Eu nunca li o livro do qual o filme é baseado, mas a história - as personagens e o tema principal são maravilhosos. Tente pensar em quantas personagens como a Will (Dumplin) são protagonistas de um filme e nada mais precisa ser dito sobre sua relevância. Will é confiante e vive sua vida sem desculpas, mas também não é imune aos ditames da sociedade quanto ao que o corpo ideal deve ser - uma mistura muito interessante e que ensina muito a todxs sobre aceitar a si mesmo. Outra maravilha desse filme é sua inspiração em Dolly Parton - que fez, se não me engano, duas músicas para o filme - que acho não ser muito conhecida por aqui além de ser a madrinha da Miley Cyrus, mas que é uma figura interessantíssima e uma inspiração, como o filme retrata. Gosto muito da relação mãe-tia-filha do filme, mas acho que faltou aprofundar mais no mundo emocional das personagens... chega um momento em que o filme foca demais no lance Miss Simpatia e senti que a relação da mãe, interpretada pela Jennifer Aniston, com sua irmã e com sua filha poderia ter sido melhor explorada - ainda assim, chorei horrores e é um filme diferente, importante e que vale a pena ser assistido!
O mais interessante sobre o filme é pensar no diálogo que faz com os tempos em que vivemos: onde surgem novos líderes com propostas sedutoras, que dizem ser pacifistas e igualitários e que só querem mudar as coisas para o "bem maior" - mas que escondem objetivos bem diferentes do que deixam transparecer. Apesar dos muitos pesares, é bom saber que uma história dessas chegará ao grande público e que pode dar a chance de reflexão as pessoas. Achei o Dumbledore de Judy Law maravilhoso - tem uma cena em que, não sei como, ele se parece MUITO com o Michael Gambon, que interpreta o Professor na maioria dos filmes de HP!!; mais uma vez Dumbledore sai da ação e manda outros fazerem seu trabalho mas tudo bem... faz parte da personagem. E todos sabemos que no final ele efetivamente irá derrotar Grindelwald. A pior coisa para mim no filme foi o fato da Queenie e sua irmã NÃO TROCAREM UMA PALAVRA durante todo o filme. Como assim???
Ela entrar para o time de Grindelwald também foi triste, porém, acho interessante mostrar como, em tempos de revoluções políticas, há pessoas boas que se deixam influenciar por pensamentos nefastos sem perceber.
Concordo com os comentários aí embaixo de que esse filme pareceu um grande prólogo - acho que os próximos serão mais interessantes.
Tirando a pífia desse título "traduzido" que parece um filme da sessão da tarde, é um filme interessante. Bem, eu idolatro Kristen Wiig acho ela incrível e uma baita atriz.. tem outros filmes dela que se não fosse pela sua habilidade seriam bem idiotas e ofensivos até. Mas ela traz profundidade a cenas. Esse filme em específico eu preferi o personagem Milo, interpretado por Bill Hader, mas a dinâmica dos dois é ótima. O que me chamou atenção foi o roteiro; muitas das coisas que levaram os irmãos a lidarem tão mal com seus problemas não é dita claramente. Nós somos levados a saber sobre os eventos passados, pela alusão que algum personagem faz ou algo que é dito. Sinal de que foi bem escrito :)
A idéia do filme é incrível; o trabalho artístico da animação, fantástico. Eu assisti os primeiros 30 segs do trailer e pensei "Não preciso ver mais nada porque vou AMAR esse filme". Quando terminei de assistir, porém, não me senti satisfeito com a história. O começo é ótimo, o mundo nos é apresentado de forma linda e convincente e chegamos a metade da história prontos para embarcar numa aventura que nunca acontece. A narrativa se torna confusa e esparsa... o que não torna esse filme excelente é isso. Chega um ponto em que paramos de investir nos personagens, em que os arcos de suas histórias desaparece, e um monte de coisas confusas começam a acontecer. O que especificamente me irritou foi que primeiro nos é dado a entender que nesse mundo reviver uma vida é algo grandioso e complicado mas no final isso acontece sem problema algum. Os últimos momentos são gastos numa cena em que aquele bendito golfinho unicórnio vermelho passa looongos minutos se despedindo de Chun. Eu curto sentimentalidade mas chegou uma hora em que estava tipo "Meu filho só vai pra casa". Ainda assim achei essa animação inspiradora e interessante, só precisava de uma liga narrativa maior.
