Fui ver sem expectativas e sem informações prévias. Acho que é meio foda a gente ir pro cinema pensando tipo "saiu o novo filme do Tarantino, oh deus aquele gênio", e não se deixar levar pelo que está rolando ali. Foi gostoso pra sentar na cadeira e esquecer do mundo. Tenho certeza de que ele não pretendia sua maior obra de arte, p*** das galáxias, aqui. Mas me levou pra dar um rolê e eu, pelo menos, curti essa pequena viagem.
Cara, que perturbador. Fazia tempo que eu não via cinema assim, que mexe com as tripas da gente. Agora penso que é o único cinema que merece ser visto.
Adorei o filme. E dei uma nota mais alta porque sendo Stephen King, haviam coisas que eu sabia que podia esperar da história - sem que isso fosse um problema, pelo contrário. Eu adoro. Também dei nota mais alta porque, sendo um filme de um livro de Stephen King, eu também sabia que podia esperar algo muito decepcionante, que não foi o caso. Mas a partir de um determinado ponto do filme, eu perdi completamente a imersão e a coisa toda começou a deixar de ser uma trama na qual eu me enxergava, pra ser algo mal executado que mais parecia com uma troca de canal. Me refiro ao momento em que
a protagonista se depara com a hipótese de saída da cama, seguindo seu plano, e tudo é mostrado de uma maneira tão gráfica, visceral, em close, que chega a ser quase à lá filme trash. Fica muito mais complicado manter a suspensão da descrença assim. Na vida real, exausta e abalada, ela teria desmaiado com muita facilidade, mesmo com qualquer pico de adrenalina. Sua mão machucada - já antes prejudicada por falta de circulação adequada - não permaneceria funcional como é mostrado. E será que ela conseguiria se virar com absorventes (que me pareceram colados do lado errado)?.
A partir daí eu não estava mais lá. Cheguei a interpretar erroneamente uma fala anterior, como se sugerisse que a cena fosse um ensaio mental apenas, e essa idéia me pareceu mais interessante do que o que se seguiu. Acabou tendo um arco final muito esquisito que, embora feche bem as pontas narrativas, é meio tedioso. Uma pena, porque um filme tão intenso, uma história tão profunda, acabou de um jeito que não é, mas parece, raso.
Talvez o problema seja justamente a contraposição de uma intensidade tremenda de um momento particular, contra as lições de vida que acontecem na banalidade do mundo, das notícias, das coisas comuns. E o que poderia ser considerado um balanço com essa mesmice, a presença de algo inexplicável que é um dado da realidade, acaba ficando diminuído. Foi claro pra mim que isso tem um encaixe na trama, como a grandeza do surreal muitas vezes é apenas parte da fantasia. Mas o filme acabou chocho e, embora passe sua mensagem (de empoderamento, por quê não dizer?), senti que faltou a intensidade devida da protagonista para a origem disso tudo, que se não é endereçada, só gera novas algemas. E Carla Gugino arrasou mesmo nesse filme, pqp.
É um filme lindo, emocionante, com uma história que me fez xingar a cada cena em que as distâncias se aumentavam, por assim dizer. E as atuações dos pequenos, absurdas! Normalmente me pego pensando sobre como a atuação está incrível em alguns trechos do filme - em Lion só me dei conta no fim. Não parecia atuação. Parecia real. Agora, tem um quê de não-sei-bem que me incomodou. Não senti muita imersão. Não fez nenhum sentido isso para mim dada a qualidade de tudo nesse filme. Mas... Fazer o quê :)
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Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraFui ver sem expectativas e sem informações prévias. Acho que é meio foda a gente ir pro cinema pensando tipo "saiu o novo filme do Tarantino, oh deus aquele gênio", e não se deixar levar pelo que está rolando ali. Foi gostoso pra sentar na cadeira e esquecer do mundo. Tenho certeza de que ele não pretendia sua maior obra de arte, p*** das galáxias, aqui. Mas me levou pra dar um rolê e eu, pelo menos, curti essa pequena viagem.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraCara, que perturbador.
Fazia tempo que eu não via cinema assim, que mexe com as tripas da gente.
Agora penso que é o único cinema que merece ser visto.
Vai com certeza passar um tempão na minha cabeça.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraAdorei o filme. E dei uma nota mais alta porque sendo Stephen King, haviam coisas que eu sabia que podia esperar da história - sem que isso fosse um problema, pelo contrário. Eu adoro. Também dei nota mais alta porque, sendo um filme de um livro de Stephen King, eu também sabia que podia esperar algo muito decepcionante, que não foi o caso.
Mas a partir de um determinado ponto do filme, eu perdi completamente a imersão e a coisa toda começou a deixar de ser uma trama na qual eu me enxergava, pra ser algo mal executado que mais parecia com uma troca de canal. Me refiro ao momento em que
a protagonista se depara com a hipótese de saída da cama, seguindo seu plano, e tudo é mostrado de uma maneira tão gráfica, visceral, em close, que chega a ser quase à lá filme trash. Fica muito mais complicado manter a suspensão da descrença assim. Na vida real, exausta e abalada, ela teria desmaiado com muita facilidade, mesmo com qualquer pico de adrenalina. Sua mão machucada - já antes prejudicada por falta de circulação adequada - não permaneceria funcional como é mostrado. E será que ela conseguiria se virar com absorventes (que me pareceram colados do lado errado)?.
A partir daí eu não estava mais lá. Cheguei a interpretar erroneamente uma fala anterior, como se sugerisse que a cena fosse um ensaio mental apenas, e essa idéia me pareceu mais interessante do que o que se seguiu. Acabou tendo um arco final muito esquisito que, embora feche bem as pontas narrativas, é meio tedioso. Uma pena, porque um filme tão intenso, uma história tão profunda, acabou de um jeito que não é, mas parece, raso.
Talvez o problema seja justamente a contraposição de uma intensidade tremenda de um momento particular, contra as lições de vida que acontecem na banalidade do mundo, das notícias, das coisas comuns. E o que poderia ser considerado um balanço com essa mesmice, a presença de algo inexplicável que é um dado da realidade, acaba ficando diminuído. Foi claro pra mim que isso tem um encaixe na trama, como a grandeza do surreal muitas vezes é apenas parte da fantasia. Mas o filme acabou chocho e, embora passe sua mensagem (de empoderamento, por quê não dizer?), senti que faltou a intensidade devida da protagonista para a origem disso tudo, que se não é endereçada, só gera novas algemas. E Carla Gugino arrasou mesmo nesse filme, pqp.
Entre o Céu e o Inferno
3.7 345 Assista AgoraTípico filme de blues, sem ser sobre blues e sem ser típico. Fodido.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraÉ um filme lindo, emocionante, com uma história que me fez xingar a cada cena em que as distâncias se aumentavam, por assim dizer. E as atuações dos pequenos, absurdas! Normalmente me pego pensando sobre como a atuação está incrível em alguns trechos do filme - em Lion só me dei conta no fim. Não parecia atuação. Parecia real.
Agora, tem um quê de não-sei-bem que me incomodou. Não senti muita imersão. Não fez nenhum sentido isso para mim dada a qualidade de tudo nesse filme. Mas... Fazer o quê :)