causa das tramas desconexas e de certo modo "vazias". Em geral, sobressairão as boas memórias da obra como um todo.
Goblin
4.6 179Uma das coisas mais importantes que aprendi assistindo a Doramas é que as produções coreanas gastam bastante tempo explorando o "jogo da conquista" e os entraves para que os protagonistas fiquem juntos, o que demanda muita paciência dos telespectadores, mas algo que 'Goblin', assim como 'Crash Landing on You' e 'Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo', ensina é a necessidade de se ter um bom elenco, personagens cativantes e uma trama minimamente interessante para não saturar a audiência.
Essa é uma série muito gostosa de se assistir, com conexões bem trabalhadas e história bem desenvolvida, mas a Kim Go Eun merece especiais aplausos pela atuação carismática e emocionante, já que a Ji Eun Tak tem várias nuances comportamentais. Sem ter muito a dizer sobre a excelente qualidade gráfica e sonora de 'Goblin', apenas me cabe apontar o incômodo com as lamentações exacerbadas e a falta de uma maior sensação de perigo, seja pelo vilão esquecível ou pela aparente não urgência na retirada da espada do Kim Shin. Vale a pena, com toda a certeza.
Jack Ryan (2ª Temporada)
3.7 77Temporada sólida, com interligações precisas que contribuíram para um interessante desenrolar da história, a qual inseriu um contexto não tão distante da atual realidade da Venezuela. O elenco "latino-americano" foi bem escalado, sem transparecer uma genericidade característica das produções estrangeiras, e o John Krasinski continua entregando o esperado. Por outro lado, Jack Ryan se distanciou um pouco da vibe realista e investigativa, partindo para ação desenfreada (que lembra bastante a franquia Bourne) e repleta de facilitadores, especialmente no último episódio. Espero que a série consiga se reinventar para não cair no ostracismo.
Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba (2ª Temporada)
4.4 94Intensidade define! Uzui se provou um dos Hashiras mais interessantes e o Zenitsu, em sua versão combatente, brilhou nos momentos certos. A dinâmica entre Tanjiro/Nezuko e Daki/Gyutaro foi emocionante, mais uma aula do Gotōge em como abordar seus personagens e "humanizar" os vilões, sem esquecer do desenvolvimento dos protagonistas.
Ufotable mais uma vez demonstrando ser o melhor estúdio de animação atualmente: design de basicamente tudo, principalmente das lutas (e aqui inclusa também a direção), é impecável.
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista Agora'The Last of Us' é seguramente um dos melhores jogos já feitos e ter um excelente material base, com o selo de qualidade da HBO, resultou em uma temporada primorosa do começo ao fim. A produção correspondeu às expectativas dos fãs em todos os sentidos e pouco há que se falar quanto à excelente narrativa, que é o destaque da franquia e pôde ser ampliada a personagens secundários devido ao formato de mídia, enriquecendo ainda mais a obra.
Tem todo o potencial para entrar no Top 10 de séries, a depender de como vão eventualmente seguir a história a partir da parte III (ou IV) sem o respectivo jogo.
Loki (1ª Temporada)
4.0 490 Assista AgoraAnalisando friamente a série, um ponto positivo é a objetividade, indo do ponto A ao B sem se estender ou apresentar cenas desnecessárias em excesso. Tom Hiddleston está, como sempre, plenamente confortável no papel de Loki, e o elenco de apoio é apenas aceitável. Por outro lado, enquanto a trilha sonora é maravilhosa, o CGI é bastante inconsistente em praticamente todos os episódios, menos no último.
É um pouco estranho ver que a jornada do vilão do primeiro 'Avengers' se tornou, de certo modo, uma redenção de um quase anti-herói, mas que faz sentido dentro do contexto do MCU após 'Rangarok' e 'Infinity War'. A propósito, dentre as séries que a Marvel lançou, esta é essencial de ser assistida, considerando o impacto que Kang terá na fase 4, mas mesmo isoladamente tem sua qualidade.
Space Force (1ª Temporada)
3.2 124 Assista Agora'Space Force' é aquela série divertidinha que te proporciona algumas risadas aqui e acolá, mas não é cativante o suficiente para criar uma fã base relevante, e a própria ideia em si aparenta que irá se saturar em breve.
O ponto forte da obra é a interação entre os personagens da base, com muito destaque para o Adrian Mallory, interpretado por John Malkovich, e, apesar de o Steve Carell atuar bem e ser efetivamente o protagonista, a qualidade da série decai bastante quando foca na vida familiar do General Naird, em uma fraca tentativa de dar um ar mais dramático.
The Boys (3ª Temporada)
4.2 560 Assista AgoraManter a altíssima qualidade em uma série que desde o princípio se mostrou excelente é um feito e tanto, mérito total da sintonia entre os produtores, diretores e elenco. Introdução muito interessante do Soldier Boy e da trama relacionada à equipe Payback, agora é esperar para ver como será a abordagem do Ryan e da queda dos Seven.