Para mim o mais interessante nesse filme é a perspectiva escolhida por Sofia Coppola de nos mostrar uma corte francesa onde a rainha Maria Antonieta e seus amigos íntimos são jovens privilegiados e despreocupados, que queriam se divertir, beber, sair e namorar, como qualquer jovem hoje em dia. É quase como se essa história fosse sobre os riquinhos de Upper East Side ou semelhante, mas se passa na frança monárquica. O que é uma visão muito interessante e inteligente; não importa realmente se o que ocorre no filme é fato verídico, pois o filme traça uma ponte entre hoje e aquela época de uma maneira que nunca vi em um filme assim. É também isso que faz a trilha sonora - com várias músicas "modernas" - essencial. Filmes de época são sempre assim: de uma OUTRA época e por maior que seja sua identificação com um período histórico sempre há a noção de que a história se passa num período totalmente diferente do atual. Eu senti, nesse filme, que um pouco dessa separação é derrubada, de uma forma nova e interessante. No mais, um adendo para uma Maria Antonieta complexa: divertida e leve, carinhosa e sonhadora, mas que não é burra ou manipulável. P.S.: quem mais reparou no all star enquanto a rainha trocava de sapatos? <3
É um filme de alien muito interessante, ainda mais para quem estuda línguas como eu. A ideia de que uma língua é capaz de definir como alguém interage com passado, presente, futuro é ótima. O que mais gostei porém é como o filme lida com maternidade e o valor que isso tem, de cuidar do outro, mesmo que não seja para sempre e mesmo que o outro não entenda o valor disso.
Apesar de ser óbvio quem está por trás de tudo e do contexto ser basicamente o mesmo do primeiro filme, achei o filme maravilhoso. O mais legal, obviamente, é que a Mulher Elástica é a heroína do filme, a trama é centrada nela de forma natural ainda dando espaço para os outros terem sua importância. Há várias discussões incríveis - difícil não fazer esse trocadilho - no filme, a mais óbvia é dar a oportunidade de crianças verem uma mulher liderando um filme de ação; mas também: o fato do Sr. Incrível aprender que não precisa ser perfeito para manter sua masculinidade e que pode dar espaço para outra pessoa agir; que o mundo precisa aceitar as diferenças e que muitas vezes precisamos tomar atitudes para ver as coisas mudarem;
O tema "serial killer" já foi exaustivamente explorado em filmes, livros, séries e etc., mas na época que foi feito ainda era relativamente novo. É muito bacana a relevância que é dada para as evidências físicas da cena do crime e o trabalho antropológico. Além disso, o conflito do personagem de Denzel Washington (não poder se mover; querer morrer) é muito interessante para um policial investigativo. E embora o filme caminhe muito bem na maior parte do tempo, você chega no final com um grande "?" na cabeça. A conclusão tem sentido, mas não foi bem trabalhada ao longo do filme e tudo acontece muito rápido - sem falar no descarte de personagens relevantes como se não fosse nada. O que mais me incomodou é que os policiais não pareciam particularmente interessados no PORQUE os assassinatos estavam sendo cometidos, só a MANEIRA que estavam sendo realizados. Angelina Jolie foi uma escalação excelente mas esse romance dela com o personagem de Denzel não é nem um pouco convincente.. o final é, no mínimo, superficial.
Bem pelos comentários tem gente que não entende nada de cinema MESMO. Como diz a Clara no filme: Quando você gosta (entende) é vintage, quando não (entende) gosta é velho. Quando alguém de fora faz um filme com, como estão dizendo aí embaixo mesmo: "cenas longas demais", "diálogos sem propósito algum", "trilha sonora excessiva" (essa é pra rir), aí é estrangeiro, é "cool", é reflexivo. Mas quando se passa no próprio país o olhar é outro. Todas as cenas desse filme TEM propósito; se comunicam entre si, se expandem e aumentam a potencialidade do propósito do filme. Aquarius ser sobre a rotina de uma sexagenária não é nem o começo. É sobre empoderamento feminino, sobre classes sociais, sobre vida e morte, maternidade, durabilidade, hipocrisia, música, passado, amor, e assim vai. Recomendo assistir a filmes usando o cérebro, não é tão difícil.
Vários dizendo que o filme é ruim - baseado nos quadrinhos acredito - e até eu que não li os quadrinhos acho que o Dias de um futuro esquecido é bem melhor. Mas acho que últimos filmes de franquias serem ruins é quase uma norma de tantos exemplos que existem, então o melhor é olhá-lo em junção aos outros. O que pessoalmente mais achei interessante no trabalho do Bryan Singer foi o que ele fez com a Mística - que baseado nos desenhos eu sempre vi como Vilãzaça sem concessões. A Mística é a personagem com mais pé na realidade nos três filmes: não acha que o mundo é cor-de-rosa como o Professor nem tem a onda de poder do Magneto em dominar o mundo. Ela quer ser tratada como igual e faz isso de forma mais racional e prática que os outros, curti muito o papel dela nesse último como modelo para os mutantes mais jovens. Agora eu não entendo porque a Jean Grey tem sempre que ser tão alheia. No final eu fiquei gritando pra tela FAÇA ALGUMA COISA GAROTA. Ok foi ela que efetivamente derrotou o Apocalipse como Fênix mas mesmo assim foi meio sem graça eu queria ver ela mandando na porra toda porque desculpe, ela é a mutante mais poderosa ponto final. Mas enfim esses filmes são beem melhores do que os anteriores então acho que no geral o saldo foi mais positivo do que o negativo.
