É muito interessante ver como Violência Gratuita faz questão de evidenciar para o espectador que trata-se de um filme, e por fim questionar sobre a diferença entre a ficção e a realidade. Aqui a narrativa não é nada transparente, por algumas vezes Paul conversa com o espectador, menciona sobre o desenvolvimento de uma trama, e utiliza um controle remoto para alterar os rumos da história. O som e o plano sequência são elementos fundamentais dentro da forma de Violência Gratuita. O som presente no filme é quase que unicamente diegético, e em muitos momentos a história é contada a partir do som fora de quadro. O plano sequência se faz muito presente no filme, valorizando a mise en scène ou simplesmente contemplando um vão de escadas ou uma televisão ligada. Nestes momentos, a montagem aparenta ser proibida.
Em uma de suas primeiras falas, Ozaki parece já preparar o espectador para o que está por vir em Gozu, 「これから俺の言う話は全部冗談ですから、本気にしないでください。」"Tudo que direi a partir de agora trata-se de uma piada, então não leve a sério". Em Gozu, Miike retoma alguns elementos de seus filmes anteriores, como o sonho em Audition, e a lactação em Visitor Q, a qual o diretor denota um sentimento de nostalgia. Nesta trama Yakuza, Miike explora o surrealismo de forma a representar a devoção e os laços afetivos estabelecidos entre o chefe de um clã e um de seus empregados, o que faz do filme uma grande homenagem ao gênero Yakuza, que foi um marco na Nouvelle Vague Japonesa.
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Violência Gratuita
3.4 1,3KÉ muito interessante ver como Violência Gratuita faz questão de evidenciar para o espectador que trata-se de um filme, e por fim questionar sobre a diferença entre a ficção e a realidade. Aqui a narrativa não é nada transparente, por algumas vezes Paul conversa com o espectador, menciona sobre o desenvolvimento de uma trama, e utiliza um controle remoto para alterar os rumos da história.
O som e o plano sequência são elementos fundamentais dentro da forma de Violência Gratuita. O som presente no filme é quase que unicamente diegético, e em muitos momentos a história é contada a partir do som fora de quadro. O plano sequência se faz muito presente no filme, valorizando a mise en scène ou simplesmente contemplando um vão de escadas ou uma televisão ligada. Nestes momentos, a montagem aparenta ser proibida.
Gozu
3.7 56Em uma de suas primeiras falas, Ozaki parece já preparar o espectador para o que está por vir em Gozu, 「これから俺の言う話は全部冗談ですから、本気にしないでください。」"Tudo que direi a partir de agora trata-se de uma piada, então não leve a sério". Em Gozu, Miike retoma alguns elementos de seus filmes anteriores, como o sonho em Audition, e a lactação em Visitor Q, a qual o diretor denota um sentimento de nostalgia. Nesta trama Yakuza, Miike explora o surrealismo de forma a representar a devoção e os laços afetivos estabelecidos entre o chefe de um clã e um de seus empregados, o que faz do filme uma grande homenagem ao gênero Yakuza, que foi um marco na Nouvelle Vague Japonesa.