Ancorado pela insanidade dramática de um saxofone intrigante, "Taxi Driver" demonstra a ante-sala das grandes metrópoles, nos revelando uma Nova Iorque suja, prostituída, racista, decadente. Uma Nova Iorque fria e escura, que não aparece nos cartões-postais. Do táxi de Travis Bickle vemos solitariamente a degradação moral e social de uma cidade que aos olhos do mundo exala, falsamente, perfeição e prosperidade. Nos revela a outra face do "sonho americano" e até que ponto estamos preparados para podermos lutar contra os nossos próprios conflitos. "Taxi Driver" é, antes de tudo, uma imersão realista na masmorra antropofágica do caos urbano, que Scorsese brilhantemente pintou como obra de arte.
Realizou o meu sonho de infância e o grande sonho de toda uma geração ao reunir num mesmo filme os grandes astros dos filmes de ação dos anos 80/90. Épico. Mas se você não curtiu, provavelmente você é uma cobra.
O filme foi fiel à estética sanguinária de Tarantino. Tem bom roteiro. Grande dupla formada entre Samuel L. Jackson e John Travolta. Destaco a atuação de Uma Thurman (Mia), que deveria aparecer mais. Ver Maria de Medeiros (Fabienne) no filme foi muito bom. Porém o filme ia bem até aparecer Butch (Bruce Willis), que quebrou um pouco a dinâmica do filme. como na cena em que...
ele tá no quarto com a Fabienne e a cena tem um andamento bastante lento. Vinte minutos numa cena dessas foi desnecessário. Como também foi desnecessário o diálogo do relógio no ânus. Uma prática passada de pai pra filho. haha. Depois, do nada, ele parece incorporar John McClane (de "Duro de Matar") e metralha o Vincent. Totalmente fora de contexto. E a cena final parecia que ia ser brilhante, mas novamente a dinâmica foi quebrada pelo longo discurso de Jules contra o assaltante e por chatas citações bíblicas. Mas mesmo assim foi uma boa cena (que brilhantemente foi a continuação do início do filme, com o anúncio do assalto), porém meio lenta. Mas destaco positivamente a maleta de diamantes que seria a mesma do final de "Cães de Aluguel". Isso foi foda. E também foi meio sem sentido quando Vincent e Mia chegam em casa (vindos do Jack Rabbit Slim's) e o Vincent começa a falar sozinho coisas sem sentido, enquanto Mia dança sozinha.
Observei uma mensagem subliminar na cena em que...
Tarantino aparece pela primeira vez. Em segundo plano percebe-se o relógio de parede marcando 8:17 (aproximada hora em que a bomba atômica caiu sobre a cidade de Hiroshima). Não para por aí. Na mesma cena, Tarantino veste algo como se fosse um quimono (símbolo japonês), usando por dentro uma camisa branca com a figura de um boneco com características orientais. Ao mesmo tempo tempo, ele segura uma xícara, que lembra os japoneses que têm o hábito cultural de tomarem chá verde. E depois, durante a conversa com Vincent e Jules, Tarantino (Jimmie) utililiza a tal expressão: "Armazém de Negros Mortos", o que poderia ser uma referência ao nazismo e os campos de concentração (ele não quis fazer apologia, óbvio) e lembrando a Segunda Guerra, como forma de fazer essa ligação entre Hiroshima e a época em que ocorreu a tragédia.
Ao tratar de um tema tão batido no cinema e na literatura (nazismo), Roberto Benigni (Guido) reinventa a forma de contar essa história e cria um filme dentro de outro filme ao apresentar ao seu filho (Giosué) uma 'fábula' onde se propunha um final feliz. Em meio ao terror permanente do campo de concentração, Guido deu à tragédia ares de poesia. E tudo isso num filme que não precisou derramar sangue. Guido, com uma personalidade maior do que um 'tanque de guerra', demonstra que a ideologia nazista foi algo tão pequeno como o tamanho de um 'umbigo'. E vai mais além, deixando a mensagem de que, na vida, é possível sorrir em meio ao caos.
