O segundo filme do diretor Ari Ester foi escrito e produzido concorrente a produção de Hereditário, enquanto Ari passava por um momento conturbado de seu relacionamento na época. Tanto Hereditário como Midsommar tem "cultos", religião e maldições como seus temas centrais, mas em focos absolutamente diferentes: enquanto em Hereditário é feita uma comparação entre uma maldição como uma doença que pode ser passada de pai pra filho como algo impossível de ser parado, Midsommar apresenta seu universo como uma força maquiavélica porém maleável. A alegoria aqui é sobre doenças mentais e como elas complicam o dia a dia de todos ao seu redor, da forma com que a ansiedade pode ditar seu relacionamento e construir paredes em volta daqueles que você mais ama. Midsommar é sobre aceitar sua condição e entender o que fazer daqui pra frente, o que levar com você e o que deixar pra trás.
Talvez o melhor romance que eu já vi. Tão terno e comovente, consegue ser um banquete pros olhos e pros corações. O jeito que Kar Wai consegue usar cores pra expressar sentimentos e ações sem usar palavras, as vezes com alguma trilha de fundo, é incrível e mostra toda a versatilidade do cinema asiático. Atuações memoráveis e um ritmo muito bom que nunca deixa o filme de ter coisas interessantes acontecendo, ao mesmo tempo que leva todo o tempo do mundo pra construir e desconstruir personagens e sentimentos. Lindo.
Temos aqui o Edge of Seventeen de 2018, só que de uma perspectiva mais "jovial" ainda. O debut de Bo Burnham na direção de um longa é um estudo de personagem muito bem construído, com uma direção atraente e atores muito competentes. Ele é um dos (poucos) diretores atuais que tentam retratar a juventude de hoje em dia e realmente entendem como as coisas funcionam. Kayla se comporta como uma adolescente desse milênio, com todas suas inseguranças e medos a flor da pele. Alias, destaque em especial pra sua atuação que de forma muito convincente consegue nos botar na pele da personagem em diversos momentos, criando uma conexão muito forte entre o que é mostrado na tela. Bem emocionante, fofo, triste, confuso e apaixonante, assim como o começo da vida adulta.
Hereditário é um drama com partes de terror, e não tem nada que consiga me provar o contrário. E ele funciona maravilhosamente bem, com seu primeiro ato totalmente dramático e seu segundo ato catastrófico, com tudo culminando em um dos finais mais angustiantes e secos do cinema atual. Os vinte minutos finais me deixaram em um estado incômodo que eu não sentia desde REC ou o final de A Bruxa de Blair, daqueles que você não quer olhar pra tela do filme mas sua curiosidade de como tudo aquilo vai se acertar é maior.
O maior trunfo de hereditário são suas atuações, que brilham a cada segundo de interação dos personagens principais. Falta adjetivo pra Toni Collete, que se deu de corpo e alma (sic) para o projeto. A direção é bem feita e muito curiosa, com um foco em filmar a casa da família como se a mesma fosse uma "maquete", um molde para algo muito maior que existe por trás. A trilha sonora é horripilante e ajuda a sedimentar muitas das cenas como icônicas demais pra serem esquecidas rapidamente. Sem dúvidas é o filme desse primeiro semestre de 2018, e quem não gostou caixão e vela preta
(a cena do carro se tornou uma das minhas favoritas de todos os tempos dentro de filmes de horror)
Super e Kick-Ass foram lançados no mesmo ano com conceitos parecidos e backgrounds diferentes. Kick-Ass se originou de uma história em quadrinhos e sua fama foi quase imediata, garantindo aquela sequencia mérdia em 2013, enquanto Super foi guerreiro e resistiu por longos anos ganhando uma fanbase cult pequena porém fiel. De pouco em pouco o filme foi ganhando mais espaço e reconhecimento, e graças a essa fama crescente do filme eu acabei descobrindo ele também. E QUE FILME.
Enquanto Kick-Ass brinca com os gêneros e clichês de super-heróis colocando-os num cenário real e com problemas reais, Super expande esse conceito de uma forma drástica, humana e brutal. Kick-Ass é ação blockbuster, com pessoas fazendo acrobacias pelo ar enquanto atiram em setenta vilões e voltam ao chão sem nenhum fio de cabelo fora do lugar enquanto fazem pequenas comparações entre o que acontece no mundo dos quadrinhos e o que aconteceria no mundo real. Já Super é a história de um cara comum que decide lutar contra o crime com uma chave de fenda. Só. Não tem lança-míssil explodindo o chefão no final. Não tem aquela balança entre o surreal e o crível, tudo aqui é feito pra se encaixar no mundo real desse super-herói desajeitado que não treinou pra lutar contra o crime, não sabe dar cambalhotas no ar, não sabe usar uma arma, e por aí vai. E é interessante como o filme começa como uma comédia de humor negro e termina como um drama sangrento, onde todas as ações de Frank tem consequências e ele tem que aprender a lidar com elas.
