Gosto de vampiros. Então gosto de assistir filmes que têm como protagonistas estes seres tão interessantes. E não é uma paixão recente, é algo que cultivo faz muitos anos. Anjos da Noite é uma dessas séries que vejo desde que o primeiro filme saiu.
Gosto da Selene, da forma como construíram a personagem e de como a Kate Beckinsale a interpreta. O grande problema é que no mais recente filme da saga, ela ser uma vampira cheia de coragem, inteligência, força de superação, poder e tantos outros adjetivos empoderadores, não muda o fato do filme ser cheio de diversas falhas de roteiro.
Primeiro a previsibilidade. Tudo em Anjos da Noite: Guerra de Sangue é fácil de adivinhar. As motivações, as resoluções, as surpresas (que não existem se você é um expectador atento). É bem desestimulante assistir a um filme onde você não recebe nada novo, criativo ou que te faça questionar algo. É pobre.
Para piorar os roteiristas resolveram colocar as resoluções do filme sendo ditas pelos personagens ao invés de mostrar as cenas, o que é bastante problemático. O público é inteligente o suficiente para entender uma trama que é colocada na tela, sem precisar que um personagem chegue e diga cada mínimo detalhe. Subestimar a audiência é algo bastante incômodo e fico me perguntando porque ainda estão cometendo esse tipo de erro nos roteiros.
Visualmente o filme é cheio de efeitos como todos os outros. Não tem nada inspirado, nada que te tire o fôlego verdadeiramente, mas também não é algo que incomode. O elenco é muito bom, mas fica prejudicado por um roteiro tão pobre e uma direção mediana.
O que faz o filme pelo menos ser divertido é a protagonista, porque a Kate sabe ser uma vampira destruidora que não deixa ninguém passar por cima.
Tom Hooper é um diretor que divide opiniões. Alguns o consideram um excelente realizador, outros pensam que seu trabalho é superestimado. O que vejo é um cineasta que se mantém relativamente fiel ao que acredita, isso lhe proporcionando erros ou acertos. Que ele adora contar uma história inspirada em fatos não é novidade. Já fez isso várias vezes, como em John Adams e no ganhador do Oscar de Melhor Filme, O Discurso do Rei.
A Garota Dinamarquesa é uma adaptação do livro homônimo do escritor David Ebershoff, que se inspirou (apenas se inspirou, que fique claro) na história real do pintor Einar Wegener, o primeiro homem a passar por uma cirurgia de mudança de sexo, tornando-se então Lili Elbe.
Visualmente o filme é belíssimo. Tom Hooper trabalha com uma equipe muito milimétrica para fazer com que toda a parte visual do filme seja um verdadeiro primor. Fica difícil não se encantar pela plasticidade que vemos na tela. O grande problema é que uma obra audiovisual narrativa não se sustenta apenas com isso.
Para começar o roteiro não é bem construído, com diálogos fracos e explicativos demais, muitas vezes novelescos; além das cenas mal construídas, com muitos momentos dilatados sem nenhuma necessidade além de mostrar a beleza da fotografia e da direção de arte. Em outros momentos temos situações estranhas, incômodas e sem sentido, que se não estivessem dentro de um filme ninguém acreditaria na sua veracidade, como em um momento em que Lili, em sua primeira aparição pública, é cortejada por um homem. Toda a construção beira o absurdo e, mais do que o roteiro, temos um sério problema de direção que incomoda o expectador mais atento nos detalhes técnicos.
Hooper não consegue equilibrar a temporalidade do filme, além de exagerar na forma de filmar Ed Redmayne em sua interpretação de Lili. Muito foco é dado na delicadeza da personagem, na sutileza de suas características e tudo acaba beirando o exagero. É claro que ele consegue criar uma história bastante sentimental que vai mexer com o público, mas faz isso sem nenhuma responsabilidade em contar o que realmente aconteceu com Einar e sua esposa, Gerda, preferindo exagerar no melodrama e se valer de algo que vai emocionar as pessoas, mesmo que passe longe da realidade dos fatos.
Outro ponto negativo do filme é a interpretação do Ed, ator que gosto muito, vale salientar. Por mais que seja um excelente profissional e se esforce para colocar o máximo de verdade em sua atuação. Ele tenta ser sutil e delicado, mas com a direção forçada do Hooper acaba exagerando no esforço para passar essas duas características já citadas, o que transforma seu trabalho em algo acima do tom necessário. Em alguns momentos ele está realmente bom, mas no geral seu trabalho não tem consistência, o que é necessário para considerar uma interpretação marcante. O mesmo não se pode falar de Alicia Vinkander. Seu retrato de Gerda Wegener é digno de palmas. Ela tem uma força, uma vitalidade que ultrapassa todas as falhas ao seu redor. Ela coloca verdade em cada cena que aparece.