Ótimo filme, bastante denso, com um final surpreendente. Dae-su cai num jogo torturante, que JigSaw jamais ousara fazer em todos os 'Jogos Mortais'. Este filme também demonstra que é possível se fazer clássicos fora do eixo Hollywood-Europa. Como ponto negativo, destaco que não comerei mais polvo.
Parafraseando Bane (de 'Batman'), Woo-jin Lee é mais do que um torturador de corpos. É um torturador de almas. E até um simplório martelinho conseguiu ser protagonista da antológica cena de luta no corredor.
Subverte a forma de relacionamentos no cinema, mostrando um homem tímido (Joel) que é conquistado por uma mulher extrovertida (Clementine). Fugindo de clichês, o filme dá vida a questionamentos, reflexões e inseguranças tendo como palco principal a mente humana, que parece ser um mundo paralelo. Com excelente atuação do versátil Jim Carrey (num drama) e de Kate Winslet, "Brilho Eterno..." extrapola os limites de relacionamentos amorosos para gerar debates mais profundos sobre outros temas. Ponto positivo também para os efeitos especiais que aumentam a beleza de um filme que também tem uma bela fotografia.
Um bom filme de ficção científica pra tecnologia existente em 1933, com pitadas de humor, embora este longa não retrate 100% o romance de H. G. Wells, começando com Griffin já invisível. Porém o filme já tem um início impactante e consegue prender o espectador até o final.
Politicamente incorreto do início ao fim, "Freaks" reúne magistralmente, até entao, uma improvável trupe de gagos, siamesas, artistas com as mais diversas deformidades e cria um sensacional espetáculo subversivo (até mesmo para os dias de hoje), que transcende os bastidores do circo e nos revela que a verdadeira anomalia está no preconceito dos ditos "normais". Proibido, censurado e ousado, utilizou atores com deformidades reais e quebrou barreiras dentro da conservadora sociedade estadunidense. Obra-prima.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraAncorado pela insanidade dramática de um saxofone intrigante, "Taxi Driver" demonstra a ante-sala das grandes metrópoles, nos revelando uma Nova Iorque suja, prostituída, racista, decadente. Uma Nova Iorque fria e escura, que não aparece nos cartões-postais.
Do táxi de Travis Bickle vemos solitariamente a degradação moral e social de uma cidade que aos olhos do mundo exala, falsamente, perfeição e prosperidade. Nos revela a outra face do "sonho americano" e até que ponto estamos preparados para podermos lutar contra os nossos próprios conflitos.
"Taxi Driver" é, antes de tudo, uma imersão realista na masmorra antropofágica do caos urbano, que Scorsese brilhantemente pintou como obra de arte.
Os Mercenários 2
3.5 2,3K Assista AgoraRealizou o meu sonho de infância e o grande sonho de toda uma geração ao reunir num mesmo filme os grandes astros dos filmes de ação dos anos 80/90. Épico.
Mas se você não curtiu, provavelmente você é uma cobra.
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraO filme foi fiel à estética sanguinária de Tarantino. Tem bom roteiro. Grande
dupla formada entre Samuel L. Jackson e John Travolta. Destaco a atuação de Uma Thurman (Mia), que deveria aparecer mais. Ver Maria de Medeiros (Fabienne) no filme foi muito bom. Porém o filme ia bem até aparecer Butch (Bruce Willis), que quebrou um pouco a dinâmica do filme. como na cena em que...
ele tá no quarto com a Fabienne e a cena tem um andamento bastante lento. Vinte minutos numa cena dessas foi desnecessário. Como também foi desnecessário o diálogo do relógio no ânus. Uma prática passada de pai pra filho. haha. Depois, do nada, ele parece incorporar John McClane (de "Duro de Matar") e metralha o Vincent. Totalmente fora de contexto. E a cena final parecia que ia ser brilhante, mas novamente a dinâmica foi quebrada pelo longo discurso de Jules contra o assaltante e por chatas citações bíblicas. Mas mesmo assim foi uma boa cena (que brilhantemente foi a continuação do início do filme, com o anúncio do assalto), porém meio lenta. Mas destaco positivamente a maleta de diamantes que seria a mesma do final de "Cães de Aluguel". Isso foi foda. E também foi meio sem sentido quando Vincent e Mia chegam em casa (vindos do Jack Rabbit Slim's) e o Vincent começa a falar sozinho coisas sem sentido, enquanto Mia dança sozinha.