Antes de mais nada a melhor coisa desse filme é a música "Brisa Fria", canção composta por nada menos que Black Alien, Paulo Miklos, Don L e Pepe Cisneros apenas para o filme. Sobre o filme em si, acho compreensível a mudança da faixa etária do personagem principal (que no livro era um adolescente mais velho, não uma criança), pois ter um filme com um garoto como protagonista atrai um público maior. Porém essa mesma mudança prejudicou a potencialidade de suspense do filme, pois o assassino e seu modus operanti são bem interessantes, e poderiam gerar algo além do que foi mostrado em tela. Eu sou fã dos livros da Vaga-Lume e O Escaravelho do Diabo foi uma das obras que me fez apaixonar por literatura, então uma parte de mim está apenas muito feliz por ter tido a oportunidade de ver sua adaptação para o cinema e pelo simples fato dessa adaptação existir em primeiro lugar (espero que façam também de livros como O Mistério do Cinco Estrelas, de Marcos Rey, clássico dos clássicos). Como um fã também de filmes de suspense, achei o filme meio vazio, com - algumas - interpretações bobas e oportunidades narrativas desperdiçadas. Porém ele existe galera e isso é muito bom. Que venham mais do tipo!
O Castelo-Rá-Tim-Bum, a série, é uma das melhores partes da minha infância. Até hoje eu consigo de fato lembrar de coisas que aprendi assistindo os programas e sem dúvida alguma é uma das melhores coisas já feitas na televisão brasileira pra sempre. O filme do Castelo-Rá-Tim-Bum é também uma lembrança maravilhosa, foi o primeiro filme que vi no cinema e defendo em caps lock que É UM FILME MUITO, MUITO BOM. Claro que não é igual a série, nem faria muito sentido devido ao formato. O programa de TV tinha uma outra proposta, com todo o conteúdo educativo que o fez tão famoso e que do jeito que foi feito não caberia na telona. Eu vejo essas produções como duas coisas diferentes e absolutamente maravilhosas. Esse é um dos filmes mais bem produzidos e roteirizados da história do cinema brasileiro (e um dos mais caros também), com trilha sonora mágica e atores incríveis. O fato do Nino ser interpretado por uma criança no filme para mim é uma coisa ótima assim como o é o Nino de Cássio Luiz de Souza Scapin. Por favor não deixe de apreciar esse filme lindo apenas porque não é igual a série. Até hoje não houve nenhuma outra produção dessas no Brasil! O meu eu de 6 anos agradece.
Bem, tem filmes que não são para todo mundo. Acho que esse é um deles. Certamente é um filme pouco compreendido, porque é muito bacana e tem gente que nem sabe que ele existe (o que talvez o faça ainda mais bacana). Primeiro, Jennifer Garner tem um jeito adorável de atuar e gosto muito de vê-la em qualquer coisa. Depois, a história. É sobre como às vezes as pessoas que estão mais próximas de nós são aquelas que menos conhecemos (incluindo nós mesmos). Gosto de pessoas que tem reações diferentes do convencional a eventos traumatizantes, e Gray é exatamente assim. Aliás, todos os personagens são assim nesse filme. Além disso, se passa no Colorado, que é lindo. Quem pensa fora da caixa vai achar Pegar e Largar um filme leve, divertido e até interessante - tudo sem grandes pretensões é claro. Mas quem precisa delas?
Acredito firmemente que existe um novo nicho em comédias românticas onde esse e outros filmes maravilhosos como 500 Dias sem Ela, Celeste e Jesse para Sempre, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, Ela e Ruby Sparks (também estrelado pela linda Zoe Kazan) se encaixam. São filmes com uma pegada indie, muitas vezes de baixo orçamento, que retratam a vida de jovens da nossa geração - de 20 a 30 anos. Mas não apenas isso, são filmes sinceros e inteligentes, e realistas na hora de retratar o amor. Será Que? (embora tenha um titulo meio bobo tanto em inglês quanto em português), é mais um desses filmes, o que significa que ele é muito bom só por isso. Outras coisas que o fazem ser bom: Zoe Kazan - tenho uma paixão relativamente platônica por ela e seu brilhantismo; Daniel Radcliffe e Adam Driver, que também estão ótimos - consegui não ficar esperando o Wallace mostrar sua cicatriz na testa, e eu sou um potterhead; a trilha sonora; boas sacadas cômicas; e a interação de Chantry - não entendi esse nome e Wallace - que soa crível o bastante para todo o lance "melhores amigos se apaixonam" não incomodar. Resumindo é um filme adorável, totalmente válido de perder seu tempo E tem no Netflix. O que está esperando?
