"Poesia é um jogo onde o perdedor ganha tudo.". São muitos subtextos aqui, esse é um filme pra rever de tempos em tempos porque são muitas coisas sendo ditas mas tantas outras não ditas. Gosto do gênero lovers on the run, se em Natural Born Killers temos tudo muito escrachado, aqui, pela época e muito pela estética é tudo muito sublime. Realmente existe filme e existe cinema. Aqui tivemos cinema, e cinema atemporal.
Acho que foi Shakespeare quem escreveu que o inferno está vazio e os demônios estão todos aqui e ele nunca acertou tanto. Realmente a banalidade do mal é atemorizante, porque é assim que perdemos a humanidade. Perturbador, principalmente porque a direção nos coloca como onipresentes junto com eles e mesmo que seja tudo muito atroz não fazemos nada a respeito assim como eles (mesmo que por motivos obviamente diferentes, espera-se). Muito interessante o que fizeram aqui, contando mais de uma história: a que se vê e a que se ouve. Direção muito provocativa - e perturbadora, fotografia e som fundamentais.
Fico com um sentimento de agridoce quanto a esse aqui. Adoro o arco triângulo amoroso quando bem feito, bem motivado. Acho que por isso, pra mim, falta algo nessa história. Gostar de alguém aos 12 anos não é um motivo, pra mim, razoável, pra um chove que nunca molhou de outros 24 anos. Amar exige um pouco de coragem, e aqui temos dois trouxas demais pra isso. Porém, esse é o maior ato de "case-se com um feio mas não com um coitado" dos últimos tempos. História e elenco até bons, mas a coisa toda é tão óbvia, já contada tantas vezes, de formas tão melhores, que eu fiquei sim, um pouco estressada vendo isso aqui. Pouquíssima tensão sexual - o que é basicamente o grande norte desse tipo de história; pra ficar melhor só o querido do marido escrevendo um livro sobre esses dois e lucrando em cima dessa patacoada. No fim eu já fiquei no pique "Chora bonequinha".
Não sustentou o drama familiar, e também não abraçou o terror juvenil. Na medida que quis homenagear os filmes da trilogia oficial, acabou se perdendo na resolução desse. Às vezes é melhor escolher abraçar uma ideia só do que tentar pegar todas e finalizar com nenhuma.
Comédia despretensiosa que cumpre o seu papel. Começa como uma aventura divertida que eu teria visto nas tardes da minha infância, mas depois ele traz muitas camadas. Você nem sabe de onde o soco veio, mas ele te acerta com tudo, afinal, é um filme da Greta Gerwig, vai te atingir em algum momento. Ryan não é o Ken que eu esperava, mas ele conseguiu ser maior do que isso. Margot estava no ponto. Pra mim, America é um destaque, espero que leve alguma indicação. Casting, em geral, bom, porém senti falta de muitos artistas óbvios que caberiam em um universo assim. É muito claro que a Greta gosta do que faz, ela bebe de muitas fontes e o jeito que ela referencia é lindo. Barbie traz uma proposta e é bem executada, é essencialmente o que é. Produção evidentemente muito detalhista e dedicada. Acredito em surra de indicações e alguns prêmios.
"O mundo existe há tanto tempo. Tudo tem outro significado. E ainda assim, e ainda assim, o que não é estranho?". Não tem muito o que dizer, quando você sabe, você sabe. É um filme muito simples, mas com tantos significados que fica difícil reduzir em palavras.
Desconfortável. Uma das coisas mais perturbadoras que já vi, e não é pela qualidade, é principalmente pelo realismo. Terminei em choque e seguirei impactada.
O filme é baseado em um conto do Joe Hill, de aproximadamente 30 páginas. Joe é filho do Stephen King, então sim, além do parentesco, é óbvio que a produção usou muito desse hype no filme, inclusive com referências muito descaradas. Não parece ser uma informação que todo mundo que comentou aqui saiba, já que acharam que era mais um filme sobre crianças parecendo "It". Na verdade, o filme é uma grande referência assim como o conto. Não é pra ser inovador, nem revolucionário. Quem não gostou apontando que é um filme fraco provavelmente não tinha essas referências pra entender que não é sobre um grande serial killer que vai ser desenvolvido em 6 filmes sequência até saturar. Talvez até façam, mas é só porque esse filme rendeu uma boa grana. O filme é bom, honesto e satisfatório no que se propõe.
As mudanças para economia de tempo de filme foram prejudiciais pra história que na adaptação acabou com mais lacunas do que seria possível para o filme ser crível.