Observei uma mensagem subliminar na cena em que...
Tarantino aparece pela primeira vez. Em segundo plano percebe-se o relógio de parede marcando 8:17 (aproximada hora em que a bomba atômica caiu sobre a cidade de Hiroshima). Não para por aí. Na mesma cena, Tarantino veste algo como se fosse um quimono (símbolo japonês), usando por dentro uma camisa branca com a figura de um boneco com
características orientais. Ao mesmo tempo tempo, ele segura uma xícara, que lembra os japoneses que têm o hábito cultural de tomarem chá verde. E depois, durante a conversa com Vincent e Jules, Tarantino (Jimmie) utililiza a tal expressão: "Armazém de Negros Mortos", o que poderia ser uma referência ao nazismo e os campos de concentração (ele não quis fazer apologia, óbvio) e lembrando a Segunda Guerra, como forma de fazer essa ligação entre Hiroshima e a época em que ocorreu a tragédia.
Rain Man
4.1 767 Assista AgoraFilme brilhante, ótimo roteiro e uma extraordinária atuação de Dustin Hoffman (Raymond):
o homem de 3 milhões de dólares e 246 palitos.
A Vida é Bela
4.5 2,7K Assista AgoraAo tratar de um tema tão batido no cinema e na literatura (nazismo), Roberto Benigni (Guido) reinventa a forma de contar essa história e cria um filme dentro de outro filme ao apresentar ao seu filho (Giosué) uma 'fábula' onde se propunha um final feliz. Em meio ao terror permanente do campo de concentração, Guido deu à tragédia ares de poesia. E tudo isso num filme que não precisou derramar sangue. Guido, com uma personalidade maior do que um 'tanque de guerra', demonstra que a ideologia nazista foi algo tão pequeno como o tamanho de um 'umbigo'. E vai mais além, deixando a mensagem de que, na vida, é possível sorrir em meio ao caos.
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraÓtimo filme, bastante denso, com um final surpreendente. Dae-su cai num jogo torturante, que JigSaw jamais ousara fazer em todos os 'Jogos Mortais'. Este filme também demonstra que é possível se fazer clássicos fora do eixo Hollywood-Europa. Como ponto negativo, destaco que não comerei mais polvo.
Parafraseando Bane (de 'Batman'), Woo-jin Lee é mais do que um torturador de corpos. É um torturador de almas. E até um simplório martelinho conseguiu ser protagonista da antológica cena de luta no corredor.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraSubverte a forma de relacionamentos no cinema, mostrando um homem tímido (Joel) que é conquistado por uma mulher extrovertida (Clementine). Fugindo de clichês, o filme dá vida a questionamentos, reflexões e inseguranças tendo como palco principal a mente humana, que parece ser um mundo paralelo. Com excelente atuação do versátil Jim Carrey (num drama) e de Kate Winslet, "Brilho Eterno..." extrapola os limites de relacionamentos amorosos para gerar debates mais profundos sobre outros temas. Ponto positivo também para os efeitos especiais que aumentam a beleza de um filme que também tem uma bela fotografia.
O Homem Invisível
3.9 156 Assista AgoraUm bom filme de ficção científica pra tecnologia existente em 1933, com pitadas de humor, embora este longa não retrate 100% o romance de H. G. Wells, começando com Griffin já invisível. Porém o filme já tem um início impactante e consegue prender o espectador até o final.
Monstros
4.3 509 Assista AgoraPoliticamente incorreto do início ao fim, "Freaks" reúne magistralmente, até entao, uma improvável trupe de gagos, siamesas, artistas com as mais diversas deformidades e cria um sensacional espetáculo subversivo (até mesmo para os dias de hoje), que transcende os bastidores do circo e nos revela que a verdadeira anomalia está no preconceito dos ditos "normais". Proibido, censurado e ousado, utilizou atores com deformidades reais e quebrou barreiras dentro da conservadora sociedade estadunidense. Obra-prima.