Danielle representa a criança que não quer crescer.
Seus erros te atormentam 24h por dia (que são as reclamações e papo tóxico da família), mas, mesmo assim, ela insiste neles, como por exemplo ter tentado boquetar o Sugar Daddy no banheiro ou meter o pau na loira, totalmente desnê.
Quando chega o clímax (ou ápice, apex) do filme, é o momento em que ela é "convidada" a segurar o bebê.
O ato de segurar o bebê representa um rito de passagem, que é o "erguimento" simbólico e a assunção da MATURIDADE e da MATERNIDADE.
O filme mostra que Danielle não conseguiu ser "aprovada" no rito de passagem, não conseguindo segurar o nenê por muito tempo.
Ou seja, Danielle não evoluiu. Não cresceu. Não se desenvolveu. Não conseguiu se tornar mulher.
Por causa desse fracasso no rito de passagem para a vida adulta, Danielle se volta para a sua própria face, a sua própria representação dúplice, que é interpretada pela sua prima Maya - é possível perceber que, o próprio filme não tenta esconder isso, tanto é que insere:
- uma senhora da família comentando sobre como elas são parecidas;
- na cena em que Maya e Danielle estão na parte de fora, há um corte na edição alternando entre os rostos das personagens, que, embora não dê para falar que são parecidas, é possível dizer que são parentes, ou pelo menos que têm "características" similares, como a etnia, os olhos verdes, o cabelo marrom ou o aspecto magro
- há também uma cena em que as duas caminham lado a lado na calçada, em que esse falso contraste das duas personagens é colocado para comparação
Por isso, o filme acaba com as mãos de Danielle e Maya entrelaçadas, simbolizando que Danielle, ao fracassar no rito de passagem para a maturidade, resolveu se fechar em si mesma, amando a si própria e preferindo continuar com aquela vida sofrida, ao invés de se tornar tudo o que sempre sonhou - a loira bonita, rica, empreendedora e casada com o homem que ela ama.
Entendo a produção, as atuações, as ideias - no sentido de que hoje em dia, lidamos com a ideia de quem poderíamos ter sido se tivéssemos tomado atitudes diferentes -, e, por causa disso, ficamos pensando se o que fazemos tem algum sentido.
A mensagem do filme é: "não precisa ter sentido e tá tudo bem".
Mas na moral, foda-se, porque poderia ter passado essa mensagem de outro modo. Não com esse turbilhão de informações e despejamento de informações na mente do espectador.
Esse filme pode ser várias coisas, mas o principal é: controverso.
Ele não vai dar sensações boas. Dá raiva, desconforto, boring muitas vezes.
Eu sinceramente, achei FEZES.
Fiquei com vontade de parar de ver na metade.
Mas calma, continue lendo, vou explicar algo interessante.
A principal crítica desse filme é a seguinte: qualquer arte/hobbie/esporte (whatever), tende a ficar com comentaristas/críticos elitizados.
E esse elitismo vem das mais variadas formas: pelo dinheiro; pela devoção ao artista; por inércia; por simplesmente "poder" consumir, etc.
E por causa desse elitismo no consumo de uma arte, ela perde o sentido de ser. A arte/esporte/hobbie é para todo mundo. Deve ser pensada e apreciada por ela mesma, não por quem faz; não por quem paga; não por quem devociona o artista.
Beleza, entendi isso.
Só que EU, que em relação a esse filme, sou o público "povão" - que seria o análogo à personagem principal, da Anya Taylor-Joy -, não gostei.
E para eu tentar entender mais a fundo, precisei refletir sobre o filme. Precisei discutir. Precisei ler sobre.
Então a partir do momento que, EU, que não sou crítico de cinema, não gostei, e precisei me informar para saber se haveria algo a mais, a própria crítica do filme se invalidou.
Porque era só eu não gostar e ponto, sem explicações.
Só que se eu não for atrás dessas explicações, também fico sem justificar o porquê não gostei.
Enfim, é um paradoxo crítico, que se "autosuicida".
Difícil de entender? Sim.