Antes que isso vire textão (já virou), só queria dizer que A ELLEN PAGE É A MELHOR COISA DESSE FILME MEU DEUS PISA MENOS ELLEN TE AMO NOSSA VC EH DMS
Primeiro filme do diretor Damien Chazelle, hoje conhecido por La La Land e Whiplash. Desde cedo já dá pra perceber as influencias do cinema musical e do jazz nos trabalhos do Damien, bem como alguns elementos que foram usados em La La Land. Apesar de ser bem paradão e sem rumo, é gostoso de assistir.
Funfacts: -A intro do filme usa uma música que posteriormente passou a ser a "Summer Montage / Madeline" de La La Land
-A música do restaurante é a mesma música que toca no final de La La Land quando o Sebastian tá cozinhando sozinho
"He nods. They rise from their seats and head for the exit.
Just as they reach the door, and as David steps out, Mia turns and looks back at Sebastian. He looks at her.
Their eyes lock.
A hint of a tear in both...
And, ever so subtly, for just a fleeting second, Mia smiles. It’s the kind of smile you could miss if you blinked -- but it’s enough to signal to Sebastian that she recognized the melody he played, and that she still remembers it, and still thinks of it to this day... "
Tem como voltar no tempo pra ver como se fosse a primeira vez assistindo? Plmdds
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraO segundo filme do diretor Ari Ester foi escrito e produzido concorrente a produção de Hereditário, enquanto Ari passava por um momento conturbado de seu relacionamento na época. Tanto Hereditário como Midsommar tem "cultos", religião e maldições como seus temas centrais, mas em focos absolutamente diferentes: enquanto em Hereditário é feita uma comparação entre uma maldição como uma doença que pode ser passada de pai pra filho como algo impossível de ser parado, Midsommar apresenta seu universo como uma força maquiavélica porém maleável. A alegoria aqui é sobre doenças mentais e como elas complicam o dia a dia de todos ao seu redor, da forma com que a ansiedade pode ditar seu relacionamento e construir paredes em volta daqueles que você mais ama. Midsommar é sobre aceitar sua condição e entender o que fazer daqui pra frente, o que levar com você e o que deixar pra trás.
Surpresas do Coração
3.3 64 Assista AgoraSPASM! SPASM!
Here it comes...
LACTOSE INTOLERAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANCE
Amor à Flor da Pele
4.3 498 Assista AgoraTalvez o melhor romance que eu já vi. Tão terno e comovente, consegue ser um banquete pros olhos e pros corações. O jeito que Kar Wai consegue usar cores pra expressar sentimentos e ações sem usar palavras, as vezes com alguma trilha de fundo, é incrível e mostra toda a versatilidade do cinema asiático. Atuações memoráveis e um ritmo muito bom que nunca deixa o filme de ter coisas interessantes acontecendo, ao mesmo tempo que leva todo o tempo do mundo pra construir e desconstruir personagens e sentimentos. Lindo.
Oitava Série
3.8 336 Assista AgoraTemos aqui o Edge of Seventeen de 2018, só que de uma perspectiva mais "jovial" ainda. O debut de Bo Burnham na direção de um longa é um estudo de personagem muito bem construído, com uma direção atraente e atores muito competentes. Ele é um dos (poucos) diretores atuais que tentam retratar a juventude de hoje em dia e realmente entendem como as coisas funcionam. Kayla se comporta como uma adolescente desse milênio, com todas suas inseguranças e medos a flor da pele. Alias, destaque em especial pra sua atuação que de forma muito convincente consegue nos botar na pele da personagem em diversos momentos, criando uma conexão muito forte entre o que é mostrado na tela. Bem emocionante, fofo, triste, confuso e apaixonante, assim como o começo da vida adulta.
OBS: A trilha sonora é INCRÍVEL
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraHereditário é um drama com partes de terror, e não tem nada que consiga me provar o contrário. E ele funciona maravilhosamente bem, com seu primeiro ato totalmente dramático e seu segundo ato catastrófico, com tudo culminando em um dos finais mais angustiantes e secos do cinema atual. Os vinte minutos finais me deixaram em um estado incômodo que eu não sentia desde REC ou o final de A Bruxa de Blair, daqueles que você não quer olhar pra tela do filme mas sua curiosidade de como tudo aquilo vai se acertar é maior.