De fato, é injusta a forma da abordagem que ela deu para as mulheres. Que pra mim seria mais ok se fosse da forma pedagógica que ela usava com os homens e vice-versa. Eu gostava do casal, então fiquei chateada com o final deles. Além de achar extremamente injusto ela ter morrido, fiquei até o fim esperando ela ressuscitar - filme né, eu espero de tudo. I Spit on Your Grave é muito superior na questão do final que moça teve. Também esperava um filme mais sangrento, não tão psicológico. Foi uma boa divulgação a que fizeram.
No livro não tinha a avó dando esse show, nem o plot da traição da Maddie, nem a história da Bonnie explicada (havia apenas menção de violência familiar, que eu até achei que era do pai com a mãe dela). O plot da Jane então, simplesmente preecheram o "pós" dela, fiquei chateada porque o moço do café era legal, achei que ele iria continuar e simplesmente sumiu. O plot da Renata que também não existiu tá cada vez melhor. Dona da temporada.
O que posso dizer é que me surpreenderam muito, gostei bastante. Não foi perfeita, mas foi muito boa.
O plot da traição da Maddie não existe no livro e não acho que tenha sido necessário. A história era boa e completa sem isso, fiquei chateada pelo Ed. Também acho que o final foi meio abrupto, poderiam ter explicado que a Bonnie tinha histórico de violência contra mulher na família e a reação dela foi por gatilho.
Curiosa para ver como desenrolaram na segunda temporada.
O Demônio das Onze Horas
4.2 431 Assista Agora"Poesia é um jogo onde o perdedor ganha tudo.". São muitos subtextos aqui, esse é um filme pra rever de tempos em tempos porque são muitas coisas sendo ditas mas tantas outras não ditas. Gosto do gênero lovers on the run, se em Natural Born Killers temos tudo muito escrachado, aqui, pela época e muito pela estética é tudo muito sublime. Realmente existe filme e existe cinema. Aqui tivemos cinema, e cinema atemporal.
A Sala dos Professores
3.9 141Finais abertos são ok, mas a tensão imperou durante quase o filme todo então a escolha de final acabou sendo decepcionante.
Pobres Criaturas
4.1 1,2KLanthimos está para gente imitando animais assim como Tarantino está para pés.
Zona de Interesse
3.6 603Acho que foi Shakespeare quem escreveu que o inferno está vazio e os demônios estão todos aqui e ele nunca acertou tanto. Realmente a banalidade do mal é atemorizante, porque é assim que perdemos a humanidade. Perturbador, principalmente porque a direção nos coloca como onipresentes junto com eles e mesmo que seja tudo muito atroz não fazemos nada a respeito assim como eles (mesmo que por motivos obviamente diferentes, espera-se). Muito interessante o que fizeram aqui, contando mais de uma história: a que se vê e a que se ouve. Direção muito provocativa - e perturbadora, fotografia e som fundamentais.
Vidas Passadas
4.2 769Fico com um sentimento de agridoce quanto a esse aqui. Adoro o arco triângulo amoroso quando bem feito, bem motivado. Acho que por isso, pra mim, falta algo nessa história. Gostar de alguém aos 12 anos não é um motivo, pra mim, razoável, pra um chove que nunca molhou de outros 24 anos. Amar exige um pouco de coragem, e aqui temos dois trouxas demais pra isso. Porém, esse é o maior ato de "case-se com um feio mas não com um coitado" dos últimos tempos. História e elenco até bons, mas a coisa toda é tão óbvia, já contada tantas vezes, de formas tão melhores, que eu fiquei sim, um pouco estressada vendo isso aqui. Pouquíssima tensão sexual - o que é basicamente o grande norte desse tipo de história; pra ficar melhor só o querido do marido escrevendo um livro sobre esses dois e lucrando em cima dessa patacoada. No fim eu já fiquei no pique "Chora bonequinha".
Sobrenatural: A Porta Vermelha
2.6 314Não sustentou o drama familiar, e também não abraçou o terror juvenil. Na medida que quis homenagear os filmes da trilogia oficial, acabou se perdendo na resolução desse. Às vezes é melhor escolher abraçar uma ideia só do que tentar pegar todas e finalizar com nenhuma.
Red Rooms
3.6 40Achei que não tinha entendido, mas só não soube o que sentir.
Halloween Ends
2.3 537Com o perdão do trocadilho, que morte horrível.
Ninguém Vai Te Salvar
3.2 565Em algum momento você tem que escolher entre fazer uma alegoria sobre o trauma ou fazer o trauma em si. E foi aí que eles perderam.
Jogos Mortais X
3.4 490Puro suco de fanservice. Não é o melhor, não é perfeito, mas é muito satisfatório.