Eu já aplaudo qualquer filme dirigido por uma mulher, o que não é tão fácil nem em Hollywood, quanto mais no Brasil. Mas esse é apenas um dos fatores que faz Boa Sorte ser incrível; estamos falando de um filme que não deve em absolutamente nada aos estrangeiros. O que achei mais interessante é o equilíbrio genial que conseguiram proporcionar entre a leveza do amor e amizade dos personagens, e do peso de suas histórias e dramas pessoais. Apesar de terem temas tão sérios (como o HIV, a falta de conexão humana na nossa sociedade, o consumo de drogas, etc) você não passa o filme inteiro em tensão. Tudo é discutido de forma orgânica e inteligente, realista. Não só no roteiro, mas no tratamento do filme em si - a música, os cenários, e aquela cena belíssima, poética e tocante do diário de Judith - tudo foi muito bem feito. Um filme bem pensado. Eu já não duvido do cinema brasileiro há anos - nem sei se cheguei a duvidar -e Boa Sorte é apenas mais um que me faz sentir um orgulho do caralho pela nossa cultura e nossos criadores.
É um filme muito interessante, e com uma abordagem pouco ou nunca vista sobre alienígenas. Stephenie Meyer, que escreveu o livro, deveria receber mais reconhecimento por essa história do que por Crepúsculo. De qualquer maneira, não é um filme excelente mas é bacana e realmente te faz pensar sobre o que é ser humano, e o quanto devemos ser fiel a isso. Só o final que é muito perfeitinho, não vou dizer porque. Mas teria sido mais interessante não ter acontecido daquele jeito - apesar de gostar da Peregrina e daquele carinha que ela gosta também.
Sou suspeito para falar pois esse é exatamente o tipo de filme que eu amo, sobre dramas familiares de pessoas complexas e meio esquisitas haha. Maravilhoso ver Tina Fey em um papel mais dramático. É um filme leve, que não se aprofunda muito nas questões que discute, mas que tem um clima inteligente com boas interações dos atores e momentos emocionantes e engraçados. Gostei muito!
Muito bom, não é excelente, nem necessariamente inovador, mas com toda certeza foge do padrão desses filmes de "super-heróis" (até porque, na verdade nenhum dos personagens é de fato um "herói", literalmente). O que mais me atraiu foi a fotografia e a trilha sonora. Existem cenas com sacadas muito boas, muito interessantes. O próprio mundo, com todo lance de "farejadores", "controladores", etc também é bem bacana. O problema do filme é que é amplo demais, deixa várias perguntas no ar - e eu até acho isso legal de certa forma. Mas para quem gosta de ver tudo explicadinho tim-tim por tim-tim não vai curtir muito. Outra coisa que curti: o fato de se passar todo em Hong Kong, e não em mais uma grande cidade americana. A cidade é muito bem usada no filme, e dá mais credibilidade ao enredo. Dakota Fanning ótima como sempre. Pode assistir que vale a pena!
Ok, talvez não seja o melhor filme do tipo e todo esse lance de "vamos ter um filho sendo amigos" já não é novidade.. mas há razões para se gostar MUITO desse filme (como eu gostei). Por exemplo, é dirigido, escrito e estrelado por uma mulher, a linda Jennifer Westfeldt. Depois, mesmo sendo um assunto relativamente batido, a maneira como é lidada no filme consegue se manter nova de certa maneira, principalmente quando se consta nos personagens - os casais soam bem reais assim como seus problemas. Além disso, há simplesmente um elenco muito legal: Maya Rudolph, Kristen Wig, Jon Hamm e Chris O'Dowd se encontram após Bridesmaids, mas com os pares trocados. E a própria Jennifer Westfeldt e Adam Scott tem uma ótima sintonia. Enfim, o filme não é uma obra de arte, mas é muito inteligente, fofo e diferente. Vale a pena!
O filme é muito bom, a ideia geral e a atuação de Abigail Breslin ótimas, mas achei o final muito forçado, embora o cara tenha merecido. E eu fiquei esperando as duas irem no cinema ver Bridesmaids e nada haha... ainda assim, bom thriller!