* Herogasm nem foi tudo isso
** Hughie já está ficando bem chatinho
*** Impossível decidir quem é o melhor entre Antony Starr e Karl Urban
This Is Us (2ª Temporada)
4.7 393 Assista AgoraMilo Ventimiglia se provou como uma das escolhas mais perfeitas para um papel na história da televisão, e sua química com a Mandy Moore é tão surreal que nem aparenta ser atuação. A dinâmica entre as fases da vida dos Pearson's continua excelente, demonstrando que os produtores/diretores têm completo controle sobre a narrativa e os personagens, e ainda que o formato dos episódios dê sinais de repetitividade, a qualidade da obra não foi afetada. Na torcida para que a versão adulta dos irmãos continue em evolução e que os respectivos núcleos familiares sejam mais explorados individualmente.
Ms. Marvel
3.2 230 Assista AgoraPoucas vezes vi uma obra tão discrepante em seus aspectos essenciais. De um lado, os aspectos relacionados à Kamala Khan são perfeitos: história, raízes, cultura, parentes e amigos, vibe adolescente e de fan girl etc.; Do outro, os aspectos que envolvem a heroína Ms. Marvel, com exceção do lindíssimo uniforme, são terríveis e rasos, desde os Clandestinos, a equipe do Damage Control e até mesmo a Red Dagger, assim como o CGI preguiçoso das lutas e movimentações.
A equipe de roteiristas cumpriu muito bem seu papel do início ao fim e ainda alterou os poderes da Ms. Marvel de forma bastante plausível e satisfatória em relação às HQ's, mas a equipe de diretores claramente não estava na mesma sintonia.
Aguardar para que em 'The Marvels' e nos filmes subsequentes seja mantida a construção da personagem em sua série solo.
This Is Us (1ª Temporada)
4.7 779 Assista AgoraSérie perfeita! Os personagens são incríveis e repleto de nuances, o roteiro e a narrativa são muito bem estruturados, e o que falar dos detalhes de cada cena e os diálogos? Dispensam comentários... Uma obra capaz de gerar diferentes emoções e reflexões em todos os episódios, contando com um dos melhores elencos e produtores que já vi.
* This is Real. This is Love. This is Life <3
The Crown (3ª Temporada)
4.3 217 Assista AgoraPossivelmente a melhor troca de elenco já realizada na história da televisão. As adições de Olivia Colman (Elizabeth II), Jason Watkins (Harold Wilson) e Josh O'Connor (Charles) foram impecáveis, mas todo o núcleo principal conseguiu manter as características de seus personagens e ainda dar aos mesmos um ar de maturidade/sobriedade.
A série poderia ter tido um pouco mais de intensidade em alguns momentos, e a ausência dos olhos claros causou um pouco de estranheza por serem tão marcantes, mas a qualidade da produção continuou primorosa e Peter Morgan, como sempre, mostrou seu jeito especial de contar e distribuir a história da realeza britânica de modo a exaltar toda a Coroa, e não somente a Rainha.
Soundtrack #1
3.9 12Que minissérie gostosa e confortante de assistir, com um roteiro super leve, elenco bem encaixadinho e deslumbrante fotografia. A trilha sonora por si só já é espetacular, perfeita para uma tarde chuvosa de outono.
Suits (9ª Temporada)
4.1 68Sempre terei um carinho imenso por Suits, não só por ser da área jurídica, mas também pela incontestável qualidade de elenco, narrativa, produção, diálogos, trilha sonora, história, personagens e fotografia. Com o tempo, era inevitável se tornar previsível (problema > discussões exacerbadas > solução miraculosa > ameaças para conseguir acordos), mas ainda assim os roteiristas fizeram um impressionante direcionamento até a 7ª temporada, quando, infelizmente, a série não conseguiu mais se sustentar com a nova formação dos "name partners" e as saídas de Mike e Rachel, gerando uma desconexão que talvez só pudesse ser suprida se a 8ª temporada fosse o desfecho com a sociedade Specter Litt.
A 9ª temporada deixa um sentimento amargo, com episódios sem brilho, uma antagonista desproporcionalmente poderosa e um final bastante decepcionante, apenas o breve retorno do Patrick J. Adams me fez abrir um sorriso. Uma pena que o Louis nunca teve a evolução que merecia e foi usado majoritariamente como alívio cômico.
"Life is this. I like this".
Tudo Bem Não Ser Normal
4.5 184Levemente decepcionante. Nos primeiros 9 episódios a história fica dando voltas em si mesma, sem nenhuma evolução de enredo ou dos próprios personagens, se tornando entediante devido à repetitividade das locações e das cenas. A partir de então, a trama mostra todo seu potencial e termina de forma esplêndida.