É um filme que poderia ter sido brilhante. Uma história que merecia ser contada, mas não de forma tao superficial como em A Garota Dinamarquesa. Tom Hooper tenta fazer um filme mostrando as dificuldades e lutas de um ser humano em busca de auto-realização, como fez bem em O Discurso do Rei, mas infelizmente não consegue realizar seu intento, nos brindando com uma obra excessivamente emocional (dá até prachorar se você não ligar para o excesso de clichês) e com pouca profundidade.
“Não sei o que é pior, não conseguir realizar seus sonhos, ou realizar todos eles!”
Amizade é algo essencial na vida. Além da família, é com os amigos que podemos contar para compartilhar alegrias e tristezas. Eles são nossos apoios em diversos momentos e sem eles nossa existência não seria a mesma.
Durante toda a nossa vida diversas pessoas passam por ela. Apenas alguns podem ser considerados amigos. E ainda assim, com o passar do tempo as amizades mudam. Os motivos são variados. Algumas vezes são os casamentos, os filhos, a maneira de pensar, tudo influencia em quem mantemos ao nosso lado durante o caminho.
Entre Nós nos mostra exatamente um grupo de amigos, todos relacionados ao mundo da escrita. Cheios de anseios e sonhos no ano de 1992. É importante datar o início do filme porque boa parte da sua trama se passará anos mais tarde.
Esses jovens amigos, todos na casa dos vinte anos, estão passando um tempo em uma casa de campo, curtindo a vida e as experiências que um pode proporcionar ao outro. Todos escrevem uma carta para que depois de dez anos possam voltar ao mesmo local, juntos, e ver como mudaram, se realizaram seus sonhos e o que aconteceu nesse período de tempo.
É quando uma tragédia acontece e muda a vida de todos eles.
Dez anos depois, em 2002, estão todos reunidos no mesmo lugar, para cumprirem a promessa de ver o que escreveram no passado. A vida mudou, as amizades já não são as mesmas, os sonhos de alguns se transformaram também. E ainda tem a tragédia mal resolvida e que paira sobre eles.
Fui assistir o filme tendo ouvido críticas muito positivas. Estava louca para gostar da que veria, principalmente por tratar de um grupo de escritores, tema que muito me agrada. Não me decepcionei. Diferente de muitas obras audiovisuais produzidas no país, o filme tem um tipo de roteiro que foca bastante no psicológico dos personagens.
Um filme cheio de tensões e histórias não resolvidas, focado nas pessoas e na complexidade do ser humano nas relações com o outro e com ele mesmo.
Além do roteiro bem construído, as interpretações são competentes. Caio Blat dá vida ao protagonista com bastante verdade, e é uma pena que Lee Taylor apareça tão pouco, já que é um ator excelente.
A fotografia é muito bem executada, os enquadramentos explorando muito bem o local e os atores e a trilha sonora é interessante.
Um filme que no conjunto é muito bem composto, que merece a boa aceitação que está tendo. Espero continuar assistindo outras boas produções brasileiras como a de Entre Nós.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraApaixonada pelo Saroo pequenininho.
Que criança linda. <3
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraSentirei saudade do Hugh Jackman sendo Wolverine.
Fiz uma crítica do filme lá no meu canal.
https://www.youtube.com/watch?v=1wTi_ppj2Y8
Anjos da Noite: Guerras de Sangue
3.0 412 Assista AgoraGosto de vampiros. Então gosto de assistir filmes que têm como protagonistas estes seres tão interessantes. E não é uma paixão recente, é algo que cultivo faz muitos anos. Anjos da Noite é uma dessas séries que vejo desde que o primeiro filme saiu.
Gosto da Selene, da forma como construíram a personagem e de como a Kate Beckinsale a interpreta. O grande problema é que no mais recente filme da saga, ela ser uma vampira cheia de coragem, inteligência, força de superação, poder e tantos outros adjetivos empoderadores, não muda o fato do filme ser cheio de diversas falhas de roteiro.
Primeiro a previsibilidade. Tudo em Anjos da Noite: Guerra de Sangue é fácil de adivinhar. As motivações, as resoluções, as surpresas (que não existem se você é um expectador atento). É bem desestimulante assistir a um filme onde você não recebe nada novo, criativo ou que te faça questionar algo. É pobre.
Para piorar os roteiristas resolveram colocar as resoluções do filme sendo ditas pelos personagens ao invés de mostrar as cenas, o que é bastante problemático. O público é inteligente o suficiente para entender uma trama que é colocada na tela, sem precisar que um personagem chegue e diga cada mínimo detalhe. Subestimar a audiência é algo bastante incômodo e fico me perguntando porque ainda estão cometendo esse tipo de erro nos roteiros.