Dumplin'
3.5 421Eu nunca li o livro do qual o filme é baseado, mas a história - as personagens e o tema principal são maravilhosos. Tente pensar em quantas personagens como a Will (Dumplin) são protagonistas de um filme e nada mais precisa ser dito sobre sua relevância. Will é confiante e vive sua vida sem desculpas, mas também não é imune aos ditames da sociedade quanto ao que o corpo ideal deve ser - uma mistura muito interessante e que ensina muito a todxs sobre aceitar a si mesmo. Outra maravilha desse filme é sua inspiração em Dolly Parton - que fez, se não me engano, duas músicas para o filme - que acho não ser muito conhecida por aqui além de ser a madrinha da Miley Cyrus, mas que é uma figura interessantíssima e uma inspiração, como o filme retrata. Gosto muito da relação mãe-tia-filha do filme, mas acho que faltou aprofundar mais no mundo emocional das personagens... chega um momento em que o filme foca demais no lance Miss Simpatia e senti que a relação da mãe, interpretada pela Jennifer Aniston, com sua irmã e com sua filha poderia ter sido melhor explorada - ainda assim, chorei horrores e é um filme diferente, importante e que vale a pena ser assistido!
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1KO mais interessante sobre o filme é pensar no diálogo que faz com os tempos em que vivemos: onde surgem novos líderes com propostas sedutoras, que dizem ser pacifistas e igualitários e que só querem mudar as coisas para o "bem maior" - mas que escondem objetivos bem diferentes do que deixam transparecer. Apesar dos muitos pesares, é bom saber que uma história dessas chegará ao grande público e que pode dar a chance de reflexão as pessoas. Achei o Dumbledore de Judy Law maravilhoso - tem uma cena em que, não sei como, ele se parece MUITO com o Michael Gambon, que interpreta o Professor na maioria dos filmes de HP!!; mais uma vez Dumbledore sai da ação e manda outros fazerem seu trabalho mas tudo bem... faz parte da personagem. E todos sabemos que no final ele efetivamente irá derrotar Grindelwald.
A pior coisa para mim no filme foi o fato da Queenie e sua irmã NÃO TROCAREM UMA PALAVRA durante todo o filme. Como assim???
Ela entrar para o time de Grindelwald também foi triste, porém, acho interessante mostrar como, em tempos de revoluções políticas, há pessoas boas que se deixam influenciar por pensamentos nefastos sem perceber.
Irmãos Desastre
3.5 137Tirando a pífia desse título "traduzido" que parece um filme da sessão da tarde, é um filme interessante. Bem, eu idolatro Kristen Wiig acho ela incrível e uma baita atriz.. tem outros filmes dela que se não fosse pela sua habilidade seriam bem idiotas e ofensivos até. Mas ela traz profundidade a cenas. Esse filme em específico eu preferi o personagem Milo, interpretado por Bill Hader, mas a dinâmica dos dois é ótima. O que me chamou atenção foi o roteiro; muitas das coisas que levaram os irmãos a lidarem tão mal com seus problemas não é dita claramente. Nós somos levados a saber sobre os eventos passados, pela alusão que algum personagem faz ou algo que é dito. Sinal de que foi bem escrito :)
O Peixe Grande & Begônia
4.0 211A idéia do filme é incrível; o trabalho artístico da animação, fantástico. Eu assisti os primeiros 30 segs do trailer e pensei "Não preciso ver mais nada porque vou AMAR esse filme". Quando terminei de assistir, porém, não me senti satisfeito com a história. O começo é ótimo, o mundo nos é apresentado de forma linda e convincente e chegamos a metade da história prontos para embarcar numa aventura que nunca acontece. A narrativa se torna confusa e esparsa... o que não torna esse filme excelente é isso. Chega um ponto em que paramos de investir nos personagens, em que os arcos de suas histórias desaparece, e um monte de coisas confusas começam a acontecer. O que especificamente me irritou foi que primeiro nos é dado a entender que nesse mundo reviver uma vida é algo grandioso e complicado mas no final isso acontece sem problema algum. Os últimos momentos são gastos numa cena em que aquele bendito golfinho unicórnio vermelho passa looongos minutos se despedindo de Chun. Eu curto sentimentalidade mas chegou uma hora em que estava tipo "Meu filho só vai pra casa". Ainda assim achei essa animação inspiradora e interessante, só precisava de uma liga narrativa maior.
