Notícias de uma guerra particular (1999), é um documentário de Kátia Lund em parceria com João Moreira Salles que traz o ponto de vista dos policiais, traficantes, moradores, sociólogos e especialistas em segurança, sobre a guerra interna que acontece diariamente na favela de Santa Maria no Rio de Janeiro. Os policiais falam de suas funções e de como é difícil combater o narcotráfico e a violência do morro, arriscando sua vida diariamente e perdendo sua motivação ao longo do tempo. As imagens mostram o confronto armado que habitualmente é traçado há poucos metros de distância. A comunidade fala da sua rotina e da relação tanto com os traficantes, quanto com os policiais. Quase todos possuem um familiar envolvido com o crime e reconhecem a dificuldade de pertencer a uma parcela excluída da sociedade. Assumem que quando precisam de ajuda, são os traficantes que as amparam, também se percebe que possuem a consciência de que o trabalho desempenhado por eles é errado, mas sabem que o traficante pertence e é necessário dentro da comunidade. Além dessa relação, os moradores se mostram cansados de serem tratados de maneira generalizada, confessam que os policiais costumam tratar todos da comunidade como criminosos que conseguem seus bens de forma ilegal. Uma cena curiosa é quando pessoas da comunidade relatam o que acontece durante uma apreensão. Os policiais encontram a pessoa procurada, e ao invés de descer o morro para averiguar a ficha criminal e levá-lo para delegacia, sobem ainda mais o morro com o rapaz, a fim de agredi-lo ou até mesmo executá-lo. Portanto as pessoas da comunidade são obrigadas a acompanhar todo o processo para proteger a pessoa que está sendo apreendida, até que os policiais parem de subir e desçam para fazer o procedimento correto. Já os traficantes são o resultado de uma cultura que promove o ódio contra a vida comum, ostentam os benefícios efêmeros que o narcotráfico oferece como: roupas, dinheiro, armas e drogas. A maioria entra para o crime muito cedo, na adolescência e começa a desenvolver um grande ódio por policiais. Como a expectativa de um líder traficante é baixa, todos esperam pelo momento de serem colocados no topo, substituindo lideres que foram mortos ou presos. No inicio recebem pequenas missões como furtos, venda de drogas, e depois são intimados a matar. Os próprios moradores da comunidade sabem que foram criados como suicidas, e os mesmos têm o pensamento de permanecer no crime até sua morte. Não querem ter uma vida comum e dependerem de salário além de terem como uma grande honra, o assassinato de policiais. Também existem os especialistas em segurança pública como Hélio Luiz - chefe de polícia civil do Rio de Janeiro na época - que explicam as causas da guerra, um dos motivos é o policial corrupto que ajuda o tráfico acobertando e vendendo armas aos traficantes. Também argumenta que, para que não haja policiais corruptos, não poderiam haver pessoas corruptas, ou seja, os cidadãos comuns teriam que parar de usufruir os benefícios que os policiais corruptos podem oferecer. O tema é transcendente e presente em 2013, frequentemente a violência e qualidade de vida em comunidades excluídas é debatido, mas a solução vem da questão básica e clichê da qualidade da educação acessível a todos. A mudança de hábitos só acontece com a integração educacional das pessoas que acreditam num futuro sem violência. A educação reflete na qualidade de vida de uma comunidade. O resultado de tanto ódio, policiais corruptos, exclusão da comunidade e ausência de condições básicas para sobrevivência é único: morte de policiais e traficantes, além de pessoas inocentes que estavam no lugar errado, na hora errada. E isso é o que mais incomoda, pois um País que possui tantos meios para ser bem desenvolvido e pacífico, não deveria ter “lugar e hora” específicos para se estar.
A Pequena Loja de Suicídios
3.7 774A trilha é linda demais... e diz mais que o próprio filme.
Terapia de Risco
3.6 1,0K Assista AgoraÉ quase que necessário ver mais de uma vez =) Roteiro muito bom ^^
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraFotografia e Trilha Sonora Interessante...
Não achei grande coisa, de verdade.
A Vida de David Gale
4.2 947 Assista AgoraFUDIDO! FUDIDO! FUDIDO!
Demais! do Início ao fim!
Oblivion
3.2 1,7K Assista AgoraTem de TUDO nesse filme.
Tem 2001 - uma odisseia no espaço...
Tem Star Wars...
Tem Avatar...
Tem Millennium...