Visualmente o filme é cheio de efeitos como todos os outros. Não tem nada inspirado, nada que te tire o fôlego verdadeiramente, mas também não é algo que incomode. O elenco é muito bom, mas fica prejudicado por um roteiro tão pobre e uma direção mediana.
O que faz o filme pelo menos ser divertido é a protagonista, porque a Kate sabe ser uma vampira destruidora que não deixa ninguém passar por cima.
A Grande Muralha
2.9 583 Assista AgoraFiz uma crítica do filme.
https://www.youtube.com/watch?v=UvDW4EcLXZU
Aliados
3.5 452 Assista AgoraCrítica em vídeo do filme https://www.youtube.com/watch?v=4OejgJt4rYg
Redemoinho
3.5 71Crítica em vídeo do filme
https://www.youtube.com/watch?v=sjBvKkIyS9M
Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 762 Assista AgoraAssisti e fiz um vídeo comentando o que achei.
https://www.youtube.com/watch?v=WTsz846zj5w
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraFiz uma crítica do filme no meu canal.
https://www.youtube.com/watch?v=efNT2NxROQY
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraTom Hooper é um diretor que divide opiniões. Alguns o consideram um excelente realizador, outros pensam que seu trabalho é superestimado. O que vejo é um cineasta que se mantém relativamente fiel ao que acredita, isso lhe proporcionando erros ou acertos. Que ele adora contar uma história inspirada em fatos não é novidade. Já fez isso várias vezes, como em John Adams e no ganhador do Oscar de Melhor Filme, O Discurso do Rei.
A Garota Dinamarquesa é uma adaptação do livro homônimo do escritor David Ebershoff, que se inspirou (apenas se inspirou, que fique claro) na história real do pintor Einar Wegener, o primeiro homem a passar por uma cirurgia de mudança de sexo, tornando-se então Lili Elbe.
Visualmente o filme é belíssimo. Tom Hooper trabalha com uma equipe muito milimétrica para fazer com que toda a parte visual do filme seja um verdadeiro primor. Fica difícil não se encantar pela plasticidade que vemos na tela. O grande problema é que uma obra audiovisual narrativa não se sustenta apenas com isso.
Para começar o roteiro não é bem construído, com diálogos fracos e explicativos demais, muitas vezes novelescos; além das cenas mal construídas, com muitos momentos dilatados sem nenhuma necessidade além de mostrar a beleza da fotografia e da direção de arte. Em outros momentos temos situações estranhas, incômodas e sem sentido, que se não estivessem dentro de um filme ninguém acreditaria na sua veracidade, como em um momento em que Lili, em sua primeira aparição pública, é cortejada por um homem. Toda a construção beira o absurdo e, mais do que o roteiro, temos um sério problema de direção que incomoda o expectador mais atento nos detalhes técnicos.
Hooper não consegue equilibrar a temporalidade do filme, além de exagerar na forma de filmar Ed Redmayne em sua interpretação de Lili. Muito foco é dado na delicadeza da personagem, na sutileza de suas características e tudo acaba beirando o exagero. É claro que ele consegue criar uma história bastante sentimental que vai mexer com o público, mas faz isso sem nenhuma responsabilidade em contar o que realmente aconteceu com Einar e sua esposa, Gerda, preferindo exagerar no melodrama e se valer de algo que vai emocionar as pessoas, mesmo que passe longe da realidade dos fatos.
Outro ponto negativo do filme é a interpretação do Ed, ator que gosto muito, vale salientar. Por mais que seja um excelente profissional e se esforce para colocar o máximo de verdade em sua atuação. Ele tenta ser sutil e delicado, mas com a direção forçada do Hooper acaba exagerando no esforço para passar essas duas características já citadas, o que transforma seu trabalho em algo acima do tom necessário. Em alguns momentos ele está realmente bom, mas no geral seu trabalho não tem consistência, o que é necessário para considerar uma interpretação marcante. O mesmo não se pode falar de Alicia Vinkander. Seu retrato de Gerda Wegener é digno de palmas. Ela tem uma força, uma vitalidade que ultrapassa todas as falhas ao seu redor. Ela coloca verdade em cada cena que aparece.
É um filme que poderia ter sido brilhante. Uma história que merecia ser contada, mas não de forma tao superficial como em A Garota Dinamarquesa. Tom Hooper tenta fazer um filme mostrando as dificuldades e lutas de um ser humano em busca de auto-realização, como fez bem em O Discurso do Rei, mas infelizmente não consegue realizar seu intento, nos brindando com uma obra excessivamente emocional (dá até prachorar se você não ligar para o excesso de clichês) e com pouca profundidade.