Maria Antonieta
3.7 1,3KPara mim o mais interessante nesse filme é a perspectiva escolhida por Sofia Coppola de nos mostrar uma corte francesa onde a rainha Maria Antonieta e seus amigos íntimos são jovens privilegiados e despreocupados, que queriam se divertir, beber, sair e namorar, como qualquer jovem hoje em dia. É quase como se essa história fosse sobre os riquinhos de Upper East Side ou semelhante, mas se passa na frança monárquica. O que é uma visão muito interessante e inteligente; não importa realmente se o que ocorre no filme é fato verídico, pois o filme traça uma ponte entre hoje e aquela época de uma maneira que nunca vi em um filme assim. É também isso que faz a trilha sonora - com várias músicas "modernas" - essencial. Filmes de época são sempre assim: de uma OUTRA época e por maior que seja sua identificação com um período histórico sempre há a noção de que a história se passa num período totalmente diferente do atual. Eu senti, nesse filme, que um pouco dessa separação é derrubada, de uma forma nova e interessante. No mais, um adendo para uma Maria Antonieta complexa: divertida e leve, carinhosa e sonhadora, mas que não é burra ou manipulável. P.S.: quem mais reparou no all star enquanto a rainha trocava de sapatos? <3
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraÉ um filme de alien muito interessante, ainda mais para quem estuda línguas como eu. A ideia de que uma língua é capaz de definir como alguém interage com passado, presente, futuro é ótima. O que mais gostei porém é como o filme lida com maternidade e o valor que isso tem, de cuidar do outro, mesmo que não seja para sempre e mesmo que o outro não entenda o valor disso.
Os Incríveis 2
4.1 1,4KApesar de ser óbvio quem está por trás de tudo e do contexto ser basicamente o mesmo do primeiro filme, achei o filme maravilhoso. O mais legal, obviamente, é que a Mulher Elástica é a heroína do filme, a trama é centrada nela de forma natural ainda dando espaço para os outros terem sua importância. Há várias discussões incríveis - difícil não fazer esse trocadilho - no filme, a mais óbvia é dar a oportunidade de crianças verem uma mulher liderando um filme de ação; mas também: o fato do Sr. Incrível aprender que não precisa ser perfeito para manter sua masculinidade e que pode dar espaço para outra pessoa agir; que o mundo precisa aceitar as diferenças e que muitas vezes precisamos tomar atitudes para ver as coisas mudarem;
e um adendo para a cena fina em que Zezé (que rouba o filme inteiro) aparece de vestidol
O Colecionador de Ossos
3.7 662O tema "serial killer" já foi exaustivamente explorado em filmes, livros, séries e etc., mas na época que foi feito ainda era relativamente novo. É muito bacana a relevância que é dada para as evidências físicas da cena do crime e o trabalho antropológico. Além disso, o conflito do personagem de Denzel Washington (não poder se mover; querer morrer) é muito interessante para um policial investigativo. E embora o filme caminhe muito bem na maior parte do tempo, você chega no final com um grande "?" na cabeça. A conclusão tem sentido, mas não foi bem trabalhada ao longo do filme e tudo acontece muito rápido - sem falar no descarte de personagens relevantes como se não fosse nada. O que mais me incomodou é que os policiais não pareciam particularmente interessados no PORQUE os assassinatos estavam sendo cometidos, só a MANEIRA que estavam sendo realizados. Angelina Jolie foi uma escalação excelente mas esse romance dela com o personagem de Denzel não é nem um pouco convincente.. o final é, no mínimo, superficial.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraBem pelos comentários tem gente que não entende nada de cinema MESMO. Como diz a Clara no filme: Quando você gosta (entende) é vintage, quando não (entende) gosta é velho. Quando alguém de fora faz um filme com, como estão dizendo aí embaixo mesmo: "cenas longas demais", "diálogos sem propósito algum", "trilha sonora excessiva" (essa é pra rir), aí é estrangeiro, é "cool", é reflexivo. Mas quando se passa no próprio país o olhar é outro. Todas as cenas desse filme TEM propósito; se comunicam entre si, se expandem e aumentam a potencialidade do propósito do filme. Aquarius ser sobre a rotina de uma sexagenária não é nem o começo. É sobre empoderamento feminino, sobre classes sociais, sobre vida e morte, maternidade, durabilidade, hipocrisia, música, passado, amor, e assim vai. Recomendo assistir a filmes usando o cérebro, não é tão difícil.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1KVários dizendo que o filme é ruim - baseado nos quadrinhos acredito - e até eu que não li os quadrinhos acho que o Dias de um futuro esquecido é bem melhor. Mas acho que últimos filmes de franquias serem ruins é quase uma norma de tantos exemplos que existem, então o melhor é olhá-lo em junção aos outros. O que pessoalmente mais achei interessante no trabalho do Bryan Singer foi o que ele fez com a Mística - que baseado nos desenhos eu sempre vi como Vilãzaça sem concessões. A Mística é a personagem com mais pé na realidade nos três filmes: não acha que o mundo é cor-de-rosa como o Professor nem tem a onda de poder do Magneto em dominar o mundo. Ela quer ser tratada como igual e faz isso de forma mais racional e prática que os outros, curti muito o papel dela nesse último como modelo para os mutantes mais jovens. Agora eu não entendo porque a Jean Grey tem sempre que ser tão alheia. No final eu fiquei gritando pra tela FAÇA ALGUMA COISA GAROTA. Ok foi ela que efetivamente derrotou o Apocalipse como Fênix mas mesmo assim foi meio sem graça eu queria ver ela mandando na porra toda porque desculpe, ela é a mutante mais poderosa ponto final. Mas enfim esses filmes são beem melhores do que os anteriores então acho que no geral o saldo foi mais positivo do que o negativo.