Só não tem originalidade.
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraNem é o mais apavorante...
Chega num ponto em que tudo fica bem previsível.
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista AgoraAinda bem que os efeitos especiais de antigamente, ficaram no antigamente ^^
Notícias de uma Guerra Particular
4.4 1183 olhares, um resultado
Notícias de uma guerra particular (1999), é um documentário de Kátia Lund em parceria com João Moreira Salles que traz o ponto de vista dos policiais, traficantes, moradores, sociólogos e especialistas em segurança, sobre a guerra interna que acontece diariamente na favela de Santa Maria no Rio de Janeiro.
Os policiais falam de suas funções e de como é difícil combater o narcotráfico e a violência do morro, arriscando sua vida diariamente e perdendo sua motivação ao longo do tempo. As imagens mostram o confronto armado que habitualmente é traçado há poucos metros de distância.
A comunidade fala da sua rotina e da relação tanto com os traficantes, quanto com os policiais. Quase todos possuem um familiar envolvido com o crime e reconhecem a dificuldade de pertencer a uma parcela excluída da sociedade. Assumem que quando precisam de ajuda, são os traficantes que as amparam, também se percebe que possuem a consciência de que o trabalho desempenhado por eles é errado, mas sabem que o traficante pertence e é necessário dentro da comunidade. Além dessa relação, os moradores se mostram cansados de serem tratados de maneira generalizada, confessam que os policiais costumam tratar todos da comunidade como criminosos que conseguem seus bens de forma ilegal.
Uma cena curiosa é quando pessoas da comunidade relatam o que acontece durante uma apreensão. Os policiais encontram a pessoa procurada, e ao invés de descer o morro para averiguar a ficha criminal e levá-lo para delegacia, sobem ainda mais o morro com o rapaz, a fim de agredi-lo ou até mesmo executá-lo. Portanto as pessoas da comunidade são obrigadas a acompanhar todo o processo para proteger a pessoa que está sendo apreendida, até que os policiais parem de subir e desçam para fazer o procedimento correto.
Já os traficantes são o resultado de uma cultura que promove o ódio contra a vida comum, ostentam os benefícios efêmeros que o narcotráfico oferece como: roupas, dinheiro, armas e drogas. A maioria entra para o crime muito cedo, na adolescência e começa a desenvolver um grande ódio por policiais. Como a expectativa de um líder traficante é baixa, todos esperam pelo momento de serem colocados no topo, substituindo lideres que foram mortos ou presos. No inicio recebem pequenas missões como furtos, venda de drogas, e depois são intimados a matar. Os próprios moradores da comunidade sabem que foram criados como suicidas, e os mesmos têm o pensamento de permanecer no crime até sua morte. Não querem ter uma vida comum e dependerem de salário além de terem como uma grande honra, o assassinato de policiais.
Também existem os especialistas em segurança pública como Hélio Luiz - chefe de polícia civil do Rio de Janeiro na época - que explicam as causas da guerra, um dos motivos é o policial corrupto que ajuda o tráfico acobertando e vendendo armas aos traficantes. Também argumenta que, para que não haja policiais corruptos, não poderiam haver pessoas corruptas, ou seja, os cidadãos comuns teriam que parar de usufruir os benefícios que os policiais corruptos podem oferecer.
O tema é transcendente e presente em 2013, frequentemente a violência e qualidade de vida em comunidades excluídas é debatido, mas a solução vem da questão básica e clichê da qualidade da educação acessível a todos. A mudança de hábitos só acontece com a integração educacional das pessoas que acreditam num futuro sem violência. A educação reflete na qualidade de vida de uma comunidade.
O resultado de tanto ódio, policiais corruptos, exclusão da comunidade e ausência de condições básicas para sobrevivência é único: morte de policiais e traficantes, além de pessoas inocentes que estavam no lugar errado, na hora errada. E isso é o que mais incomoda, pois um País que possui tantos meios para ser bem desenvolvido e pacífico, não deveria ter “lugar e hora” específicos para se estar.
Pronta para Amar
3.6 1,0K Assista AgoraFilme surpreendentemente lindo.
Ótimo para quebrar com o preconceito sobre filmes sem elenco de super estrelas.
Só a tradução do título... vou te contar viu!
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraA melhor morte para Hitler... sem dúvidas.
Rio
3.6 2,7K Assista AgoraSó reforça que o Rio tem mais bunda e futebol, do que inteligência.