O maior trunfo de hereditário são suas atuações, que brilham a cada segundo de interação dos personagens principais. Falta adjetivo pra Toni Collete, que se deu de corpo e alma (sic) para o projeto. A direção é bem feita e muito curiosa, com um foco em filmar a casa da família como se a mesma fosse uma "maquete", um molde para algo muito maior que existe por trás. A trilha sonora é horripilante e ajuda a sedimentar muitas das cenas como icônicas demais pra serem esquecidas rapidamente. Sem dúvidas é o filme desse primeiro semestre de 2018, e quem não gostou caixão e vela preta
(a cena do carro se tornou uma das minhas favoritas de todos os tempos dentro de filmes de horror)
Os 7 Suspeitos
3.8 355 Assista AgoraDivertido, dinâmico e icônico
Quase 18
3.7 604 Assista AgoraGente, que DOIDERA esse ser o debut dessa diretora! Filmão, muito bem escrito e dirigido.
Super
3.4 603Super e Kick-Ass foram lançados no mesmo ano com conceitos parecidos e backgrounds diferentes. Kick-Ass se originou de uma história em quadrinhos e sua fama foi quase imediata, garantindo aquela sequencia mérdia em 2013, enquanto Super foi guerreiro e resistiu por longos anos ganhando uma fanbase cult pequena porém fiel. De pouco em pouco o filme foi ganhando mais espaço e reconhecimento, e graças a essa fama crescente do filme eu acabei descobrindo ele também. E QUE FILME.
Enquanto Kick-Ass brinca com os gêneros e clichês de super-heróis colocando-os num cenário real e com problemas reais, Super expande esse conceito de uma forma drástica, humana e brutal. Kick-Ass é ação blockbuster, com pessoas fazendo acrobacias pelo ar enquanto atiram em setenta vilões e voltam ao chão sem nenhum fio de cabelo fora do lugar enquanto fazem pequenas comparações entre o que acontece no mundo dos quadrinhos e o que aconteceria no mundo real. Já Super é a história de um cara comum que decide lutar contra o crime com uma chave de fenda. Só. Não tem lança-míssil explodindo o chefão no final. Não tem aquela balança entre o surreal e o crível, tudo aqui é feito pra se encaixar no mundo real desse super-herói desajeitado que não treinou pra lutar contra o crime, não sabe dar cambalhotas no ar, não sabe usar uma arma, e por aí vai. E é interessante como o filme começa como uma comédia de humor negro e termina como um drama sangrento, onde todas as ações de Frank tem consequências e ele tem que aprender a lidar com elas.
Antes que isso vire textão (já virou), só queria dizer que A ELLEN PAGE É A MELHOR COISA DESSE FILME MEU DEUS PISA MENOS ELLEN TE AMO NOSSA VC EH DMS
amei e recomendo bjs
LEGO Batman: O Filme
3.9 383 Assista AgoraTão divertido quando Aventura Lego, e ainda mais bonito
Guy and Madeline on a Park Bench
2.8 5Primeiro filme do diretor Damien Chazelle, hoje conhecido por La La Land e Whiplash. Desde cedo já dá pra perceber as influencias do cinema musical e do jazz nos trabalhos do Damien, bem como alguns elementos que foram usados em La La Land. Apesar de ser bem paradão e sem rumo, é gostoso de assistir.
Funfacts:
-A intro do filme usa uma música que posteriormente passou a ser a "Summer Montage / Madeline" de La La Land
-A música do restaurante é a mesma música que toca no final de La La Land quando o Sebastian tá cozinhando sozinho
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraSe você tá destruído com o final (assim como eu), segue a cena final descrita no roteiro original do filme:
"He nods. They rise from their seats and head for the exit.
Just as they reach the door, and as David steps out, Mia turns
and looks back at Sebastian. He looks at her.
Their eyes lock.
A hint of a tear in both...
And, ever so subtly, for just a fleeting second, Mia smiles.
It’s the kind of smile you could miss if you blinked -- but
it’s enough to signal to Sebastian that she recognized the
melody he played, and that she still remembers it, and still
thinks of it to this day... "
Tem como voltar no tempo pra ver como se fosse a primeira vez assistindo? Plmdds
Coerência
4.1 1,3K Assista AgoraMEU DEUS EU AMO ESSE FILME AAAAAAAA