Barbie
3.9 1,6KComédia despretensiosa que cumpre o seu papel. Começa como uma aventura divertida que eu teria visto nas tardes da minha infância, mas depois ele traz muitas camadas. Você nem sabe de onde o soco veio, mas ele te acerta com tudo, afinal, é um filme da Greta Gerwig, vai te atingir em algum momento. Ryan não é o Ken que eu esperava, mas ele conseguiu ser maior do que isso. Margot estava no ponto. Pra mim, America é um destaque, espero que leve alguma indicação. Casting, em geral, bom, porém senti falta de muitos artistas óbvios que caberiam em um universo assim. É muito claro que a Greta gosta do que faz, ela bebe de muitas fontes e o jeito que ela referencia é lindo. Barbie traz uma proposta e é bem executada, é essencialmente o que é. Produção evidentemente muito detalhista e dedicada. Acredito em surra de indicações e alguns prêmios.
Memórias de um Amor
3.8 52Terminei emocionalmente abalada.
Os Cinco Diabos
3.9 46Como pode um romance com somente um elemento muito sutilmente acrescentado se tornar tão intimidante?
Viveiro
3.2 767Esse quis ser e não foi.
Você Não Estará Só
3.6 126"O mundo existe há tanto tempo. Tudo tem outro significado. E ainda assim, e ainda assim, o que não é estranho?". Não tem muito o que dizer, quando você sabe, você sabe. É um filme muito simples, mas com tantos significados que fica difícil reduzir em palavras.
O Menu
3.6 1,0KFaltou um sal.
Soft & Quiet
3.5 244Desconfortável. Uma das coisas mais perturbadoras que já vi, e não é pela qualidade, é principalmente pelo realismo. Terminei em choque e seguirei impactada.
O Telefone Preto
3.5 1,0KO filme é baseado em um conto do Joe Hill, de aproximadamente 30 páginas. Joe é filho do Stephen King, então sim, além do parentesco, é óbvio que a produção usou muito desse hype no filme, inclusive com referências muito descaradas. Não parece ser uma informação que todo mundo que comentou aqui saiba, já que acharam que era mais um filme sobre crianças parecendo "It". Na verdade, o filme é uma grande referência assim como o conto. Não é pra ser inovador, nem revolucionário. Quem não gostou apontando que é um filme fraco provavelmente não tinha essas referências pra entender que não é sobre um grande serial killer que vai ser desenvolvido em 6 filmes sequência até saturar. Talvez até façam, mas é só porque esse filme rendeu uma boa grana. O filme é bom, honesto e satisfatório no que se propõe.
Respire Fundo
3.4 69Impactante e sutil.
Chorei muito durante o filme, eu imaginei o que aconteceria mas torci tanto pra não acontecer.
Naquele Fim de Semana
2.8 278As mudanças para economia de tempo de filme foram prejudiciais pra história que na adaptação acabou com mais lacunas do que seria possível para o filme ser crível.
O Baile das Loucas
3.7 38Bastante fiel ao livro, tanto que dei a mesma nota para ambos.
Nous sommes libres, nous sommes forts, nous sommes éternelle.
Bela Vingança
3.8 1,3KTem pontos fortes, tem pontos fracos.
De fato, é injusta a forma da abordagem que ela deu para as mulheres. Que pra mim seria mais ok se fosse da forma pedagógica que ela usava com os homens e vice-versa. Eu gostava do casal, então fiquei chateada com o final deles. Além de achar extremamente injusto ela ter morrido, fiquei até o fim esperando ela ressuscitar - filme né, eu espero de tudo. I Spit on Your Grave é muito superior na questão do final que moça teve. Também esperava um filme mais sangrento, não tão psicológico. Foi uma boa divulgação a que fizeram.
Big Little Lies (2ª Temporada)
4.2 480Por ter lido o livro, eu fiquei muito curiosa sobre como iriam desenvolver a história.
No livro não tinha a avó dando esse show, nem o plot da traição da Maddie, nem a história da Bonnie explicada (havia apenas menção de violência familiar, que eu até achei que era do pai com a mãe dela). O plot da Jane então, simplesmente preecheram o "pós" dela, fiquei chateada porque o moço do café era legal, achei que ele iria continuar e simplesmente sumiu. O plot da Renata que também não existiu tá cada vez melhor. Dona da temporada.
O que posso dizer é que me surpreenderam muito, gostei bastante. Não foi perfeita, mas foi muito boa.
Big Little Lies (1ª Temporada)
4.6 1,1KÓtima adaptação mas
O plot da traição da Maddie não existe no livro e não acho que tenha sido necessário. A história era boa e completa sem isso, fiquei chateada pelo Ed. Também acho que o final foi meio abrupto, poderiam ter explicado que a Bonnie tinha histórico de violência contra mulher na família e a reação dela foi por gatilho.
Curiosa para ver como desenrolaram na segunda temporada.