O Escaravelho do Diabo
2.6 335Antes de mais nada a melhor coisa desse filme é a música "Brisa Fria", canção composta por nada menos que Black Alien, Paulo Miklos, Don L e Pepe Cisneros apenas para o filme.
Sobre o filme em si, acho compreensível a mudança da faixa etária do personagem principal (que no livro era um adolescente mais velho, não uma criança), pois ter um filme com um garoto como protagonista atrai um público maior. Porém essa mesma mudança prejudicou a potencialidade de suspense do filme, pois o assassino e seu modus operanti são bem interessantes, e poderiam gerar algo além do que foi mostrado em tela.
Eu sou fã dos livros da Vaga-Lume e O Escaravelho do Diabo foi uma das obras que me fez apaixonar por literatura, então uma parte de mim está apenas muito feliz por ter tido a oportunidade de ver sua adaptação para o cinema e pelo simples fato dessa adaptação existir em primeiro lugar (espero que façam também de livros como O Mistério do Cinco Estrelas, de Marcos Rey, clássico dos clássicos). Como um fã também de filmes de suspense, achei o filme meio vazio, com - algumas - interpretações bobas e oportunidades narrativas desperdiçadas.
Porém ele existe galera e isso é muito bom. Que venham mais do tipo!
Corpo Fechado
3.7 1,3KPrimeira vez que a tradução de um título de filme é mais interessante que o nome original.
Castelo Rá-Tim-Bum, O Filme
2.9 305O Castelo-Rá-Tim-Bum, a série, é uma das melhores partes da minha infância. Até hoje eu consigo de fato lembrar de coisas que aprendi assistindo os programas e sem dúvida alguma é uma das melhores coisas já feitas na televisão brasileira pra sempre. O filme do Castelo-Rá-Tim-Bum é também uma lembrança maravilhosa, foi o primeiro filme que vi no cinema e defendo em caps lock que É UM FILME MUITO, MUITO BOM. Claro que não é igual a série, nem faria muito sentido devido ao formato. O programa de TV tinha uma outra proposta, com todo o conteúdo educativo que o fez tão famoso e que do jeito que foi feito não caberia na telona. Eu vejo essas produções como duas coisas diferentes e absolutamente maravilhosas. Esse é um dos filmes mais bem produzidos e roteirizados da história do cinema brasileiro (e um dos mais caros também), com trilha sonora mágica e atores incríveis. O fato do Nino ser interpretado por uma criança no filme para mim é uma coisa ótima assim como o é o Nino de Cássio Luiz de Souza Scapin. Por favor não deixe de apreciar esse filme lindo apenas porque não é igual a série. Até hoje não houve nenhuma outra produção dessas no Brasil! O meu eu de 6 anos agradece.
Pegar e Largar
3.0 221Bem, tem filmes que não são para todo mundo. Acho que esse é um deles. Certamente é um filme pouco compreendido, porque é muito bacana e tem gente que nem sabe que ele existe (o que talvez o faça ainda mais bacana). Primeiro, Jennifer Garner tem um jeito adorável de atuar e gosto muito de vê-la em qualquer coisa. Depois, a história. É sobre como às vezes as pessoas que estão mais próximas de nós são aquelas que menos conhecemos (incluindo nós mesmos). Gosto de pessoas que tem reações diferentes do convencional a eventos traumatizantes, e Gray é exatamente assim. Aliás, todos os personagens são assim nesse filme. Além disso, se passa no Colorado, que é lindo. Quem pensa fora da caixa vai achar Pegar e Largar um filme leve, divertido e até interessante - tudo sem grandes pretensões é claro. Mas quem precisa delas?
Será Que?
3.5 913Acredito firmemente que existe um novo nicho em comédias românticas onde esse e outros filmes maravilhosos como 500 Dias sem Ela, Celeste e Jesse para Sempre, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, Ela e Ruby Sparks (também estrelado pela linda Zoe Kazan) se encaixam. São filmes com uma pegada indie, muitas vezes de baixo orçamento, que retratam a vida de jovens da nossa geração - de 20 a 30 anos. Mas não apenas isso, são filmes sinceros e inteligentes, e realistas na hora de retratar o amor. Será Que? (embora tenha um titulo meio bobo tanto em inglês quanto em português), é mais um desses filmes, o que significa que ele é muito bom só por isso. Outras coisas que o fazem ser bom: Zoe Kazan - tenho uma paixão relativamente platônica por ela e seu brilhantismo; Daniel Radcliffe e Adam Driver, que também estão ótimos - consegui não ficar esperando o Wallace mostrar sua cicatriz na testa, e eu sou um potterhead; a trilha sonora; boas sacadas cômicas; e a interação de Chantry - não entendi esse nome e Wallace - que soa crível o bastante para todo o lance "melhores amigos se apaixonam" não incomodar. Resumindo é um filme adorável, totalmente válido de perder seu tempo E tem no Netflix. O que está esperando?