Mas talvez foi exatamente isso o que o Diretor quis fazer.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraExcelente atuação.
Noites Brutais
3.4 1,1K Assista AgoraComeçou benzasso mas caiu muito depois do 1o ato.
Shiva Baby
3.8 261 Assista AgoraEsse filme é muito intenso, e maravilhoso.
Vou explicar o que eu acho que entendi:
Danielle representa a criança que não quer crescer.
Seus erros te atormentam 24h por dia (que são as reclamações e papo tóxico da família), mas, mesmo assim, ela insiste neles, como por exemplo ter tentado boquetar o Sugar Daddy no banheiro ou meter o pau na loira, totalmente desnê.
Quando chega o clímax (ou ápice, apex) do filme, é o momento em que ela é "convidada" a segurar o bebê.
O ato de segurar o bebê representa um rito de passagem, que é o "erguimento" simbólico e a assunção da MATURIDADE e da MATERNIDADE.
O filme mostra que Danielle não conseguiu ser "aprovada" no rito de passagem, não conseguindo segurar o nenê por muito tempo.
Ou seja, Danielle não evoluiu. Não cresceu. Não se desenvolveu. Não conseguiu se tornar mulher.
Por causa desse fracasso no rito de passagem para a vida adulta, Danielle se volta para a sua própria face, a sua própria representação dúplice, que é interpretada pela sua prima Maya - é possível perceber que, o próprio filme não tenta esconder isso, tanto é que insere:
- uma senhora da família comentando sobre como elas são parecidas;
- na cena em que Maya e Danielle estão na parte de fora, há um corte na edição alternando entre os rostos das personagens, que, embora não dê para falar que são parecidas, é possível dizer que são parentes, ou pelo menos que têm "características" similares, como a etnia, os olhos verdes, o cabelo marrom ou o aspecto magro
- há também uma cena em que as duas caminham lado a lado na calçada, em que esse falso contraste das duas personagens é colocado para comparação
Por isso, o filme acaba com as mãos de Danielle e Maya entrelaçadas, simbolizando que Danielle, ao fracassar no rito de passagem para a maturidade, resolveu se fechar em si mesma, amando a si própria e preferindo continuar com aquela vida sofrida, ao invés de se tornar tudo o que sempre sonhou - a loira bonita, rica, empreendedora e casada com o homem que ela ama.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraNão gostei.
Se pá é um dos filmes mais chatos que já assisti.
Não consegui chegar na metade.
Entendo a produção, as atuações, as ideias - no sentido de que hoje em dia, lidamos com a ideia de quem poderíamos ter sido se tivéssemos tomado atitudes diferentes -, e, por causa disso, ficamos pensando se o que fazemos tem algum sentido.
A mensagem do filme é: "não precisa ter sentido e tá tudo bem".
Mas na moral, foda-se, porque poderia ter passado essa mensagem de outro modo. Não com esse turbilhão de informações e despejamento de informações na mente do espectador.
Pearl
3.9 1KNão foi melhor que o primeiro, mas continuou no mesmo nível.
Atuações impecáveis.
Esse filme dá uma sensação meio nostálgica, dos filmes de terror antigos.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraFilmão! Me lembrou daqueles filmes antigos de terror.
Ps. porém no 1o ato e 2o atos, é bem mais ou menos. Só no final que fica bom.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraNão tem como falar que é ruim, é muito bom.
Mas é cansativo demais. Torturante ver um filme tão longo.
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraBom, vamos lá.
Esse filme pode ser várias coisas, mas o principal é: controverso.
Ele não vai dar sensações boas. Dá raiva, desconforto, boring muitas vezes.
Eu sinceramente, achei FEZES.
Fiquei com vontade de parar de ver na metade.
Mas calma, continue lendo, vou explicar algo interessante.
A principal crítica desse filme é a seguinte: qualquer arte/hobbie/esporte (whatever), tende a ficar com comentaristas/críticos elitizados.
E esse elitismo vem das mais variadas formas: pelo dinheiro; pela devoção ao artista; por inércia; por simplesmente "poder" consumir, etc.