Entre Nós
3.6 619 Assista Agora“Não sei o que é pior, não conseguir realizar seus sonhos, ou realizar todos eles!”
Amizade é algo essencial na vida. Além da família, é com os amigos que podemos contar para compartilhar alegrias e tristezas. Eles são nossos apoios em diversos momentos e sem eles nossa existência não seria a mesma.
Durante toda a nossa vida diversas pessoas passam por ela. Apenas alguns podem ser considerados amigos. E ainda assim, com o passar do tempo as amizades mudam. Os motivos são variados. Algumas vezes são os casamentos, os filhos, a maneira de pensar, tudo influencia em quem mantemos ao nosso lado durante o caminho.
Entre Nós nos mostra exatamente um grupo de amigos, todos relacionados ao mundo da escrita. Cheios de anseios e sonhos no ano de 1992. É importante datar o início do filme porque boa parte da sua trama se passará anos mais tarde.
Esses jovens amigos, todos na casa dos vinte anos, estão passando um tempo em uma casa de campo, curtindo a vida e as experiências que um pode proporcionar ao outro. Todos escrevem uma carta para que depois de dez anos possam voltar ao mesmo local, juntos, e ver como mudaram, se realizaram seus sonhos e o que aconteceu nesse período de tempo.
É quando uma tragédia acontece e muda a vida de todos eles.
Dez anos depois, em 2002, estão todos reunidos no mesmo lugar, para cumprirem a promessa de ver o que escreveram no passado. A vida mudou, as amizades já não são as mesmas, os sonhos de alguns se transformaram também. E ainda tem a tragédia mal resolvida e que paira sobre eles.
Fui assistir o filme tendo ouvido críticas muito positivas. Estava louca para gostar da que veria, principalmente por tratar de um grupo de escritores, tema que muito me agrada. Não me decepcionei. Diferente de muitas obras audiovisuais produzidas no país, o filme tem um tipo de roteiro que foca bastante no psicológico dos personagens.
Um filme cheio de tensões e histórias não resolvidas, focado nas pessoas e na complexidade do ser humano nas relações com o outro e com ele mesmo.
Além do roteiro bem construído, as interpretações são competentes. Caio Blat dá vida ao protagonista com bastante verdade, e é uma pena que Lee Taylor apareça tão pouco, já que é um ator excelente.
A fotografia é muito bem executada, os enquadramentos explorando muito bem o local e os atores e a trilha sonora é interessante.
Um filme que no conjunto é muito bem composto, que merece a boa aceitação que está tendo. Espero continuar assistindo outras boas produções brasileiras como a de Entre Nós.
A 13ª Emenda
4.6 354 Assista AgoraFiz um vlog comentando minha experiência com o filme.
https://www.youtube.com/watch?v=TZurn4HRqyo
O Contador
3.7 647 Assista AgoraOi!
Fiz uma crítica do filme.
https://www.youtube.com/watch?v=fsZkKJPFM5s
Ele Está de Volta
3.8 681Vlog sobre o filme.
https://www.youtube.com/watch?v=ccRdylzDtVM
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraTaraji P Henson excepcional!
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraUma breve crítica do filme, um dos melhores musicais que já assisti, sem dúvida.
https://www.youtube.com/watch?v=iQmXdNcruqA
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraUma homenagem aos musicais.
De Jacques Demy, passando pelos clássicos musicais de Hollywood e terminando no jazz contemporâneo.
Assassin's Creed
2.9 948 Assista AgoraComentei os pontos positivos e negativos do filme.
https://www.youtube.com/watch?v=qdSdXX4x-T8
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraCrítica do filme.
https://www.youtube.com/watch?v=eJ-2seCN7_k
Poucas Cinzas: Salvador Dalí
3.4 316Uma história tão boa, mas muito mal aproveitada nesse filme.
Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraVídeo com as cinco razões para assistir esse filme maravilhoso.
https://www.youtube.com/watch?v=JW028Nl_a30
Seremos História?
4.3 59 Assista AgoraFiz uma crítica em vídeo sobre esse documentário necessário ao grande público.
https://www.youtube.com/watch?v=aLB59VTUvjY
Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraAgridoce.
Amanda Knox
3.6 229 Assista AgoraFiz a crítica do documentário.
Se gostarem, não deixem de dar aquele joinha querido. <3
https:// youtu.be/TryiuDqc3Mw
Pequeno Segredo
3.4 118 Assista AgoraCrítica do filme https://www.youtube.com/watch?v=FWo1FBl0E50