Por outro lado, a produção é impecável, a temática psiquiátrica é muito interessante e o elenco é carismático, com destaque para a brilhante atuação de Oh Jung Se como Moon Sang Tae, umas das melhores que já vi em relação a um personagem autista. Kim Chang Wan também gerou momentos reflexivos e divertidos.
* Se tivesse metade da duração, 'It's Okay to Not Be Okay' teria sido praticamente perfeita.
Arcane: League of Legends (1ª Temporada)
4.6 393Pura obra de arte. League of Legends tem tantos núcleos diferentes que parecia uma missão impossível adaptar qualquer um deles de forma coesa, mas as equipes de roteiristas e produção artística fizeram um trabalho brilhante. A maturidade da trama e o desenvolvimento dos personagens certamente foram os pontos altos da série, e embora eu particularmente preferisse a arte das cinemáticas, esse estilo mais descolado combinou muitíssimo bem.
Restou a certeza de que o potencial de Arcane é inimaginável, aguardo ansiosamente pela inserção de Demacia, Noxus, Ionia e Freljord.
Sex Education (3ª Temporada)
4.3 431 Assista AgoraDe longe uma das melhores séries dos últimos anos, abordando temáticas/discussões importantes, atuais e inclusivas. Eventualmente precisa haver um amadurecimento dos personagens e a fuga da fórmula de diretores antagonistas + falta de diálogo entre casais, mas, por enquanto, o planejamento da produção se encaixou na corajosa proposta da obra. A direção de cada um dos episódios foi impecável e a 3ª. temporada, embora tenha repetido o ciclo das anteriores, conseguiu se expandir levemente.
A única crítica (e confesso que não sei distinguir se é baseada em experiências pessoais ou análise propriamente dita dos personagens) é que o roteiro se apoiou demais em traições. Por óbvio que elas ocorrem no cotidiano, mas o núcleo principal (Otis, Maeve e Eric) ter essa característica em comum não me agrada. Nem todo desfecho de relacionamento é assim, como bem demonstrado pela Aimee. No aguardo pelo último ano de "Moordale".
* Tive bastante empatia pela Ruby, é difícil ser uma pessoa reservada, confiar aos poucos em alguém e ser descartada por sentimentos não resolvidos. A Mimi Keene é uma atriz promissora e merece mais destaque pela evolução que teve.
Gavião Arqueiro
3.5 327 Assista AgoraUma minissérie pé no chão e divertida, exatamente como deveria ser, afinal, estamos falando do encontro de uma jovem com seu ídolo Vingador. De imediato é possível perceber que a Hailee Steinfeld tem muito potencial no MCU, e será interessante acompanhar o amadurecimento da Kate Bishop e seu aproveitamento nos futuros filmes, esperando, claro, que lhe seja atribuída uma carga dramática maior.
Não obstante, ou a equipe de dublês era bem fraca, ou as coreografias foram muito mal ensaiadas, demonstrando uma discrepância mesmo com as outras obras da Disney+. Sequer parecia que havia um perigo real para os protagonistas com esses capangas palermas... A propósito, o retorno do Vincent D'Onofrio foi ampla e devidamente mente comemorado pelos fãs, mas deveriam torná-lo mais forte fisicamente como nas HQ's, além de mais poderoso na área criminal.
Concordo com os comentários acerca da luta final. Apesar de a Bishop saber artes marciais, não souberam equilibrar sua resistência, então de modo algum ela poderia ter apanhado tanto do Kingpin e ainda assim vencê-lo. O caminho é focar mais na sua sua inteligência e habilidades com o arco e flecha, evitando ser uma simples cópia do Hawkeye.
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraÉ bastante satisfatório ver a Coreia do Sul exportando sua cultura depois de anos importando/incorporando elementos ocidentais e 'Squid Game' supera as expectativas ao apresentar uma temática violenta, mas combinada com pequenas doses de humor e drama. Acredito que a produção deva estar muito orgulhosa pela qualidade da série, especialmente o talentosíssimo elenco, que possui uma incrível sinergia e trouxe à tona personagens cativantes e memoráveis. Ademais, a crítica social fala por si mesma e foi bem trabalhada ao longo dos episódios.
* Que a 2ª. temporada seja, no mínimo, do mesmo nível. O público certamente agradecerá.
Billions (4ª Temporada)
4.2 27 Assista AgoraQuatro temporadas depois e a qualidade de produção técnica e do elenco continuam impecáveis, é muito prazeroso ver como as atuações desenrolam o roteiro brilhantemente (desnecessário comentar sobre os notáveis diálogos e reviravoltas). A história ganhou contornos ainda mais dramáticos envoltos nas brigas paralelas de poder entre Bobby vs Taylor e Chuck vs Jock/Bryan, mas o final foi interessantíssimo e deixou um ótimo cliffhanger para a sequência, especialmente agora que os personagens estão em seus limites mentais e morais. Obra-prima do Showtime.