E por causa desse elitismo no consumo de uma arte, ela perde o sentido de ser. A arte/esporte/hobbie é para todo mundo. Deve ser pensada e apreciada por ela mesma, não por quem faz; não por quem paga; não por quem devociona o artista.
Beleza, entendi isso.
Só que EU, que em relação a esse filme, sou o público "povão" - que seria o análogo à personagem principal, da Anya Taylor-Joy -, não gostei.
E para eu tentar entender mais a fundo, precisei refletir sobre o filme. Precisei discutir. Precisei ler sobre.
Então a partir do momento que, EU, que não sou crítico de cinema, não gostei, e precisei me informar para saber se haveria algo a mais, a própria crítica do filme se invalidou.
Porque era só eu não gostar e ponto, sem explicações.
Só que se eu não for atrás dessas explicações, também fico sem justificar o porquê não gostei.
Enfim, é um paradoxo crítico, que se "autosuicida".
Difícil de entender? Sim.
Mas talvez foi exatamente isso o que o Diretor quis fazer.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraO roteiro é muito bom, me surpreendeu.
A Lenda de Beowulf
3.0 542 Assista AgoraFilmaço de ação.
Não lembrava da parte final, acho que quando eu vi adolescente acabei dormindo.
Acho que esse filme é subestimado no geral.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraOlha, esse filme é BEM diferente.
Causa um certo "cansaço" de ver, pelas cenas incessantes e a todo tempo acontecendo (só perde nesse sentido para Jóias Brutas).
É bem complexo, pois mistura simbologias, mistérios "escondidos", easter eggs e ambiguidades no roteiro.
Confesso que não entendi nada, mas é muito bom.
A Mulher Rei
4.1 490 Assista AgoraBom filme, melhor do que eu esperava.
Só é meio longo, mas até aí tudo bem.
Elvis
3.8 760É meio estranha a direção/edição, às vezes parece um filme de comédia e você se perde um pouco nos cortes.
Mas, no geral, é bom (e triste).
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraPéssimo.
Depressivo, tenta ser profundo e não consegue e o final é simplesmente aleatório.
Não fiquei nem com vontade de entender.
Simplesmente não vale a pena o tempo investido.
Jurassic World: Domínio
2.8 555 Assista AgoraÉ, na verdade, uma homenagem à própria série.
Recheada de memória afetiva, me senti conduzido aos episódios antigos de Jurassic Park.
Entretenimento puro, bem comercial mesmo.
Mas é essa a proposta do filme, não seria razoável esperar outra coisa.
O Homem do Norte
3.7 952 Assista AgoraTop 5 filmes favoritos de todos os tempos.
Perfeito. Fantástico.
Era tudo o que que eu queria ver. Era tudo que eu esperava e mais um pouco.
Sem palavras.
O Homem dos Músculos de Aço
3.7 80 Assista AgoraTop demais. Arnold é foda pra porra, provavelmente um dos caras mais fascinantes da história.
E il cibo va
3.6 3Muito bom documentário.
Ensina como que a comida se transforma ao longo do tempo e explica o porquê determinados pratos são como são atualmente.
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 776 Assista AgoraMuito bonito e tranquilo. Mas pelos comentários estava esperando algo mais profundo.
O Golpista do Tinder
3.5 418Revoltante. Por isso que não podemos confiar no Estado. Se fosse Libertarianismo, ele já estaria morto.
Schumacher
3.8 70Bom filme porém dava pra ter uma melhor construção da história.
Ataque dos Cães
3.7 933Tirando a atuação excepcional do Benedict Cumberbatch, nada demais.
O título não tem nada a ver com o filme. Péssima escolha.
A fotografia e os cenários lembram o filme Midsommar.
Não esperem um filme de ação.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraBem produzido. Bastantes críticas.
É um filme que faz passar nervoso.
Mas nada demais.
Máfia!
3.1 39Um dos filmes mais engraçados que eu já vi.
Quem gosta de Todo Mundo em Pânico e Não É Mais Um Besteirol Americano vai curtir.