Boa Sorte
3.6 440Eu já aplaudo qualquer filme dirigido por uma mulher, o que não é tão fácil nem em Hollywood, quanto mais no Brasil. Mas esse é apenas um dos fatores que faz Boa Sorte ser incrível; estamos falando de um filme que não deve em absolutamente nada aos estrangeiros. O que achei mais interessante é o equilíbrio genial que conseguiram proporcionar entre a leveza do amor e amizade dos personagens, e do peso de suas histórias e dramas pessoais. Apesar de terem temas tão sérios (como o HIV, a falta de conexão humana na nossa sociedade, o consumo de drogas, etc) você não passa o filme inteiro em tensão. Tudo é discutido de forma orgânica e inteligente, realista. Não só no roteiro, mas no tratamento do filme em si - a música, os cenários, e aquela cena belíssima, poética e tocante do diário de Judith - tudo foi muito bem feito. Um filme bem pensado. Eu já não duvido do cinema brasileiro há anos - nem sei se cheguei a duvidar -e Boa Sorte é apenas mais um que me faz sentir um orgulho do caralho pela nossa cultura e nossos criadores.
A Hospedeira
3.2 2,2KÉ um filme muito interessante, e com uma abordagem pouco ou nunca vista sobre alienígenas. Stephenie Meyer, que escreveu o livro, deveria receber mais reconhecimento por essa história do que por Crepúsculo. De qualquer maneira, não é um filme excelente mas é bacana e realmente te faz pensar sobre o que é ser humano, e o quanto devemos ser fiel a isso. Só o final que é muito perfeitinho, não vou dizer porque. Mas teria sido mais interessante não ter acontecido daquele jeito - apesar de gostar da Peregrina e daquele carinha que ela gosta também.
Sete Dias Sem Fim
3.4 265Sou suspeito para falar pois esse é exatamente o tipo de filme que eu amo, sobre dramas familiares de pessoas complexas e meio esquisitas haha. Maravilhoso ver Tina Fey em um papel mais dramático. É um filme leve, que não se aprofunda muito nas questões que discute, mas que tem um clima inteligente com boas interações dos atores e momentos emocionantes e engraçados. Gostei muito!
Heróis
3.0 986Muito bom, não é excelente, nem necessariamente inovador, mas com toda certeza foge do padrão desses filmes de "super-heróis" (até porque, na verdade nenhum dos personagens é de fato um "herói", literalmente). O que mais me atraiu foi a fotografia e a trilha sonora. Existem cenas com sacadas muito boas, muito interessantes. O próprio mundo, com todo lance de "farejadores", "controladores", etc também é bem bacana. O problema do filme é que é amplo demais, deixa várias perguntas no ar - e eu até acho isso legal de certa forma. Mas para quem gosta de ver tudo explicadinho tim-tim por tim-tim não vai curtir muito. Outra coisa que curti: o fato de se passar todo em Hong Kong, e não em mais uma grande cidade americana. A cidade é muito bem usada no filme, e dá mais credibilidade ao enredo. Dakota Fanning ótima como sempre. Pode assistir que vale a pena!
Solteiros Com Filhos
3.1 403Ok, talvez não seja o melhor filme do tipo e todo esse lance de "vamos ter um filho sendo amigos" já não é novidade.. mas há razões para se gostar MUITO desse filme (como eu gostei). Por exemplo, é dirigido, escrito e estrelado por uma mulher, a linda Jennifer Westfeldt. Depois, mesmo sendo um assunto relativamente batido, a maneira como é lidada no filme consegue se manter nova de certa maneira, principalmente quando se consta nos personagens - os casais soam bem reais assim como seus problemas. Além disso, há simplesmente um elenco muito legal: Maya Rudolph, Kristen Wig, Jon Hamm e Chris O'Dowd se encontram após Bridesmaids, mas com os pares trocados. E a própria Jennifer Westfeldt e Adam Scott tem uma ótima sintonia. Enfim, o filme não é uma obra de arte, mas é muito inteligente, fofo e diferente. Vale a pena!
Chamada de Emergência
3.7 1,5KO filme é muito bom, a ideia geral e a atuação de Abigail Breslin ótimas, mas achei o final muito forçado, embora o cara tenha merecido. E eu fiquei esperando as duas irem no cinema ver Bridesmaids e nada haha... ainda assim, bom thriller!